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Tema 9 Criatividade Processos, Técnicas e Ferramentas do Processo Criativo

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Processo, técnicas e ferramentas do 
processo criativo
Renata Mateus
Introdução
O processo criativo envolve muitas etapas, para que resulte no objetivo a ser alcançado. Para isso, 
além das etapas, há diversas técnicas e ferramentas que facilitarão o desenvolvimento da criatividade.
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta aula, você será capaz de:
 • compreender o que é o processo criativo e a diferença entre criatividade e inovação;
 • entender o processo criativo, identificando técnicas de criatividade;
 • conhecer e entender as técnicas e ferramentas que facilitam o processo criativo.
1 Criatividade x inovação
Ao falar de processo criativo, é importante sabermos diferenciar criatividade de inovação. A 
criatividade está diretamente relacionada ao nosso potencial de gerar novas ideias, a invenção, que 
surge da criatividade, está relacionada a um protótipo que é desenvolvido baseado nas ideias ou 
na combinação delas, sendo que ao menos uma deve ser nova. Portanto, a inovação é a realização 
dessa invenção.
EXEMPLO
Uma inovação pode ser um produto, bem, serviço ou processo novo ou significativa-
mente melhorado. Nas empresas, por exemplo, pode ser uma nova metodologia orga-
nizacional implantada no local de trabalho, em um projeto ou nas relações externas.
É importante ressaltar que, diferentemente da inovação que é mensurável, a criatividade, por 
ser algo subjetivo, é difícil de ser mensurada. A inovação se relacionada diretamente a todo o traba-
lho necessário para transformar a ideia em um produto, no campo conceitual ou concreto, viável.
Figura 1 – Criatividade e inovação
CRIATIVIDADE INOVAÇÃO
Dar origem. Introduzir uma novidade.
Propor algo diferente do usual. Adotar e implementar uma nova ideia.
Dar uma nova dimensão. Fazer acontecer o inusitado.
Fonte: elaborada pela autora, 2017.
FIQUE ATENTO!
A inovação é um ato intencional que afeta pessoas e empresas. É por meio dela que 
as organizações utilizam o potencial criativo de seu capital humano para buscar 
novas soluções às necessidades apresentadas. 
As empresas podem usar o potencial criativo de seus colaboradores para desenvolver soluções 
que atendam às necessidades e problemas que ainda não foram solucionados, mas, para que isso 
ocorra, é preciso que as organizações não fiquem apenas no campo da criatividade (geração de 
ideias), mas passem a inovar, ou seja, a colocar em prática, para que não fique um “buraco” entre 
a identificação do problema, as ideias para solucioná-lo e a geração de valor a partir dessas ideias.
SAIBA MAIS!
Martha Gabriel, em um TED, falou sobre a relação entre a criatividade e a inovação 
no ambiente empresarial, diferenciando esses dois conceitos. Para conferir esse 
conteúdo, acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=d9oAIsEBclI>.
A criatividade é muito relevante no dia a dia das organizações por permitir o pensamento 
criativo, o que leva à inovação. No entanto, é fundamental que ela seja canalizada na solução de 
problemas e necessidades.
2 Processo criativo
Para entendermos o processo criativo, é importante compreender que as ideias não surgem 
do nada, ou são apenas frutos do acaso, de uma euforia momentânea, de um simples click, pelo 
contrário, são fruto de um enorme esforço mental. 
Figura 2 – Abordagens do processo criativo
Definição do processo criativo Fases do processos criativo
Au
to
re
s
Processo existencial, o qual abrange o pensar, o sentir, o consciente, o
inconsciente e, principalmente, a intuição.
Processo que permite ao indivíduo compreender elementos que faltam e,
assim, formar ideias ou hipóteses, além de testá-las e comunicar os
resultados, ou, após os resultados, modificá-las e testá-las novamente.
Processo mental e emocional.
O processo criativo, dificilmente, será explicado de forma perfeita, pois há
muitos elementos intangíveis e variáveis.
Não há magia, mas, sim, um trabalho árduo.
Três momentos: insight, elaboração e inspiração. 
4 fases: preparação, incubação, iluminação e revisão.
5 fases: primeira apreensão, preparação, incubação, iluminação
e verificação.
7 fases: orientação, preparação, análise, ideação, incubação,
síntese e avaliação.
4 fases: saturação, incubação, iluminação e verificação
Fayga
Ostrower
(1987)
Elias Paul
Torrance
(1976)
George
Frederick
Kneller
(1978)
Alex F.
Osborn
(1987)
Wilferd A.
Peterson
(1991)
Fonte: adaptada de PANIZZA, 2004.
