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Previdenciário 2017 (1)

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WOILLE AGUIAR BARBOSA
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
INSTITUTO MASTER DE ENSINO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
ARAGUARI/MG 2017
WOILLE AGUIAR BARBOSA
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
	Trabalho apresentado aos discentes do curso de Direito do Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos, como colaboração parcial para obtenção do grau de bacharel em Direito destes.
INSTITUTO MASTER DE ENSINO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
ARAGUARI/MG 2017
“A regra da igualdade não consiste senão
 em quinhoar desigualmente aos desiguais, 
na medida em que se desigualam”
Rui Barbosa
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, devemos sempre agradecer a Deus, que é o verdadeiro Grande Arquiteto Do Universo.
Em segundo lugar, agradeço aos meus alunos e à instituição que nos abriga, pois são os verdadeiros motivos para buscar cada vez mais nosso aprimoramento.
RESUMO
Breve estudo que objetiva facilitar a compreensão do conteúdo programático da disciplina de direito previdenciário, abrangendo uma análise histórica inicial, bem como conceitos basilares, para posteriormente abordar os vários elementos que integram a tríade da Seguridade Social, culminando no aprofundamento dos benefícios previdenciários mais relevantes ao operador do direito.
Palavras-chave: Seguridade; Previdência; Benefícios.
ABSTRACT
Quick study that aims to facilitate the understanding of the syllabus of the course, covering an initial historical analysis as well as basic concepts, to further address the various elements that make up the triad of Social Security, culminating in the deepening of the most important social security benefits for legal operators.
Keywords: Security; Foresight; Benefits.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Art. - Artigo
CF – Constituição Federal
CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas
CTN – Código Tributário Nacional
DIB – Data do Início do Benefício
EC – Emenda Constitucional
EUA – Estados Unidos da América
FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
IPC – Instituto Previdenciário dos Congressistas
LC – Lei Complementar
LINDB – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social
N – Número 
OIT – Organização Internacional do Trabalho
PBPS – Planos de Benefícios da Previdência Social (L. 8.213/91)
PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário
RGPS – Regime Geral de Previdência Social
RMI – Renda Mensal Inicial
RPPS – Regime Próprio de Previdência Social
RPS – Regulamento da Previdência Social (Dec. 3.048/99)
TNU – Turma Nacional de Uniformização
VG – Verba Gratia (Por Exemplo)
SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO...........................................................................................................
	09
	1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA...................................................................................
	09
	1.1 – DIREITO ESTRANGEIRO...............................................................................
	09
	1.2 – DIREITO BRASILEIRO...................................................................................
	11
	2 – CONCEITO...........................................................................................................
	15
	2.1 - RELAÇÃO JURÍDICA DA SEGURIDADE SOCIAL......................................
	16
	3 - PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL.........................................................
	17
	3.1 - PRINCÍPIOS GERAIS.......................................................................................
	17
	3.2 - PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS.............................................................................
	18
	4 - CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL..............................................................
	22
	5 - REGIMES DE SEGURIDADE SOCIAL..............................................................
	22
	6 – SEGURADOS, CONTRIBUINTES E DEPENDENTES.....................................
	24
	7 - ESPÉCIES DE SEGURADOS..............................................................................
	25
	8 - NATUREZA JURÍDICA DA CONTRIBUIÇÃO À SEGURIDADE SOCIAL...
	29
	9 - ESPÉCIES DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS..........................................
	31
	9.1 - SALÁRIO FAMÍLIA..........................................................................................
	31
	9.2 - SALÁRIO MATERNIDADE.............................................................................
	37
	9.3 - PENSÃO POR MORTE.....................................................................................
	47
	9.4 - AUXÍLIO-RECLUSÃO......................................................................................
	56
	9.5 - AUXÍLIO ACIDENTE.......................................................................................
	59
	9.6 – APOSENTADORIAS........................................................................................
	61
	9.7 - ABONO ANUAL...............................................................................................
	65
	10 - CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................
	66
	11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................
	67
	12 – ANEXOS.............................................................................................................
	68
	CALENDÁRIO DE AVALIAÇÕES..........................................................................
	68
	LEGISLAÇÕES...........................................................................................................
	69
INTRODUÇÃO
Mister se faz conhecer a história para se compreender qualquer instituto.
