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Aula 6 NOVA Redação Instrumental

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CCJ0130 – REDAÇÃO INSTRUMENTAL 
AULA 6 : NARRAÇÃO JURÍDICA
Profa Leila Medeiros
1
Redação Instrumental 
Aspectos Linguísticos: Narrativa Jurídica
- O advogado utiliza-se de vários procedimentos linguísticos na elaboração da narrativa jurídica para exercer a persuasão, como: terceira pessoa do singular, que é mais um recurso verbal que provoca efeito de distanciamento do advogado em relação aos fatos narrados, fazendo com que pareçam narrar-se a si mesmos, causando um efeito de objetividade, o transcurso do tempo e a preferência pela ordem cronológica ou linear em busca de maior clareza textual.
- O transcurso do tempo (ou lapso temporal) entre uma ação e outra, praticada pelos sujeitos envolvidos na situação fática, é o eixo principal da coerência narrativa, pois a progressão da narrativa é sempre temporal. 
- A ordem da narrativa dos fatos (linear); marcos temporais, advérbios ou locuções adverbiais de tempo referências a datas, horas – são todos elementos que orientam de modo mais explícito o leitor quanto ao eixo da coerência narrativa.
2
Redação Instrumental 
Modos de Narrar o Texto Jurídico: Discurso Direto e Indireto
No corpo textual da narrativa jurídica, muitas vezes, é importante atribuir uma fala ou comentário a uma das partes. Nessas situações, pode-se recorrer a diferentes modos de organização da linguagem para informar o que foi dito por alguém, fazendo uso do discurso direto e indireto.
Sempre que o narrador apresenta a fala integral das partes, sem qualquer interferência, diz-se que ocorreu o uso do discurso direto. 
As narrativas costumam marcar o discurso direto com o uso de travessões (-) ou aspas (“”) para identificar a fala da personagem. Para introduzir o discurso direto, emprega-se o dois pontos no final da frase anterior.
Ex: [...] o jornalista Clóvis V. disse, em 13/1/2010, em seu blog pessoal na Internet: “ele não tem condições de gerir o clube porque é um burro, de capacidade intelectual inferior à de uma barata" e, por isso, levou o clube à falência e está com os bolsos cheios de dinheiro do clube e dos torcedores“.
3
Redação Instrumental 
Modos de Narrar o Texto Jurídico: Discurso Direto e Indireto
O discurso direto caracteriza-se, assim, pela presença de verbos dicendi, aqueles que servem para introduzir a fala da outra pessoa (dizer, afirmar, responder, declarar, definir), de verbos da área semântica de perguntar (indagar, adquirir, questionar, interrogar) e de verbos sentiendi, os que expressam estado de espírito, reação psicológica da pessoa que fala, emoções (gemer, suspirar, lamentar (-se), queixar-se, explodir). Esses verbos podem vir implícitos ou explícitos.
ATENÇÃO
O discurso direto – que é uma citação direta – se faz muito presente, em busca da argumentação por autoridade para alcançar convencimento ou persuasão. Para fundamentar suas razões, no campo jurídico, citam-se doutrinadores e jurisprudências, muitas vezes, ocupando tais estratégias a maior parte do corpo do texto produzido. 
4
Redação Instrumental 
Modos de Narrar o Texto Jurídico: Discurso Direto e Indireto
No entanto, deve-se evitar o uso do discurso direto na narrativa jurídica porque o advogado deve mostrar, em seu texto, a sua competência linguística por meio de uma linguagem própria, autônoma, narrando e descrevendo com sua própria linguagem o que a parte lhe relatou sobre o caso concreto, buscando maior veracidade para os fatos narrados.
Contudo, quando o advogado, em lugar de apresentar a fala da (s) parte (s) em seu texto, as reconstrói por meio da sua linguagem, tem-se a ocorrência do discurso indireto.
- Ex: Na audiência de instrução e julgamento, realizada em 29/08/2013 (quinta-feira), foram ouvidas duas testemunhas de acusação que, cada uma a seu turno, disseram ter visto Diogo pular o muro da residência da vítima e de lá sair, cerca de vinte minutos após, levando uma mochila cheia.
