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Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda, Judith Martins-Costa, Gustavo Haical, Jorge Cesa Ferreira da Silva - Tratado de Direito Privado, Tomo I_ Introdução, Pessoas Físicas e Jurídicas-Revista dos

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[)()DE DIREITO PRIVADO TRATA 
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Pontes de Miranda 
TRATADODE 
DIREITO PRIVADO 
PARTE GERAL 
TOMOI 
INTRODU~AO. 
PESSOAS FISICAS E JURIDIC AS 
\
DIRE ITO CIVIL I 
BIBliOTE~ I 
AtualiJadll pur 
Judith Martins-Costa 
Gustavo Haical 
Jorge C'csa Ferreira da Silva 
EDITORA li?J 00_ a nos 
REVISTA DOS TRIBUNAlS 
R.\HOO~ DIISTOPliV.~ 
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L'l'r11llllt\ ., l'f!>.~S RSt:\.S E ....... -\.~ 
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A .\IelMa~ '*PaL._ _«,........ ... _...,._,.. 
fNI>ICE GERAL f)() TOMO I 
AI'I<LSEN IA~'AO flA A I tJAU/.AIJORA, II 
PREfA!'IO ,\ 1.• Ew~·iio, 13 
Soi!HI' o AUIOH, 27 
0HRAS I'RINC'II'AIS IJO Au lOR, 31 
SoBRE os AflJAl.IZAIX>HFS E CotAHORAilOR, 35 
PLANo G~.RAL nA C'm.E~·iio, 39 
TAfltJA Stsn.MA'IIc·A UAS MATEIIIAS, 43 
BIHI.JOGIIAFIA [)() TOMO I. 673 
fNIJIC'ES 
Alfabcti~;o dos Autorcs citado~. 705 
Cronologico da Legisla'lao, 717 
Cronologico da Jurisprudencia, 751 
Alfabetico da.~ Matcrias. 766 
APRESENTAc;AO 
A Editora Revista dos Tribunais - RT tern a honra de oferecer ao pu-
blico leitor esta nova edirrao do Tratado de Direito Privado, de Francisco 
Cavalcanti Pontes de Miranda. reconhecidamente urn dos mais ilustres ju-
ristas brasi leiros, senao o maior. 
Para n6s, da Editora, a republica,.ao desta obra tern importiincia uni-
ca: ao se consubstanciar num marco cientffico e editoriaL pel a contribui-
rrao (jUe ha tantas decadas traz a ciencia do Direito e, especificamente, ao 
Direito Privado. Essas fundamentais caracterfsticas se comp(iem com as 
comemorarroes do prirneiro centem'irio desta Casa Editorial e com a evoca-
<;iio dos 120 anos de nascimento do grande tratadista. 
0 respeito ao texto original, tambem publicado por esta Editora em 
1983, foi urn dos maiores cuidados que nos determinamos a tornar, desde a 
estrutura e organizac;iio do texto. pa~sando por alguns recursos usados pelo 
Autor. ate a ortografia da epoea, com excec;ao do trema nas semivogais. 
0 Direito, porem. como todas as ciencias. vern sofrendo grandes 
transformac;oes nas ultirnas decadas. Por isso, corn o intuito de inserir a 
obra no contexto presente, notas atualizadoras foram elaboradas por ju-
ristas convidados entre os mais renomados do Pais. Inseridas ao final de 
cada t6pico (§), encontram-se devidamente destacadas do texto original, 
apresentando a seguinte disposirrao: 
Panorama Atual: 
§ x: A - Legislw;iio: indicac;ao das alterao;{les legislativas inci-
dentes no instituto estudadu 
~ x: B - Doutrina: observa.,-Oes sobre a~ tendencias atuais na 
interpretao;ao doutrinan11 do instituto estudado 
§ x: C- Jurisprrl(/encia: anota<;oes sobre u po~iciomtmento 
atual dos Tribunais a respeito do instituto estudado 
10 • TR;HOO Df DIREITO PRI\ADO -lomo I 
~~'te >eculo de exi>tenda. a Editora Revista dos Tribunais se man-
tevc lider e pion~ira na promt)\ao do conhecimento, procurando fornecer 
"'lu~iJe, e'pe.:ializadas e qualificadas aos constantes e novos problemas 
]Uridi.:o' da ,,x-iedade. a pr.itica judiciaria e a norrnatiza<;ao. Nas paginas 
que publicou. encontra-~e o Direito sendo estudado e divulgado ao Iongo 
de .:inco Constitui~iies republicanas, duas guerra.~ mundiais e diversos re-
gime> politico> e contextos intemacionais. 
Mai' recentemente. a revolu~ao tecnol6gica, a era digital. e a globali-
Ta.;ao do conhecimento trouxeram desafios ainda mais complexos, e para 
acompanhar tudo isso. a Editora passou a compor. desde 20 I 0, o grupo 
Thomson Reuters. incrementando substancialmente nossas condi<;oes de 
,,ferta de ~olu,i\es ao mundo juridico. 
lno1ar. porem. niio significa apenas "trazer novidades", mas tambem 
"reno1ar" e "restaurar". A obra de Pontes de Miranda permite tantas lei-
turas. rarnanha sua extensiio e profundidade. que nao se esgotam seu inte-
re'>e e sua importancta. E por is.so. tambem- para inovar -, republicamos 
,eu Tratado de Direito Pril'ado. 
:\ao podemo' dmar de registr.l!'. ainda. nossos mais profundos agra-
decJment05 a familia Pont~ de Miranda, pel a participa~ao que fez possfvel 
a reahZJ\iiO de um sonho. 
EotTORA REVISTA DOS TRIBUNAlS 
APRESENTA<;AO DA ATUALIZADORA 
Atualizar o Tratado de Dire ito Privado e urn ato de coragem. e, ja por 
isto, mereceria cumprimentos a Editora RT-Thompson Reuters. E. porem, 
mais do que isto. urn ato necessaria: ao reler este Torno I na perspectiva de 
examinar o que sobreviveu ao mais de meio seculo de sua existencia, os 
atualizadores puderam confirmar a extraordimiria permanencia do pensa-
mento de PONTES DE MIRANDA. Mesmo quando modificado radicalmen-
te o Direito positivo - como ocorreu com o Direito Societario - ainda 
assim e impressionante a atualidade da constmc;ao intelectual elaborada 
por PoNTES DE MIRANDA, como. alias. atesta urn dos mais importantes 
comercialistas brasileiros, o Professor Erasmo Valladao Azevedo e Novaes 
Fran.;;a em texto referido nas notas atualizadoras. 
Diante do vigore utilidade do pensamento ponteano, o trabalho de 
atualiza-rao teve urn eixo fundamental: niio trair PoNTES DE MIRANDA. 
Para tanto. cuidamos de niio enxertar doutrina recente apenas pelo goslo da 
citac;ao e de buscar a sobrevivencia de seu pensamento preferencialmente 
em autores afinados com os conceitos e categorias ponteanas. Do ponto de 
vista da metodologia, optou-se por assinalar as mudanc;as necessarias em 
face do estado da legislac;iio e da ciencia jurfdica de fonna pontualizada, 
para niio confundir- na medida do humanamente possfvcl - o pensamento 
dos atualizadores com a obra do atualizado. 
Como todo trabalho desta extmordimiria envergadura, certamente ha-
vera falhas e omissiies. Espera-se. por isto, a colabora<,:iio pusitiva dos lei-
lures para que se possa corrigi-las em pr6ximas edic;oes. 
Como todo trabalho dessa extraordinaria envergadura.. hii vicis;itudes a 
superar e agmdecimentos a fazer: estes de mais, a dedicac;ao ilimitada de Gio-
vana Vakntiano Benetti. bacharel, e de Guilherme Seibert, Gustavo Sanseve-
rino e Mauricio Licks. bacharelandos em Direito pela Faculdade de Direito 
da UFRGS. que colaboraram em todos os momentos com fichamento de 
doolnna. pnqui\a de ac6rdb e ~i.Jo dos textos cilldo&; e ao esp(rito 
dr cobborar,io e lealdade do5 profmores Luis Felipe Spinelli e Mariani 
PI!Jcndler qae. iiiYib na Vi~-quinta bora, contribufram com sua 
le!IUU CU1dadoY tiiiOC&\ ~ par~os 15 a 100. 
Canela. abril de 2012 
)UDilH MARTINs-COSTA 
Coordenadora da equipe atualizadora. 
PREFACIO A 1.• EDI~AO 
l. Os ~istcmas juridicus sao .fistema5 /Ogico.~. compostos de propo-
si~aes que se referem a situa~iics da vida, criadas pelos interes~oes mais 
diversos. Essa~ proposi~iles, regra' juridica~. preveem (ou veemJ que tais 
sitmu;Oc:s ocorrem, e incidcm slibre elas, como se as marcasscm. Em vcr-
dade, para quem esU\ no mundo em que clas operam. as regras jurfdicas 
marcam, dizem o que se ha de consider.tr juridico c, por exclusilo, o que 
se nlio h3 de considerar juridico. Donde scr util pensar-se em termos de 
topologia: o que entra c o que niio cntra no mundo jurfdico. Mediante cssa~ 
rcgra~. consegue o homem diminuir, de muito, o arbitrurio da vida social, a 
desordem dos interesses, o tumuhmirio dos movimento~ humanos A cata do 
que deseja, ou
do que I he satisfaz algum apctite. As propnsi100es juridicas 
nlio siio c.lifcrentes das outras proposi"iles: empregam-sc conceitos, para 
que se possa assegurar que, ocorrendo u. sc tera u'. Seria impossiwl che· 
gar-sc utr! af, sem que aos conceitos juric.licos nlio currespondessem j'uto.~ 
du vida, ainda quando esses fatos c.la vida scjam criados pelo pensmnento 
hurnano. No fundo, a funr;Ao social do c.lireito <! dar valores a interesscs, a 
bens da vida, e regular-lhes a distribuh;lio entre o~ homens. Sofre o inJluxo 
de outrus processus sociais mais estabilizadores c.lu que elc, e c! movido por 
processus sociuis mais renovadores; de moc.lo que desempenha, no campo 
da ~ao social, papel semelhante ao da ciencia, no campo do pensamcnto. 
~sse ponto e da maior importiincia. 
Para que se saiba qual a regra juridica que incidiu, que inc ide. ou que 
incidirl\, ~ prcdso que se saiba o que e que se dit nela. Tal determinac;Ao 
do conteudo da regra jurfdica e func;ilo do interprete, isto ~. de.> juiz \lu de 
alguem, jurista ou nilo, a que interesse a regra juridic a. 0 jurista e apenas. 
nesse plano, o especialista em conhecimentos das rcgras juridicas e du 
interpreta~Ao de las, se hem que. para chegar a es~ especializa.,iio e ser fe-
cunda, leal, exata, a sua func;ao, precise de conhecer o pa~sado do sistema 
juridico e. pois, de cada regra juridica, e o sistema juridico do seu tempo. 
no momento em que pensa. ou pensa e fala ou escreve. 
14 • TR~gllO Df DIRfiTO PRIVADO ~ Tomo I 
Dine que interpretar e. em grande parte. estender a regra juridica a 
fatos nao previstos par ela com o que se ultrapassa o conceito tecnico de 
Jnalogia. Estaria tal missao compreendida no poder do juiz e, pois, do in-
terprete. Diz-se mais: pode o juiz. pais que deve proferir a sententia quae 
rei gerendae aptior est. encher as lacunas. ainda se falta a regra juridica 
que se pudcsse estender. pela analogia. ou outro processo interpretativo, 
aos fatos nao previstos. Ainda mais: se a regra jurfdica nao e acertada, ha 
de bus.: ar--e. contra legem, a regra juridica acertada. Nota-se em tudo isso 
que se pretendem comrapor a investiga~iio do sistema juridico, em toda a 
sua riqucza. dogmatica e hist6rica. e a letra da lei. Exatamente o que se ha 
de procuw e a concilia'liio das tres, no que e possfvel; portanto, o sentido 
- dogma!lca e historicamente - mais adequado as rela~6es humanas, sem 
se dar eme;o ao arbitrio do jui:. A separa9iio dos poderes, legislativo e 
JUdicioirio. esteia-.;e em discrimina~ao das fun96es sociais (polftica, direi-
tol: e a hht6ria do princfpio, a sua revela9iio atraves de milenios, a sua 
defe,a .:omo pnncfpio constitucional. apena~ traduz a evolu9ao social. 0 
erro do legislador pode ser de expressiio: prevalece. entao, o pensamento 
que ,e tentou expnmir. se esse pensamento e captavel no sistema juridico; 
nal' se desce ao chamado espirito. ou a vontade do legislador, porque seria 
atra\essar a linha distinti,·a do politico e do juridico; nao se contraria o 
prindpio de que a lei e para ser entendida pelo povo, no grau de cultura 
juridica em que se acham os seus tecnicos, e niio para ser decifrada. Por 
outro !ado. as circunstiincias sociai~ podem ter mudado: o envelhecimento 
da regra JUridica participa mais do julgamento do povo do que do decorrer 
do tempo: o problema toma-se mais de mecanica social do que de fontes e 
de interprela\iiO das lets. 