1 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1.1 - DIREITO ESTRANGEIRO
- Roma: núcleo familiar (“Pater Familias”) deveria prestar assistência nos infortúnios tanto aos familiares, propriamente dito, quanto aos agregados (servos, escravos etc)
* Exército romano – 2/7 do soldo eram guardados e entregues quando o soldado se aposentava, juntamente com uma gleba de terras.
- 1º Contrato de Seguro Marítimo e Contra Incêndios – 1.344 (preocupação com infortúnios)
- Europa (Idade Média): Guildas e Confrarias – associações com fins religiosos, abrangendo sociedades de pessoas de mesma profissão, com objetivos comuns.
. Pagavam taxas anuais, para ter direito a amparo em hipótese de velhice e doenças
- Império Inca: Cultivo de terras com trabalho comum, visando atender àqueles incapazes de prover o próprio sustento (anciãos, inválidos, doentes)
- Inglaterra – 1.601: “Poor Relief Act” (Lei de amparo aos pobres)
. Indigentes auxiliados pela paróquia
. Juiz da comarca instituía um imposto de caridade e nomeava inspetores
- França – 1.793: Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (Constituição Francesa)
. Art. 21: “A assistência pública é uma dívida sagrada. A sociedade deve sustentar os cidadãos infelizes, dando-lhes trabalho, ou assegurando os meios de subsistência aos que não estejam em condições de trabalhar”
. 1.848 – Nova constituição: Cidadãos devem assegurar pela previdência os recursos para o futuro.
- Alemanha: Otto Von Bismarck
. Série de leis, garantindo direitos sociais
. Objetivo: diminuir as tensões sociais e impedir movimentos socialistas em razão da crise industrial
- Igreja Católica: prega a instituição de um pecúlio para o trabalhador
. Encíclica “Rerum Novarum” – Papa Leão XIII (1.891)
. Encíclica “Quadragesimo Anno” – Papa Pio XI (1.931)
- Constitucionalismo social (direitos sociais, trabalhistas, econômicos e previdenciários)
* 1ª Constituição promulgada: México – 1.917 (art. 123)
* 2ª Constituição: URSS – 1.918
* 3ª Constituição: Weimar (Alemanha) – 1.919
- O. I. T. (Organização Internacional do Trabalho) – 1.919
- E. U. A. – Política do New Deal (Novo Acordo) de Franklin D. Roosevelt
. Crise de 1.929
. Wellfare State (Estado do Bem Estar Social)- Declaração Universal dos Direitos do Homem – 1.948
1.2 - DIREITO BRASILEIRO
- Decreto 1º de outubro de 1.821: D. Pedro de Alcântara concedeu aposentadoria aos mestres e professores após 30 anos de serviço e abono de ¼ dos ganhos para quem continuasse na atividade[1: https://books.google.com.br/books?id=d_YvAAAAYAAJ&pg=PA228&lpg=PA228&dq=decreto+jubila%C3%A7%C3%A3o+mestres&source=bl&ots=Mgia9viPE4&sig=XdyyC2faoYm4RYDDeZHPy84Xb-o&hl=pt-BR&sa=X&ei=Wi60VKKREtDfggSP6oGYBw&ved=0CCQQ6AEwAQ#v=onepage&q=decreto%20jubila%C3%A7%C3%A3o%20mestres&f=false]
- Constituição de 1.824 (Constituição da mandioca), art. 179: única disposição, a constituição dos socorros públicos[2: Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Politicos dos Cidadãos Brazileiros, que tem por base a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é garantida pela Constituição do Imperio, pela maneira seguinte.... XXXI. A Constituição tambem garante os soccorros publicos.]
. Montepio Geral dos Servidores do Estado (Mongeral): Primeira entidade privada atuando pelo regime de mutualismo
- Constituição de 1.891 (Republicana): Primeira com a palavra aposentadoria
. Art. 75: Aposentadoria só poderá ser dada aos funcionários públicos em caso de invalidez no serviço da nação (não havia fonte de contribuição)
. Disposições provisórias: Pensão vitalícia para D. Pedro II[3: Art 7º - É concedida a D. Pedro de Alcântara, ex-Imperador do Brasil, uma pensão que, a contar de 15 de novembro de 1889, garanta-lhe, por todo o tempo de sua vida, subsistência decente. O Congresso ordinário, em sua primeira reunião, fixará o quantum desta pensão.]
