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Anatomia Sistêmica

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Anatomia Sistêmica
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Anatomia Sistêmica
Copyright © 2015 Editora etb Ltda.
1ª edição
Todos os direitos reservados.
Diretora acadêmica: Simone Savarego
Coordenadora editorial: Rosiane Aparecida Marinho Botelho
Produção editorial: etb - Editora Técnica do Brasil
As informações e as imagens são de responsabilidade dos autores.
Proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem a autorização escrita da Editora.
A Editora não se responsabiliza por eventuais danos causados pelo mau uso das informações contidas neste livro.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Esse livro está catalogado na CIP.
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Palavra da Abril Educação
Desenvolver uma geração de profissionais capazes de estar à frente de um mercado de trabalho 
desafiador, que exige cada vez mais eficiência e competências comprovadas, é uma das preocupações 
mais evidentes dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, dos gestores de políticas públicas e dos 
desenvolvedores de programas implementados.
Com o objetivo de conquistar esse desafio e contribuir para a formação de profissionais 
competentes e eficazes, o Sistema etb de ensino técnico apresenta uma proposta de apoio ao 
processo de ensino-aprendizagem, a partir de um material didático desenvolvido especificamente 
para programas de formação profissional.
Abrangendo mais de 12 eixos de conhecimento e com mais de 102 coleções de “cadernos de 
conteúdo”, o Sistema etb cobre mais de 90% das demandas de formação profissional por todo o Brasil, 
contando com o endosso da Abril Educação, cuja trajetória bem-sucedida já atravessa cinco décadas.
O Sistema etb tem ao seu dispor a experiência e a abrangência de um dos maiores expoentes no 
setor educacional, com destaque para metodologias diferenciadas e recursos educacionais exclusivos 
para a educação profissional. 
A oferta de programas de formação profissional, baseada em um material didático de qualidade e 
focado no desenvolvimento de habilidades e competências, associada à sequência de políticas públicas 
que estimulam o investimento no setor da educação profissional compõem uma proposta aos cidadãos 
para que consigam entrar no mercado de trabalho pela porta da frente, como convidados a exercer 
suas atividades de maneira segura e eficiente em empresas que clamam por profissionais diferenciados.
Este livro é mais um convite na direção da real compreensão da expressão SER PROFISSIONAL. O 
objetivo deste curso é a formação de profissionais que não só tenham conhecimento e capacidade de 
resolver problemas, mas também sejam criativos, éticos e preocupados com ações e processos sustentáveis.
A reunião de autores renomados na área do ensino fortalece o caráter criterioso e responsável dos 
capítulos componentes desta obra, para que, com eles, o aluno esteja provido do material necessário 
para iniciar sua carreira profissional, a qual será repleta de conquistas e outras lições.
Ivan Sartori
Diretor de Novos Negócios da Abril Educação
Mantenedora do etb – Editora Técnica do Brasil
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Autor(es)
Lívia Bandeira Costa 
Mestre em Patologia Geral pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Especialista em Citologia 
Clínica pela UFPE e Bacharel em Biomedicina pela UFPE. Atualmente, é doutoranda em Inovação 
Terapêutica pela UFPE e professora de Parasitologia e Genética Humana.
Mirella Carvalho da Silva Cabade
Possui graduação Tecnológica em Radiologia pela Universidade Estácio de Sá (2011). Professora 
da Universidade Estácio de Sá - Campus R9, gestora da disciplina Anatomia e Fisiologia Humana do 
PRONATEC. Graduanda em Ciências Forenses pela IPEBJ Ribeirão Preto, graduanda em Anatomia Humana 
pela UNESA. Faz da parte da pesquisa científica da Universidade Estácio de Sá - Campus R9, que trata do 
tema DTM relacionado a fatores psicológicos dos estudantes da área de saúde.
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Sumário
Anatomia Sistêmica
Lívia Bandeira Costa e Mirella Carvalho da Silva Cabade
INTRODUçãO à ANATOMIA HUMANA ..........................................................................................................7
CITOLOGIA .............................................................................................................................................................. 15
CéLULAS HEMATOLóGICAS ............................................................................................................................. 18
INTRODUçãO AO ESTUDO DOS TECIDOS E TECIDO EPITELIAL .......................................................... 23
TECIDO CONJUNTIvO ......................................................................................................................................... 28
TECIDO NERvOSO E MUSCULAR ................................................................................................................... 31
OSTEOLOGIA E OSSOS ....................................................................................................................................... 34
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA ESQUELéTICO .......................................................................... 37
ESQUELETO AxIAL ............................................................................................................................................... 38
ESQUELETO APENDICULAR E CINTURAS OU CíNGULOS ..................................................................... 43
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA ARTICULAR .............................................................................. 45
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA MUSCULAR .............................................................................. 47
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA NERvOSO ................................................................................. 53
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATóRIO........................................................................ 57
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOvASCULAR ............................................................... 63
vASOS SANGUíNEOS ......................................................................................................................................... 68
IRRIGAçãO DO CORAçãO ............................................................................................................................... 70
ARTéRIAS E vEIAS DO MEMBRO INFERIOR ...............................................................................................71
ARTéRIAS E vEIAS DO MEMBRO SUPERIOR............................................................................................. 72
ExERCíCIOS 1 ........................................................................................................................................................ 73
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTóRIO ............................................................................ 78
ETAPAS DA DIGESTãO ....................................................................................................................................... 83
O FíGADO ................................................................................................................................................................ 88
óRGãOS ANExOS ................................................................................................................................................ 89
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO.................................................................................89
FISIOLOGIA RENAL .............................................................................................................................................. 92
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA GENITAL FEMININO .............................................................. 93
ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS óRGãOS GENITAIS FEMININOS INTERNOS ................................. 94
MAMA ...................................................................................................................................................................... 98
CICLO OvARIANO ..............................................................................................................................................100
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ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA GENITAL MASCULINO ........................................................101
ESPERMATOGêNESE .........................................................................................................................................106
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA TEGUMENTAR .......................................................................106
CONSTITUIçãO DA PELE .................................................................................................................................107
ANExOS DA PELE ...............................................................................................................................................109
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA ENDóCRINO .......................................................................... 110
HIPóFISE ............................................................................................................................................................... 115
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA IMUNOLóGICO ..................................................................... 116
ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS óRGãOS DOS SENTIDOS ................................................................... 119
ExERCíCIOS 2 ......................................................................................................................................................127
ATIvIDADE COMPLEMENTAR 1 ....................................................................................................................135
ATIvIDADE COMPLEMENTAR 2 ....................................................................................................................135
ATIvIDADE COMPLEMENTAR 3 ....................................................................................................................135
ATIvIDADE COMPLEMENTAR 4 ....................................................................................................................135
GABARITO - ExERCíCIO 1 ..............................................................................................................................135
GABARITO - ExERCíCIO 2 ..............................................................................................................................136
GLOSSÁRIO ..........................................................................................................................................................138
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Anatomia Sistêmica
Anatomia Sistêmica
Lívia Bandeira Costa e Mirella Carvalho da Silva Cabade
Introdução à AnAtomIA HumAnA
 
A disciplina anatomia é uma ciência que estuda as estruturas físicas de todos os seres vivos. A palavra 
anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte significa “cortar em partes”. Em 
um sentido mais abrangente, a anatomia possibilita entender a constituição e o desenvolvimento dos seres 
organizados macro e microscopicamente. O seu estudo apresenta uma longa e interessante história, desde 
os primórdios da civilização humana. Inicialmente, limitada ao observável a olho nu e pela manipulação 
dos corpos, expandiu-se ao longo do tempo, graças à aquisição de tecnologias inovadoras.
 
Atualmente, a anatomia pode ser subdividida em três grupos: Anatomia Macroscópica, Anatomia 
Microscópica e Anatomia do Desenvolvimento. A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas 
observáveis a olho nu, utilizando-se ou não recursos tecnológicos, enquanto que a Anatomia Microscópica 
está relacionada às estruturas corporais invisíveis a olho nu e que requerem o uso de instrumentos para 
ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Esse grupo pode ser dividido em Citologia 
(ciência que estuda a célula) e Histologia (ciência que estuda os tecidos e suas organizações para 
a formação de órgãos). Além disso, a Embriologia é uma subdivisão da anatomia que irá estudar o 
desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado, de sua fase embrionária até a forma adulta.
 
Existem várias formas do estudo anatômico, entre elas a anatomia sistêmica, um segmento que 
permite o estudo macroscópico dos sistemas orgânicos. Ou seja, estuda o corpo humano baseado nos 
sistemas. Essa disciplina é considerada uma das ciências básicas da Medicina e de todos os outros cursos 
da área de saúde, possuindo aplicação direta na prática clínica, experimental e cirúrgica. Ou seja, a 
anatomia sistêmica está diretamente relacionada à evolução dos diagnósticos e tratamentos médicos, 
uma vez que permite o conhecimento detalhado do corpo humano.
 