2. 0 ;i>tema juridico contem regras jurfdicas; e essas se formulam 
com'-"' wnceitos Juridico' Tem-se de estudar o factico, isto e, as rela.;oes 
humanas e 0' fatos. a que elas ;e referern, para se saber qual o suporte fdc-
rico. isto e. aquilo sabre que elas incidem, apontado por elas. Af e que se 
e'erce a fu09ao e<>elarecedora, discriminativa, critica, retocadora, da pes-
qutsa JUridica. 0 conceito de suporte factico tern de ser guardado pelos que 
querem entender as lm e as opera9iies de interpreta9iio e de julgamento. 
A regra jurid1ca "Todo homem t capaz de direitos e obriga<;Oes na ordem 
ciltl" iC6dtgo Civil. art. 1.•) e regra juridica de suporte facti co simplicfssi-
mo: "Homem". Se ha urn ser humano. se nasceu e vive urn homem, a regra 
JUridica do art. 1.0 tncide. lncide. portanto. sobre cada homem. Cada ho-
PREFACIO A I" EDI<;Ao • 15 
mem pode invoca.-Ja a seu favor; o juiz tern dever de aplica-la. Porem nem 
todos os suportes facticos sao tiio simples. "Sao incapazes relativamente, 
os maiores de dezesseis e menores de vinte e urn anos'' (art. 6.0 , I). Suporte 
factico: ser humano, dezesseis anos feitos. "Cessando a confusiio, para 
logo se restabelecer. com todos os acess6rios, a obriga.;iio anterior" (art. 
1.052). Suporte factico: A devedor a B, A sucessor do direito de B. mas a 
sucessiio e temporaria, qualquer que seja a causa. 
E facil compreender-se qual a importancia que tern a exatidiio e a pre-
cisiin dos conceitos, a boa escolha e a nitidez deles, bern como o rigor na 
concep.;iio e formula<;iio das regras jurfdicas e no raciocinar-se com elas. 
Seja como fOr, ha sempre duvidas. que exsurgem. a respeito de fatos. que 
se tern. ou niio, de meter nas categorias. e da categoria em que. no caso 
afirmativo. se haveriam de colocar. Outras, ainda, a prop6sito dos pr6prios 
conceitos e das regras jurfdicas, que tern de ser entendidas e interpretadas. 
A missiio principal do jurista e dominar o assoberbante material le-
gislativo e jurisprudencial. que constitui o ramo do direito, s6bre que dis-
serta. sem deixar de ver e de aprofundar o que provem dos outros ramose 
como que perpassa por aquele, a cada mornento. e o traspassa. em varios 
sentidos. Mal da ele por come<;ada essa tarefa, impoe-se-lhe o estudu de 
cada urna das instituic;oes juridicas. Somente quando vai Ionge a sua inves-
tiga.;ao, horizontal e verticalmente. apanhandu o sobrcdireito e o dircito 
substancial, e que pode tratar a regrajuridica eo suporte factico. sobre que 
ela incide, avanc;ando, entiio. atraves dos efeitos de tal entrada do suporte 
factico no rnundo juridico. 0 direito privado apanha as relac;oes dos indivi-
duus entre si. e cria-as entre eles: mas a tecnica legislativa tem de levar em 
conta que alguns de~ses indivfduos sao Estados. Estadus-membrus. Muni-
cfpius, pessoas juridicus de dircitu publico. que tambem podem ser sujeitos 
de direitos privados. 
Interpretar leis e le-las, entender-lhes e criticar-lhes u texto e revelar-
-lhes o conteudo. Podc cia chocar-se corn outras leis. ou consigo mesma. 
Tais choques tern de ser reduzidos. eliminado&; nenhuma contradiorao ha de 
conter a lei. 0 sistema jurfdico, que e sistema 16gico, ha de ser entcndido em 
t6da a sua pureza. 
Se. por urn !ado, ha t6da a razlio em se repelir o metodo de interpre-
ta.;ao conceptualistico (que se concentrava na considerac;ao dos conceitos, 
esquecendo-lhe as regras juridicas em seu todo e, ate, o sistema jurfdico). 
metodo que nunca foi o dos velhos juristas portugueses nem o dos brasi-
leiros, temos de nos livrar dos metodos que nao atendem a que as regras 
lllnJa,·a, '~ t;u~m nm1 ,\, •'Oik-tito.• e !z;se~ lt'nl a sua th.11r;lo historic:& 
,. h,it> <k \Cl rn'\·i,Jd\ll'. Prill\·apalmentt', lt'nl·~ de levar em Ct\018 que I 
1\'~r.t JllriJa,·:t. a Ita. 1 i- r 1 il'e /d /i1111. - foi plll'lll'er ouvidl e lid11 ~los 
qa11.· h;l,, '"' ·+~na-la e t 1111'3 "~Cr lida. hoje, por e1e~. Nem o que estava na 
1'"'111<' J,.,. 1111~ a .-ri111111. !l<'m n que csta na psiquc dos 4ue hoje a criarn, 
!I'm •'IIIli' 1alor alem dt> que ~rve l e\plidta~lo do 4UC ~que foi ouvido e 
hJ.> po.lr Ololll<'k' a que fl>l dingida. llU t> C por III!Uei('S 8 quem hoje lie diri· 
~r 0 rlem.:nt\> h"t•'rin>, 4ue 't' hi de rcvcrencaar. e mllis exterior, social. 
J.• que anteti.1r r J"M.'I.>ltlf.•~o. Se 3s•im se nfa.,ta a J'CSI!Uisll d11 vontnde do 
lt~t,I.W..lf. no ~ c no presente. 1\ subjetil'isnto e o voluntarismo que 
- ha lllal> de tnnta e J,.>is anos- combatcrno> \Rtls.'o Subjektivismus und 
\i•lunt.tn.mu' 101 Rcdlt •. ~nill'fiir Rr.-lll.<llM Wirtsdwftsphih~•ophit. 16, 
5:~-54.1),
ha .k r~atar·-.t pa.~sar-se a tlUtnl subjetil'i.rml e a outru volunta· 
"'""'- • tJ da i~at;io da lt>nlllk da lei. Ratic•l~11is nilo c l'c>lunta.• lf'Ri~·; 
Ira n:t..• quer. lri regra.le1 enull\·ia. 0 ~ntido eo que e't' na lei. confonnc 
,, '''lema JUnJa.:t>. r na..• •> que se atribui ao legi•lador ter querido, nem il 
ka <jutrer ~ora. Ncm o qll( E. R. Bl~lli.ING (lllristisdrt Pri:ipienlt'hrr, 
1\". :~oe ~56 ,.l.lltll1 ,, qll( K BINDtNc; tHt~llllbut·h, I. 465l e J. Kmu.EK 
1.l'ho:r d~e lnterpretauon der Ge!.e11en. <Jrilnhuu lLitst·hrift, 13, I s. l ~us­
tenLIIJJll lnrrrprew ~ melar a.' rcgra.~ juridica~ que falem punc do siste-
ma tundi•''- · J'XIc ter -ilk, ~nta e podc nil•• eslar esc rita, mas exi~tir no 
'''tellli. ptl<lt eMil C)Crila c fa.:ilmtntc entender-!iC e II(II"C'~ntar l"ertas di· 
ri.:ulda.k, para -.cr entcndida. Nil) rnooocrocia.~. os trabalhos preparut6rios 
ti,·Jvam nuh or:ulttJ•. rmn~entr st publica,·ant com pm(l<\sito dl!' servir 
J illltrpreta~;io. ~ quast srmpre !iC perdiam. ao passo que a interpretu~ilo 
.wtinlica tinha todo o prestigio de ki. uma vczque nao existia o princfpio 
,'OII,Ilrocaonal de irreiTOllti\ idade da lei. Na. democradas, com o prindpin 
Ja am:troatindadt da lei. a interpreta~o autentica ou t! nova lei, ou niio 
tem .._.11\l pmtipl que ode seu valor intrinscco, se o tern; ~ interprcta~io 
.-omo qualqurr outra. scm qualqu~r pc~ a mai~ que lhe possa vir da pro-
cedeDcia: o •'l'lf!JO lqi51ativv sbmtnte pode, hoje, fazer lei para o futrlm; 
Rio. para tnl.!. ainda a pretcuo de interpreter lei feita. 0 tribunal ou juiz 
que~ o Congresso Nacional cairia no ridfculo, sc bern que isso 
,a 1enha OClliTido na Europa. Se o lcgislador A ou Oli lcgisladorcs A, A' e 
A". quismm a e tocb 011 outro51egisladofCii quiaeram b, mas o que foi 
JjJIIMdo e publicado foi r. r E que e a ~ra juridica. Bem wim, se todos 
quilmm 11. e foi aprovado e publicado r. Os trabalhos preparat6rios slo, 
pon11110. clancnto de valor mfnimo. 0 que foi publicado ~ a letra da lei, 
COlli as - paliVflli e fnses. Tem-sc de interpretar, primeiro, gramatic:al· 
YHHA<'I<IA I'I•III<,'AO • 17 
rnentt', mus jtlui us pulnvrus podem rcvclur "'ntidui.JUC nAu,·urru.:idc ~·o111•1 
du dkiom\rio vul~ar (pod!! hi estur fi!M.:isilo. c lnrtHr·sc de l'('solu~Au: podc: 
hi cstar l.'nndh;t\o, c ntlo scr de ,·onrlici" 4u~ •c hu de .:ojlillu: Jl<l<k f11lm 1ooe 
de em1, C: S<) S(' devt'r CfltCildCr I) Cfl'll de t'Uhl, ~ 111\u ll dl' dirl'ihl) {)senti· 
do litcrnl c o -.~ntidn /itnul da l'iendu do direitu, tendn·S<' em vistllljliC ,, 
proprio redntor dn lei uu rcdigi-lu. t'.\crcia hm.,:~u du dimcnstlu ('kMtr.·u, c 
ni\<l dn dimt•ns~u jurfdku, podl' nilu scr jurist a uu Sl'£ muu juristn. <>ll fulsn 
juristn. n que c! piur. Dcmai,, cstnva ~It' u rt'di)(ir Jt•gru jur(di,·u. <Ill n"(lrtlS 
.luridi,·as, I.Jlll' sc \'Uilt'mhutir nu sistt•mu juridko <' tal inscr4,':ln n:ln •' S<'lll 
,·onsCI.JUcnl'ius pura n .:ouh:tidn dus rt•grus jun'diL·as. uem scm n>IIS<'lJllt\11 
··ins paru o sistcmu JUridil.'o. Jurisprud<'n•·i11 contm ll lci t! jur·"prudcncia 
cuntrn (sse rcsultndn. Pur issn, regru juridi1.·u nun cscritu pndt' dilmar uu 
diminuir u contc1ido Ja fl.'jlra juridin1 nova. Duf. quund<l sc h) a ki, em 
vcnlude se ter na mt'ntc o sist~·nu1 jurfdi,·o. ern <.JUt' clu c:ntra, c sc lc:r '"' 
ltislciria. 111/lt'X/0 c "" t'.\f)f1Jil'<io si.,/('11/Jii<'<l. Os ern·~ Jc cxpn:ssa\u Ju lei 
s•\•• corrigidos facilmcntc: porquc otc"lu fka entre ~"c' dois compo1wntcs 
c.Jnmatcriul puru 11 lixu.;ilo c.J,, vc:rtladciro st'ntidn. 
Na rcvclm;nn de rcgra jurfdi<'ll ni\o cs~.·ritu e que: se nota mainr hh<'r-
dadc do jui1.. Nntu-se: mns (,lui cssu lih<'rdatlc'~ Rcvch1r 11 regm JUtidku. sc 
nilo csll\ cs.:ritn. lcnJn-sc 1111 hist6riu c no sistema h\gil'O, mln e opNao;A•• 
diiCrente de s<' lcr nu hist6riu. no tnlc> e no sistemu logko. Nr\o 'c ,·ria u 
regru jurfdicu niln es.:ritu. como m\u se aiu a I'CJ!tru jurfdi<:u csaita; umh11s 
si\o rcvc:ladus, ru.a1o pnr que lidur-se em lacuna do dircito somem~· tem 
scntido sc se criti.:u o sistema juridk:o, isto rf. sc sc fulu clc· iur't' ,·,rn,/..,,./o, 
ou se sc: nludt' a visiio de primcinll'\llnlc. a ul~o I.JUC niiu se viu il prinwiru 
vista. Lacuna prcenchida nllo e lucunn; ln.:una que m\n <! prccnchtvl•l e la-
cuna de iurt' comlt•ndo. 