Panizza (2004) enumera diversos autores que descrevem as etapas do processo criativo de 
forma muito semelhante, tendo como alguma diferença o número de fases do processo. O que 
podemos perceber de similaridade é que há sempre uma etapa inicial de identificação do pro-
blema, seguida pela fase de não consciência, momento dos insights, e, por fim, a crítica.
 
FIQUE ATENTO!
Mesmo didaticamente separando em etapas definidas, o processo não ocorre de 
forma contínua e linear, podendo retornar a etapas e fases anteriores, reelaborando-
-as com um novo ponto de vista. 
De maneira macro, podemos dizer que o processo criativo possui 4 etapas básicas:
 • identificação e definição do problema: é necessário ter um problema que implique em 
mudanças para dar início ao processo criativo. A pergunta geral é: qual o objetivo a ser 
resolvido? Para responder a essa pergunta, nos basearemos em um objetivo que norte-
ará o desenvolvimento do pensamento; 
EXEMPLO
Você precisa fazer uma análise profunda de um problema a ser solucionado, para isso 
você deve obter um raio-x da situação, ser o mais fiel possível em relação ao que se 
irá enfrentar. Para isso, é importante o acesso a todos os tipos de informações exis-
tentes: dados estatísticos, opiniões de terceiros, expectativas das pessoas, coisas que 
já tenham sido feitas (outros objetos), entre outros. Essa análise, se feita de forma 
inadequada ou com poucos dados, pode fazer com que as estratégias escolhidas não 
ajudem a resolver a situação existente.
 • coleta de dados: etapa de extrema importância para ajudar a entender o que se neces-
sita para chegar ao objetivo final. Não se pode ter informações insuficientes nem em 
demasia, pois uma fará que faltem informações para a resolução do problema e outra 
poderá atrapalhar em perceber o que realmente é importante;
 • incubação e ideação/iluminação ou geração e seleção de ideias: embora não seja um 
processo necessariamente consciente, é importante que o criativo dê um tempo para que 
a mente processe todas as informações coletadas, as quais devem ser cruzadas com o 
repertório já existente, estabelecendo novas conexões até que surjam novas ideias; 
 • verificação, consenso e implementação da ideia desenvolvida: está é a fase de crítica 
e verificação da ideia gerada a partir das fases anteriores. Aqui é possível melhorar e 
adaptar a solução encontrada, como também perceber que a solução encontrada não 
é a mais adequada, fazendo com que se inicie todo o processo novamente. Por fim, 
ocorre a aceitação de uma das soluções encontradas e inicia-se a implementação.
Portanto, as ideias não nascem ao acaso, há um trabalho árduo a ser percorrido para que 
boas ideias surjam e ajudem a solucionar problemas e desafios propostos diariamente.
3 Treinando a criatividade: técnicas de criatividade
Para que a criatividade aflore, são necessárias algumas condições a serem enfrentadas, 
como receptividade a novas ideias, imersão no assunto, dedicação e desprendimento para obten-
ção de respostas sem se prender a elas, imaginação em equilíbrio com o julgamento, interrogar 
para conhecer e buscar o novo, usar os erros para observá-los sob uma nova ótica e submissão às 
obras de criação, deixando se levar pela criação.
FIQUE ATENTO!
É importante manter a criatividade sempre ativa, e as pequenas ações do dia a dia 
nos ajudam a fazer isso, bem como os momentos mais complexos, como acharuma nova solução para um problema no trabalho.
Há várias técnicas de desenvolvimento da criatividade, as quais seguem uma dinâmica e 
formas, como veremos a seguir.
 • Brainstorming e Brainwritting: criado por Osborn (1953 apud WEINER, 2010), é definida 
como uma “tempestade” ou “chuva” de ideias, que a partir de um grupo de pessoas 
buscarão a solução de um problema. 
 • BIP: para Barreto (1997), é necessário basear-se em três questões para o processo 
criativo: bom humor, irreverência e pressão.
 • Mapa Mental: desenvolvido por Tony Buzan (1974 apud WEINER, 2010) , é um dia-
grama ou gráfico criado para organizar as informações sobre determinado tema.
 • Scamper: para Osborn (1953 apud WEINER, 2010), o processo criativo é formado pela 
resposta a sete perguntas que consistem das seguintes palavras: Substitua – combine 
– adapte – modifique – proponha novos usos – elimine – reorganize.
 • Seis chapéus: desenvolvida na década de 1980 por Bono, busca usar o máximo da 
experiência dos participantes durante uma discussão.
 • Caixa Morfológica: desenvolvida por Osborn e Arnold (1957 e 1962 apud WEINER, 
2010), combina soluções, para elementos estruturais ou funcionais previamente sele-
cionados, para um produto. O fundamento dessa técnica é decompor o problema nos 
seus elementos básicos.
Todas essas técnicas facilitam a geração de ideias, pois seguem metodologias e ajudam a 
compreender o problema, gerar ideias e selecionar as já existentes, além de planejar as atividades. 