5
DISCURSO DIRETO
1ª pessoa
DISCURSO INDIRETO
3ª pessoa
eu, me, mim, comigo
nós, nos, conosco
meu, meus, minha, minhas, nosso,
nossos, nossa, nossas
ele (s), ela (s), se, si, consigo, o (s), a (s), lhe (s)
eles, elas, os, as, lhes
seu, seus, sua, suas, dele (a) (s)
6
Redação Instrumental 
Modos Verbais
• Modo indicativo: exprime certeza, precisão do falante perante o fato.
Ex.: Eu gosto de chocolate.
• Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do falante perante o fato.
Ex.: Espero que você esteja bem.
• Modo imperativo: exprime atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho.
Exs.: Não cante agora!
Empreste-me 10 reais, por favor.
Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado.
Não ponha tanto sal, isso pode lhe fazer mal.
7
8
Redação Instrumental 
Tempos Verbais - Indicativo
Presente - Expressa um fato atual. 
Por exemplo: Eu estudo neste colégio. 
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado.
Por exemplo: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado e que pode se prolongar até o momento atual.
Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames.
Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. 
Por exemplo: 
Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma composta)
Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples)
9
Redação Instrumental 
Tempos Verbais - Indicativo
Futuro do Presente (simples)  - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual.
Por exemplo: Ele estudará as lições amanhã. 
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro.
Por exemplo: Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste.
Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado.
Por exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato passado.
Por exemplo: Se eu tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas férias.
10
Redação Instrumental 
Tempos Verbais - Subjuntivo
Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual.
Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame. 
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido.
Por exemplo: Eu esperava que ele vencesse o jogo.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo.
Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente terminado num momento passado.
Por exemplo: Embora tenha estudado bastante,  não passou no teste. 
Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.
Por exemplo: Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames. 
11
Redação Instrumental 
Tempos Verbais - Subjuntivo
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual.
Por exemplo: Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo.
Por exemplo: Se ele vier à loja, levará as encomendas.
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já terminado antes de outro fato futuro.
Por exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos.
12
Redação Instrumental 
Tempos Verbais - Imperativo
Formação do imperativo
O imperativo é formado de uma maneira diferente dos demais modos.
Notem-se duas coisas:
a)No imperativo, não existe a primeira pessoa do singular (eu).
b) O imperativo é indeterminado em tempo. Supõe-se que, como se trata de uma ordem, a ação se dará no futuro.
Imperativo Afirmativo:
para tu
pare você
paremos nós
parai vós
parem vocês
13
Redação Instrumental 
Tempos Verbais - Imperativo
OBSERVAÇÕES:
a) Na segunda pessoa (Tu ou Vós) usa-se o verbo conjugado nas segundas pessoas do singular e plural, respectivamente, pertencentes ao presente do indicativo cortando-se a letra s. A exceção é o verbo "ser": sê tu, sede vós.
b) Para os pronomes você ou vocês usa-se o verbo conjugado na terceira pessoa do presente do subjuntivo.
c) Na primeira pessoa do plural (nós), usamos o verbo conjugado na primeira pessoa do plural do modo subjuntivo.
Imperativo Negativo:
não pares tu
não pare você
não paremos nós
não pareis vós
não parem vocês
OBSERVAÇÃO:
No imperativo negativo, todas as pessoas coincidem com a forma verbal do presente do subjuntivo.
14
DISCURSO DIRETO
DISCURSO INDIRETO
Presente do indicativo
Todos disseram:
-- Não votamos nele.
Pretérito imperfeito do indicativo
Todos disseram que não votavam nele.
Pretérito perfeito do indicativo
O moço perguntou:
-- Ele assinou o requerimento?
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
O moço perguntou se ele não assinara o
requerimento.
Futuro do presente do indicativo
O mecânico garantiu:
-- Eu consertarei a moto.
