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09/03/2018 1 ÓPTICA E BIOFÍSICA DA VISÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO JF CURSO DE FISIOTERAPIA DISCIPLINA: BIOFÍSICA PROF. ME.: LEANDRO HERMISDORFF BERNARDO PROPRIEDADES DA LUZ • ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA LUZ: • Luz como ONDA � há um meio refrator que forma a imagem de objetos iluminados ou luminosos; • Luz como FÓTON � Uma película fotossensível reversível transforma a energia eletromagnética do pulso luminoso em pulso elétrico; PROPRIEDADES DA LUZ • ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA LUZ: • No processo de “ver”, os pulsos elétricos são levados ao cérebro, onde provocam sensações psicofísicas conhecidas como visão. LUZ COMO ONDA • Luz se propaga em linha reta; • Velocidade: • Uma das mais importantes constantes universais; • No vácuo, é a máxima que a matéria pode atingir: • V= 3 x108 m.s-1 • A velocidade da luz é tanto menor quanto maior o índice de refração do meio. • Ao se propagar, a luz apresenta os seguintes fatores: 09/03/2018 2 LUZ COMO ONDA A. REFLEXÃO: • Consiste na mudança de direção da luz, ao entrar em um obstáculo: • Lei da Reflexão: “O ângulo de incidência (i) e o ângulo de reflexão (r) são iguais, e estão no mesmo plano que inclui a normal (N).” LUZ COMO ONDA A. REFLEXÃO: • Tipos de reflexão: 1. Especular � a superfície refletora é tão lisa que todos os raios refletidos saem na mesma direção. É o que ocorre nos espelhos, nas superfícies muito polidas. LUZ COMO ONDA A. REFLEXÃO: • Tipos de reflexão: 1. Difusa (albedo) � a superfície refletora é áspera, e os raios incidentais se refletem com o mesmo ângulo, mas em direções diferentes. É o tipo mais comum (dos corpos, objetos, corpos celestes). LUZ COMO ONDA B. INTERFERÊNCIA: • Resulta do somatório dos pulsos de onda. • 2 cristas � Reforço; • 1 crista + 1 vale (iguais) � Anulação; 09/03/2018 3 LUZ COMO ONDA C. DIFRAÇÃO: • Contorno dos obstáculos devido a trajetória do pulso; LUZ COMO ONDA D. ESPELHAMENTO: • É a mudança de direção do raio luminoso ao se chocar com a matéria, ocorrendo em todas as direções. E. POLARIZAÇÃO: • É a fixação do vetor elétrico, e, consequentemente, do magnético, em um plano determinado. LUZ COMO ONDA LUZ COMO ONDA F. REFRAÇÃO: • É a mudança de direção do raio luminoso ao penetrar obliquamente em um meio de índice de refração diferente do meio anterior. Se o raio entrar perpendicularmente, não há refração. 09/03/2018 4 LUZ COMO ONDA LUZ COMO ONDA F. REFRAÇÃO: • Lei da refração: “Ao sair de um meio menos refrator e penetrar em um mais refrator, o raio luminoso (r’) se aproxima da normal.” BIOFÍSICA DA VISÃO BIOFÍSICA DA VISÃO • Incidência de luz nos olhos � aciona a visão; • Estímulo luminoso � potencial receptor � potenciais de ação conduzidos pelas células nervosas até o cérebro � interpretação do estímulo; • Percepção das cores � fatores evolucionários (alimentos); 09/03/2018 5 BIOFÍSICA DA VISÃO BIOFÍSICA DA VISÃO • Anatomia funcional do olho: • Olho forma a imagem � Transforma energia eletromagnética em elétrica � Pulsos levados ao cérebro; BIOFÍSICA DA VISÃO • Anatomia funcional do olho � Componentes: • Esclerótica: cápsula de membrana rígida que envolve todo o globo ocular; • Córnea: parte anterior da esclerótica, como uma janela transparente; • Humor aquoso: solução pouco concentrada localizada posteriormente a córnea; • Íris: Diafragma variável do olho BIOFÍSICA DA VISÃO • Anatomia funcional do olho � Componentes: • Cristalino: lente que fecha a câmara anterior do olho; • Músculo ciliar: controla o cristalino e assim, seu poder refrativo; • Humor vítreo: solução gelatinosa que preenche a câmara posterior do olho; • Retina: conjunto de células nervosas fotossensíveis (cones e bastonetes) que recobrem o fundo do olho; 09/03/2018 6 BIOFÍSICA DA VISÃO • Anatomia funcional do olho � Componentes: • Nervo óptico: união dos filetes nervosos; • Observação: 1. Ponto cego: ponto da retina que não possui células sensíveis. 