Analogiu st\ sc justificu sc u mrio le!(is c a mesma (Ubi eadem llltio. 
idem ius): so St' ndmite se, L'om eta. s~ rcvclu, st'm sc: suhstiluir n jui1. 
ao legis tudor: ondc eta rc:vela rcgra jurfdica nl1C\-escrita, e mwl<•!li<l iuri.~. 
provem de explicita~oo do sistema jurfdico e aindll e apenn.~ revelndorn, e 
ni\o criadora. (A) Quando se revelo por anulogiu legal, anuloxiu 11'11'·'· u 
que em verdudc ~e fa1 e explicitar que u) a regralegul t).primiu. Ill' te~to, 
principia particular, e b) ha prindpio muis gentl em 4ue ~k se ~·untem. \B) 
Quandn se rcveln por anulciRicl iuri.!, exphcitu-se rl'gra jurldica que se hi!. 
de tcr como a), poisja existe. nl1o escrita. no sistemajurfdico. fora <le \Al 
e de (B). a chamada unalogiu e ediq;!io de regru jurldicll, ~'Ontnt o principio 
da separa"Ao dos poderes. 
llo! • TII:ATAI>O IJI: I>IRl.ITO PRI~ .... OO Tumo I 
3. A atil1dade mai' relevantc da ciencia do direito consiste, portanto, 
em apontar qua1s o' termo~. com que se compuseram e com que se hiio 
de wmpor a' propo\i~oes ou enunciados. a que se da o nome de regras 
Jurid1cas. e qu:u~ as regras juridicas que. atraves dos tempos, foram ado-
tadas e apllcada.s. A suces,iio h1st6rica dessas regras obedece a leis socio-
l<'>gicas. Outrd atividade. que nao e menos inestimavel do que aquela, esta 
no interpretar ,1 conteudo das regras de cada momento e tirar del as certas 
norma' ainda mais gera"· de maOo a se ter em quase completa plenitude 
o \1\tcma JUrid~eo. 
De..de mai; de dol\ milem01. porem principal mente nos ultimos s~cu­
Jo,. Iongo esfor~o de invesug~io, servido. aqui e ali, pel a apari~ilo de al-
gun' (\piritos genia1s. conseguiu cristalizar a obra comum em enunciados 
"•hrc <~> pr6pm~ enunciado1 e sobre os termos, tomando cada vez "menos 
1mperkita," a linguagem c a l6g1ca do direito. A primeira necessidade da 
C1en.:1a jurid1ca pa.,..ou a~ a mai\ rigorosa exatidilo possfvcl no delimitar 
o' conccJto' (E. I BEKKER. System, IX). Os decenios passados puderam 
contcmplar a obra 1men13 do ~ulo XIX, perceber o que oao obtivera. ate 
a~ora. "pre(1-ao": c prcparar-nos para a continua.;lio criadora. que nunca 
scna P''"fvel ...:m a mole doli re>Uitados anteriores e a depura<;iio inces-
'antc de erro\. 
0 valor do metodo etnol6gic4 a\~cnta em que prccisamo~ conhecer 
a.' in,titui.;•ie' juridica\ em seu ben;o. mesmo em seu' nascedouros, ou 
para dJ;ungulrmo~ dl1s outros prucesso~ sociais de ada~llo o direito, ou 
para poderm•J\ e!ol:alonar, no tempo,~ forma.\ que o direilo foi assumindo. 
So a"1m poderemus datar o que apareccu no momcnto proprio e o que 
aparcccu em momento impr6pno (regrcss6e,, prematuridade legislativas). 
Cum o mctudu etnologico eo h1st6rico-comparativo, podemos alcan<;ar a 
d1>~:nm1~iao da> faM:•.na evolu.;ao 'IOCial (metodo sociologico cientifko 
ou fa~Col<'>gi~o. que f01 \empre o seguido em nos-as obras, qucr de socio· 
lo~Ja, qucr d~ do!tf113Uca juridJcaj. 
0 \alor do' estudo• hisuSricos para o conhecimento do dire ito vigen-
te a~senta em que nio se po0e conhecer o preseote, Rem se conhecer o 
pa..,ado, mio ..e pode conhccer o que e, ~~em ~e conhecer o que foi. Nilo 5C 
podcria ~ituar. no ttmpo, na evohu;au JUridica. cada enunciado do sistema 
l6~1co: ncm w C11lheria o que e~tava na psique do~ elaboradores da lei, 
potque e~tava no arnbicnte social (e continuou de cstar), e ~c sup6s inclu-
,,o 80\ tc:~loc~. ou entre 01 tnto~; nem 5C' poderiam tixar certos conceitos. 
nem ..r llt1em•illanam cerw ca~qonas.que tern o~ »eu~ limitea marcadt~ 
PRY.FAno A 1.' Elli(.~O • I 'I 
pelos tios hist6ricos. Ainda onde o direito mudou muito, muito se ha de 
inquirir do que nilo mudou. 0 direito muda muito onde em muito deixou 
de ser o que era. 
4. A nO<;iio
fundamental do direito e a de falo jurrdico; depois. a de 
relart1o juridica: niio a de direito subjetivo, que c ja no~ao do plano do~ 
cfeitos; ncrn a de sujeito de dire ito, que c apenas tcnno da rela~iio juridic a. 
S6 ha direitos subjetivos porque ha \ujeitos de dircito; c s•\ ha suJcitos de 
dircito porquc ha rela~f,cs jurfdicas. 0 gnmde trabalho da ctencia juridi-
ca rem sido o de c\aminar o que c que vcrdadeiramentc sc passa entre 
homcns, quando sc dizem crcdorcs. titulares ou sujeitos passivos de ohri-
gm;oes, autorcs c n!us. proprictarios. cxcipientc:s. etc. 0 esfor~o de dois 
milcnios conscguiu prccisar conccitos, dar fonna sistem<itica a cxposio;ilo. 
pur esse' conhecirnentos i\ disposifi50 dos claboradores de Ids novas e 
aprimorar o sensu crftico de algumas dezenas de gera~<ies. ate que, n.-ccn-
temcntc, sc elevou a investiga.;ao ao nfvel da investiga~:io das outras cien-
cias. para maior prccisao da Jinguagcm e dos rat·iocfnios. A subordimu;ao 
del a a mctodologia que rcsultou du 16gica contcmpnr!nea. inclusive no que 
<:OOCCTnC a cstrutura dos sistemas, C 0 ultimo degrau II que Sl' atingiu. 
Alias, "tcr direito" e. no falar diario, ambiguo, ~c nao equivoco; 
Goethe tinha dire ito de escrcver o que quiscssc c. ainda naqucle tempo. 
podcrfamm. ver no escrcvcr o cxcrckio de (dircito de) liberdadc de traba-
Jho intclectual; A tent dire ito de se zangar com B. por B ter sido gmsseiro. 
e ve-se hem que sc esta no mundo factico, u falar-se de direito, em scntido 
amplf~~imo. que ni\o eo snciol6gico. nem o tl!cnico. Ti:xla conlit'nicm;ia h<l 
em sc evitar esse sentido, e11.trcmamentc largo. do falar comum; porem <lS 
junstas mesmos pccarn em nilo verem que o dircitn abrauge maior cam-
po do que aquelc que costumam, na rotinu do ensino, da judicatura, ou 
da clabor<l\iiO dus leis. apontar ou pesquisar. Se A toma banho na pmia. 
excrce direito de: que elc ni\o cugita, e c dircitv como os outros; se B vai 
ao l'ubeleirciro. com a lilha, c diz que de!oeja us tranc;as do cabelo cortadn, 
exerce direito. Onde qucr que se distribuum hens da \'tdu. inclusive ON que 
se Jigam a pr<Spria pessoa. a! csta o sistema juridico. Quem di1. "ai e~t:i o 
sistema jurfdil;o" diz ht\ cJcntentos hkticns sohrc OS quais inddiu regra 
juridicu. Tal regra pmle ser escrita, ou nao e~crita; em umbCl!i o~ ~·asm •. 
fu1. parte do sistema juridico. que e um ctlkuh.> h)gico. A ~.:uda momento 
surgcm problemas que ..Omente podcm ~cr resolvidos ~ sc obede\.·c a indi-
ca~~cs t' ruciocinios exatos. 
m • TRAlAOO Dt. DIR~ITO PRIVAOO Tomol 
A incidencia da regra juridic& e que lorna juridicos OS bens da vida. 
Muita~ vezes, porem. a inrognita e a regra juridica; outras vezes, o con jun-
to de lato,, o mpone fcictiw, em que a regra juridica incide. Ali, responde-
·se as pcrgunta~ - ";,Ha a regra juridica e qual e?"; aqui. a duas outras 
".;Quais os elementos que compiiem o suporte factico; equal a natureza de 
cada urn dele<'" Tais questiles sao inconfundiveis com a.~ da irradia~iio de 
efeitos d~o;a impressao da nonna juridica no suporte factico. 
Por onde se ve que niio e de admitir·se, em ciencia, que se comece a 
exposi~ao. a fah1Ne do~ efeitos, da eficacia (direitos, deveres ou dfvida.~; 
pretensiies, obriga~iles; a~iles e exce.;aes). antes de se descrever como os 
elementos do mundo factico penetram no mundo juridico. 0 direito dos 
nossos tempos. depoi, de se haver o homem libertado do direito do clii e da 
tribo. bern como do privatismo oligarquico da ldade Media, e baseado em 
que cada urn tern campo dt autonomia em que pode rumar, como entenda, 
a sua vida. Supiie-se em cada uma aptidao biol6gica, social e psico-indi-
lidual para alcan~ar fins autonomos. escolhendo os fins e, ainda, criando 
fin., seus. A intervenc;io do Eslado e excepcional, piisto que, na elabor~lio 
da~ leis. se adotem - para os individuos e para o E.~tado - regras que nilo 
podem ser alteradas pela vontade de cada urn. Algumas criam direitos; 
outras, oo·eres; outra.\, pretensiles, obriga~oes e a~iles, ou s6 pretensiles e 
obrig~ties. Outras criarn direitos sem os subjetivar, de modo que o efeito, 
a que entllo se chama direito, e reflexo da nonna juridica que incidiu, sem 
ser. poi~. o seu efeito adequado ou, ~equer, anexo. Nem sempre o efeito re-
He~o cria direito sem \Ubjeti~·~iio; o interesse e protegido sem a cria~lio de 
direito wbjetivo. ou. ~equer, d!reito. Todavia, guardemo-nos de reduzir a 
e\\a ca&egoria alguns fatos do mundo juridico, que ofereceram diliculdades 
ils ge~s anteriores ao terem de os classificar (e.g .. a lei>8o da proprieda-
de. 011 da pe~~J; e mais ainda nos havemos de precatar contra discrimi-
~iles co111.-retas entre direito e interesses protegidoh que corresponderam 
a momenw.. ja ~os. a rnomentos em que eram verdadeiras (hoje niio 
mais o siio). tanto mats quanto tais discrimin~iles podem ter resultado de 
defit:iencia do direJto pUblico de povos grandemente progredidos no direilo 
privado. A afinnativa, por exemplo, de que nilo ha no sistema juridico regra 
que profba, em geral. causar dano a pessoa 011 ao patrimonio alheio (e.g., 
A. VON Tt:KR, Dtr ltllgemeint Teil. I. 56) e falha: primeiro, desatende-se 
a que ew regra Juridica pode ser nio-escrita e a que as regra.~ jurfdica.~ de 
~ supciem a regra juridica que se h' de ter violado; segundo, olio se 
ve que. noutro ramo do direito, que e 0 direito pUblico, A,, vezes no direito 
constitucional. a regra jurfdica. que se suplie, vern, de ordinmio, cscrita. 
PREFACIO A I ' EDI<; Ao • 21 
5. Quando se trata de direito privado contemporaneo, pouco~ siio os 
que se diio conta de que ha mais de dois mil anos se vern elaborando toda 
a doutrina de que desfrutamos. Em verdade, foi como sc, atraves desses 
milenios, estivesse o homem a descobrir o que scria melhor- ou e melhor 
-para regular as rela,.oes inter-humanas. "Descobrir" e o tcrmo; pouco 
se criou: revelou-se, nos livros de doutrina, na.~ elaborac;nes de regras ju-
ridica.~ e nas criticas, o que se presta a resolver os problemas do inten~s~ 
humano. As vezes por muitos seculos se procurou soluc;ao. No final, o 
direito, ainda o direito ni\o-costumeiro. e a obra de milhare~ e milhare~ 
de inteligencias. Dai ter-se de colher, aqui e ali, a verdade. Facil e as~im 
imaginar-se o que representa de esf6n;o intelectual, de pesquisa, a Parte 
Geral do Direito Privado. 
6. A respeito de conter, ou nao, o Codigo Civil regras juridic as de 
direito administrativo (portanto, hetcrot6picas), e de poder alguma regra 
de direito civil ser invocada como subsidiaria do dire ito publico, especial-
mente administrativo, tern havido graves confus6es. provenientes de leitur.1 
apressadas de livros estrangeiros. No art. 1.0 , diz-se que o C6digo Civil 
regula "os direitos e obrigac;aes de ordem privada", de modo que co fundo 
comum para o direito civile o comercial; porem nao para o direito publico: 
para esse, a regra juridica de direito privado somente pode ser invocathi sc 
e elcmento do suporte factico de alguma regra juridica publid~tica o fato 
juridico privatistico, ou se- o que e causa das maiores confusaes nos inex-
pertos -a regra juridica privatistica revela. no plano do direito privado. a 
cxistcncia de principio geral de dircito que tambem l't! hti de rcvelar nodi-
reito publico. Exemplo de discussao impredsa por oca:;iiio dos ac6rdam. do 
Supremo Tribunal Federal, a 23 de junho de 1943, 5 de junho de 1944 e 5 
de ag6~to de 1949 (R. do.f T., 148. 777; R. de D. A., ll. 560; R. F., 129. 120). 