- Lei Eloy Chaves (Decreto 4.682 de 24 de janeiro de 1.923): Primeira a instituir a previdência social, com a criação de Caixas de Aposentadorias e Pensões para os ferroviários, em nível nacional.[4: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Historicos/DPL/DPL4682.htm]
- Constituição de 1.934: Art. 5º, XIX – Competência da União para fixar regras de assistência
. Estabeleceu a forma tríplice de custeio (entes públicos, empregados e empregadores)
. Determinou a obrigatoriedade de contribuições
- Constituição de 1.937 (Polaca) – outorgada
. Sintética, promoveu um retrocesso em matéria de seguridade. Artigo 137, “m” e “n”.[5: Art 137 - A legislação do trabalho observará, além de outros, os seguintes preceitos: (Suspenso pelo Decreto nº 10.358, de 1942) m) a instituição de seguros de velhice, de invalidez, de vida e para os casos de acidentes do trabalho;        n) as associações de trabalhadores têm o dever de prestar aos seus associados auxílio ou assistência, no referente às práticas administrativas ou judiciais relativas aos seguros de acidentes do trabalho e aos seguros sociais.]
- Constituição de 1.946 (Re-constitucionalização pós 2ª Guerra Mundial)
. Direito previdenciário no mesmo artigo que o direito do trabalho (157)[6:  Art 157 - A legislação do trabalho e a da previdência social obedecerão nos seguintes preceitos, além de outros que visem a melhoria da condição dos trabalhadores:... XV - assistência aos desempregados;        XVI - previdência, mediante contribuição da União, do empregador e do empregado, em favor da maternidade e contra as conseqüências da doença, da velhice, da invalidez e da morte;        XVII - obrigatoriedade da instituição do seguro pelo empregador contra os acidentes do trabalho.]
. Primeira vez que foi utilizada a expressão “Previdência Social” no lugar de “Seguro Social”
. Contemporânea à CLT, bem como instituição do salário-família e abono anual
- Constituição de 1.967 (Governo Militar): sem inovações
- Emenda Constitucional nº 1 de 1.969: idem
. Criação do seguro-desemprego (1.986)
- Constituição de 1.988 (Constituição Cidadã): Promulgada – todo um capítulo destinado à Seguridade (art. 194 a 204)
. Seguridade é o gênero, do qual a Previdência, a Assistência Social e a Saúde são espécies
. Art. 24, XII: Competência concorrente da União, Estado e Municípios para criar os regimes dos respectivos servidores.
- Lei 8.029/90 e Dec. 99.350/90: Criaram o INSS, com a incumbência de promover a cobrança das contribuições sociais e realizar os pagamentos dos benefícios[7: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8029compilada.htm]
- Lei 8.212/91: Estabelece o regime de custeio[8: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm]
- Lei 8.213/91 – Instituição dos benefícios previdenciários[9: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm]
- Lei 8.742/93 – L. O. A. S. (Lei Orgânica da Assistência Social)[10: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm]
- Dec. 3.048/99 – R. P. S. (Regulamento da Previdência Social)[11: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm]
- Lei Complementar 109/01: Regulamenta a Previdência Privada[12: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp109.htm]
- Lei 11.457/07: Determina a competência da União para promover a arrecadação das contribuições previdenciárias, incumbindo ao INSS apenas o pagamento dos benefícios[13: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11457.htm]
- MP 664 de 30 de dezembro de 2.014 (Convertida na Lei 13.135/15): Promove importantes modificações nos benefícios previdenciários, em especial pensão por morte e auxílio-doença. [14: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Mpv/mpv664.htm][15: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm]
2 - CONCEITO: Artigo 194 da CF88 – “Conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.”
* Fundamento da Seguridade: Solidariedade
- Objetivo da Seguridade: Proteção social através da Assistência Social, da Previdência Social e da Saúde, promovendo condições para o sustento do indivíduo e sua família, quando vítima de desemprego involuntário, enfermidade, invalidez, velhice, incapacidade etc.
. Se segurado: Benefício correspondente à contingência/necessidade (Previdência)
. Se NÃO segurado (mas dentro dos requisitos legais): Benefícios mínimos e serviços da Assistência Social e Saúde.