Os principais aspectos abordados na disciplina anatomia sistêmica são as formas interna e externa 
dos órgãos, suas interações junto ao meio ambiente, funcionamento, localização e disposição no 
organismo. Os objetivos desse capítulo são conceituar a ciência anatomia e suas várias subdivisões 
de estudo; descrever a divisão do corpo humano; conceituar a localização das estruturas; e nomear e 
entender a função dos sistemas orgânicos.
 
Conceitos básicos de anatomia
 
Inicialmente, é necessário entender que o corpo obedece a uma constituição geral (átomo> molécula> 
célula> tecidos> órgãos> sistemas e organismo). A partir desse conceito, segue-se a introdução de 
alguns termos básicos que serão fundamentais ao longo do conteúdo abordado nessa disciplina.
 
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normalidade, anomalia e monstruosidade
 
A anatomia permite, ainda, o estudo da estrutura considerada normal e suas possíveis variações 
anatômicas. A estrutura considerada normal, em anatomia, é a que melhor desempenha as funções para 
a qual foi destinada, como, por exemplo, o rim normal com sua ação fisiológica de filtração. Além disso, 
a estrutura e forma normal dos órgãos são de incidência mais frequente entre os indivíduos da espécie 
humana, como, por exemplo, 20 dedos, coração com seu ápice inclinado para o lado esquerdo do corpo, 
entre outros.
 
As anomalias são alterações de grande porte em uma estrutura, em comparação com o padrão de 
normalidade, podendo ser de origem congênita (que ocorre durante a gestação) ou adquirida. Essas 
alterações podem ser na forma ou na posição do órgão no corpo, podem causar prejuízos funcionais, 
mas são compatíveis com a vida, como o lábio leporino na região da boca que promove a perda funcional 
da região. A monstruosidade é aquela anomalia em um grau mais avançado, com alterações profundas 
na constituição e desenvolvimento do corpo, e normalmente incompatíveis com a vida. Um exemplo é 
a anencefalia (ausência do encéfalo).
 
Variações anatômicas
 
As variações anatômicas são pequenas alterações do aspecto anatômico normal de uma estrutura 
(forma ou na posição do órgão), sem gerar prejuízos às suas funçõesfisiológicas. Por exemplo, as 
alterações de posição que são visualizadas no sistema venoso superficial são alguns dos exemplos 
simples de variação anatômica.
 
Os fatores gerais de variação, ou seja, que contribuem para a variação anatômica, incluem sexo, 
raça, idade, biotipo, entre outros. As diferenças entre os gêneros masculino e feminino são visíveis 
externamente, o que é denominado de dimorfismo sexual. Além do aspecto das genitálias, é possível 
estabelecer diferenças morfológicas entre homens e mulheres através da deposição de gordura no corpo, 
mamas, diferença da largura dos ombros em relação à largura do quadril, etc.
 
A idade está diretamente relacionada com as modificações anatômicas que ocorrem nas fases de 
vida intrauterina e extrauterina. Essas fases são subdividas, recebendo nomes específicos:
 
• fase intrauterina: ovo (primeiros sete dias); embrião (até o fim do 2º mês); feto (até o 9º mês);
 
• fase extrauterina: vida pré-natal (a partir da concepção até o 8º mês do nascimento); primeira 
infância (de um mês até dois anos do nascimento); segunda infância (de dois anos a 10 anos); 
adolescência (dos 11 aos 20 anos); adulto jovem (de 20 a 40 anos); adulto mais velho (de 40 a 60 
anos); idoso (acima de 60 anos).
 
A etnia pode provocar variações específicas no organismo. Um exemplo é o aparelho locomotor 
do afrodescendente, que é muito mais resistente e capaz de gerar mais força, se comparado ao de um 
caucasiano de mesmo biótipo. A raça negra não apresenta alta probabilidade de desenvolver osteoporose, 
entretanto, indivíduos da raça branca estão no grupo de risco. Alguns fatores, como a idade, provocam 
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Anatomia Sistêmica
variações anatômicas em um indivíduo, podendo ser descobertos com a realização da anamnese do 
paciente. Como exemplo, pode-se citar que o número de ossos em um recém-nascido é em torno de 
300 e o de um adulto jovem é de 206. Isso ocorre porque durante o desenvolvimento há uma fusão 
entre os ossos.
 
O biotipo são as diferenças físicas, geralmente hereditárias, que podem ser alteradas por fatores 
ambientais. Os biotipos constitucionais existem em cada grupo étnico. A identificação dos biotipos 
é importante devido às diferentes técnicas de abordagem durante as avaliações físicas, assim como 
na incidência de certas doenças. A anatomia biotipológica é a área da anatomia que estuda os tipos 
morfológicos (biotipos).
 
Existem três tipos morfológicos constitucionais que são os principais fatores das diferenças 
morfológicas dos indivíduos. Diante da grande variabilidade morfológica humana, é possível reconhecer 
o tipo médio e dois tipos extremos (longilíneo e brevilíneo). Existem também tipos mistos. Os biotipos 
são descritos como:
 
• longilíneo: indivíduo alto e esguio, apresenta pescoço, tórax e membros longos e delgados. O 
tórax é estreito e predominante sobre o abdome. Nessas pessoas o estômago é, em geral, mais 
alongado e as vísceras são dispostas mais verticalmente;
 
• brevilíneo: indivíduo baixo com pescoço curto, tórax curto e largo, sendo menor que o abdome, 
e membros curtos e espessos. As vísceras nessas pessoas costumam estar dispostas mais 
horizontalmente; a hipertensão arterial é um exemplo de doença que é mais comum em brevilíneos;
 
• mediolíneo: são indivíduos que apresentam características intermediárias entre os dois tipos anteriores.
 
 
Figura 1 - Biótipos humanos. Fonte: etb®, 2015.
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Posição anatômica, planos e eixos do corpo humano
 
O corpo humano é dividido em cabeça, pescoço, tronco (tórax, abdome, pelve e dorso), membros 
superiores (axila, braço, cotovelo, antebraço e mão) e membros inferiores (quadril, coxa, joelho, perna e pé).
 
A posição anatômica é um padrão de referência adotado para descrever o corpo humano como um 
todo ou estudar seus componentes em partes, visando facilitar termos de região e eixos corporais. O 
indivíduo deve estar com o corpo ereto (posição ortostática ou bípede), face voltada para frente com 
o olhar fixo no horizonte, membros superiores pendentes naturalmente e ao lado do tronco, palmas 
da mão voltadas para frente com os dedos justapostos, membros inferiores unidos, com os pés juntos 
voltados para frente. Com base nessas informações, é possível descrever a localização de cada estrutura 
do corpo.
 
 
Figura 2 - Posição anatômica. Fonte: ©Ewelina Kowalska, 123RF®, ID da imagem: 24632574. Link da página: br.123rf.com/
photo_24632574_homem-anatomy,-frente,-costas-e-p.html. Acesso em: 06/07/2015.
 
A definição dos planos anatômicos é utilizada para um estudo preciso em relação à localização dos 
órgãos e regiões do corpo humano. Os planos de delimitação do corpo humano incluem o anterior ou 
ventral, o posterior ou dorsal, o superior ou cranial, o inferior ou caudal e os laterais. Os planos de secção 
do corpo humano são representados pelo plano sagital, que divide o corpo em duas metades (lado 
direito e esquerdo); plano frontal ou coronal, que permite a divisão do corpo em parte ventral e dorsal, 
ou seja, anterior e posterior; e plano transverso ou horizontal que divide o corpo em superior e inferior, 
ou seja, parte cefálica (cabeça podálica - pés).
 
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Anatomia Sistêmica
 
Figura 3 - Planos anatômicos. Fonte: etb®, 2015.
 
Os eixos são linhas imaginárias que passam pelo centro do corpo e em volta do qual executam 
um movimento de rotação. Os eixos de movimento são divididos em eixo látero-lateral (possibilita 
movimentos de extensão e flexão), eixo anteroposterior (permite movimentos de abdução e adução) e 
eixo longitudinal (movimentos de rotação medial e lateral).
 
Para finalizar, são utilizados os termos regionais, descritos como medial, lateral, cranial, caudal, 
proximal, distal e intermédio. Quando uma estrutura está disposta no plano frontal, diz-se que a mesma 
é medial se está mais próxima do plano mediano do corpo, ou lateral, se está mais afastada. Se uma 
estrutura está disposta mais próxima ao plano cranial ela é denominada de superior (cranial), ou inferior 
(caudal), se estiver mais distante desse plano. A estrutura posicionada longitudinalmente nos membros 
é denominada com os termos proximal e distal, conforme esteja mais próxima e mais distante da raiz do 
membro. A estrutura intermédia é aquela que está situada entre uma lateral e outra.
 
