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MIT OpenCourseWare Multivariable Calculus, Fall 2007 Prof. Denis Auroux Notas de Aula∗ Aula 19 Campos Vetoriais Indique por ~F = M ıˆ +N ˆ as coordenadas M = M(x, y) e N = N(x, y) de um campo de vetores ~F . Assim, em cada ponto do plano, temos um vetor ~F que depende apenas de x e y. Como exemplos de campos de vetores podemos mencionar os campos de velocidade de fluidos, como os do vendo, ou campos de forc¸a, como o campo gravitacional. Exemplo 1 • ~F = 2ıˆ + ˆ (campo vetorial constante, ilustrado na Figura 1); • ~F = xıˆ (ilustrado na Figura 2); • xıˆ + yˆ (radiamente para fora, ilustrado na Figura 3); • ~F = −yıˆ + xˆ (notar que 〈−y, x〉 e´ 〈x, y〉 rotacionado de 90◦ no sentido anti-hora´rio, ilustrado na figura 4). Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Trabalho e integrais de linha Em um pequeno deslocamento ∆~r, o trabalho infinitesimal realizado por uma forc¸a ~F e´ definido como sendo W = (forc¸a) · (distaˆncia) = ~F ·∆~r. Ao longo da trajeto´ria C, o trabalho total e´ obtido como a soma desses trabalhos infinitesimais, dando origem a`“integral de linha” W = ∫ C ~F · d~r = ( lim ∆~r→0 ∑ i ~F ·∆~ri ) . Para avaliar a integral de linha, escolhemos uma parametrizac¸a˜o ~r(t) da trajeto´ria C, com t ∈ [t1, t2], e damos significado a` notac¸a˜o ∫ C ~F · d~r por∫ C ~F · d~r = ∫ t2 t1 ( ~F · d~r dt ) dt. ∗Traduc¸a˜o livre, por Andre´ von Borries Lopes, de parte do texto Lecture Notes - Week 8 Summary 2 Exemplo 2 Calcular o trabalho de ~F = −yıˆ+xˆ ao longo da trajeto´ria C de parametrizac¸a˜o ~r(t) = x(t)ıˆ + y(t)ˆ, onde x(t) = t e y(t) = t2, 0 ≤ t ≤ 1 (porc¸a˜o da para´bola y = x2 de (0, 0) a (1, 1)). Soluc¸a˜o. Substitimos as expresso˜es em termos de t obtemos que ~F = 〈−y, x〉 = 〈−t2, t〉 e d~r dt = 〈dx dt , dy dt 〉 = 〈1, 2t〉. Assim (no final tudo se reduz a uma integral de uma varia´vel!)∫ C ~F · d~r = ∫ 1 0 ~F · d~r dt = ∫ 1 0 〈−t2, t〉 · 〈1, 2t〉dt = ∫ 1 0 t2dt = 1 3 . � De fato, a definic¸a˜o de integral de linha na˜o envolve a parametrizac¸a˜o, e o resultado e´ independente da parametrizac¸a˜o que escolhemos. Por exemplo, poder´ıamos ter escolhido parametrizar a para´bola por x(θ) = sen θ, y(θ) = sen2 θ, 0 ≤ θ ≤ pi/2. Nesse caso, a integral seria ∫ C ~F · d~r = ∫ pi/2 0 . . . dθ, o que e´ equivalente a` integral anterior pela substituic¸a˜o t = sen θ, e o resultado seria novamente 1 3 . Na pra´tica sempre escolhemos a parametrizac¸a˜o mais simples! Denotanto por ~F = 〈M,N〉 e d~r = 〈dx, dy〉 (isso e´ de fato uma diferencial: se dividirmos ambos os lados por dt obtemos o vetor velocidade d~r/dt), a integral de linha pode tambe´m ser escrita na forma ∫ C ~F · d~r = ∫ C Mdx+Ndy. Essa notac¸a˜o e´ perigosa: ela na˜o e´ a soma de integrais com respeito a x e y, mas de fato uma integral de linha ao longo de C. Para calcula´-la devemos expressar tudo em termos de um paraˆmetro escolhido. Para ilustrar essa nova notac¸a˜o, no exemplo acima em que x = t e y = t2, usando diferenciais obtemos que dx = dt e dy = 2tdt, e portanto∫ C −ydx+ xdy = ∫ 1 0 −t2 dt+ t(2t) dt = ∫ 1 0 t2dt = 1 3 . Abordagem Geome´trica Indicando por s o comprimento de arco e por Tˆ o vetor tangente unita´rio de uma trajeto´ria C, o vetor velocidade pode ser escrito como d~r dt = ds dt Tˆ Em notac¸a˜o diferencial, obtemos d~r = Tˆds, e a integral pode ser escrina na forma∫ C ~F · d~r = ∫ C ~F · Tˆds. A`s vezes o ca´lculo fica mais fa´cil dessa maneira! Exemplo 3 Calcular o trabalho de ~F = xıˆ+ yˆ ao longo da trajeto´ria C correspondente ao c´ırculo de raio a com centro na origem. Soluc¸a˜o. como ~F e´ radial (ver Figura 3 acima), segue-se que ~F · Tˆ = 0, e portanto∫ C ~F · Tˆ ds = ∫ C 0 ds = 0. � Exemplo 4 Calcular o trabalho de ~F = −yıˆ+xˆ ao longo da trajeto´ria C do exemplo acima Soluc¸a˜o. nesse caso ~F · Tˆ = |~F | = a (ver Figura 4 acima), e portanto ∫ C ~F · Tˆ ds =∫ a ds = a(2pia) = 2pia2. A mesma resposta deve ser obtida se usarmos a parametrizac¸a˜o x = a cos θ, y = a sen θ. �
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