Essas técnicas podem ser realizadas em grupos ou de maneira individual.
Quadro 1 – Técnicas para a geração de ideias
Técnica
Nº de pessoas Finalidade
Individuais Em grupo Compreender Gerar Selecionar
Brainstorming/Brainwritting X X X
Mapa Mental X X X
SCAMPER X X X
6 Chapéus X X X
Fonte: adaptado do MANUAL DE CRIATIVIDADE EMPRESARIAL, 2010.
SAIBA MAIS!
Para conhecer mais sobre cada uma dessas técnicas, leia o capítulo 5 do “Manual 
de Criatividade Empresarial”. Acesse: <http://www.cria.pt/media/1366/manual-cre-
atividade-portugues_pt_web.pdf>.
Além das técnicas abordadas até aqui, cada vez mais surgem outras a serem exploradas. 
Veja a seguir. 
 • Pesquisa visual: serve para analisar conteúdo, gerar alternativas e até comunicar uma 
ideia. Nela você faz uma coleta visual de tudo o que está relacionado ao universo do 
projeto, sejam concorrentes ou referências, para depois serem analisadas (similari-
dade, cor, forma, traço, grid etc.) a fim de encontrar um padrão de repetição ou tendên-
cia. Dessa forma, é possível identificar caminhos interessantes a serem abordados ou 
como o seu projeto pode se diferenciar dentre os que já existem.
 • Brain duping visual: é comparada ao brainstorming, só que ao invés de ser verbal é 
totalmente visual e consiste na técnica do esboço livre dentro dos objetivos do projeto. 
Com diversos esboços, é necessário revisar todos e encontrar possíveis caminhos de 
soluções para serem aprimorados.
Com essas técnicas podemos acelerar o processo de geração de alternativas e em grande 
parte dos métodos, durante o seu decurso, não são permitidos julgamentos, pois todas as ideias 
são válidas e o máximo de ideias deve ser produzido.
4 Ferramentas para o processo criativo
Além das técnicas já citadas, existem diversas ferramentas que nos ajudam a aflorar e a esti-
mular a criatividade e o processo criativo, como as listadas a seguir.
Figura 3 – Ferramentas para a criatividade
Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock.com
 • Doodle: ajuda a desbloquear o espírito criativo com rabiscos online dos nossos pensa-
mentos e ideias. Além disso, possibilita publicar e compartilhar com a rede.
 • Coffitivity: atua como um som ambiente de um café, auxiliando na concentração e na 
criatividade.
 • Evernote: uma ferramenta para se ter sempre que precisar registrar as ideias, não 
importando onde esteja e o que esteja fazendo.
 • Photocopa: possibilita fazer upload de uma foto e gerar uma paleta de cores inspirada 
pelas cores da imagem.
Existem milhares de ferramentas online e aplicativos que ajudam no processo criativo, até 
mesmo para desenvolver as técnicas apresentadas, principalmente como o brainstorming (como 
o Spider Scribe) e mapas mentais (como o Mind Meister). 
Fechamento
Nesta aula, você teve a oportunidade de: 
 • compreender o que é o processo criativo;
 • entender a diferença entre criatividade e inovação;
 • conhecer as técnicas e ferramentas que facilitam o processo criativo.
Referências 
GOLEMAN, Daniel; RAY, Micheal L.; KAUFMAN, Paul. O Espírito Criativo. Tradução de Gilson Cesar 
Cardoso de Souza. 6. ed. São Paulo: Editora Cultrix, 2013.
Manual de Criatividade Empresarial. Universidade do Algarve/ CRIA, 2010. Disponível em: <http://
www.cria.pt/media/1366/manual-creatividade-portugues_pt_web.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2017.
PANIZZA, Janaina Fuentes. Metodologia e processo criativo em projetos de comunicação visual. 
São Paulo, 2004. 248 p. Dissertação de Mestrado em Ciências da Comunicação. Escola de Comu-
nicação e Artes, Universidade de São Paulo.
SANMARTIN, Stela Maris. Criatividade e Inovação na Empresa: do Potencial à Ação Criadora. São 
Paulo: Editora Trevisan, 2012.
GABRIEL, Martha. A lagarta e a borboleta: da criatividade à inovação. In: TEDx Talks, 2014. Disponí-
vel em: <https://www.youtube.com/watch?v=d9oAIsEBclI>. Acesso em: 07 jun. 2017.
WEINER, Rui Silvestre de Bastos. A criatividade no ensino do design. Porto, 90 f. Dissertação (mes-
trado em Design Gráfico e Projetos Especiais). Faculdade de Belas Artes, Universidade do Porto, 
Porto, 2010. Disponível em: <https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/67408/2/23828.
pdf>. Acesso em: 07 maio 2017.

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