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Figura 4 - Eixos anatômicos. Fonte: ©woodoo007, 123RF®, ID da imagem: 15563777, com adaptações. Link da página: br.123rf.com/
photo_15563777_male-body-in-anatomical-position-anterior.html. Acesso em: 06/07/2015.
 
terminologia anatômica
 
A terminologia anatômica é a linguagem técnica utilizada em anatomia e nas Ciências da Saúde que 
trata da estrutura do homem. Ou seja, é o vocabulário ou lista de termos anatômicos utilizados para 
definir e descrever os órgãos e sistemas.
 
Para compreender a forma, a localização mais precisa dos órgãos e suas relações com as estruturas 
anatômicas do corpo, é necessário utilizar os termos de relação anatômica, juntamente com a posição 
anatômica e com os planos. São eles:
 
• inferior ou caudal: mais próximo dos pés;
 
• superior ou cranial: mais próximo da cabeça;
 
• anterior ou ventral: mais próximo do ventre;
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Anatomia Sistêmica
• posterior ou dorsal: mais próximo do dorso;
 
• proximal: mais próximo do ponto de origem;
 
• distal: mais afastado do ponto de origem;
 
• medial: mais próximo do plano sagital mediano.;
 
• lateral: mais afastado do plano sagital mediano;
 
• superficial: mais próximo da pele;
 
• profundo: mais afastado da pele;
 
• intermédio: entre uma estrutura lateral e outra medial;
 
• médio: entre uma estrutura proximal e outra distal;
 
• transversal: que divide um organismo ou órgão em superior e inferior;
 
• longitudinal: que une a cabeça aos pés; vertical;
 
• homolateral ou isolateral: do mesmo lado do corpo;
 
• contralateral: do lado oposto do corpo;
 
• holotopia: localização geral de um órgão no organismo. Ex.: o fígado está localizado no abdome;
 
• sintopia: relação de vizinhança. Ex.: o estômago está abaixo do diafragma, à direita do baço e à 
esquerda do fígado;
 
• esqueletopia: relação com esqueleto. Ex.: coração atrás do esterno e da terceira, quarta e quinta costelas;
 
• idiotopia: relação entre as partes de um mesmo órgão. Ex.: ventrículo esquerdo adiante e abaixo 
do átrio esquerdo.
 
Conceitos básicos de fisiologia humana
 
Foi visto anteriormente que a anatomia é uma ciência que define e descreve a posição e a estrutura 
dos órgãos do organismo. Já a fisiologia tem como principal objetivo o estudo das funções dos órgãos. 
Os primeiros relatos sobre a função do corpo humano foram feitos por Aristóteles. Posteriormente, 
outros cientistas publicaram estudos sobre as funções do organismo vivo e de suas partes componentes. 
Entretanto, só após 1628, com o trabalho de Willian Harvey sobre o sistema circulatório, a fisiologia 
passou a ser considerada uma ciência. No século xIx, surgiu a fisiologia moderna, baseada no conceito 
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fundamental da homeostasia descrita pelo médico francês Claude Bernard (1813-1878), considerado o 
fundador da moderna Medicina experimental. Segundo ele, “a constância do meio interno é a condição 
para boa saúde”.
 
Atualmente, a fisiologia humana é a ciência que estuda o funcionamento, o desenvolvimento e o 
equilíbrio do corpo humano, destinando-se a explicar os fatores físicos e químicos que estão envolvidos 
com a origem e propagação da vida humana. é considerada uma disciplina que une as ciências básicas 
à Medicina Clínica, estando diretamente ligada com a anatomia humana.
 
O estudo da fisiologia é iniciado com a estrutura celular, unidade básica viva, que compõe os diversos 
órgãos do corpo. O organismo possui cerca de 100 trilhões de células que se organizam para formar 
os órgãos (GUYTON & HALL, 2011). Em seguida, são inseridos nesse contexto os sistemas orgânicos. 
Além disso, a fisiologia visa estudar o ambiente onde as células estão localizadas e protegidas: o meio 
interno ou líquido extracelular. Em torno de 60% do corpo humano é formado por líquidos, como 
soluções aquosas constituídas por íons e outras substâncias. Esse líquido pode estar dentro da célula 
(intracelular), ou estar nos espaços fora da célula, sendo denominado de líquido extracelular. Este é 
constituído pelos fluidos que circulam por todo o corpo, sendo transportado no sangue e misturado 
pelos líquidos teciduais por difusão através dos capilares. Os organismos tendem a preservar o meio 
interno, mesmo que o meio externo esteja sofrendo alterações.
 
Para o funcionamento adequado dos órgãos é necessário manter em equilíbrio o meio interno e 
diversas condições físicas. Essa condição é definida através do conceito de homeostasia. A homeostase 
(homeo = igual; stasis = ficar parado) ou homeostasia é uma condição que autoregula o organismo, 
permitindo que o meio interno permaneça dentro dos limites fisiológicos, e mantendo constantes seus 
parâmetros biológicos, mesmo na presença de modificações no meio exterior. Ou seja, permite que o 
corpo fique em estado de equilíbrio. Cada célula participa do processo e da manutenção da homeostasia, 
contribuindo para que o corpo atue de forma contínua. O estresse é uma condição que perturba a 
homeostasia do organismo, criando um desequilíbrio no meio interno. Quando isso acontece, todas as 
células sofrem. A disfunção extrema causada pelo estresse leva à morte do organismo e a disfunção 
moderada poderá causar a doença.
 
Sistemas orgânicos
 
Na anatomia sistêmica, os conhecimentos adquiridos na ciência anatomia e na fisiologia serão unidos 
visando o estudo do corpo humano através dos sistemas orgânicos. Mas o que seria um sistema orgânico?
 
As células do corpo se agrupam constituindo os tecidos que irão desempenhar funções gerais. Por 
sua vez, os tecidos irão formar os órgãos que, finalmente, se organizarão nos sistemas com funções mais 
complexas. Os sistemas que serão abordados ao longo do capítulo, assim como seus ramos científicos, 
são listados abaixo:
 
• Sistema esquelético (osteologia): formado pelos ossos e cartilagens;
 
• Sistema articular (artrologia): formado pelas articulações que unem os ossos e cartilagens;
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Anatomia Sistêmica
• Sistema muscular (miologia): formado por todos os tipos de músculos;
 
• Sistema nervoso (neurologia): formado pelos órgãos do sistema nervoso central e periférico;
 
• Sistema respiratório (pneumologia): formado por órgãos das vias aéreas superiores e inferiores, 
além dos pulmões;
 
• Sistema cardiovascular (angiologia): formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos (arterial 
e venoso);
 
• Sistema digestório (gastroenterologia): formado pelos órgãos do tubo digestório e órgãos anexos;
 
• Sistema urinário (nefrologia e urologia): formado pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra.
 
• Sistema genital (ginecologia, urologia e andrologia): formado pelos órgãos genitais reprodutivos;
 
• Sistema tegumentar (dermatologia): constitui o revestimento externo do corpo, sendo formado 
pela pele, pelos, cabelos, unhas, além das glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias;
 
• Sistema endócrino (endocrinologia): formado pelo conjunto de glândulas;
 
• Sistema imunológico (imunologia): órgãos e células do sistema imune;
 
• Sistema sensorial: constituído pelos órgãos dos sentidos.
 
CItologIA
 
A citologia é a ciência que estuda as células, seus componentes, as organelas e as funções celulares. 
A célula é definida como a menor unidade estrutural básica de todo ser vivo. Em 1667, o pesquisador 
inglês Robert Hooke, ao observar através do microscópio uma célula de cortiça (tecido vegetal morto), 
descreveu pela primeira vez a estrutura da célula. Ao observar a cortiça, ele viu pequenas cavidades e 
denominou essa estrutura de célula, cella, que em latim significa “lugar fechado”. Atualmente, sabe-se 
que essa estrutura correspondia apenas ao envoltório da célula vegetal.
 
A estrutura básica de uma célula corresponde à membrana plasmática, constituída por lipoproteínas; 
o citoplasma, que é o espaço intracelular; e o núcleo, onde se encontra o material genético da célula. O 
avanço da ciência moderna permitiu comprovar que o corpo humano vai possuir trilhões de células e 
que todas de um mesmo organismo possuem o mesmo número de cromossomos (material genético das 
células). Esse material genético é o responsável pela transmissão dos caracteres hereditários.
 
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Células procarióticas e eucarióticas
 
Na citologia, as células são classificadas em procariotas e eucariotas. As células procariotas possuem 
uma estrutura mais simples e seu material genético disperso no citoplasma (não existe a delimitação do 
núcleo), em forma de filamentos circulares. Apesar da constituição simples, essas células são capazes de 
desempenhar diversas funções metabólicas, incluindo a obtenção de energia. Os seres vivos considerados 
procariotos são as bactérias e as cianofíceas ou algas azuis.
 
 
Figura 5 - Estrutura da célula procariota, destacando a ausência do envoltório nuclear. Fonte: etb®, 2015.
 