* Garantias mínimas para sobrevivência: Seguridade = “bem-estar social”
* Redutor das desigualdades sociais
- Elementos da Seguridade Social:
. Assistência Social (Direito subjetivo, sem contribuições, porém dependente de requisitos legais)
. Previdência Social (Direito subjetivo dos segurados, que contribuem para o custeio do sistema)
. Direito à Saúde (Direito universal de todos, independentemente de custeio – art. 196 da CF/88) [16: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.]
* Autônomos e independentes
- Princípio da Universalidade: Todos tem direito a alguma forma de proteção, independentemente de sua condição econômica.
- Prestações da Seguridade (gênero):
. Benefícios (espécie de prestação, paga em dinheiro)
. Serviços (espécie de prestação, através da concessão de algum serviço, V. G.: saúde, qualificação profissional etc.)
2.1 - RELAÇÃO JURÍDICA DA SEGURIDADE SOCIAL
- Direito Previdenciário: ramo do direito público
- Sujeitos da relação jurídica:
. Ativo: Quem precisar
. Passivo: Poderes Públicos e a sociedade em geral
- Objeto: A relação jurídica se forma após a ocorrência do evento (contingência), para então reparar a consequência-necessidade resultante.
3 - PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL
PRINCÍPIO: onde começa algo, início, origem, causa. José Cretella Júnior define como “Princípio de uma ciência são as proposições básicas, fundamentais, típicas, que condicionam todas as estruturações subsequentes. São os alicerces da ciência.” 
3.1 - PRINCÍPIOS GERAIS (comuns a todas as matérias)
3.1.1 - Igualdade: artigo5º, caput da CF/88[17: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:]
. Rui Barbosa, em sua obra “Oração aos moços”, define a igualdade material como sendo “A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam”
. Igualdade formal é a igualdade de todos perante a lei
3.1.2 - Legalidade: artigo 5º, inciso II (Princípio da Reserva Legal)[18: II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;]
. Exigência de previsão legal para todos os direitos (prestações) e obrigações (contribuições)
3.1.3 - Direito Adquirido: LINDB, art. 6º, § 2º e L. C. 109/01, art. 68, § 1º[19: Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957)§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957)§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957)][20: Art. 68. As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstos nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência complementar não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes.        § 1o Os benefícios serão considerados direito adquirido do participante quando implementadas todas as condições estabelecidas para elegibilidade consignadas no regulamento do respectivo plano.]
. Já integrou o patrimônio jurídico (não econômico) da pessoa, que implementou todas as condições para seu requerimento, podendo exercê-lo a qualquer momento.
. Diferente da mera expectativa de direito, quando o titular ainda não reuniu todas as condições para adquirir o direito, não podendo ser exercido de imediato
. Direito adquirido = fato consumado na lei anterior. Ato jurídico perfeito, formado sob o império da lei velha. Não retroatividade da lei.
3.2 - PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS (implícitos: CF/88, art. 3º, I e explícitos: CF/88, art. 194, § único e L. 8.212/91, art. 1º)[21: Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;]
3.2.1 - Solidariedade (solidarismo ou mutualismo): postulado fundamental da Seguridade
. CF/88, art. 3º, I e art. 40[22: Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)]
. Quem tem melhores condições deve contribuir com mais. Quem tem piores condições, contribui dentro de suas possibilidades
* Solidariedade de todos em prol dos necessitados.
3.2.2 - Universalidade: Todos os residentes farão jus às prestações da Seguridade
. Subjetiva = Universalidade de Atendimento: referente à população, ponde todos podem pedir algum tipo de prestação.
. Objetiva = Universalidade de Cobertura: proteção ampla para todas as contingências (eventos) admitidas pela legislação.
* CF/88, art. 196: Universalidade para a saúde.[23: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.]
3.2.3 - Uniformidade e Equivalência dos benefícios às populações urbanas e rurais
. Desdobramento da Igualdade (artigo. 7º da CF)[24: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:]
. Impossibilidade de se estabelecer distinções entre aqueles protegidos
. Uniformidade: aspectos objetivos – quais contingências serão atendidas (se há um benefício para a população urbana, o mesmo deve ser concedido à rural)
. Equivalência: aspectos pecuniários – os benefícios não terão necessariamente os mesmos valores, mas serão equivalentes às peculiaridades, tais como contribuições, sexo, idade etc)
3.2.4 - Seletividade e distributividade na prestação de benefícios e serviços
. Seletividade: Benefícios são concedidos conforme a necessidade, a quem realmente necessita. A Seguridade deve apontar os requisitos para a concessão de benefícios e serviços
. Distributividade: as prestações devem funcionar como mecanismos de distribuição de renda e promoção de bem-estar social (medida de justiça social) V. G.: renda vitalícia para idoso ou deficiente físico (distributividade); serviços básicos de saúde (bem-estar)
* Diferentemente do FGTS, onde cada um possui sua conta individual, capitalizada.
