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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
A insuficiência renal crônica (IRC) é uma doença que acomete os rins, causando prejuízo nas suas funções, entre elas a de excreção. A excreção está ligada com aspectos qualitativos e quantitativos do que é consumido ou administrado com produtos derivados do catabolismo ou transformações metabólicas.
 Os sintomas não são aparentes ou observados até que a doença renal progrida e a capacidade dos rins esteja reduzida a 25% do normal. Quando esta capacidade estiver reduzida a menos de 15%, está caracterizada a insuficiência renal crônica, que é uma condição normalmente irreversível (CARVALHO et al., 1992; DAUGIRDAS, 2003).
Seu início ocorre gradualmente à medida que os constituintes do sangue como água, sódio, uréia e outros produtos do metabolismo, acumulam se no organismo provocando edema e hipertensão, ou, eventualmente, uremia eoutras manifestações clínicas de doença renal crônica avançada.
De acordo com Meyer e Hostetter (2007) a doença uremica é devida em grande parte ao acúmulo de produtos residuais orgânicos, normalmente filtrados pelos rins. A uremia está presente na insuficiência renal, mesmo em fases mais precoces da doença renal crônica, o que leva a alterações e provoca os seguintes sintomas:
a) sintomas neurológicos e musculares como: fadiga, neuropatia periférica, redução da acuidade mental, convulsões, anorexia e náuseas, diminuição de sensibilidade ao cheiro e ao tato, câimbras, pernas inquietas, distúrbios do sono, coma e redução do potencial da membrana muscular;
b) sintomas endócrinos e metabólicos como: amenorréia e disfunção sexual, redução da temperatura corporal, alteração nos níveis de aminoácidos, doenças ósseas pela retenção de fosfato, hiperparatireoidismo e deficiência de vitamina D, resistência à insulina;
c) outros sintomas e sinais: serosite, incluindo pericardite, prurido, soluço, anemia causada por deficiência de eritropoietina, alterações plaquetárias, dos neutrófilos e dos linfócitos e edema generalizado devido ao acúmulo de líquido. A IRC evolui de forma lenta e progressiva, não significando mera retenção de substâncias, mas uma situação que prejudica a função de múltiplos órgãos, o que contribui para a sua gravidade.
As causas mais comuns da IRC são a diabetes, a hipertensão arterial, glomerulopatias e infecção renal crônica.
Segundo o Censo de 2008 da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a prevalência da doença no Brasil neste ano era de 468 casos por milhão de habitantes (SESSO et al. 2008)
A incidência de IRC vem aumentando principalmente pelo envelhecimento da população, pelo aumento no número de portadores de hipertensão arterial e diabetes mellitus. A melhoria na terapêutica dialítica aumentou a sobrevida e o número de transplantes renais no Brasil é ainda muito baixo (ROMÃO JÚNIOR et al. 2003
TRATAMENTO
 O tratamento usualmente objetiva prevenção da progressão da doença, controle da hipertensão e da diabetes mellitus e, ocorrendo a progressão, são utilizados métodos que visam substituir a função renal para preservar a vida. Todos estes fatores contribuem para o aumento do número de pessoas que necessitam de diálise.
Referencias
ROMÃO JUNIOR J.E.; PINTO, S.W.L.; CANZIANI, M.E, et al. Censo SBN 2002:informações epidemiológicas das unidades de diálise no Brasil. J Bras Nefrol,2003; 25: 188-99.
Meyer TW, Hostetter TH. Uremia. N Engl J Med 2007;357:1316- 25. PMID: 17898101
CARVALHO, J.G.R. de; MULINARI, R.A.; PACHALY, M.A. et al. Manual doRenal Crônico. Imprensa Universitária. Curitiba, 1992.
SESSO, R.L.A.; THOMÉ, F.S.; BEVILACQUA, J.L.; et al. Relatório do CensoBrasileiro de Diálise, 2008

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