A célula eucariota é aquela que, ao contrário da célula procariota, apresenta um núcleo, onde fica 
localizado seu material genético (DNA), delimitado pela membrana nuclear (carioteca). A carioteca, assim 
como a membrana plasmática, também é formada por uma dupla camada lipídica. Nessa organização 
estrutural, o DNA é mantido em um compartimento, estando separado do citoplasma. No citoplasma 
localizam-se as organelas celulares como as mitocôndrias, retículo endoplasmático, cloroplastos (em células 
vegetais), entre outras. Esse tipo de célula é encontrado em protozoários, vertebrados e invertebrados.
 
 
Figura 6 - Estrutura da célula eucariota, organelas e núcleo com carioteca. Fonte: etb®, 2015.
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Anatomia Sistêmica
Constituição dos organismos
 
é importante destacar que os seres vivos possuem semelhanças químicas, sendo formados por quatro 
elementos básicos que constituem cerca de 95% da matéria viva: oxigênio, hidrogênio, nitrogênio 
e carbono. O líquido extracelular é necessário para manter a vida das células, fornecendo os íons e 
nutrientes adequados. A célula possui substâncias inorgânicas pouco complexas e pobres em energia, 
como a água e os sais minerais, e substâncias orgânicas ricos em energia, como carboidratos, lipídios, 
proteínas e ácidos nucléicos. Todos esses componentes são fundamentais para que as células possam 
crescer e executar suas funções especiais.
 
Apesar da sua constituição simples, a água é fundamental para as células, sendo classificada como 
solvente universal e possuindo um papel importante para realizar o transporte de substâncias dentro 
das células. Esse processo ocorre devido ao choque entre as moléculas e à sua adesão às superfícies. 
Dessa forma, a água consegue penetrar em pequenos espaços, através do fenômeno de capilaridade, 
permitindo uma eficiente distribuição de substâncias e facilitando as reações de hidrólise enzimáticas. 
Além disso, a água tem função de proteção térmica, minimizando as variações bruscas de temperatura 
corporal, e resfriando a temperatura do corpo através da transpiração.
 
Função celular
 
A membrana plasmática é a estrutura que envolve a célula e separa seu conteúdo citoplasmático 
do líquido extracelular (meio interno), sendo responsável por várias funções na célula. A membrana é 
composta por uma bicamada lipídica, formada por fosfolipídios e colesterol, onde estão inseridas diversas 
proteínas. Algumas dessas proteínas (denominadas de proteínas transportadoras) estão envolvidas no 
transporte seletivo de moléculas para dentro e para fora da célula, como, por exemplo, as aquaporinas 
(canais de água), canais iônicos de soluto e as proteínas transportadoras dependentes de ATP.
 
O ATP (Trifosfato de adenosina ou Adenosina trifosfato) é uma molécula responsável pelo 
armazenamento de energia entre suas ligações químicas. Essa energia é proveniente da respiração 
celular, sendo obtida através da oxidação da glicose. Uma vez que a molécula de glicose é quebrada, a 
energia de suas ligações é transferida às moléculas de ATP que servem como reservatórios de energia 
para o organismo.
 
A passagem das moléculas pelas células pela membrana plasmática, através dos canais ou com o 
auxílio de proteínas carreadoras, ocorre devido aos gradientes de concentração química e diferenças 
entre potencial eletroquímico, que quantifica uma força motriz. Já os transportadores dependentes de 
ATP utilizam a energia dessa molécula para realizar o transporte das moléculas. A aquaporina é um canal 
que utiliza diferenças de pressão osmótica entre os dois lados da membrana plasmática para realizar o 
transporte da água.
 
O transporte através da membrana plasmática pode ser de dois tipos: passivo e ativo. O transporte 
passivo ocorre sem o consumo de energia (ATP), utilizando o movimento de moléculas, a partir do 
gradiente eletroquímico dessas moléculas. Por sua vez, o transporte é considerado como ativo quando 
envolve o gasto das moléculas de ATP, ocorrendo em sentido contrário ao gradiente eletroquímico. 
Além disso, o transporte ativo pode ser com a hidrólise direta das moléculas de ATP (transporte ativo 
primário), ou associado aos carreadores de solutos conjugados (transporte ativo secundário).
 
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Todas as funções executadas por uma célula são coordenadas e integradas por sinais químicos 
externos, como hormônios, neurotransmissores, fatores de crescimento e produtos do metabolismo 
celular que servem como sinalizadores, possibilitando a comunicação entre as células. Por sua vez, esses 
sinais químicos e físicos interagem com receptores localizados na membrana plasmática ou no núcleo, 
que amplificam e integram sinais. Essa interação gera uma cascata de eventos que medeiam e regulam a 
resposta a cada estimulo. Essas vias permitem que a resposta celular seja especifica, ampliada, regulada 
e coordenada (BERNE & LEvY, 2009).
 
CélulAS HEmAtológICAS
 
Constituição do sangue
 
O sangue está contido no sistema circulatório, que o mantém em movimento, devido às contrações 
rítmicas do coração. O sangue é originado no tecido hemocitopoietico, sendo formado pelos glóbulos 
sanguíneos (células) e pelo plasma, sua parte líquida e amorfa, na qual as células estão dispersas.
 
O plasma é composto por água e possui diversas substâncias dissolvidas, como proteínas plasmáticas, 
sais inorgânicos e compostos orgânicos diversos (aminoácidos, vitaminas, hormônios e glicose). As 
principais proteínas do plasma são as albuminas, as alfa, beta e gama globulinas, as lipoproteínas e as 
proteínas da coagulação do sangue. O plasma transporta nutrientes e metabólitos, distribuindo-os pelo 
organismo, além de transportar os excretas do metabolismo.
 
As células formam a parte figurada do sangue e são os glóbulos vermelhos (hemácias e eritrócitos), 
os glóbulos brancos (leucócitos) e as plaquetas (fragmentos do citoplasma dos megacariócitos da 
medula óssea). Essas células são transportadas através do sangue e desempenham várias funções, como 
a defesa do organismo, transporte de oxigênio (O2) e gás carbônico (CO2). Além disso, o sangue atua na 
distribuição dos hormônios e tem papel regulador na distribuição de calor, no equilíbrio acidobásico e 
osmótico dos tecidos.
 
Hematopoese
 
As células sanguíneas são originadas na medula óssea vermelha a partir de células indiferenciadas 
(células-tronco hematopoéticas), através da hematopoese. As células-tronco hematopoéticas 
caracterizam-se por serem as mais imaturas na hierarquia de diferenciação das células sanguíneas. 
Essas células se diferenciam e assumem funções específicas. As células sanguíneas apresentam meia-
vida curta, de horas a dias, assim sendo, a hematopoese é um processo contínuo de produção de células 
sanguíneas, envolvendo suas etapas de renovação, proliferação, diferenciação e maturação. Além disso, 
a hematopoese é importante por apresentar a capacidadede reconstruir as células do sangue de um 
indivíduo após terapias imunossupressoras (quimioterapia e radioterapia).
 
Como dito anteriormente, todas as células do sangue são derivadas de um único tipo celular da 
medula óssea vermelha. Essas células formam duas linhagens: uma das células linfoides, que formam os 
linfócitos, e a das células mielóides, que originam as hemácias, os granulócitos, monócitos e plaquetas.
 
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Anatomia Sistêmica
 
Figura 7 - Formação de células de sangue de medula óssea. Fonte: ©alila, 123RF®, ID da imagem: 17588319, com adaptações. Link 
da página: br.123rf.com/photo_17588319_forma%C3%A7%C3%A3o-de-c%C3%A9lulas-de-sangue-de-medula-%C3%B3ssea.
html?term=17588319. Acesso em: 06/07/2015.
 
Células sanguíneas
 
Hemácias
 
As hemácias, glóbulos vermelhos ou eritrócitos, se originam na medula óssea, através da proliferação 
e maturação dos eritroblastos, fenômeno conhecido como eritropoese. O processo básico da maturação 
da série eritrocítica ou vermelha é a síntese de hemoglobina e a formação das hemácias, que oferece o 
máximo de superfície para as trocas de oxigênio. As hemácias são corpúsculos pequenos e bicôncavos, 
anucleados, ricos em hemoglobina, responsáveis pelo transporte de oxigênio, sua importante função. 
Apesar de serem constituídas apenas por membrana plasmática e citoplasma, são complexas.
 
As funções principais dos eritrócitos são o transporte de oxigênio dos pulmões aos tecidos, mantendo 
a perfusão dos tecidos adequada, e de gás carbônico dos tecidos aos pulmões, ou seja, realizar as trocas 
gasosas. Para exercer tais funções, 95% das proteínas que constituem as hemácias são moléculas de 
hemoglobina (proteína conjugada com ferro), que transportam o oxigênio e gás carbônico.
 
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Figura 8 - Transporte de oxigênio das hemácias para os tecidos do organismo e trocas gasosas. Fonte: ©designua, 123RF®, ID da 
imagem: 34138132, com adaptações. Link da página: br.123rf.com/photo_34138132_a-troca-gasosa-em-seres-humanos.-caminho-
de-gl.html?term=34138132. Acesso em: 06/07/2015.
 