Em voto no ac6rdao da 2.' Camara do Tribunal de Justio;a de Mina~> Gerais. 
a 23 de fevereiro de 1948 ( R. do.1· T, 184. 351 ). procurou-!.e criterio dislinti-
vo, dizcndo-se que. em direito privado, se permitc o que nao e proibido, ao 
pa~so que, no direito publico, !.O sc pode fazcr o que c pem1itido; mas i'so 
c facil dito, sern qualquer apoio em prindpios, -tanto h:i regra' jurfdkas 
permis~>ivas e proibitivas no direito privado quanto no publico eo campo da 
liberdade, no direito publico, c ainda mai~ vasto do que no
direito privad11. 
7. A Pane Geral do Dirtito e urn do~ ramos do Direito. Todo 'istema 
juridico e sistema 16gico. Cada ramo tambem o e. Niio e contempln~;ao, 
22 • TR,TAOO DE OIRUTO PRIVADO Tomo I 
nem doutrina teleol6gica. Ha de formar sistema 16gico; ou, melhor, ha de 
~er apanhado do que e geral e comum no sistema 16gico, ou geral e co-
mum no~ si~temas l6g1co~ de que se trata. 0 sistema jurldico pode ser o 
do btado A. ou urn do~ sistemas juridicus (o direito civil, por exemplo) 
do E.,tado A; ou o dos Estados A, B, C, ou urn dos sistema~ dos Estados 
A. B. C. Ou ;e restrinja a delini~iies, ou explicitc principios ou regras, ou 
e "'tema logico ou e parte de sistema. Embora seja possivel pcnsar-se em 
Parte Geral do Dircito em algum ~istema hipotitico (imagimirio) X, ou X, 
Y. Z. a Parte Geral do Direito, ou do Direito Penal, ou do Direito Privado, 
ou a que tor. e a de direito ~.tistente. ou de sistemas jurfdicos existmte.v, 
ou de ramo do direito existente ou de ramo de sistemas jurfdicos exis-
tenus. 0 ~eu programa nao pode ser ode filosofia do direito, nem ode 
sociologia do direito; menus ainda ode hist6ria ou ctnologia do direito; 
nem o deJa pode suprir, ou eliminar os programas dcssas disciplinas, ncm 
ode qualquer dcla~. nem os de t6da.~ o suprem, ou eliminam. 
Algun\ cnncenos, e de notar·se, sao .w)bre os sistemas 16gico\ a que 
..e Ja a qualific~iio de jurfdico;; por exigencia pn!.tica, foram inclufdos 
na Parte Geral do D1reito. para se ni\o recorrer a remiss<les. Outro~ silo 
conceno~ de que 'iC preci\a e. po1s, subentendidos, o que os faz d1'.finirves. 
A Parte Gnat do Direito Primdo tcm, necessariamente. de trabalhar 
com. 0\ ~onceito~ que ;iio comuns a todos os ramos do d1reito e a todos os 
ramo' do due ito privado; e com os conceitos que somente sll.o comuns 
aos ramo' do direito ~iv1l, ou 110 direito comercial, ou a outro ramo. 
8. A doutrina pandecti~ta do M!wlo XIX dcvNe a elabora~ao da Par-
te Geral do d•reito mil a ponto de sc haver imposto, no s<kulo XX, as 
codih~~iic~ mah autorizadas, cxceto. o 4uc e lamcntar-se, ll cudifica<;ilo 
italiana. A' categorias juridica\ foram classilicadas; os seus cuntcudos dis-
L'UtidO\ e aclarados: e nao hli negar-se que. aos primeiros dccenios do secu-
lo ~lfl'rnte. a tal ponto hav1a chegado a sistcmatiza~:lo, que os csfor'fOS, u 
partir de,..es ano\, foram em profundidade c no !!Cntido de dassifica<;llo de 
toda a teoria geral do direito, em irradi~l\cs do que se conscguira na Parte 
Geral do direito CIVil. hatamentc por is~o. a obra, 4ue verse, no meio do 
..Cculo XX. materia que se ani'ltJiuu com rantas invcstiga'i<les e contro-
~ersia,. exige·\e pi\r·M' em dia como que deixaram os ultimos grandes 
<:IVIJista' das tri!s pnmeira\ dccada; C 0 que as duas UJtimas COIISCguiram 
rorrigir e aperfe1~oar. Scria purem. incompleto o pilr-~ em dia. ~ nllo ,;c 
atende~se ao que se irradiava, em cnmpens~Ao fccunda, do~ outrus ramos 
PRcFACIO A 1.' F.DI(,:AO • 23 
do direito. Daf a razao de se reputar da mais alta re~ponsabilidade empre-
endimento tao complexo, a despeito de caber a matc!tia, nos c6digos. em 
duas centenas de artigo.'> (§§ 1-240 do C6digo Civil alemao; art•. 1.0 -179 
do C6digo Civil brasileiro). 
9. A divisao das materias da Parte Geral aparece, nesta obra, pela 
primeira vez, em ordem 16gico-cientffica. Primeiro, expusemos o que con-
ceme ao plano da exi.rtencia: depois. o que se ref ere ao plano da validadt>: 
final mente, o que somente penence ao plano do eficticia. 0 fato juridico. 
primeiro, e: see, e somente see. pode ser t•cilido, nulo. anuldt•el, rrscin-
dfvel, rrsnluvel. etc.; see. e somente see. pode irradiar efeitos, posto que 
haja fatos jurfdicos que nao OS irradiam, OU ainda nao OS irradiam. No 
Plano I, a regra jurfdica eo supone factico s6bre que ela incide sao ode 
que de infcio nos incumbimos tratar: depois da incid~ncia. que toma fato 
jurfdico o supone factico. versa-se o que define os fatos jurfdicos e os 
classifica. A personalidadc e a capacidade entram no e.'>tudo do suporte 
f:ktico, porque de tais conceitos prccisamos desde logo. No Plano II, o 
assunto ja supfie a cxistencia dos fatos jurfdicos; mais precisamente. dos 
atn\ juridicus (oeg6cios juridicos e atos juridicus stricto sensu), fora os 
fatu~ juridicos stricto sensu. Sao a va1idade, a nulidade e a anulabilidade o 
4ue mai' longamente nos ocupa. No Plano Ill. cogitamos da t?jicdcia, que 
supiie existcm:ia e, de ordinU.rio, pelo menus, niio ser nulo o ato jurfdico. 
Respcctivamente, Tornos 1-fll,IV e V-VI. 
A diferen!fa entre o mundo factico eo mundo jurfdico ve-se bern entre 
o passeio 4ue alguem faz ll casa do amigo e a cntrega da carta com a ofen.a 
de contrato, entre o ato de ccrcar. interionnente, o terreno que lhc pertence 
e o de invadir o terreno do viLinho, entre a uvulsao interior ao terreno de 
A e a avulsiio entre o terreno de A e ode B. Duas pessuas que se divertem 
jogando canas, sem parar qualquer valor (somente ficha' de osso ou de 
materia phistica. que voltam ao dono), mantem-se no mundo fiictico: e duas 
que fizeram paradas de dinheiro, fizeram entrar no mundo jurfdico, desde o 
momento em 4ue acordaram em tal jogo, o neg6cio jurfdico dos art~. I .477-
1.479 do C6digo Civil. A diferen4Ja entre o plano da existencia eo plano da 
eficacia percebc-se claramente quando ~e considcra o fato jurfdico e o di-
reito, o dever. a preten~ao, a obriga4Jiio, a lllflio e a exce~[ilo, que Hio t?{l'itos, 
ou a condirriio e o t~rmo, que s6 operant no plano da etlcada. e o diMrato. 
a resolu4Jllo .<;em ser por advento de condi~;ao ou temto, a pr6pria rcsili,ao 
e a derillncia, que se pa....sam no plano da ellistencia. 0 distrato desfaz o ato 
24 • TRATAIXJ DE DIREITO PRIV~IXJ • T<•IDO I 
juridico: a resolu~ao resolve o ato juridico. a resili\ao resile-o; a demlncia 
atinge o ato juridico. A condi\ao eo !Crmo 50mente apanham efeitos. 
I 0. A foote mais extensa do direito civil brasileiro e o C6digo Civil, 
que teve a data de t.• de janeiro de 1916 e entrou em vigor urn ano depois. 
"Este C6digo" disse o art. 1.", "regula os direitos e obrig&\OeS de ordem 
pril'ada concementes a.~ pessoas. aos bens e as suas rel&\i>es''. Em t!rmos 
cientificos, evitadas as elipses: o C6digo Civil regula os fatos de que resul-
tam direitos e obriga\OeS de ordem privada, quer de natureza pessoal. quer 
de natureza real. Como toda codificB\iiO, o C6digo Civil nao foi exaustivo 
senao por algum tempo ( = ate a apari\ao de alguma regra juridica derro-
gativa. ou a latere) e ainda assim nao foi perfeita a sua exaustividade: 50-
mente onde se regulou alguma materia foi, excluido o direito anterior (art. 
1.807: "Ficatn revogadas as OrdeD3\0eS, AI varas, Leis, Oecretos, Resolu-
\Oes. Usos e Costumes eoncementes as materias de direito civil reguladas 
ne~te C6digo"). No art. 1.806, estatuira-se: ··o C6digo Civil entrara em 
vigor no dia t.• de janeiro de 191 T'. 
A foote mais extensa do C6digo Comercial e o C6digo do Comercio 
(Lei n. 556. de 25 de junho de 1850). 
Os que nao vivem atentos 11 hist6ria dos diferentes sistema.~ jurfdicos 
dificilmente podem apreciar, com profundidade, a grande vantagem, que 
teve o Brasil. em receber o direito portuguese a doutrina jurfdica dOli secu-
IO'o XV em diante. !!elll que direito estrangeiro f6sse imposto por invasores 
ou em imi~ ~~. eomo aconteceu a muitos dos povos hispano-
-amencanos. em rei~ ao C6digo Civil frances. 0 Esborro de TEIXEIRA 
DE FREITAS, que nos teria dado o melhor C6digo Civil do seculo XIX, 
pmtou-~. nio se transfonnando em C6digo Civil, o servi\o de plir-nos 
em dia como que ele genialmente entrevia e permitiu-nos sorrir dos imita-
dores do COdigo Civil frances. enquanto Portugal, imitando-o, deixou que 
a sua hist6ria juridica se fizesse mais nossa do que dele. 0 C6digo Civil 
bmilrlro e bem, como dis$<: L. ENNECCERUS. a mais independente das 
eodillc~ Wlno-americanas. 
Pan quem o!M\'1. ~. o que $t passou com o direito comer-
cia!. nola a anifK:Ialidade eom que $t quis arrancar do direito
privado o todo 
wficimte para aparecer. eomo autfmomo, ramo de direito privado que ape-
- COIIlli!ia em al!lftll8.\ lei' especiais e algunw regras juridicas concer· 
neofe\ ~ oomen:ianr.n. Algumas lei~ foram soldadai ao dircito comercial 
_. ~ jlnliliar tal wl~ deliberada e violenta. 
PRHACIOA I'EDI~'AO • Z5 
II. A obra obedece a programa rigorosamente cientftico: a distiru;lio 
entre mundo fdctico e mundo juridico, que e o do sistema jurfdico. vern a 
frente, e concorre imensamente para clarear os assunto~ e pam a solu~.3o de 
problemas delicados que perturbavam a ciencia europeia: depois, a distin-
'>iio entre o plano da e.ristb1cia. o plano tUI l'alidadt' e o f'lano da l'jit·ticia, 
sem a qual em tantas confus6es incorrem os juristas. baralhando "ser··. 
"valer" e "ter efeito", como se f6ssem equivalentes "ser", "~er valido", "ser 
eficaz", ou "niio ser", "niio ser valido", "ser ineticaz". A ciencia do direito, 
colhendo das regras jurfdicas, da sistematica e da pratica os conceito.s. 
obedece as diferen.,as; os juristas. aqui e ali, perdem-nas de vista. Tudo 
aconselha a que se ordenem as materias com toda a precisao conceptual. 
Ja TEIXEIRA DE FREITAS percebera que a pane do direito concernente a 
eticacia ("dos efeitos civis", dizia ele) havia de ser todo urn livro, ap<is as 
causas. as pessoas. os bens e os fatos juridicos. Somente depois se trataria 
- no plano do direito civil - dos direitos pessoais e dos direitos reais. 0 
C6digo Comercial fundir-se-ia, uniticando-se o direito privado. Foi isso 
o que ele propOs em oficio de 20 de setembro de 1867, antes do C6digo 
suf'>o das Obriga.,oos, - e a mediocridade circundante rejeitou. 
Ha ceno tio de coerencia hist6rica e espiritual em realizarmos. ja no 
plano da sistematiza.,ao, com o material do direito vigente. complello e de 
diferentes datas, vcrsado lealmenrt, o que, no plano da tecnica legislativa, 
mra o sonho do jurista brasileiro, h3 quase um seculo. Serve isso para mos-
trar, mais uma vez, que o Brasil tern um destirw. que lhe trac;aram o uni-
versalismo portuguese as circunstilncias juridico-morais da sua historia de 
mais de quatro seculos. E Ele. c nao apenus nos (o civilista do s~ulo XIX 
eo au tor desta obra). que planeja e cllecula. Somos apenas os instrumento~ 
da sua avan'<ada na dimensilo do Tempo. a servi'<o da ordem juridica e da 
ch!ncia, na America e no mundo. 