2. O eixo óptico não coincide com o eixo visual, que é a direção da visão de detalhe; BIOFÍSICA DA VISÃO BIOFÍSICA DA VISÃO BIOFÍSICA DA VISÃO • FORMAÇÃO DA IMAGEM NO OLHO HUMANO: • Ocorre por refração da luz; • Principal meio refrativo � interface ar-córnea; • Modelo esquemático � Olho reduzido de Gullstrand; 09/03/2018 7 BIOFÍSICA DA VISÃO • FORMAÇÃO DA IMAGEM NO OLHO HUMANO: • A imagem se forma na retina; • Acomodação � mudança do poder dióptrico do olho, conforme a distância do objeto � Mudança na espessura do cristalino; • Visão para longe: músculo ciliar diminui a convergência da lente do olho; • Fibras radiais contraem; • Fibras circulares relaxam; BIOFÍSICA DA VISÃO • FORMAÇÃO DA IMAGEM NO OLHO HUMANO: • Visão para perto: espessamento do cristalino; • Fibras radiais relaxam; • Fibras circulares contraem; • Acomodação varia com a idade (máxima na infância e mínima na velhice); BIOFÍSICA DA VISÃO BIOFÍSICA DA VISÃO •O GLOBO OCULAR COMO RECEPTOR DE FÓTONS: • Íris� Estrutura contrátil capaz de variar seu orifício (responsável pela cor dos olhos); • Funções: • Controle da quantidade da luz; • Diminuição da aberração esférica e cromática, quando a pupila é menor; • Aumento da profundidade do foco, com fechamento da pupila; 09/03/2018 8 BIOFÍSICA DA VISÃO •O GLOBO OCULAR COMO RECEPTOR DE FÓTONS: • Pupila� Orifício central à íris; • Fechamento � miose; • Abertura � midríase; • OBS.: ANISOCORIA � Pupilas assimétricas; BIOFÍSICA DA VISÃO •O GLOBO OCULAR COMO RECEPTOR DE FÓTONS: • Retina� Película fotossensível onde os fótons interagem com os receptores espaciais, gerando pulso elétrico. • Células fotossensíveis: • Cones: Destinados à visão fotópica (cores e detalhes); • Bastonetes: Destinados à visão escotópica (claro e escuro); BIOFÍSICA DA VISÃO • OBSERVAÇÕES: 1. Acomodação � Controle da espessura do cristalino para a visão d longe/perto. Controlada pelos músculos ciliares (radiais e circulares); 2. O controle da quantidade de luz que entra pela pupila é feita pela íris, alterando o tamanho da pupila (miose e midríase); 3. Cicloplégicos � paralisação da íris � Midríase; DEFEITOS VISUAIS DO OLHO HUMANO • Anormalidades da visão: anomalias de refração, de geometria óptica e da visão de cones. • EMETROPIA: Estado refrativo normal do olho humano. Neste caso, os raios paralelos ou divergentes, são focalizados exatamente na retina, sem deformação. • AMETROPIA: Desvios do estado emetrópe do olho, e classificam-se em miopia, hipermetropia, presbiopia e astigmatismo. 09/03/2018 9 DEFEITOS VISUAIS DO OLHO HUMANO • Miopia ou Braquiometropia: • Dificuldade de enxergar objetos distantes; • Imagem focalizada ANTES da retina (efeito de aproximação). Causada por: • Refração excessiva; • Defeito de curvatura da córnea ou globo ocular; • Correção: lentes divergentes; DEFEITOS VISUAIS DO OLHO HUMANO • Hipermetropia ou Hiperopia: • Dificuldade de enxergar objetos próximos; • Imagem se focaliza depois da retina (efeito de afastamento). Causada por: • Deficiência nos meios refrativos; • Alteração na curvatura do globo ocular; • Correção: lentes convergentes; DEFEITOS VISUAIS DO OLHO HUMANO • Astigmatismo: • Perda da focalização em determinada direção. A imagem se forma com efeito cilíndrico; • Ocorre pela deformação de um dos raios de curvatura da córnea; • Correção: lentes