 
Figura 9 - Molécula de hemoglobina na hemácia. Fonte: ©Roberto Biasini, 123RF®, ID da imagem: 14225607, com adaptações. Link da 
página: br.123rf.com/photo_14225607_hemoglobina.html?term=14225607. Acesso em: 06/07/2015.
 
A molécula da hemoglobina é formada por quatro sumidades, cada uma contendo um grupo heme 
(contém ferro) ligado a um polipeptídio. Devido a variações nas cadeias polipeptídicas, existem vários 
tipos de hemoglobina. Três deles são considerados normais, as hemoglobinas A1, A2 e F (hemoglobina 
fetal). A hemoglobina F é 100% da hemoglobina no feto e cerca de 80% no recém-nascido, caindo 
progressivamente até alcançar 1%, semelhante à porcentagem encontrada em indivíduos adultos.
 
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Anatomia Sistêmica
leucócitos
 
Os leucócitos, glóbulos brancos, formam o grupo mais heterogêneo (morfologicamente e 
funcionalmente células sanguíneas. São as células que estão envolvidas com a defesa do organismo, 
podendo exercer a função de fagocitose e produzir proteínas de defesa (anticorpos). Em geral, são 
células especializadas e específicas que estruturam o sistema imunológico.
 
Os leucócitos são células incolores, de forma esférica quando estão suspensas no sangue, produzidas 
pela medula óssea. vários tipos de leucócitos utilizam o sangue para serem transportados até os 
tecidos, onde irão exercer suas funções. Os leucócitos são classificados de acordo com a presença, 
em seu citoplasma, de grânulos específicos (são os granulócitos), e ausência de grânulos específicos 
(agranulócitos). Os agranulócitos, também conhecidos como mononucleares (núcleo único e uniforme), 
incluem os monócitos, plasmócitos e linfócitos. Os granulócitos têm núcleo de forma irregular e 
segmentado, sendo também denominados de polimorfonucleares. Seus grânulos específicos estão 
envoltos por uma membrana. Esses granulócitos podem ser dos tipos neutrófilos, eosinófilos e basófilos.
 
neutrófilos
 
Os neutrófilos são assim denominados por apresentarem uma coloração neutra quando corados, em 
relação aos eosinófilos e basófilos, que se coram com avidez. São originados através dos mieloblastos 
(precursor imaturo da linhagem mielóide). Essas células são arredondadas, possuindo um núcleo 
segmentado com dois ou até cinco lóbulos (frequentemente três lóbulos), ligados entre si por pontes de 
cromatina (material genético).
 
No citoplasma dos neutrófilos são encontrados grânulos de quatro tipos diferentes: os grânulos 
azurófilos ou primários, específicos ou secundários, terciários ou de gelatinase; e as vesículas secretoras. 
Os grânulos mais comuns são os azurófilos e os específicos. Os grânulos azurófilos são os lisossomos 
dos neutrófilos, contendo proteínas e peptídeos que matam microrganismos. Os específicos, além das 
enzimas capazes de eliminar os microrganismos, possuem componentes para reposição de membrana 
e auxiliam na proteção da célula contra agentes oxidantes. Os neutrófilos migram do sangue para os 
tecidos lesados ou infectados pelo processo de quimiotaxia. Essas células são encontradas na saliva, no 
sistema digestivo, podendo ser encontradas também no fígado, pulmões e baço, etc.
 
Eosinófilos
 
Os eosinófilos são menos numerosos do que os neutrófilos, constituindo apenas de 1 a 3% do total 
de leucócitos, predominando no sangue periférico. Essas células possuem o núcleo bilobulado e muitas 
granulações (cerca de vinte por célula), que se coram pela eosina (granulações acidófilas). Além disso, 
possuem mais dois tipos de grânulos, os grânulos primários e os grânulos pequenos. Os eosinófilos 
são células fagocitárias, atuando na defesa contra parasitas helmínticos, distúrbios cutâneos alérgicos, 
neoplasias e em processos inflamatórios associados às doenças alérgicas.
 
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Basófilos
 
Os basófilos são originados e amadurecidos na medula óssea, migrando em seguida para a corrente 
sanguínea. Os basófilos constituem menos de 2% dos leucócitos do sangue, sendo difícil encontrá-los 
nos esfregaços sanguíneos. Essas células possuem um núcleo volumoso, com forma retorcida e irregular, 
geralmente com o aspecto da letra S. Seu citoplasma é carregado de grânulos maiores do que os dos 
outros granulócitos. Esses grânulos se tingem com corantes básicos na cor púrpura escura, os quais 
muitas vezes obscurecem o núcleo.
 
Os basófilos produzem vários mediadores químicos, encontrados em seus grânulos, como a histamina 
(o principal), fatores quimiotáticos para eosinófilos e neutrófilos, e heparina. A membrana plasmática 
dos basófilos apresenta receptores para a imunoglobulina E (IgE). Além das proteínas contidas nos 
grânulos, os basófilos também secretam citocinas (IL-4, IL-13, por exemplo) e leucotrienos, que são 
mediadores inflamatórios. Acredita-se que, por meio da secreção de citocinas, os basófilos possuem 
ação imunomoduladora.
 
Nos tecidos são encontrados os mastócitos, células semelhantes aos basófilos, que não circulam na 
corrente sanguínea e devem amadurecer a partir de precursores locais. Seus grânulos contem heparina, 
histamina, além de enzimas hidrolíticas que não são encontradas nos basófilos.
 
monócitos
 
Os monócitos, macrófagose seus precursores originam-se na medula óssea a partir dos monoblastos. 
São os maiores leucócitos, possuem o núcleo ovoide, em forma de rim, geralmente excêntrico. O 
citoplasma é basófilo e contém grânulos azurófilos (lisossomos) muito finos, que podem preencher 
todo o citoplasma, conferindo-lhe uma coloração acinzentada. Após entrarem na circulação, migram 
para os tecidos, sendo chamados de macrófagos tissulares. Essas células desempenham funções de 
fagocitose, regulam a função de outras células, apresentam antígenos, atuam nas reações inflamatórias 
e na destruição de células tumorais e microrganismos.
 
linfócitos
 
Os linfócitos são responsáveis pela defesa imunológica do organismo. Essas células reconhecem 
moléculas estranhas existentes em diferentes agentes infecciosos combatendo-as por meio de resposta 
humoral (produção de imunoglobulinas) e resposta citotóxica mediada por células.
 
Existem três tipos de linfócitos: natural killers (NK), linfócitos B e linfócitos T. Os linfócitos B 
diferenciam-se em plasmócitos, as células produtoras de anticorpos, sendo responsáveis pela memória 
imunológica. Os linfócitos T amadurecem no timo, atuando na proteção contra vírus, fungos e bactérias. 
Além disso, atuam na patogênese das doenças autoimunes. Os linfócitos NK fazem parte da defesa 
imediata do corpo, atuando principalmente contra células cancerígenas e infecções virais.
 
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Anatomia Sistêmica
Os linfócitos constituem uma família de células esféricas, com diâmetro variável, podendo ser 
pequenos ou maiores. No sangue circulante ocorre uma pequena porcentagem de linfócitos maiores. 
O linfócito pequeno tem núcleo esférico, às vezes com uma chanfradura. Sua cromatina se dispõe em 
grumos grosseiros, característica que favorece a identificação do linfócito.
 
Plaquetas
 
As plaquetas são fragmentos de células anucleadas, com a forma de disco, derivadas de células 
gigantes e poliploides da medula óssea, os megacariócitos, e que se deslocam para o fluxo sanguíneo. As 
plaquetas são componentes que desempenham um papel importante na hemostasia normal, promovendo 
a coagulação do sangue e auxiliando a reparação da parede dos vasos sanguíneos, evitando perda de 
sangue. Sua função depende de vários receptores de glicoproteínas, do seu citoesqueleto contrátil e dos 
grânulos citoplasmáticos.
 
Introdução Ao EStudo doS tECIdoS E tECIdo EPItElIAl
 
origem dos tecidos
 
Os diversos conjuntos de células que constituem o corpo, incluindo estrutura, função e comportamento 
semelhantes, são denominados de tecidos. Os tecidos foram classificados de acordo com sua morfologia, 
localização, funções específicas e origem embriológica.
 
O embrião é formado por três camadas, também denominadas folhetos embrionários: o endoderma, 
o mesoderma e o ectoderma, responsáveis pela formação do tecido embrionário. Esses folhetos 
embrionários sofrerão um processo de diferenciação, originando todas as outras células e tecidos do 
corpo, de acordo com as funções que cumprirão no organismo adulto. O endoderma vai formar todo 
o revestimento do trato gastrointestinal, respiratório e urinário; o mesoderma origina o tecido ósseo, 
os músculos, o sangue, a derme e órgãos genitais; e o ectoderma é responsável por originar o sistema 
nervoso, a epiderme, os pelos, unhas, glândulas da pele e órgãos sensoriais. A tabela a seguir mostra em 
detalhes os tecidos, órgãos e sistemas que se originam de cada folheto embrionário nos vertebrados.
 