Futuro do pretérito do indicativo
O mecânico garantiu que consertaria a moto.
Presente do subjuntivo
Duvido que a assembleia aprove a proposta –
disse-lhe o sindicalista.
Pretérito imperfeito do subjuntivo
O sindicalista disse-lhe que duvidava que a assembleia
aprovasse a proposta do governo.
Futuro do subjuntivo
A garota disse:
--Só sairei daqui quando ele chegar.
Pretérito imperfeito do subjuntivo
A garota disse que só sairia quando ele chegasse.
Imperativo
Passe-me o sal – pediu-me ela.
Pretérito imperfeito do subjuntivo
Ela pediu-me que passasse o sal.
15
Redação Instrumental 
Mudança dos tempos Verbais
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO
Ontem No dia anterior
Hoje e agora Naquele dia e naquele momento
Amanhã No dia seguinte
Aqui, aí, cá Ali e lá
Este, esta e isto Aquele, aquela, aquilo
16
Redação Instrumental 
RESUMO
Discurso Direto: Nesse tipo de discurso os sujeitos/personagens literários ganham voz. É o que ocorre normalmente em diálogos. Isso permite que traços da fala e da personalidade das partes/personagens literários sejam destacados e expostos no texto. O discurso direto reproduz fielmente as falas das partes. Verbos como dizer, falar, perguntar, entre outros, servem para que as falas das partes sejam introduzidas e elas ganhem vida, como em uma peça teatral.
Travessões, dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das falas. Podem ser mantidas interjeições, frases de tipo exclamativo, vocativos, uso afetivo dos determinantes, vocabulário e frases próprias da oralidade.
Discurso Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das partes/personagens por meio da paráfrase, usando as formas verbais, na terceira pessoa. Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras próprias para reproduzir aquilo que foi dito pela parte/ personagem literário. Esse tipo de discurso indireto que deve ser priorizado na narrativa jurídica.
17
Redação Instrumental 
COMENTÁRIO
O discurso indireto livre é uma fusão dos discursos direto e indireto, porque apresenta a fala ou o pensamento da personagem discretamente inseridos no discurso do narrador, todavia não se faz uso do discurso indireto livre na narrativa jurídica, porque esse tipo de discurso é próprio da Literatura.
18
Redação Instrumental 
Paráfrase: Discurso Indireto
Há várias maneiras de enriquecer o vocabulário e uma das mais eficazes é a paráfrase. Parafrasear permite incorporar novas estruturas linguísticas (diversificar construções) e também dominar o sentido das palavras. Parafrasear é reescrever um texto sem alterar-lhe o sentido. Não é preciso reduzir o tamanho, apenas dar outra forma, usar outras construções, a fim de preservar o significado original.
A paráfrase é uma técnica amplamente utilizada, principalmente nos textos jurídicos, pois é uma reescritura de texto sem alterar o seu conteúdo.
19
Redação Instrumental 
Observe o exemplo abaixo:
O filme Tempos Modernos foi um grande sucesso, mas, à época de seu lançamento, deu prejuízo. Foi proibido na Itália e na Alemanha, onde Hitler e Mussolini o consideravam “socialista”.
Tem-se a seguinte paráfrase: Tempos Modernos obteve grande aceitação, quando de seu lançamento, entretanto não obteve lucro. Foi vetado nos países europeus dominados pelo fascismo e nazismo, cujos líderes o consideravam portador de ideias comunistas.
Em Direito, os representantes legais das partes processuais, por exemplo, ao elaborarem a narrativa jurídica, sempre fazem paráfrase daquilo que foi narrado por elas, em um discurso indireto, respeitando-se a modalidade culta da língua.
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Redação Instrumental 
Polifonia: Discurso Jurídico
Emprega-se o termo polifonia (BAKHTIN, 2008, p.23) para caracterizar um certo tipo de texto, em que se deixam entrever muitas vozes, por oposição aos textos monofônicos, que silenciam os diálogos que os constituem. Assim, na polifonia trata-se da existência de vozes de enunciadores diferentes ou pontos de vista diferentes.
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