De nossa parte, outrem poderia lcvar a cabo esta obra. mclhor c m:ti\ 
elicientemente; as circunstAncius trabalhar.un a nosso favor, de modo que 
cedo percebemos que sem elas ni\o poderfamos, nem outrcm quah.Juer 
poderia enfrenta-la. Tambem uf nlio se !eve a cunta de merito ellcepcional 
do au tor o que foi resultado, tiio-s6, du convergenciu, cxtrcmamcnte felil, 
de multiplos fatores, de ordcm psiquica e de ordem material. Lima dus 
circunstfmcias foi a prdtica do direito, durante mais de quarcnta ttn11s; 
outra, a formw;i\o inicial. 16gico-mateml1til::a; outra, a possibilidade de es-
tar a par da ciencia europeia. especiahnente alemll e austrfaca, a cu~tll de 
grandes sacriffcios. Porem nllo pesou menoK o ter podido, materialmentc-, 
2~ • TR \TAllO DE DIRFITO PRIVADO- Tomo I 
realizar a obra. atraves de trinta anos de organiza~ao minudente e de dis-
ci pi ina estrita. 
A ciencia precisa. para ser verdadeiramente pratica, nao se limitar 
ao prati.:o IR. \OJIO lHERING. Jahrbiicher for die Dogmatik. l, 18: "Die 
WJ,senschaft darf. urn wahrhaft praktisch zu sein, sich nicht auf das Prak-
tische hescluiinken "). Esse pensamento nos voltou a mem6ria, varias vezes 
ao re\ ermos a~ provas deste livro. A falta de precisiio de conceitos e de 
enunriados e o maior mal na justi~a. que e obrigada a aplicar o direito, e 
dos escntores de direito. que nao sao obrigados a aplica-lo, pois deliberam 
eJe,-mesmo~ escrever. 0 direito que esta a ba~e da civiliza~ao ocidenlal s6 
-e rewstira do seu prestigio se lhe restituirmos a antiga pujan~a. acrescida 
do que a investiga\iio cient!Jica haja revelado. Nao pode ser Justo, aplican-
do o dtreito, quem nio no sabe. A ciencia hli de preceder ao fazer-se justi~a 
e ao falar·se sobre direitos. pretensiies, a,iies e exce~iies. 
Para honestamente se versar. hoje. o direito privado brasileiro, preci-
>3·>e de prepar~ao de alguns decenios, quer pela necessidade de se me-
dnarem milhares de obras. quer pela assoberbante jurisprudencia que se 
arnontoou. Por outro lado. niio se pode impor ao publico a exposi~iio sis-
temath:a. sem criucas. do direito privado. Tem-se de apontar o que se diz 
e e-ta errado: e chamar-se aten~ao para os que. como seu genio, descobri-
ram. ou. com o valor das suas convi~oes. su~tentaram a verdade. 
Rio de Janeiro, 15 de mar~o de 1954. 
Rua Prudente de Morais, 1356. 
SOBRE 0 AUTOR 
FRANCISCO CAVALCANTI PONTES DE MIRANDA 
Nasceu em Macei6, Estado de Alagoas, em 23 de abril de 1892. Fale-
ceu no Rio de Janeiro, em 22 de dezembro de 1979. 
Foi urn dos maiores juristas brasileiros. Tambem fil6sofo. matemati-
co, soci6logo, deixou obras nao s6 no campo do Direito, mas tambem da 
Filosofia, Sociologia, Matematica, Politica e Literatura (poesia e prosa). 
Escreveu-as em portugues, frances. ingles, alemao e italiano. 
- Bacharel em Ciencias Juridicas e Sociais, pela Faculdade de Recife, 
em 1911. 
- Membro do Instituto dos Advogados do Brasil, em 1918. 
- Membro Correspondente da Ordem dos Advogados de Sao Paulo, 16 
de dezembro de 1919. 
- Conselheiro da Delega~;iio Brasileira a V Conferencia lntemacional 
Americana. 1923. 
- Premio de Erudit;iio da Academia Brasileira de Letras, 1924, pelo 
livro lntrodU{'QO a Socio/ogia Geral. 
- Juiz de 6rtaos, 1924. 
- Premio Unico da Academia Brasileira de Letras, 1925, pelo livro A 
Sabedoria dos Jnstintos. 
- Premio Pedro Lessa, da Academia de Letras, 1925. 
-Professor Honoris Cau.w da Universidade Nacional do Rio deJa-
neiro, 1928. 
- Delegado do Brasil a V Conferencia Internacional de Navega,.ao 
Aerea, 1930. 
- Conlerencista na Keiser Wi/helm-Srifrung, em Berlim, 1931. 
!K • TRATADO DE DIREJTO PRI\'ADO- Tomo I 
-Membro da Comissao de Refonna Univer.;itruia do Brasil, em 1931. 
-Membro da Comissao de Constitui~ao. em 1932. 
-Chefe da Delega~ao do Brasil na Conferencia Jntemacional de Na-
veg~ao Aerea. em Haia, 1932. 
-Professor de Direito Intemacional Privado na Academie de Droit 
International de Ia Haye. 1932. 
-Juiz d!K Testamentos !Provedoria e Resfduos). 
- De-.embargador do Tribunal de Apel~o e Presidente das CAmaras 
de Apel~ao ate 1939. 
-Ministro Plenipotenci~rio de 1• classe. em 1939. 
-Embaixador em comissao, 3 de novembro de 1939, sendo designado 
para Colombia de 1940 a 1941. 
-Chefe da Deleg~ do Govemo Brasileiro na XXVI Sessiio da Con-
lerencia lntemacional do Trabalho, em Nova lorque. 25 de se:tembro 
de 1941. 
- Repre-.entante do Brasil no Conselho Admini~trativo da Reparti~llo 
lnternacional do Trabalho, em Montreal, 29 de agosto de 1941 ; no 
JlO'>IO de IS de setembro de 1941 a mar~o de 1943. 
- Pmfe~wr Hrmori1 Causa cia Universidade Federal do Recife, 1955. 
-Ordem do Ter.ouro Sagrado do lm¢rio do Japlio, Primeiro Grau, 
1958. 
- Medalhll Comemor.diva do Centen~rio do llllSCimento de Cl6vis Be-
vi Jaqua. 4 de outubro de 1959. 
· Premio lc:rxeira de Freita.\, pelo Jn~lituto do~ Advogado& Brasileiros, 
1961. 
-Ordem do Merito Jurfdico Mililar, pelo Superior Tribunal Militar, 
IWJI\. 
-Medalha Monumenro Naciooal ao lmigrante, Caxias do Sul, 1966. 
-l'rofe\.,or HoniJri! Cau.1a cia IJniver~idadc Federal de Sao Paulo, 
/966 . 
• C ·llmenda de Juri\ta Eminente, lnstituto dos Advogados do Rio 
Grande do Sui. 1969. 
SOBRb 0 AUTOR • 29 
- Professor Honor.irio cia Faculdade de Direito de Caruaru, 26 de maio 
de 1969. 
- Gra-Cruz do Merito da Unica Ordem da Republica Federal da Ale-
manha, 1970. 
- Professor Honoris Causa da Universidade Federal de Santa Maria, 
Rio Grande do Sui, 8 de agosto de 1970. 
-Professor Honoris Causa da Pontiffcia Universidade Cat61ica do Rio 
Grande do Sui, Porto Alegre, II de agosto
de 1970. 
- Titular Fundador da Legiao de Honra do Marechal Rondon, 5 de 
maio de 1970. 
-Sumo Titulo de Mestre do Direito. lTniversidade Federal do Rio 
Grande do Sui, 19 de setembro de 1970. 
- Professor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 
12 de agosto de 1971. 
- Premio Munis Freire de Pernambuco outorgado pela Associa.;ao dos 
Magistrados do Espfrito Santo, 12 de agosto de 1974. 
- Premio Medalha Osvaldo Vergara outorgado pela OAB'. Se10iio do 
Rio Grande do Sui, 6 de novembro dc1974. 
-Professor Emerito da Faculdade de Direito de Olinda. 15 de maio 
de 1977. 
- Premio Medalha do Merito Visconde de S. Leopoldo. Olinda, 15 de 
ma10 de 1977. 
-Professor Honoris Causa da Universidadc Federal de Alagoas. 1978. 
- Prernio Medalha do Merito Artur Ramos outorgado pelo Govemador 
de Alagoas, mar,.o de 1978. 
- I mortal da Academia Brasilcira de Letr.1s. 8 de man;o de 1979. 
- Membro Benemerito do Diret6rio Academico Rui Barbo1>a. 
- Membro Efctivo do lnstituto dos Advogados do Rio Grande do Sui. 
- S6cio Honorario do lnstituto Hist6rico c Geognifico de Alagoas. 
- Mcmbro da Ordem dos Advogados do Brasil. 
- Mernbro da Academia Brasileira de Artc. 
- Honra ao Menlo. f~ \'lit~\'\\')&..~~~\\.~'-.... ~~"-""~~ 
CatOlica do Rio GnMe oo 'Sou\. 
- Gnu de Gri-Cnu. \Ot\km "'\~"1.\ V\.~<;,at..~ ~~~'-~"h...~~"-~ 
Cultural 1:ramc\oaa\'l.o;.U.. 
- Membro da .'l.ssoc\at\on of ~-smbo\k U:l~\c -
- Membro da I>.O¥kn\lac.m~a~ ~-
- ~ientbro da ~~"a.~ l>o.'t\!:.'!.. 
- Metnbl'o da ,._cane~a ~~~~~ ~ .....,.~~ ....... <::...~~ 
- Metnb«> da "'-c~nWa.. "i'!.~~~~"-'-~~ ~~~~ 
_ C'idadan"Hon~Q~~,~~ ..... ~ 
OBRAS PRINCIPAlS DO AUTOR 
JURIDICAS 
Sistema de Ciencia Positiva do Direito (1922). 2 Tomos: 2.ed .• 1972,4 Tomos. 
Os Fundamentos atuais do Direito Constitucional ( 1932). 
Tratado do Direitn lmemacional Pri•·adn. 2 Tomos (1935). 
Tratado das Arc>es, I-VII ( 1971-1978). 
Tratadn de Direito Privado, Tomos I-LX, 3. ed. 
Cvmmttirios a Constituiriio da Repriblica do., E.U. do Brasil ( 1934). Tomos I e III. 
Comenttiric•s a Conslituiriio de /0 de IIOI'embm de 19J7, t.• e 3." Tomos. 
Comentdrios a Constituiriio de 1946, 3. ed .. Tomos 1-VIII. 
Comentcirios ci Constitui~iio de 1967. Tomos I-VI; 2. ed., com Emenda n. I. 
La Conception du Droi! intcrnacional prive d' apres Ia doctrine etla pratique au Bre-
sil, Recuei/ des Cours de /'Acad~mie de Droit lnternacional de Liz Haye. T .. W. 
1932. 
L<r Cr~ation et Ia Persona/ire des personnes juridiques en Droit intemariona/ prive. 
Melanges Streit. Athenes. 1939. 
Naf'ionalidade e Nururalizariio no Direiro brasileiro ( 1936). 
A Margem do Direito ( 1912). 
llistoria e Prtitica do Habeas Corpus (1916): 7_ ed. ( 1972), 2 Tomos. 
Tratado de Direito de Familia, 3. ed .. 3 Tomos (1947). 
Da Pmme.1sa de Recom(Jensa ( 1927). 
Das Obrigm;-oes por A to.> 1/(citos. 2 Tomos ( 1927). 
Do.1· Titulo.• ao Portador ( 1921 ); 2. ~d., 2 Tomos. 
Fontes e Evolurao do Direiw Civil Brasileim. hist6ria, lacunas e in~-orrec;Oes do C6-
digo Civil ( 1928). 
Tratado dru Testamentos, 5 Torno• ( 1930). 
f ...... JoolliMoC .. Irio: I. utrrukCdlrrbio.ll. Nola Promm6rio.lll. D~~pli· 
.-• .w-.ut n: ~. 2. ed .• 4 Tomos (19S4-195Sl. 
TlllltliodtlMilll'lwlilllt19531: 5 Tomos, 2. ed. 
c.......w .. C~>dti'mrtswCi•i/(1939~ 2. eel.. Tomos I-IX. 
c-fll'c-,.,Jtl"rvctswCMI(de 1973), Tomos I-XVII. 
~ l'rf}lll~s t Rn1!111 11e1 DiwitlJ (II'OCrSsll41 brasilriro ( 1937). 
TIIIMIIo da .4fir> lttWDtia t19131. 5. ed. 
HwMtl t l'rlllit~ do .<lrn'.lftlllll flllllturr> ( 1931). 
[OIICffiDt~da "lfftilaslldll.l"(l939). 