 
Figura 10 - Folhetos embrionários que originam todos os tecidos e órgãos do corpo. Fonte: etb®, 2015.
 
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Tabela 1 - Folhetos embrionários: tipos e estruturas relacionadas.
Folheto Estrutura no adulto
Ectoderme
•	Cristalino dos olhos
 
•	Epiderme
 
•	Anexos da epiderme: pelos, glândulas, etc.
 
•	Revestimento interno da boca e do ânus
 
•	Esmalte dos dentes
 
•	Receptores sensitivos
 
•	Encéfalo, gânglios e medula espinhal
Mesoderme
• vértebras
 
•	Derme
 
•	Tecido muscular
 
•	Tecido ósseo
 
•	Sistema circulatório
 
•	Aparelho urogenital
Endoderme
•	Revestimento interno dos aparelhos digestivo e respiratório
 
•	Revestimento interno da bexiga, fígado e pâncreas
Fonte: do autor, 2015.
 
Histologia e tipos de tecidos
 
A histologia é denominada a ciência que estuda os tecidos do corpo humano, suas características 
microscópicas e funções. Embriologicamente, os tecidos se originam dos folhetos embrionários citados 
anteriormente. Apesar da sua grande complexidade, o organismo humano é constituído por apenas 
quatro tipos básicos de tecidos: o epitelial, o conjuntivo, o muscular e o nervoso. Estes tecidos, que são 
formados por células e moléculas da substância extracelular (matriz extracelular), não existem como 
unidades isoladas, mas associados uns aos outros em proporções variáveis, formando os diferentes 
órgãos e sistemas do corpo (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2004). Ou seja, a maioria das estruturas do corpo 
é constituída por uma combinação dos diversos tecidos. Uma exceção é o sistema nervoso, formado 
praticamente de tecido nervoso. A partir de agora, serão abordados cada tipo específico de tecido, sua 
constituição e funções no organismo.
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Anatomia Sistêmica
tecido epitelial
 
O tecido epitelial é formado por células que possuem formas variadas, sendo poliédricas, piramidais, 
cúbicas ou cilíndricas. Essas células são justapostas, entre as quais há pouca matriz extracelular. Suas 
células aderem firmemente umas às outras por meio de junções intercelulares. Esta característica 
permite que as células do tecido epitelial se organizem como folhetos, que revestem a superfície externa 
e as cavidades do corpo, ou que se organizem em unidades secretoras, denominadas de glândulas 
(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2004).
 
Os epitélios são tecidos avasculares (não contém vasos sanguíneos). Suas células são nutridas pelo 
tecido conjuntivo adjacente, no qual existem vasos sanguíneos e linfáticos, que fornecem oxigênio e 
nutrientes, além de outras moléculas. Além disso, o tecido conjuntivo também é responsável por coletar 
o gás carbônico e os excretas do tecido epitelial.
 
Esse tecido está separado do tecido conjuntivo e apoiado por uma membrana basal, também conhecida 
como lâmina basal ou lâmina própria nas cavidades dos órgãos. O tecido epitelial possui a capacidade 
de regeneração e também têm especializações na membrana plasmática, como microvilosidades, cílios 
e junções intercelulares, que estão intimamente relacionadas com suas funções.
 
A função principal do tecido epitelial é o revestimento da superfície externa dos órgãos e das 
cavidades do corpo. Além disso, a íntima união entre as células do tecido epitelial faz com que esse 
tecido atue como uma barreira de proteção contra a entrada de agentes patogênicos e contra a perda 
de líquidos. Outras funções dos epitélios são o transporte e absorção de moléculas ou íons entre dois 
compartimentos e a percepção de estímulos.
 
O tecido epitelial secretor ou glandular, que desenvolve a função de secreção, também sintetiza, 
modifica e transporta as moléculas que serão secretadas.
 
Tipos de epitélio
 
Morfologicamente, como citado acima, o tecido epitelial é formado por células com diferentes 
formas (colunares, achatadas, cúbicas, entre outras), e que podem estar organizadas emuma ou mais 
camadas. A classificação dos epitélios é realizada de acordo com a forma das células, a estratificação 
(camadas) e suas especializações. Há três tipos básicos de células, cuja nomenclatura se relaciona com 
a forma: células pavimentosas, cúbicas e cilíndricas. Há autores que se referem às células transicionais.
 
Em relação às camadas, o epitélio é classificado em tecido epitelial simples, que só possui uma 
camada de células, enquanto que os estratificados possuem duas ou mais camadas. Alguns tecidos 
epiteliais apresentam modificações na superfície livre, como microvilosidades, cílios, entre outros.
 
O epitélio simples pavimentoso possui a denominação de endotélio. é o tecido que reveste os capilares, 
formando uma delgada camada celular. O epitélio estratificado pavimentoso é a epiderme. Já o epitélio 
pseudoestratificado cilíndrico ou prismático é o tecido que reveste a traqueia. Esse tecido possui apenas 
uma camada celular, entretanto, os núcleos das células se encontram em alturas diferentes, dando 
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uma impressão de estratificação (pseudoestratificado). O epitélio simples cilíndrico ou prismático é 
encontrado no intestino, que, como nos demais casos, mostra uma estreita adaptação entre a forma e a 
sua função. Esse tecido facilita a difusão de substâncias (absorção de alimento). O epitélio de transição é 
um constituinte da bexiga urinária, sendo um tecido que muda de forma conforme o grau de distensão 
do órgão e, por isso, é denominado epitélio de transição.
 
 
Figura 11 - Tipos de tecido epitelial. Fonte: ©Peter Lamb, 123RF®, ID da imagem: 14742327, com adaptações. Link da página: br.123rf.
com/photo_14742327_diagrama-para-mostrar-os-v%C3%A1rios-tipos-de-epit%C3%A9lio-escamoso---simples,-escamoso-
estratificado,-c%C3%BAb.html?term=14742327. Acesso em: 06/07/2015.
 
As células epiteliais são a interface entre o ambiente externo e o ambiente interno do organismo. 
A fisiologia do tecido epitelial está relacionada principalmente ao transporte de água e solutos, através 
dos epitélios, que deve ser regulado visando à homeostase. Esse processo mantém o estado estável de 
água e solutos.
 
Além dos epitélios de revestimento, existem os epitélios glandulares. Esse epitélio é caracterizado 
por ter as células raramente dispostas em camadas. As células epiteliais glandulares se proliferam, se 
diferenciam e se organizam de forma tridimensional formando as glândulas. Assim, glândula é o nome 
que se dá a uma estrutura anatômica formada por um ou por vários conjuntos de células epiteliais 
secretoras e seus ductos excretores.
 
As glândulas são classificadas em glândulas exócrinas e endócrinas. As exócrinas são dotadas de 
ductos excretores. Esses ductos são responsáveis por lançar suas secreções para o exterior do corpo, 
como as glândulas sudoríparas, ou para as cavidades internas, como as glândulas salivares. As glândulas 
endócrinas perdem sua conexão com o epitélio quando estão se desenvolvendo e, por isso, não possuem 
ductos. Suas secreções são lançadas diretamente na corrente sanguínea e linfática.
 
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Anatomia Sistêmica
Tecido epitelial de revestimento
 
O tecido epitelial de revestimento apresenta diversas funções, de acordo com o local no corpo 
humano. A epiderme tem como principal função a proteção contra choques mecânicos e agentes 
patogênicos, regulação térmica, controle do fluxo sanguíneo e funções sensoriais (calor, frio, pressão, 
dor e tato). Já o epitélio que reveste o tubo digestório possui uma importante função na absorção do 
alimento e a reabsorção de água. No sistema respiratório, ao nível dos alvéolos pulmonares, o epitélio 
vai se encarregar das trocas gasosas.
 
A pele é o órgão que reveste o corpo externamente, sendo formada pela epiderme, derme (formada 
por tecido conjuntivo) e hipoderme.
 
 
Figura 12 - Estrutura da pele humana; epiderme (A); córnea (B); camada lúcida (C); camada granulosa (D); camada espinhosa (E); 
camada basal (F); derme (G); colágeno (H); elastina (I); hipoderme (J); haste do pelo (K); raiz do pelo (L); músculo eretor do pelo (M); 
núcleo de bulgi (N); glândula sebácea (O); glândula sudorípara (P). Fonte: etb®, 2015.
 
A epiderme, a camada mais externa da pele, é formada por células epiteliais justapostas. Essas 
células são queratinizadas, conferindo a impermeabilização da pele. Além disso, essas células epiteliais 
são renovadas constantemente. Na epiderme também se encontram os melanócitos, que produzem a 
melanina (pigmento que dá cor à pele algumas células do sistema imune, como as células de Langerhans 
(células dendríticas da pele). Na epiderme também se encontram os anexos da pele (unhas, pelos, 
glândulas sudoríparas e sebáceas).
 
