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RESUMO PODER DE POLICIA (1)

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POLÍCIA JUDICIÁRIA E POLÍCIA ADMINISTRATIVA; LIBERDADES PÚBLICAS E PODER DE POLÍCIA.
I– Intróito 
Segundo o Em. Hely Lopes, “Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado”. E mais: “Em linguagem menos técnica, podemos dizer que o poder de polícia é o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter os abusos do direito individual”.
É assente, na doutrina, o entendimento de que o fundamento do poder de polícia é o princípio da predominância do interesse público sobre o particular, que dá à Administração posição de supremacia sobre os administrados.
As características de tal poder são: discricionariedade (rebatida por alguns, como Celso Antônio, para quem, em determinadas hipóteses, tal poder será vinculado); auto-executoriedade e coercibilidade.
O poder de polícia pode ser dividido em duas áreas de atuação: na área administrativa e na área judiciária. Como nos traz Maria Sylvia Di Pietro, normalmente se menciona que a principal diferença entre as duas está no caráter preventivo da polícia administrativa e no caráter repressivo da polícia judiciária. Entretanto, como diz a própria doutrinadora, essa diferença hoje não mais é aceita como absoluta, uma vez que a polícia administrativa pode agir preventivamente, como pode agir repressivamente (exemplo: apreensão de arma usada indevidamente ou a licença do motorista infrator). Do mesmo modo, pode-se afirmar que a polícia judiciária atua preventivamente. A exemplo poder-se-ia mencionar que “embora seja repressiva em relação ao indivíduo infrator da lei penal, é também preventiva em relação ao interesse geral” (Di Pietro).
Outra diferenciação que se costuma fazer está na ocorrência ou não de ilícito penal. Se a atuação se der na esfera do ilícito puramente administrativo (prevenção ou repressão), a polícia é administrativa. Caso se trate de ilícito penal, é a polícia judiciária que agirá. Também se menciona que a diferença seria o fato de a a polícia judiciária ser privativa de corporações especializadas (pol. civil e militar), enquanto a polícia administrativa se reparte entre os vários órgãos da Administração.
Celso Antônio rebate todas essas diferenciações, e menciona que a verdadeira diferença estaria em que a atividade da polícia administrativa visa a paralisação de atividades anti-sociais; já a judiciária objetiva a responsabilização dos violadores da ordem jurídica.
Como já visto acima, a razão do poder de polícia é o interesse social e o seu fundamento está na supremacia geral que o Estado exerce sobre os cidadãos. Daí surge o antagonismo entre as liberdades individuais e o interesse coletivo.
Por intermédio da Constituição e das leis, os cidadãos recebem uma série de direitos; só que tais direitos devem ser exercidos de acordo com o bem-estar social, pelo que o exercício anormal deles enseja a atuação do poder de polícia. Em prol de afirmação, basta lembrarmos a máxima, inclusive aceita pelo STF, no sentido de que “não há direito fundamental absoluto”. Assim, as liberdades públicas admitem limitações e os direitos pedem condicionamento ao bem geral, e essas restrições ficam a cargo justamente da polícia administrativa.
Tendo em vista o antagonismo supra, a doutrina costuma mencionar que também o poder de polícia encontra limites. Daí que se invoca o princípio da proporcionalidade dos meios aos fins, ou seja, o poder de polícia só será válido se exercido até o limite do necessário para satisfação do interesse público. Normalmente, para se constatar a legitimidade do poder de polícia, utiliza-se os três pontos: necessidade; adequação e proporcionalidade em sentido estrito.
Ii - Principais Setores De Atuação Da Polícia Administrativa
Considerando o poder de polícia em sentido amplo, de modo que abranja as atividades do Legislativo e do Executivo, os meios de que se utiliza o Estado para o seu exercício são:
Atos normativos em geral, a saber: pela lei, criam-se limitações administrativas ao exercício dos direitos e das atividades individuais, estabelecendo-se normas gerais e abstratas dirigidas indistintamente às pessoas que estejam em idêntica situação; disciplinando a aplicação da lei aos casos concretos, pode o Executivo baixar decretos, resoluções, portarias, instruções;
Atos administrativos e operações materiais de aplicação da lei ao caso concreto, compreendendo medidas preventivas (fiscalização, vistoria, ordem, notificação, autorização, licença), com o objetivo de adequar o comportamento individual à lei, e medidas repressivas (dissolução de reunião, interdição de atividade, apreensão de mercadorias deterioradas, internação de pessoa com doença contagiosa), com a finalidade de coagir o infrator a cumprir a lei.
Autor: Leandro Velloso
www.leandrovelloso.adv.br
LEANDRO VELLOSO
www.leandrovelloso.adv.br

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