Dit ~t¢ 6tr Gqmwart. Bm:1 m B~Wilir~~ (Einleitung von Dr. Pontes de 
Minalar. UIIICr Milvoid.uag von Dr. PonieS de Miranda u. Dr. Fritz Gericke, 
~ ¥011 Dr.ICirl Heinscheimcr ( 1928). 
R«<wft/liltlwtd ~nl dts Rtdus ( 1922). 
~riffdtt ~l'ltS llftd »:.ioltNtpol.mmg (1922). 
/lrwJW..IIrdtJMrr/Mitrodtr Hlllldwiinerbuch, do Prof. Dr. Fnmz Schlcgelberpr, 
em~t1929~ 
QwJI<in Fomun. 8 T01101 t 1953). 
l'rwipio da rrlllliwdadt r-itll6gictl e objeliva ( 1961 ). 
Dt:1111D1tl.t'wma,l-100974-1917). 
Dt: FlLOSOFIA 
0 l'mbkrola F~lllaldoCollhtdNnto (1937), 2.cd. (1972). 
Guru. M4o t Dtdo t 1953). 
\b1lelluar 1'011 Ra.. Alii dtl V CongRsso [11/tmazionale di Filnsojia ( 1924 ), Na-
poli,l925 
~a SociDID,;a <itral 11'11.6). 1.• p!&!iD da A<:ademia Bwilelra de J..etras. 
A MOI!IIdohaw!l913). 
DtMocracid. Liltt ... l~.IJI ,, comi11hol (1~5). 
/lrtmdll(clo a Polftim Cirmijim \ 1924). 
Mrtodo dt• A"'ilisr Sociopsicol<>gica (I ~25). 
0 Norm /Ji rei los tlo Honlt'm ( 193.' ). 
OIIR .. S PRINCIP ... IS 1>0 "Ill OR • J.1 
/Jirt•ito a Suhsist~ncia ~ /Jireito ao 11-r.Jba//w \ 1935). 
Dirt!ito a Educapln ( 1933). 
Anarq11Lnno, Comunismo. Sodalismo ( 193.,). 
Los Principios v Leis dt' Simetria ~~~ Ia Sodologia Gt'nt•ra/, Madrid. 1925. 
LITERARIAS 
Pt>~mes t't chan.mns ( 1969). 
Obras Uterdrias ( 1960), 2 Tomos. 
A Saht'doria dos lnstilltos (1921), 1." premio da Academia de Lctra~. 2. ed .. 1924. 
A Sahedvria tla /11teligb•cia \ 1923 ). 
0 S<ibio " o A rtista, t'dirc1o d<* lu.w ( 1929). 
Pen~trartin, poemas, edi<,;ilo de 1uJ<o ( 1930). 
lmai{'tJes cia E'tt'la Interior, poemas, edh;lln de 1u><o {1930). 
Epikiir.- da Weisheit, Mundwn, 2. ed. ( 1973). 
SOBRE OS ATUALIZADORES 
JUDITH MARTINS-COSTA 
Livrx Docent~· (200.'\) e Doutoru \ 1997) pel a Faculdade de Direito tbl 
l!nivcrsidadc de Siio Paulo ( USP). Foi Profcssoru de Direito Civil. entre 
1992 c 2010. na Fa,·uldadc de Direitu da Univt•rsidadc Federal do Rio 
Grande do Sui (UFRGS). ond.: se gmduou t:m 1980. Alim de St.'r Profcsso-
m ,·olaborddoru do Programa de Pt'\s·Gradua<;ao da Fat·uldade de 1\.kdkina 
da UFRGS. pruferx pakstras e cursos em dcstacadas univcrsidades hrasi-
lciras c cslntn!leims. dentre das: Universidade de Siio Paulo, Uni\-ersidade 
de Coimbra. Universita di Roma- Tor Vergata. Universitc' Sorhonne-Nou-
vellc - Paris .'\. Em sua vasta produ.;iio bibliogrotka. estao alberga.das •1-
guntas ohras refcrendais para a doutrina e jurisprudencia bnsileir.l, ~·omo 
.~ l>or.ifl nt• Difl'ito Prii'Utk• cos tmlk'nttirios uo No\'0 (()digo Ci1•il- J:>t, 
Jirdln J<1s Obrig<~r<~<'s. E tambem Vice-Pre£idente do lnstituto de Estudos 
Culturalistas: e atua nlmo &rhitrn e pllre(.'erista l"m litfgios civis e comer-
dais no Bmsil e no Exterior. 
)6 • TR \T\DO DE DIRE ITO PRIVADO - Tomo I 
GusTAvo Luis DA CRuz HAICAL 
Me\tre em Direito Privado e Especialista em Direito Civil pel a Facul-
dade de Direno da Universidade Federal do Rio Grande do Sui. Advogado. 
Escrel'eu. entre outros os seguintes livros e artigos: 0 contrato de agencia: 
sm eltmenrostipificadores e efeitos juridicos, Ed. Revista dos Tribunais, 
2012. Cessiio de Credito: existencia, validade e eficticia, Ed. Saraiva, 2012 
iambos em vias de public~iio); 0 inadimplemento pelo descumprimento 
mlu1110 de dever lateral advindo da boa-fe objetiva. Revista dos Trihu-
nail. 1ol. 900. p. 45-84. 2010: 0 contrato de agencia e seus elementos 
cJI3£ltrizadores. Revista dos Tribunais, vol. 877, p. 41-74, 2008. 
SOBRE OS ATLIAUZADORES • 37 
JORGE CESA FERREIRA DASILVA 
Formado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sui 
(1993) e Mestre em Direito Privado pela mesma Universidadc (1998). Pro-
fessor de Direito Civil da Pontiffcia Universidade Cat6lica do Rio Grande 
do Sui (PUC/RSJ e da Escola Superior da Magistratura- Ajuris. Visiting 
Scholar na Universidade de Edimburgo, Esc6cia (2009). Pe~quisador vin-
culado a Universidade de Augsburg, Alcmanha (2003-2006). Autor deli-
vros e artigos jurfdicos publicados tanto no Brasil quanto na Europa. entre 
a~ quais sc destacam: A Boa-je e a ~·iolw;tio positiva do contrato" (Rio de 
Janeiro: Renovar. 2002); Inadimplemento das ohrif?araes (Sao Paulo: Ed. 
RT, 2006 ), Adimplemento das ohrif?aroes (Sao Paulo: Ed. RT, 2006 ). Para-
lelamente a sua carreira academica, e advogado. atuando tamo em consul-
toria quanto em procedimentos judiciais e arbitrais, ocupando, em algumas 
oportunidades.
a condir;ao de arbitro em Camaras de Sao Paulo e de Porto 
Alegre. Entre 1998 e 2002, foi Procurador-Geral Ad junto do Municipio de 
Porto Alegre. 
SOBRE 0 COLABORADOR 
lUmto FORTVNATO MJCIIELON JUNIOR 
S..·nh•r l ecturw dd llniversidade de Edimhurgo, onde atualmente co-
,\f\k·n.t•' l~••gr.una de Doutorado. Doutor em Dircito pcla Univcrsidade de 
hhmh!tl')!•' ,. Me>~re l'ffi Dircno pda Univcrsidadc Federal do Rio Grande 
J,, SuJ,l'FRGSl Fo1 prof~ssor da l lnivcrsidadc Federal do Rio Grande 
d..• Sui (ntre ~m~ e X)()<l. H.L.A. Hart Visiting Fellow da Universidade de 
0\t,,rJ 1 ~lXl7i e \i.titillS fellc•"' da British Academy (2006 ). Entre suas 
publ;.-a1·,\c, -.c destacam .4reitarao e Ohjt•tividade (Siio Paulo: Ed. RT, 
2tXJ.li Bring ~,pan Fmm Reii.I0/1.1 !Springer. 2006) e Direito Restituitorio 
'S.i.• f'Ju[,, Ed RT. 2t:Xl7 l. 
PLANO GERAL DA COLE<;AO 
PARTE GERAL 
Torno I - lntrodU<;ao. Pessoas fisicas e juridicas. 
Torno II - Bens. Fatos Jurfdicos. 
Torno lJl - Ncg6cios Juridicos. Rcpresenta~ao. Contcudo. Forma. Prova. 
Torno IV - Validade. Nulidade. Anulabilidade. 
Torno V - Eficacia juridica. Detennina~i\es inex.as e anexas. Direitos. Pre-
tens6cs. A<;6cs. 
Tomo VI - Exce~i\es. Direitos mutilados. Exercicio dos dircitos, pretens6cs. 
a<;i\es c exce<;i\es. Prescri<;iio. 
PARTE ESPECIAL 
Torno VII - Dircito de personalidade. Dircito de famflia: direilo matrimonial 
(ExiMencia e validade do casamento). 
Torno VI II - Dissolu.;ao da sociedade conjugal. Elk:kia julidica do casamento. 
Torno IX - Direito de Familia: Direito Parental. Direito Protctivo. 
Torno X - Direito das Coisas: Posse. 
Torno XI - Direito das CoisiiS: Propriedade. Aquisi~ilo da propriedade •mo-
bili:lria. 
Torno XII - Direito das Coisa" Condomfnio. &lificio de apanamentos. Com-
piiscuo. Tern" devoluta.,. Terms de silvico\as. 
Tomo XIII ·- Direito das Coisas: Loteamento. Direilos de vizinhan<;a. 
Tomo XIV - Direito das Coisas: Pretens<>es e a,.t:>es imobiliari.as dominicais. 
Perda da propriedade imohiliiuia. 
Torno XV - Propriedade mobi\iario (bens corp6rws). 
-10 • TRU.<DO DE DIREITO PRIVADO- Tomo I 
Tomo XVI - Dire ito dll.~ Coisas: Propriedade mobiliana (bens incorp6reos). 
Propriedade intelectual. Propriedade industrial. 
Tomo X\'ll - Diretto das Coisas: Propricdade mobiliaria (bens incorp6reos). 
Propriedade industrial (sinais distintivos). 
Tomo XVlll - Direilo da~ Coisas: Direitos reais limitados. Enliteuse. Servidiies. 
Tomo XIX - Direno das Coisas: Usufruto. Uso. Habita~iio. Renda sobre o 
tm6vel. 
Tomo XX - Direito das Coisas: Direitos reais de garantia. Hipotecu. Penhor. 
Anlicre>e. 
Tomo XXI - Direito das Coisas: Peohor rural. Penhor industrial. Penhor mer-
canttl. Anticrese. Cedulas rurais pignoraticias, hipotecanas e mis-
la>. TI'Ulsmissiie\ em garantia. 
Tomo XXII - Direito das Obrig<l\iies: Obriga~,:6es e sua~ cspecics. Fontes e es-
pkies de obrig<I\OeS. 
Tomo XXill - Dtretto dal. Obrigat;iles: Auto-regramento da vontade e lei. Alte-
l1l;ao d& rela~Oes juridica.s obrigacionais. Tnmsferencia de crt· 
ditm A.ssun~ilo de dlvida alheia. Transfertncia da posi<;io subje-
tiva 00\ neg6cic,. juridicus. 
Torno XXIV - Direno da:. Obriga(jOes: Efeitos das dlvida.s e dns obriga~-lles. Ju-
ro>. Extin~ilo da' dfvidas e ohriga<;iics. Adimplemento. Arms. Li· 
quida~ilo. Dep6sito em consigna.;ao para adimplemento. Aliena· 
~ao para libel1l;~o. Adimplemento com sub-rogar;lio. hnputa.;~o. 
CompenSllljilo. 
TomoXXV - Direttoda,obriga~iies: Extin~ilo das dfvida.o; e ohriga.,iles. Da~ao 
em 10luto. Conlu!Jo. Remis.!o de dlvidu>. Nova.,io. Trans<!\!<>. 
Outr<K modos de extim;Ao. 
Tomo XXVI - Direno dal. Obriga.;6e" Conseqti!ncias do inndimplemento. Ex-
C(\lle> de contrlllo nlo adimplido, ou adimplido insati~fatbria· 
meatt, e de in.eguridade. Enriquecimento injustiticado. Estipula-
\ao a la>or de terceiro. Eficacia protectiva de terceiro. Mudan\'15 
de circun>t!nctas. Compromisso. 
Torno XXVII - ('oncul'\0 de credure' em geral. Privilegios. Concul'llo de credo~ 
mil 
lonw• XXVIII - lllretto da' Obriga.;cles: Palencia. Caracterizar;llo da fal~ncia e de-
cretllj'Jo da falencia. Efeitos juridicus da decreta~ no da fal~ncta. 
Dec~ de ineficiencia relativa de aros do falido. Acrllo rcvcx:a-
u•ia blencial. 
TC)fll() XXIX - Direito das Obrigitiiilc" Administra,fto da mas'a falencial. Res-
titui~l'lt\ e vindiCliiJOes. Veritica,~o de crt!ditoA. Classifica.;!o de 
crtdnoa. Inqumto JUdicial. Liquida.;lio. Extin~io das obriga~ilcs 
PLANO GF.RAL. llA COLEC,'AO • 41 
Torno XXX -- Direito das obriga~i'les: Concordatas. Crimes falcnciais. Liquida-
~i'les adrninistrutivas voluntarias e coativas. 