A derme é a camada localizada entre a epiderme e a hipoderme, sendo a responsável pela resistência 
e elasticidade da pele. Essa camada é formada pelas fibras do tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, 
linfáticos e nervos. Os folículos pilosos e as glândulas sudoríparas também estão localizados na derme. 
A hipoderme, camada subcutânea, é a porção mais profunda da pele, localizada abaixo da derme, sendo 
composta por feixes de tecido conjuntivo frouxo que a mantém unida aos órgãos adjacentes. Esse tecido 
conjuntivo envolve as células gordurosas (adipócitos) e forma lobos de gordura. Sua estrutura fornece 
proteção contra traumas físicos, além de ser um depósito de calorias.
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A mucosa é um tipo de tecido epitelial de revestimento, formada por tecido epitelial e conjuntivo, 
revestindo internamente as cavidades úmidas do corpo, como boca, nariz, estômago, entre outros. Seu 
tecido conjuntivo é denominado lâmina própria ou córion. As características morfológicas das mucosas 
variam, de acordo com os órgãos, na espessura, coloração, formação de pregas ou cristas, etc. A maioria 
das mucosas é umedecida pelo muco, uma secreção viscosa, originada nas glândulas epiteliais, como no 
trato digestivo e respiratório. A figura a seguir mostra as células da mucosa nasal, evidenciando os cílios 
nasais (anexos da epiderme a secreção mucosa na superfície.
 
 
Figura 13 - Células da mucosa nasal. Fonte: ©srum, 123RF®, ID da imagem: 30928178, com adaptações. Link da página: br.123rf.
com/photo_30928178_c%C3%A9lulas-da-mucosa-nasal-e-esquema-vetor-micro-c%C3%ADlios.html?term=mucosa. Acesso em: 
06/07/2015.
 
tECIdo ConjuntIVo
 
O tecido conjuntivo é responsável pelo estabelecimento e pela manutenção da forma do corpo. As 
células e a matriz que compõem o tecido conjuntivo possuem uma variedade de moléculas que exercem 
funções relacionadas com outros tecidos, órgãos e com o organismo todo. Esse tecido se origina das 
células do mesênquima, formadas a partir do mesoderma, no primeiro mês de vida intrauterina. O tecido 
conjuntivo é caracterizado por uma grande quantidade de material extracelular que é produzido por suas 
próprias células. Seus componentes são divididos em três classes: células, fibras e substância fundamental.
 
Existem vários subtipos de tecidos conjuntivos, formados pelos componentes básicos (células e 
matriz extracelular), que se relacionam com suas diversas funções. Os nomes desses tecidos refletem 
o seu componente predominante ou sua organização estrutural. O tecido conjuntivo engloba o tecido 
adiposo, ósseo, cartilaginoso e o tecido hematopoiético ou reticular (sangue).
 
Os tecidos conjuntivos estão distribuídospor todo corpo e sua principal função é o preenchimento, 
além do apoio, sustentação, reserva energética, transporte e proteção. Internamente, os órgãos são 
formados por dois componentes: o parênquima, que são as células responsáveis pela função típica 
do órgão, sendo um tecido específico funcional de uma glândula ou órgão; e o estroma, um tecido de 
sustentação, constituído por tecido conjuntivo e que, em geral, possui a vascularização e inervação dos 
órgãos (CARvALHO; RECCO-PIMENTEL, 2001.)
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Anatomia Sistêmica
Componentes do tecido conjuntivo
 
Diversas células, com origens e funções variadas, compõem o tecido conjuntivo. Essas células podem 
ser divididas em duas populações: células residentes e transientes. As células residentes são componentes 
permanentes do tecido conjuntivo, como fibroblasto, macrófago, mastócito, entre outras. As células 
transientes são células que estão passando pelo tecido conjuntivo, vindas principalmente do sangue, 
como os leucócitos. A presença dessas células no tecido conjuntivo do corpo é variável e depende de 
sinais químicos transmitidos pelo organismo, como a resposta inflamatória, que estimula a saída dos 
leucócitos do sangue para o tecido conjuntivo. A matriz extracelular do tecido conjuntivo é viscosa e 
hidrofílica, consistindo em diferentes combinações de proteínas fibrosas e de substância fundamental.
 
O tecido conjuntivo apresenta uma elevada quantidade de substância intercelular, as células que vão 
constituir esse tecido possuem formas e funções bastante variadas, portanto, um tecido com diversas 
especializações que também vai possuir a denominação de matriz. A substância intercelular ou intersticial 
dos tecidos conjuntivos preenche os espaços entre as células e apresenta-se constituída de duas porções: 
a substância amorfa e as fibras. Substância intercelular amorfa é constituída principalmente por água, 
polissacarídeos e proteínas. às vezes, como acontece no tecido ósseo, a substância intercelular é de 
forma sólida, com uma rigidez considerável; outras vezes, como o plasma sanguíneo, apresenta-se de 
forma líquida. As fibras possuem uma natureza proteica e se distribuem conforme o tipo de tecido. 
Na substância intercelular destacam-se os seguintes tipos de fibras: colágenas, que são as fibras mais 
frequentes do tecido conjuntivo, formadas pelas proteínas do colágeno, e que são de alta resistência à 
tração, além de possuirem uma coloração esbranquiçada.
 
As fibras elásticas, formadas pela proteína denominada elastina, são dotadas de elasticidade e têm 
uma coloração amarelada. As reticulares já vão apresentar um aspecto mais fino do tecido conjuntivo 
e são constituídas por uma proteína chamada reticulina, muito semelhante ao colágeno. O tecido 
conjuntivo propriamente dito (TCP) possui tecidos que apresentam propriedades gerais, como o tecido 
conjuntivo frouxo e o tecido conjuntivo denso.
 
O tecido conjuntivo frouxo se caracteriza pela presença abundante de substância intercelular e 
amorfa (sem formato), porém é relativamente pobre em fibras, que se encontram frouxamente 
distribuídas. Nesse tipo de tecido estarão presentes todas as células típicas do tecido conjuntivo: os 
fibroblastos, muito ativos na síntese proteica; os macrófagos, células com grande atividade fagocitária; 
os plasmócitos, que produzem anticorpos; e as células adiposas, que vão armazenar os lipídeos, com 
funções básicas do tecido conjuntivo frouxo preenchido, então, de espaços entre os órgãos viscerais, 
produzindo o envolvimento de nervos e vasos sanguíneos e linfáticos e a cicatrização de tecidos lesados. 
O tecido conjuntivo denso já é um tipo de tecido pobre em substância intercelular e amorfa, porém 
relativamente rico em fibras, principalmente do tipo colágena. A célula mais frequente nesse tecido 
é o fibroblasto. Quando as fibras colágenas se distribuem de maneira difusa, não ordenada, o tecido 
conjuntivo denso é chamado de não modelado, o que ocorre, por exemplo, na derme da pele.
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Funções do tecido conjuntivo
 
O tecido conjuntivo e seus subtipos, como citado anteriormente, exercem diversas funções no 
organismo. Primeiramente, esse tecido possui propriedades estruturais, sustentando os outros tecidos, 
como o tecido epitelial visto na Aula 4, os órgãos e o corpo. Além de sustentar, o tecido conjuntivo 
preenche os espaços entre as estruturas do organismo e promove a adesão entre os tecidos. Este papel 
mecânico é determinado pela matriz extracelular que conecta as células e os órgãos, oferecendo suporte 
ao corpo.
 
Outra função é a reserva energética nas células adiposas (adipócitos) do tecido adiposo. Esse tecido 
é o maior depósito corporal de energia, sob a forma de triglicerídeos (um tipo de gordura). O tecido 
conjuntivo também desempenha papel na nutrição das células do corpo, uma vez que serve de passagem 
para os vasos sanguíneos, auxiliando na difusão de gases, nutrientes e metabolitos entre o sangue e os 
tecidos. Além disso, serve como meio de passagem para os vasos linfáticos e para os nervos.
 
No tecido conjuntivo ocorre a produção de células sanguíneas pela medula óssea (hematopoese), a defesa 
do organismo através dos órgãos do sistema imune e da participação de suas células na resposta inflamatória.
 
tecido adiposo
 
O tecido adiposo é um subtipo de tecido conjuntivo denominado tecido conjuntivo de propriedades 
especiais. O tecido adiposo se caracteriza pela presença de células especializadas em armazenar lipídios, 
conhecidas como adipócitos. Esses lipídios possuem a função de reservas energéticas e calóricas, 
utilizadas entre os espaços das refeições. Além desta importante função, os adipócitos vão auxiliar na 
manutenção da temperatura corpórea e na formação dos coxins adiposos.
 