cilíndricas de efeito oposto; DEFEITOS VISUAIS DO OLHO HUMANO 09/03/2018 10 DEFEITOS VISUAIS DO OLHO HUMANO • Presbiopia: •Perda da acomodação com a idade; • Correção: lentes convergentes (corrige a visão “de perto”); SISTEMA VISUAL CENTRAL SISTEMA VISUAL CENTRAL • A VIA VISUAL • Começa na retina com os fotorreceptores. • Os neurônios ganglionares ganham mielina ao deixarem a túnica mais externa para formar o nervo óptico (II par de nervos cranianos). SISTEMA VISUAL CENTRAL • A VIA VISUAL • Os dois nervos ópticos se encontram no quiasma óptico e logo se destacam para formar os tratos ópticos que terminam no tálamo. • Os neurônios talâmicos partem para o córtex visual através da radiação óptica e atingem os lábios da fissura calcarina no lobo occipital. 09/03/2018 11 SISTEMA VISUAL CENTRAL • A VIA VISUAL • O córtex visual primário é denominado córtex estriado e está organizada em módulos contendo cada um 150.000 neurônios. • Cada módulo (no total existiria 2500) recebe e analisa um determinado aspecto da uma região do campo visual e são associadas em outras áreas corticais. SISTEMA VISUAL CENTRAL SISTEMA VISUAL CENTRAL • INFORMAÇÕES DA RETINA: • Evocam a percepção visual e propiciam outras atividades como respostas motoras reflexas e os ritmos biológicos. 1. Fibras retino-geniculadas: são as mais importantes, pois somente estas estão relacionadas com a percepção consciente da visão. Os neurônios projetam-se para o córtex visual (no lobo occipital), através da radiação óptica; SISTEMA VISUAL CENTRAL 09/03/2018 12 SISTEMA VISUAL CENTRAL • INFORMAÇÕES DA RETINA: 2. Fibras retino-hipotalâmicas: destaca-se do quiasma e ganham o hipotálamo e estão associados com a regulação dos ritmos biológicos; SISTEMA VISUAL CENTRAL SISTEMA VISUAL CENTRAL • INFORMAÇÕES DA RETINA: 3. Fibras retino tectais: projetam-se para os núcleos dos colículos superiores e estão associados com reflexos dos movimentos oculares, reflexo fotomotor direto e consensual. SISTEMA VISUAL CENTRAL • OBSERVAÇÃO: O REFLEXO DE PISCAR: • É desencadeado por outros estímulos mas as informações da retina são enviadas também para o núcleo do nervo facial (VII), que inervam os músculos orbiculares que causam o fechamento da pálpebra, especialmente quando ocorre aumento de intensidade luminosa. Caso a estimulação seja muito intensa, são enviados impulsos para neurônios motores medulares (trato teto-espinhal) causando a proteção dos olhos com as mãos. 09/03/2018 13 SISTEMA VISUAL CENTRAL • CAMPOS VISUAIS: • O campo visual de um olho com a cabeça parada corresponde a 150 graus; • Existe uma região central vista por cada olho que se sobrepõe � campo binocular cuja sobreposição nos permite relativizar a profundidade e o relevo dos objetos. SISTEMA VISUAL CENTRAL • LESÕES NAS VIAS ÓPTICAS: 1. Lesão do nervo óptico E: perda total da sensibilidade neste olho. Mas o olho intacto ainda 150graus do campo visual. SISTEMA VISUAL CENTRAL • LESÕES NAS VIAS ÓPTICAS: 2. Lesão do trato óptico E: perda da sensibilidade visual da retina temporal do olho esquerdo e da retina nasal do olho direito. Como conseqüência, conserva-se apenas a visão do hemicampo visual esquerdo. SISTEMA VISUAL CENTRAL • LESÕES NAS VIAS ÓPTICAS: 3. Lesão mediana do quiasma óptico: perda de sensibilidade das retinas nasais de ambos os olhos; estreitamento do campo visual 09/03/2018 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • DURAN, José Enrique Rodas. Biofísica: Conceitos e Aplicações - 2ª Edição. Editora Pearson, 2011. • Capítulo 5. • HENEINE, Ibrahim Felippe. Biofísica Básica. Editora Atheneu. 2010. • Capítulo 18. OBRIGADO!
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