TomoXXXI Duetto das Obrigac;i'les: Ncg6cios juridicos unilaterais. Denun-
cia. Revogru;llo. Rel·onhecimento. Prornes~a• unilaterai~. Tras-
passo banc6rio. Promessa de recornpensa. Concurso. 
Torno XXXII - Direito das Obrigac;i'les: Negocios jurtdicos unilaterais. Tftulos ao 
portador. 
Tomo XXXIII - Direito das Obrigac;i'les: Titulos ao ponador (continua<;lio). Titu-
los norninativos. Titulos cndossaveis. 
Torno XXXIV - Direito das Obrigac;t\cs: Neg6cios jurtdicoo; unilaterai•. Direito 
carnhi6.rio. Letru de Cllmhio. 
Tomo XXXV - Dircito das Ohrigac;ocs: Ncg6cios juridkos unilatcrms. Dircito 
ca.mhiario. Letra de Carnhio. Nota promissoria. 
Tomo XXXVI - Dircito das Obrigac;i:\es: Neg6cios jurtdicos unilutcrai~ Direi!ll 
carnbiariforrne. Duplicata mercnntil. Outros tftulos carnbiorifor-
mcs. 
Torno XXXVII - Dircito dus Obrigac;ocs: Neg6cios Jurfdicos unilaterais. Dueito 
camhiarifonne. Cheque. Direito extrucarnhillrio e extracambiari-
fomtc. Dircitn intemacional camllitlrio e ci\mbiarifomte. 
Torno XXXVIII - Direito das Ohriga<;Ocs: Neg6cios juridicos bilaternis .e neg6cios 
jurfdicos plurilarerais. Prcssupostos. Vkio~ de dirello. Vkio~ do 
objeto. Evic<;ilo. Redibi<;iio. E'pecies de neg6cios jurfdico~ bila-
tcrui' e de neg6cios juridicos pluriluterais. 
Tnmo XXXIX - Dirciln das Obriga<;t>es: Compra-e-vend11. Trnca. Contruto esti· 
mat6rio. 
Torno XL - Dircito da.• Obriga<;Ocs: Loc ... do de coisa.•. Locat;~o de u•o. Lo-
cs<;~o de U$0 e fruit;ilo. 
Tnmo XLI - Dircito das Ohriga.;•~" Locat;ao de coisas. Renovar,;lio de cnntno-
to de \oc;oo;no. Fretamento. 
Torno XLII - Direito da• Obriga~~s: Mt\tuo. Mutua a risco. Contrato de conta 
corrente. Allenura de credito. Assina~ao e Acrcditivo. Dcp<.\,ito. 
Torno XLIII - Dircito das Ollrig•u;O.:.: M:ondatn. (jestao 1k n<•g6.:io' allleins 
scm outorga. Medh1~an. Cnmissllo. Corrcoagcm. 
Torno XLIV - Direito das Obrigm;lk.: Expedit;ilAl. Contrato de agl'llt'la. Rcpre-
scnuu;ao de empresa. Fiant;a. Mandato de cr<'.<.liw. Constituo<;ao 
de renda. Prome.sa de dfvida. Reconh..•cimento de dt\ ida. Comu-
nidadc. Edi<;ilo. Rcpresentac;~o teatral. musical e de cinema. Em-
preitada. 
h 
~2 • TR~TAilO Of DIRLilO PRI\AilO- Tomo I 
Torno XLV - Dlreito das Ohriga.;iles: Contrato de transporte. Contrd!o de par-
ceria. logo e aposta. Contrato de seguro. Seguros terrestres, mari-
timo;. ftuviats. lacustr~s e aeron:iuticos. 
Torno XLVI- Direito das Obriga.;cies: Contrato de Seguro (continua<;ao). Se-
guro de vida. Seguros de acidentes pessoais. Scguro de responsa-
bllidade. Seguro de c'ftdito. Seguros de riscos especiais e de uni-
l>ersalidade. Seguros mutuos. Resseguro. Contrato de comodato. 
C' on1ra1o de doa~ao. C ontrato de hospedagem. 
Torno XLVII - Dtrtito das Obriga,l\es: Contra to de loca<;Ao de servi<;os. Contra-
to de !rabalho. 
Tol!k> XL\'lll - Direito das Obriga.;6es: Contrato coletivo do trabalho. Contratos 
e1peciais de trabalho. Preposi,ilo comen:ial. A<;5es. Acordos em 
dtssidio; coletivos e individuais. Contrato de trabalho rural. 
Torno XLIX - C'on1rato de sociedade. Sociedades de pessoas. 
Torno L - Dlreito das Obriga.;iles: Socicdadc por a<;Oes. 
TomoLI - Direito das Obriga.;6es: Sociedade por a<;Oes (continua<;ll.o). S<r 
ciedade em coiiWldita por a<;l)es, Controle das sociedades. Sode-
dade; de investimento, de credito e de financiamento. 
Tomo
Ul - Direito das Obriga.;6es: Neg6cios jurldicos bancarios c de Bolo;a. 
Corretagem de seguros. Transferencia de propriedade mobiliana. 
em qu~a. SubM:ri~o. distribui<;ao e coloca'WAO de titulO& e 
l'alOrtS mobiliiirin>. 
Tomo Llll - Diretto das Obriga.;iles: Fatos ilfcitos absolutos. Atos-fatos ilfci-
10> absoluto;. AtO!. ilicttos abwlutos. Responsabilidade. Danos 
awsados por animais. Coisas inanimadas e danos. Estado e servi-
dore•. l'rofi!i&ionais. 
Toroo UV - Dlreuo da.< Obriga\Oes: Responsabilidade das empresas de trans-
pooe. Exercicio ilfcito na Justil;a. Dano' a pessoa. Acidentes do 
tr.dt.!lho. Preten>lio e a.;ao. Dever de exibi<;i\o. Liquida<;io da.< 
obrig~;. Comina.;iio. 
Torno LV - Durito das Suces~s: Sucesdo em Geral. SucessAo leg(tima. 
Tomo LVI - Dtreito das Suce~~iles: Sucessllo testamentllria. Testamento em 
geral. Di•po,;i\6es te>tamenllirias em geral. Heran~a e legados. 
Tomo LVII - Dtreito da1 Suces•iles: Suce>sao testamentaria. Disposi,.~s tes-
lan!entmas em geral. Heran~a e legados. 
Torno l \'Ill - Direito da.1 Sucess6es: Sucessilo testament~ria. Disposir;Oes tes-
lan!entiirias em geral. Form as ordinarias do testamento. 
Torno LIX - OtrttiO daJ. Sucessile.: Sucessao tcstamentllria. Testamentos. Co· 
dicilo. Revog~ilo. 
Torno LX - Direuo das Suces~s: Testamenteiro. Inventario e Partilha. 
TABU A SISTEMATICA DAS MATtRIAS 
INTRODU<;AO 
MUNDO JURiDICO 
E EXISTENCIA DOS FATOS JURiDICOS 
CAPITULO I 
A REGRA JURiDICA 
E 0 SUPORTE FACTICO 
§ I. CONCEITO DE REGRA JURIDIC A................................................... W 
§ 2. 
§ 3. 
§4 
I. Rcgra juridicae supone f<k'tico. 2. Fatos. 3. lncidencia e aplica~~u. 4. 
Fmos JUridkos e cticacia juridic a 
MUNDO F. FATO ............................................................................ . 
I. Mudan~a no mundo. 2. Fatos do mundo jurldico. 3. lncidencia da ~gra 
jurfdica e juridicidadc. 4. Regra jurfdku: incidencia "in casu" e inci-
dencia em gent!. 5. Noo;ao e'ata 
A REGRA JURIDIC A EM Sl ......................................................... .. 
I. A regra juridi<'n como cnd<;Qo humana. 2. Mundo jurfdico . .1. 
Juridicidade e incidencia 
INCIDfiNCIA DA REGRA JURIDIC A. 
I. Respeitabilidade e inciMncia. 2. De como incide a regra juridica. 3. 
Jncidencia ~"ignorantia iuris". 4. Alcance da incidencia. 5. Aplicao;ilo 
da regra juridic a. 6. Tempo da incidencia 
68 
§ 5. COMO SE DA A INCIDfiNCIA DA REGRA JliRiDICA. .................. ..... 74 
I. lnfalibihdade da incidencia. 2. Eticacia dalei c eficacta do fato 1urtdi,·o. 
RN' Fato JUridico e "plus" no mundo jur!dico 
Nota do Editorial: Numcrll\'h> confonne obra ori!ltnal. 
16. CAL~Jt:tfDicA...................................................................... 76 
I c...,.., ~ ~ e tempo das regras juridicas. 3. Caosalidade da 
**" )llliia 
t' o st1'0R'Jl: F~ ............................................................................. n 
I C~doSipUI!e fit1ico. 2. Oextrajutfdico 
tl E.\lR.>J>~ DOS FATOS SO MUNDO JURIDIC'O .................................. 81 
l \anedode do> fiiOS }llridtcO\. 2. Fatos juridicizaveis. 3. Fatos 
~- p!l'lbndodt e lleplividade. 4. U~io dos falOS a algutm. 
5 SialpiJcidllle t a.plelidade dos SUJlOI1a fK!icoa 
I~- SlFICIENc.lA DO Sl 'PORIC FAcllCO ................................................. 14 
I 0 qK oe W .te COllier no ~pone f4ctico. 2. Fatos prov,veis. 3. 
a--lk!~ rmo 
110 Sl'I'OIIlE FAcoco E Pl..l'IW.IDADE DE REGRAS JURIDICAS ..... 85 
I. Miiipla iacid!acia. 2.1mdiw;io de efeil06. 3. Mtiltipla incid!ncia da 
-J!IIIjriica.-4 Repasjuridical negativamMte formul-.Ju. S. 
~- 6. '-fici!Dciado ~ fktico 
Ill. 1'0POCOGIA DO FAlU ... .... ... . ......................................................... . 
I llpe npo.l s-uioelimultaaridade. 3. Coexi.stfncia da rqp-a 
,llridia e do IIIJO* Hctioo 
I 12 ID1P0 
I. fw;ie lklltlllpO 2. Fa. flOiilivol e fat01 oeallivos. 3. Nascimenao 
• .,~de dimlos; prnc~. 4. Determillai;Jo. na dimenalo do .... 
81 
I I). OMlGI.:'JN;AO DO SlJPORT£ F.4cnCO .......................................... 9'2 
l S.,.1&1icoe ~ 2. Ceme do aupone Netico (ldldeo). 3. 
~ e ~ dflts. 4. Fllol jllrfdlcOI como elemento~ 
CAPITVI.o II 
REAI.IZA<;AO E VIOLAC.I.O 
DI\S RfGRAS JUR(DICAS 
t u as DOIS COHCVTOs ... _______ ..... . ...................................................... gs 
I. lallr I Ifill jllrila. ........ ft>lact. 
TAIIUA 5JSTEW.4ncA DAS MAnaJAS • 4~ 
liS. REALIZA<;Ao DA REGRAJURIDICA .............................................. -.... 97 
I. Real~ e perf«tibilidade. 2. ~ da iDcidencia 
§ 16. REGRAJURIDICAEGENERAUDADE .................................. -............ 99 
I. Regras joridicas gerais. 2. Direito e Eslado de direito. 3. Princlpio de 
i>OOOmia e regra juridica para urn s6 caso 
§ 17. FRAUDE A LEI OU VIOLA<;AO INDIRETA........ .................................. 102 
I. A fuwde a lei no direito romano. 2. ~Agere coocra ~qem·· e ''Ia fraudem 
legis agere". 3. Regras jurldicas fraud4veis. 4. 0 ~ ticnico. 
5. Fundamento jurfdico da toor:ia. 6. Critics e expl~ cienrffica. 7. 
Regra jwfdica escrita e regra jwidica nio-escrila o;l\bre a fraude a lei. 8. 
Simufar<io. ak> aparen11e e fraude A lei. 9. Fraude lllei e <limerNodo trmpo 
CAPITULO Ill 
CLASSIFICACAO DAS REGRAS JURIOICAS 
§ 18. REGRAS JURfDICAS COGENTES E NAo-cOGENTF.S ................•...... 119 
l. Co111:eito de c~ncia. 2. Conceitos de dispooilividade e interpmali· 
vidade. 3. Fundamento da dispositividade e da interpretatividade. 4. 
Regras juridic& imerpre~e~ivas. 5. Regras juridicas io~gativu e ~ 
juridic as remissivas. 6. A' chamadas lei§ incetpretalivas 
f 19. REGRAS JURIDICAS IMPOSITIVAS E REGRAS JURfDJ.CAS 
PROIBITIVAS............................................................................................. 130 
I. lmpollitividade e proibltividade. 2.. Regras juridk.'aS oui<Kglllivas 
§ 20. DIREITO E.<;TRITO E DfREITO LATO .............................................. ..... 13l 
I. "Ius strictum". 2. USOfo e costumes; USO$ ioterpretativos. 3. i,Hi 
gradal;lo en~ o estrito e o IIIlo? 
§ 21. DIRE ITO PUBUCO E DIRSITO PRIVAIXL........ .................................. 131! 