Existem dois tipos de variedades de tecidos adiposos: o tecido adiposo unilocular e o multilocular. 
No tecido adiposo unilocular, os adipócitos vão armazenar o lipídio em uma gotícula única, que acaba 
se fundindo em uma grande gota, ocupando a maior parte do adipócito e deslocando o citoplasma e o 
núcleo para a periferia da célula. Esses adipócitos são sustentados por uma quantidade considerável de 
fibras reticulares e envolvidos por uma rede vascular bastante desenvolvida.
 
O tecido adiposo unilocular se distribui por todo o corpo e seu acúmulo em certos locais depende do sexo 
e da idade do indivíduo. Em forma do panículo adiposo, uma camada disposta sob a pele, este tipo de tecido 
atua como reserva energética para o organismo, bem como isolante térmico e mecânico (amortecedor de 
choques mecânicos, que podem ocorrer nas atividades diárias). Os adipócitos não se dividem num indivíduo 
adulto, o seu crescimento tecidual se dá principalmente pelo acúmulo de lipídios nas células adiposas já 
existentes e formadas durante a vida embrionária e num período curto após o nascimento.
 
No tecido adiposo multilocular os adipócitos mantêm muitas pequenas gotas de lipídios no citoplasma 
e o núcleo ocupa diferentes posições na célula, seja no centro ou na periferia. Na espécie humana, esse 
tipo de tecido é encontrado apenas nos recém-nascidos. Também pode ser visto em espécies animais 
que hibernam. O tecido adiposo multilocular é encontrado na região das cinturas pélvica e escapular 
(por exemplo, em torno da laringe e traqueia e em torno da adrenal).
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Anatomia Sistêmica
tecido ósseo
 
O tecido ósseo éum tipo especializado de tecido conjuntivo, formado por células e um material 
extracelular calcificado (matriz óssea), que lhe permite um alto grau de rigidez e resistência à pressão. Os 
ossos são estruturas de depósito de substâncias, principalmente dos íons, cálcio e fosfato, armazenando-
os e liberando-os de forma controlada, mantendo uma concentração constante deles no organismo.
 
A extrema rigidez do tecido ósseo é resultado da interação entre as fibras de colágenos, presentes na 
matriz extracelular, e os íons cálcio. Devido à rigidez da matriz óssea, a nutrição das células do tecido é 
realizada a partir de canais existentes na matriz.
 
No tecido ósseo destacam-se os seguintes tipos celulares: os osteócitos, que são as células ósseas 
maduras, localizadas em cavidades ou lacunas dentro da matriz óssea. Essas células apresentam papel 
fundamental na manutenção da integridade da matriz óssea. Os osteoblastos, que sintetizam a parte 
orgânica da matriz óssea, estão localizados na sua periferia; e os osteoclastos, células móveis, multinucleadas 
e extensamente ramificadas, que participam dos processos de absorção e remodelação do tecido ósseo. Os 
osteoclastos são células derivadas de monócitos que atravessam os capilares sanguíneos.
 
Devido à sua constituição, as principais funções do tecido ósseo estão relacionadas à proteção de 
órgãos internos, principalmente os órgãos vitais, como por exemplo, o crânio, a caixa torácica, pelve 
e coluna vertebral, e à sustentação do indivíduo. Também possui a função de alavanca e apoio para 
os músculos, aumentando a coordenação e a força dos movimentos realizados, proporcionados pela 
contração do tecido muscular.
 
tECIdo nErVoSo E muSCulAr
 
tecido nervoso
 
O tecido nervoso possui a função de realizar a transmissão de impulsos nervosos, comunicando o 
meio interno com o ambiente externo e promovendo uma série de atividades motoras e sensoriais. Esse 
tecido apresenta dois tipos celulares básicos, os neurônios e as células gliais (astrócitos, oligodendrócitos, 
micróglias e células ependimárias), localizadas no sistema nervoso central (SNC), e as células de Schwann 
no sistema nervoso periférico (SNP).
 
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Figura 14- Neurônio e células neurológicas. Fonte: etb®, 2015.
 
neurônios
 
A principal característica do tecido nervoso é a presença dos neurônios, que são as células estruturais 
e funcionais do tecido nervoso. Os neurônios são células altamente especializadas, cujas propriedades de 
excitabilidade e condução são as bases das funções do sistema nervoso. Os neurônios são responsáveis 
por receber e conduzir todas as informações do organismo. São formados por corpo celular, conhecido 
como pericário, do qual partem prolongamentos que captam e conduzem estímulos nervosos. Esses 
prolongamentos nervosos são separados em dendritos e axônios.
 
Os dendritos têm como função conduzir os impulsos captados de outras células até o corpo celular 
(aferentes), são numerosos, curtos e ramificados. à medida que se ramificam vão diminuindo seu calibre. 
O axônio tem como função a condução de impulsos do corpo neuronal a outras células, sendo uma 
só prolongação longa de calibre uniforme em todo seu comprimento e que se ramifica apenas na 
proximidade de sua terminação. Na sua porção terminal, o axônio forma um botão dilatado conhecido 
como botão terminal, onde ocorrem as sinapses.
 
As sinapses são locais de grande proximidade (de contato) entre o axônio e a superfície de outra 
célula, chamada célula efetora. A sinapse é responsável pela transmissão unidirecional dos impulsos 
nervosos. A função da sinapse é transformar um sinal elétrico (impulso nervoso) do neurônio em um 
sinal químico que atua na célula efetora. Ou seja, nas sinapses, o impulso nervoso irá desencadear a 
liberação de mediadores químicos e estimular uma outra célula nervosa ou uma célula de outro tecido, 
como células musculares ou glandulares.
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Anatomia Sistêmica
Os nervos são basicamente constituídos por neurônios, rodeados por tecidos conectivos. No sistema 
nervoso periférico, as bainhas envoltórias são originadas das células chamadas células de Schwann; 
já no sistema nervoso central estas bainhas são formadas por células denominadas dendrócitos. Estes 
envoltórios constituem a bainha de mielina, um invólucro lipídico que atua como isolante e facilita 
a transmissão do impulso nervoso. As fibras nervosas são então denominadas fibras mielínicas, e as 
fibras que não possuem esse envoltório são denominadas amielínicas. A bainha de mielina contém 
interrupções chamadas “nós de Ranvier” e, através destas regiões, o estímulo nervoso é conduzido até 
a porção terminação do axônio. Ao saltar de “nó” em “nó”, a condução do impulso (condução de forma 
saltatóritorna-se muito mais rápida do que se tivesse de ser efetuada ao longo de todo o comprimento 
da fibra nervosa.
 
Células da glia
 
As células gliais, ou neuróglia, sustentam os neurônios e participam de diversas funções importantes, 
como sua nutrição, oxigenação e proteção além de participarem na condução do impulso nervoso. No 
sistema nervoso central existem 10 células da glia para cada neurônio. Além disso, o tecido nervoso 
possui uma quantidade mínima de material extracelular, e as células da glia fornecem um microambiente 
adequado para os neurônios.
 
Essas células incluem os astrócitos (regulam o microambiente do SNC), os oligodendrócitos (formam 
a mielina do SNC), células de Schwann (formam a mielina do SNP), células ependimárias (forram os 
ventrículos do sistema nervoso) e as micróglias que atuam como macrófagos no tecido nervoso.
 
tecido muscular
 
O tecido muscular é formado pelos músculos que, através de contrações, voluntárias e involuntárias, e 
da capacidade de relaxamento, realizam todos os movimentos do corpo. Existem três tipos de músculos no 
corpo: músculo estriado esquelético, estriado cardíaco e liso. O músculo estriado esquelético é encontrado 
nos membros e está ligado aos ossos, atuando como alavanca que permite o movimento. O músculo 
estriado cardíaco é involuntário, sendo responsável pelo batimento cardíaco. O músculo liso está presente 
nas paredes do tubo digestivo, dos vasos sanguíneos, do útero, da bexiga, sendo responsável pela nutrição-
digestão, respiração, circulação e excreção e movimento dos órgãos internos. As fibras que formam o 
músculo liso, além da capacidade de contração, sintetizam fibras colágenas e elásticas.
 
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Figura 15 - Tipos de músculos. Fonte: ©designua, 123RF®, ID da imagem: 17709304, com adaptações. Link da página: br.123rf.
com/photo_17709304_types-of-muscle-tissue-skeletal-muscle-smooth-muscle-cardiac-muscle-vector-scheme.html. Acesso em: 
06/07/2015.
 
oStEologIA E oSSoS
 
osteologia
 
Após o entendimento dos planos anatômicos e das regiões, é importante entender a osteologia, 
ciência que estuda os ossos e suas características. é importante destacar que o osso é um tecido vivo, 
bastante complexo, dinâmico e estruturado, formando o esqueleto.
 
ossos
 
Os ossos podem ser classificados de acordo com suas dimensões: comprimento, largura e espessura. Os 
ossos longos apresentam o comprimento maior que a largura e a espessura. Possuem duas extremidades 
ou epífises e o corpo do osso é denominado de diáfise. A diáfise é formada por tecido ósseo compacto, 
enquanto a epífise, por tecido ósseo

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