3.2.5 - Irredutibilidade do valor dos benefícios
. Semelhante à intangibilidade do salário dos empregados e vencimentos dos servidores públicos.
. Não pode ter o valor nominal reduzido, nem sofrer descontos (salvo aqueles determinados por lei), não podendo ainda sofrer arresto, sequestro ou penhora
. CF/88, art. 201 §2º - reajustes periódicos para manutenção do valor real.[25: Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)...§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)]
3.2.6 - Equidade na forma de participação do custeio
. Participação equitativa dos trabalhadores, empregadores e do poder público
. Art. 195, § 9º [26: § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-deobra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)]
. Também se trata de um desdobramento da igualdade, onde a maior parte da receita origina das empresas.
3.2.7 - Diversidade na base de financiamento
. Pluralidade das fontes
. Art. 195, I a IV (toda a sociedade)
. Empresas (contribuem sobre a folha de pagamento e o lucro obtido)
. Empregados (contribuem através do salário)
. União (responsabilidade residual – cobre as diferenças em caso de deficit entre a arrecadação e os pagamentos)
. Concursos de prognósticos
. Outras (art. 195, § 4º c/c 154, I)[27: § 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.][28: Art. 154. A União poderá instituir:I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;]
3.2.8 - Caráter Democrático e Descentralizado da Administração
. Art. 194, VII[29: VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite,com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)]
. Caráter democrático: Gestão quadripartite nos órgãos colegiados, com a participação dos empregadores, trabalhadores, aposentados e poder público
. Descentralização: Administração apartada do Estado, através da autarquia federal INSS
4 - CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL
- Fontes de CUSTEIO 
. Financiamento (empréstimo bancário, com devolução do capital + juros) ≠ Custeio (contribuição social para concessão e manutenção das prestações da Seguridade Social)
- Contribuições diretas
. Empregados: contribuições previdenciárias descontadas em folha de pagamento
. Empregadores: contribuições da cota patronal sobre a folha de pagamento e lucro
- Contribuições indiretas: toda a sociedade, através de impostos
- Fontes: CF/88, art. 195
* §4º - outras fontes (c/c art. 154, I, através de Lei Complementar)
* não pode ter a mesma base de cálculo ou fato gerador de outro imposto (princípio da vedação de cumulatividade)
5 - REGIMES DE SEGURIDADE SOCIAL
- RPPS (Regimes Próprios da Previdência Social): Servidores Públicos Estatutários
- RGPS (Regime Geral de Previdência Social): Todos os demais trabalhadores (abrangência residual)
- Complementar: Previdência Privada
* Congressistas: era o IPC (Instituto Previdenciário dos Congressistas), mantido com recursos da União
. Aposentavam-se ao completar dois mandatos legislativos
. Extinto pela L.9.506 de 30 de outubro de 1.997 (passaram para o RGPS)[30: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9506.htm]
* Militares: Regime próprio, qualquer que seja a unidade das forças armadas (Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícias Militares e Corpo de Bombeiros Estaduais etc), regulamentado pela L. 6.880/80 – Estatuto dos Militares.[31: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6880.htm]
* Funcionários Públicos Federais: Regime próprio, regulamentado pela L. 8.112/91[32: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8112cons.htm]
. Contribuição de 11% sobre a remuneração
. Emenda Constitucional n. 41/03 instituiu teto idêntico ao do RGPS, mas somente poderá ser aplicado pelo ente federativo quando estes aderirem a Regime Complementar facultado aos servidores (CF/88, art. 40 § 14)[33: § 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)]
* Funcionários Públicos Estaduais e Municipais
. Se celetista, sujeitos ao RGPS
. Se estatutários, sujeitos ao regime próprio, previsto no respectivo Estatuto.