I. Dtcolomia. 2. Regra.\ juridicas comunl aos dois ramos. 3. Estado e 
dircito pilblico 
CAPITULO IV 
FATOS JURIOICOS 
§ ::!2. Noc;'OE.'I UMINARBS............................................................................. . 14~ 
I. Regra juridi<:a, wpone fktico e incidencia. 2. C~io do supone 
fktieo. 3. Cle.uifica.;:lo doo fate. jarfdicos, 4. Ato ·humaoo- r.o 
juridic(> 
I~ COSCEilO DE FATO JURiDJCO............................................................. 148 
I. IIICldeecia e juridic~ dos supones faclicos. 2. lncidencia, falo 
jlllidlro e dicacia. 3. Suportc fktico. elementos a mais e elemenlos a 
llle!IOS. 4. Fa1os JUridicos. 5. lnsuficiencia por elimin~ 
1 ~~ os ATOS n:Rlmcos ... . ....................................... ......... .. .. ..... ...... ............ 150 
I Ato hwnaoo ~- Ato. ilk:itos como atos jurfdicos 
I !5. DEClARA\OEs E MANIFFSTA<;OES DE VONTADE ......................... 152 
I. Defin~. ~- Manifesw e declarar. 3. Decl~ de vonlade. 4. Tits 
e.pe..it. de aiO!i humanos 
§ ~6 EXlCRIORIZA<;()ES DE VONTADEABSTRAIDA E IRRELEVANTE 157 
I. Atos·fatos jurid!cos e ato~ jurfdico• "suiclo sensu" 2. Atos-fatos 
JUridicos 3. Atos jurfdicos "stricto sensu". 4. Atos mistos. 5. 
Mamf~ de 5elllirnenro. 6. Ocupar e derrelinquir. 7. Os chamados 
a1o. reais. 8. Constiwi~io de domicilio 
127. REGRASJL'RIDJO,S COMUNS.............................................................. 162 
I Aro. juridlcos e regras comun• a eles. 2. Capacidade 
128. ATOS ILICITOS... .................................................................................... 163 
I. Coocalll. 2. Conuariedade a direiro 
§29. Ml:DANc;A DECLASSE................ ......................................................... 166 
I 0•~ e desloc~ 2. Tomada de posse e transmissio voluntaria da 
pos<e 
§30. NEGOciO JURIDICO ...................................
..... ...... ........... .... ........ ........ ... 168 
I. A n)llf•\io "negllcio jurfdico". 2. Autonomia de vontade e neg6cio 
jurfdico.l Problema da conceit~llo do neg6cio jurfdico. 4. Defini'VIo 
de DtJOCIQ JUrfdico. 5. Manifesta~aes e declarac;Oes de vontade. 6. 
Nf16ciol Jurfdicos sem decl~ilo de vontade. 7. Conclusilo 
I 31 ESi'£c!EsDEFATOS................................................................................ 172 
I. Fatm sinculares, eitado de faro; positivos e negativos; simples e 
compleliO\. 2 ESiado de fato. 3. Pendencia e expectativa. 4. Falos do 
mundo fisico e fatos do mundo psfquico. 5. Regulac;lo e satisfa .. lo 
§32. SliPORTE FAcnco DO ATO JURlDICO "STRICI'O SENSlf', DO ATO-
·FATO SURIDICO, DO ATO IL(CITO E DO FATO JURfDICO PURO .... 174 
I. Dikren~ de compmi~. 2. Ato illcito e suporte flictico. 3. Faros 
jlllidlcos ''llrictn sensu". 4. Palsos efeilo5 preliminares 
TABUA SISTEMATICA DAS MATERIAS • 47 
§ 33. 0 ELEMENTO DA INTEN<;:Ao ............................................ . 177 
I . Vontade e declara~iio. 2. N<><;ao de vfcio de vontade 
§ 34. PRINCIPIO DA DETERMINA<;:AO ......................................................... . 180 
I. Detenninismo jurfdico. 2. Causa e efeito 
§ 35. EXISTENCIA DAS MANIFESTA<;:OES DE VONTADE E DOS OUTROS 
ATOS HUMANOS ............. .................................................................. 181 
I. Atos humanos e vontade. 2. Existencia do fato jurfdico e validade. 3. 
Vontade manifestada. 4. lnten~ao manifestada 
§ 36. MANIFESTA<;:OES DE VONTADE REVOGAVEIS................................. 187 
I. Revogar, retirar voz. 2. Irrevogabilidade e cria~ao de direito. 3. 
Desfazimento e revoga~ao. 4. Neg6cio juridico e revoga~iio. 5. Atos-
fato• jurfdicos. 6. Atos jurfdicos revogaveis. 7. Fraude contra credores 
e fraude a execu~o 
§ 37. NEG6ciOS JURIDICOS DESFEITOS .................................................. . 
l. Desfazimento. 2. Conceitua~ao. 3. Neg6cios jurfdicos unilaterais 
§ 38. SAlDA DO MUNDO JURiDICO ......................................... .. 
I. Perda du juridicidade. 2. Especies de sa ida 
CAPITULO V 
RELAQAO JURiDICA 
§ 3'1. CONCEITOS DE RELA<;:AO E DE RELA<;:AO JURIDIC A .... 
l. Rel~ilo. 2. Rel~ao juridica. 3. Rela~ao juridic a basica. 4. Relao;ao 
entre coisas. 5. Conteudo das rela.,6cs jurfdicas 
195 
196 
199 
§ 40. REGRA JURIDICAE RELA(,'AO JURIDIC A ................................ .,....... 2m 
I. Rcgra jurfdica, rela~lio juridica e eficaciu. 2. Direitos e deveres. 3. 
Rela~i!o jurfdica eficacial 
§ 41. RELA<;:AO INTRA-JURIDICA OU EI-'ICACIAL ...................... . 
I. Re1a.,ao jurfdica e efeito. 2. Sucessao e sucessivtdade. 3. Re1~ilo 
juridicae sistema jurfdtco. 4. Rel~ilo juridic a b;l,ica e fatos juridicos. 
5. No direitn de famOia e no direito das sucessiies. fl. lnstitui~an 
juridic a 
204 
§ 42. CONTEUDO DA RELA(,'AO JlJR{DICA......... ........... ........................... 208 
1. Re1~iio jurfdica e efeitos. 2. Sucesslo e re1~iio jurldtca. 3. Re!a~Oes 
entre efeitos juridicos 
tl fOiiiC!JI'O DE FAlO .ftJltDico ................... -....................................... 141 
I llc16al e J11111iaui1o do& nporta NcticoL 2. lllCidtacia. fato 
J'l*e e.._ .... l Supol1l! fActico. elementos a mai1 e eleme!1105 a 
- 4. F-. jaridicoo.. 5. blsuicifllcia par elimi~ 
I ~4 OS.,TOS ft.llt.IDK'oS. .... .......... .............................................................. ISO 
I ,kl._.., 2. """ illciloo como 11m jurldicos 
t !' !lEO.~~ E MANIPESTA(OEs DE VONTADE ......................... IS2 
I. ~ 2.lolalfeslar e 4eclww. 3. Decllrar;lo de vootade. -4. Tres 
~·-...._ 
t :ll EXl'tlOOliZ.~ DE VONTADE ABSTRAIDA E IRRELEVAN'IC IS7 
I '10.\·• Jllridiro! e 11105 Juridicos "stricto seMu" 2. Atos-fatos 
j8ridltoo 3 AIOI J.ndiCOS "Siricto sensu". 4. Atos mistos. S. 
~·- 6. Ocupar e derreliDQuir. 7. Os clwNldos 
.. _.a.C~drdomicRio 
f:!' IIO..~Jl'IJDI:ASCOMUNS.............................................................. 162 
I """~ e n:p11 ~a&. 2. Capecidade 
t 3. (105 RJcrros...... ..... ............................................................................ 163 
I c- 2 c:-iedadr a direito 
I:!' lllt'OIU«;A DECLASSE.......................................................................... 166 
I. a.. e ~- 2. Tca.da dr poue e trao£missio volun(Bria da ,.... 
• Jl ~.l.'llliCO ..... ,_..................................................................... 168 
I A..,.....-.., jrilial. 2. AUlODOmia de vootade e neg6cio 
,..,. l ......_ .. ~., aecociojwfdico. 4. Defi~ 
* ..., )~Naco. S .._.~ ta¢es e declaca<jlie.s de vootade. 6. 
~,..._-~tie YOIII.Ide. 7. Coaclusio 
t Jl f.SI'foEs DE F.\TOS. --...... -...... ........................................................ 172 
1 "- .....,.._ Clllillo tie rao: posili\'06 e Delativos; simples e 
.,.,...__ ! ~ * ,_ 3. Pedacia e apeclativa. 4. Fatos do 
_.lout liD e _.. f111c11ico. S. R.epllf;.io e ~ 
I J: ~fOUE ~OOAlQ Jl'lflllro -sniCTO SENSU'', DO A'J'O. 
.MJ0 Jl.IIOCO. DO A1'0 aJcrro E DO FA10 JURfi>lCO PURO.... 114 
I. ~ * ~ 2. AID ilfcilo e IDpOAC f6etico. 3. Palos ,..._----···· .... cm......--
T4aUA IIITBMATICA DAS MATUIAI • 47 
I :n 0 ELF.MENTO DA JNTEN~Ao .............. ........................... ... ....... ....... 177 
I. Von&lde e dec~to. 2. No;to de vkkl de 'IIUillade 
I 34. PIUN<.1PIO DA DE11!1tMINA<;Ao.... ................................... ............ .... 1110 
I. Detmnini~mo jurldko. 2. Cauaa e efrilo 
I 3~. EXISttNCIA DAS MANTFESTA<;()ES DE VONTADE E DOS OliTitOS 
ATOS HUMANOS... ........ .................. ................. ......... ...................... 181 
I. Atos human011 e IIOiltllde. 2. E~iltlncia do f8lo Jwidico e validadll . .l. 
\loln.de maoifeslada. 4. ~ manifCIIBda 
t 36. MANIFESTA«:;OEs DE VONTADE REVOOAVEJS................................. 117 
I. Revogar, retlrar voz. 2. lrrevopbilidede e cri~to *- direilo. 3. 
Desfuimento e ~- 4. Nq6cio juridic<> c ~- S. ~ 
f~ juridicus. 6. Alol Jlll'lclicw rcvop'fCII. 7. Fnudc oonlra awdores 
e fnlude ~ex~ 
t 37. NEG6ciOS JUR{DICOS DESFEJTOS ..................... _ ..... ..................... 195 
I. Desfazimenlo. 2. Coacei~. 3. NqOc:ios juridic;os unillltcnris 
§ 38. SAfDA DO MUNDO JURfDICO .......................................................... .. 
I. Perda dajuridic:idade. 2. &pecles de said& 
CAPITII'.O V 
RELA<;Ao JURiDICA 
196 
§ 39. CONCEITOS DB RELAc;AO E DE REI..Ac;Ao JURlDicA .................... 199 
I. Rel~io. 2. Relat,;Jo jwfdica. 3. ReJa,ylo j..rulica bUica. 4. R~io 
entre coisas. 5. Conlelldo dK ~ juridicas 
§40. REGRAIURIDICAERELAc;AoiURlofCA....................................... 203 
I. Regra juridica. rei.;Jil jnridica e efickia. 2. Direitos e devef-es. 3 
Rdal<io jwidica elicacial 
§ 41. RELA~Ao INTRA-JURfotcA OU EFICACIAL ...................... .............. 204 
I. R~~io jwidic:a c efeito. 2. StM:es5.lo e ..w:eaivi!Mde. 3. Relaii;lo 
juridicae sisaema juridico. 4. Rei_,., _paidica bMica e tMo. ~ 
S. No <liRito 4e familia e ftO ctmito das IUCL':S$6es. 6. ~ 
jurldica 
142 CONTEUoo DA REL.Ac;},oJUitiolcA................... ...................... ...... 2011 
I. Relaoyio juridlca e efeilos. 2. s.ca. e t'dllftlo jcrilica. 3. ~ 
Clift~~ 
CN'ITUI.O VI 
A PSIOOE E 0 DIREITO 
u D1WT0 E IB.AI,'(I;'S MBI-HlJM.~"iAS ····-···-··········· ------------· 
I fw;io41t.._l. "'-*c...,.__ l ~~ 
4 c....,.. ole........ - s. ~ • CGIIIIcaL 6. 
c-.-~.._ 1. ~ellillle . &. Dillllie 
........... t &.clllalt.te. ~j~DkL II. Falla tie boa 
lt.l:.De-... a-lt. 13. Taailuaeeil*ia* ~­
.,.. .. .,.i! 
4~ -E~-----------------------
1. t. l. t..* ..... l t-plllilioac fno .eplivo 
14 ~E~DOEI..EMEHlU 
SI.V:TI'0.---------·-···-··--····--------------·--·---·-----
1. ,_..,.~., ...,._ 2.11i1D&.cs ~ e ,._,... 
3 Saooit~ ~ ....... ..,. 4. ;.Hi dftitos-.,... 
lr" tl11!P)IJEa.Brofi'I'BM. ----·--···-----------------------
• r-.. ,..........:. ..... ole*-
,. ~£~---------------
! .,...:,.. ..... ;. ..... ~ 
149. CAPACIDADE DE DIREITO. CAI'AC1IlADE

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