Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estruturas de Madeira Prof. Me. Laísa C. Carvalho Propriedades mecânicas Resistência a compressão paralela às fibras fc e normal as fibras fcn; Resistência a tração paralela às fibras ft e normal as fibras ftn; Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras fv e normal. Resistência ao embutimento (pressão de apoio em ligações com conectores) fe paralelo e normal as fibras fen; Modulo de elasticidade na compressão paralela Ec e normal ás fibras Ecn. Alguns ensaios complementares podem ser realizados nas peças de madeira além dos já estudados, como: - Flexão com choque – para medição de energia absorvida pela ruptura da madeira para determinar a resistência ao impacto na flexão fbw. - Fendilhamento – tal tensão não é utilizada em bases de calculo, servindo apenas como parâmetro de qualidade. - Dureza – Medida pelo esforço necessário para a penetração de uma esfera na direção das fibras. Propriedades mecânicas Todos os ensaios devem ser realizados em CP´s (corpos de prova) sem a presença de defeitos e com orientação perfeita de fibras. Todos os ensaios das propriedades mecânicas da madeira, devem ser realizados, quando a mesma está na umidade padrão (Brasil -+ U = 12 %), pois a umidade influencia nas propriedades mecânicas do material. Mesmo com a análise sendo realizada somente em corpos de prova na umidade padrão a análise ainda pode apresentar variações, devido a alternância das características do material em direções distintas. Por isso, utiliza-se 5% de desvio aceitável na análise de resultados. Principais fatores podem influenciar os resultados, como: -Tempo da carga aplicada sobre a peça -Ocorrência de defeitos -Umidade da peça Permite-se a caracterização simplificada das resistências da compressão paralela às fibras. Para as resistências madeira de espécies usuais a partir dos ensaios de a esforços paralelos, admite-se um coeficiente de variação (k) de 18% e para as resistências a esforços perpendiculares um coeficiente de variação de 28%. (NBR 7190/1997) Para as espécies usuais, na falta da determinação experimental, permite-se adotar as seguintes relações para os valores característicos das resistências: Propriedades mecânicas obtidas por ensaios padronizados Todos os ensaios citados nesta aula devem ser realizados com o mínimo de 6 corpos de prova, isentos de defeitos e com seção retangular de 5,0 x 5,0 cm. Devem ser retirados de lotes considerados homogêneos. Onde cita a umidade padrão A NBR 7190 apresenta nomenclatura diferente do livro base. A utilizada será a do livro por ser a base de estudos. Densidade aparente Densidade básicaElasticidade na compressão paralela as fibras Resistência a compressão paralela Resistência ao cisalhamento paralelo a) resistência à compressão paralela às fibras (fwc,0 ou fc,0) a ser determinada em ensaios de compressão uniforme, com duração total entre 3 min e 8 min, de corpos-de-prova com seção transversal quadrada de 5 cm de lado e com comprimento de 15 cm; Deslizamento das fibras entre planos na ruptura por compressão Ensaio de compressão b) resistência à tração paralela às fibras (fwt,0 ou ft,0) a ser determinada em ensaios de tração uniforme, com duração total de 3 min a 8 min, de corpos-de-prova alongados, com trecho central de seção transversal uniforme de área A e comprimento não menor que 8 √‾A , com extremidadesmais resistentes que o trecho central e com concordâncias que garantam a ruptura no trecho central; Resistência a flexão, os corpos-de-prova devem ter forma prismática, com seção transversal quadrada de 5,0 cm de lado e comprimento, na direção paralela às fibras, de 115 cm. c) resistência à compressão normal às fibras (fwc,90 ou fc,90) a ser determinada em um ensaio de compressão uniforme, com duração total de 3 min a 8 min, de corpos-de- prova de seção quadrada de 5 cm de lado e com comprimento de 10 cm; d) resistência à tração normal às fibras (fwt,90 ou ft,90) a ser determinada por meio de ensaios padronizados; Observação: para efeito de projeto estrutural, considera-se como nula a resistência à tração normal às fibras das peças de madeira; e) resistência ao cisalhamento paralelo às fibras (fwv,0 ou fv,0) a ser determinada pelo ensaio de cisalhamento paralelo às fibras; f) resistência de embutimento paralelo às fibras (fwe,0 ou fe,0) e resistência de embutimento normal às fibras (fwe,90 ou fe,90) a serem determinadas por meio de ensaios padronizados; Exemplos de dimensões de ensaios: Influência do tempo de duração de carga sobre a resistência – Ruptura retardada Os ensaios de medição de resistência da madeira duram em média 5 minutos. Porém, aplicando-se uma carga menor com um tempo maior sobre a madeira, ela pode romper, isso pode ocorrer após alguns dias ou meses (ruptura retardada). Ensaio feito no Forest Products Laboratory – EUA. Curva de tensão x tempo. Houve acumulação de danos, como nas cargas cíclicas, porém em aplicação de carga permanente. (detalhes p. 36) Fluência da madeira A madeira é um material viscoelástico. Para uma carga constante aplicada em um intervalo de tempo a peça de material elástico apresenta deformação constante, retornando a sua configuração original ao término do carregamento. Já a peça de material viscoelástico apresenta além da deformação elástica um acréscimo de deformação com o tempo, mesmo que a carga seja mantida constante. A madeira sofre portanto uma deformação lenta (fluência) sob a ação de cargas de atuação moderada. Fatores de influência: -Características da madeira (umidade, densidade, elasticidade...) -nível de tensão -tempo -temperatura A carcaterização da influência destes fatores sobre a deformação da madeira é objeto de pesquisas, com finalidade de propor modelos confiáveis de cálculo para o cálculo do coeficiente de fluência da madeira e seus produtos. De acordo com a NBR 7190, o coeficiente de fluência referido a 10 anos, pode variar entre 0,5 e 2,0 dependendo da carga, espécies e condições ambientais. Influência da temperatura Observa-se uma queda na resistência com a elevação da temperatura (condições do ambiente). Em uma peça com umidade de 15% a 20°C, observa-se aumento ou redução na resistência, na ordem de 0,5% a 1% por decréscimo ou acréscimo de um grau centígrado de temperatura, em um intervalo de -15°C a 70°C. Para condições (mínimas) temporárias as alterações são também temporárias Na maioria das regiões e em condições amenas, as alterações de temperatura não influenciam na resistência, não precisando ser consideradas no cálculo de projeto. Para aplicação do material Link de acesso para NBR 7190 - https://sag.fucamp.com.br/assets/professor/material_apoi o/8851nbr7190.pdf Profª. Laísa Grande abraço a todos. Até a próxima aula. Profª. Laísa
Compartilhar