. CF/88, art. 149, § 1º: alíquota igual aos servidores federais (11% sobre a remuneração)[34: Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)]
6 – SEGURADOS, CONTRIBUINTES E DEPENDENTES
- Definição de segurado: (Dec. 3.048/99, art. 9º) Pessoa física que exerce atividade remunerada, efetiva ou eventual, de natureza urbana ou rural, com ou sem vínculo de emprego, a título precário ou não, bem como aquele que a lei define como tal, observadas, quando for o caso, as exceções previstas no texto legal, ou exerceu alguma -atividade acima mencionada, no período imediatamente anterior ao chamado “período de graça”
* Também será segurado o filiado facultativo e espontâneo
* Segurado será sempre pessoa física, pois a jurídica apenas é considerada contribuinte.
- Idade mínima: 16 anos (CF, art. 7º, XXXIII)[35: XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)]
* Exceção: menor aprendiz
- Contribuintes (CTN, art. 121): sujeito passivo da obrigação principal como a pessoa obrigada ao pagamento de um tributo ou de penalidade pecuniária[36: Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.]
- Dependentes: Cônjuges, companheiros, filhos menores de 21 anos (não emancipados) e inválidos de qualquer idade (possuem dependência presumida); pais e irmãos não emancipados, menores de 21 anos ou inválidos de qualquer idade (devem comprovar a dependência econômica)
* Casamento/união homoafetivos conferem os mesmos direitos.
7 - ESPÉCIES DE SEGURADOS:
7.1 - Segurado Obrigatório Comum (empregados e trabalhadores avulsos)
. Empregado (L. 8.212, art. 12, I): Pessoa física que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, sob subordinação e mediante remuneração, em caráter não eventual (CLT, art. 3º)[37: Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.]
* Idade mínima: idem a anterior, porém, mesmo que não tenha atingido o limite mínimo, se restar caracterizado o vínculo empregatício terá direito à contagem do tempo de serviço. (A norma constitucional não pode ser interpretada em prejuízo do menor)
. Estagiário (L. 11.788/08): se o estágio for regular, não será considerado empregado, porém se houver irregularidade em sua concessão, haverá vínculo empregatício e portanto será segurado obrigatório[38: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm]
. Servidores Públicos em cargos comissionados, não vinculados efetivamente à União
. Servidores públicos contratados para atender necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos da CF, art. 37, IX e L. 8.745/93 são considerados empregados e não possuem regime próprio[39: IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;][40: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8745cons.htm]
. Exercentes de mandato eletivo (federal, estadual ou municipal), desde que não vinculados a nenhum regime próprio
. Empregados domésticos (L. 5.859/72): trabalhadores no âmbito residencial, sem intuito de atividade lucrativa[41: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5859.htm]
. Trabalhador avulso: pessoa física que presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas pessoas, sem vínculo empregatício, sendo sindicalizado ou não, porém com a intermediação obrigatória do sindicato de sua categoria profissional. Não há subordinação (V. G.: chapa, estivador etc)
7.2 - Segurados Obrigatórios Individuais
. Trabalhador autônomo (L. 8.212/91, art. 12, V, h): pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica remunerada, de natureza urbana, com fins lucrativos ou não, a uma ou mais pessoas, sem subordinação, porém com habitualidade e assumindo os riscos de sua atividade (V. G.: advogado, engenheiro, dentista, veterinário, agrônomo etc)[42: h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).]. Trabalhador eventual (L. 8.212, art. 12, V, g): pessoa física que presta serviços de natureza urbana ou rural em caráter esporádico, a uma ou mais pessoas, sem relação de emprego, não havendo continuidade ou habitualidade, porém com subordinação. (V. G.: pedreiro, pintor, encanador, eletricista etc)[43: g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).]
. Outras espécies de autônomos ou eventuais (Dec. 3.048, art. 9º, § 15) V. G.: o caminhoneiro, proprietário de um único caminhão (se for apenas motorista, é empregado e se tiver mais de um, será empresário)[44:  § 15.  Enquadram-se nas situações previstas nas alíneas "j" e "l" do inciso V do caput, entre outros: (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        I - o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado aquele que exerce atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, co-proprietário ou promitente comprador de um só veículo;]
. Equiparados a autônomos (L. 6.696/79): V. G.: ministros de confissão religiosa e membros de congregações ou ordens religiosas[45: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6696.htm]
. Empresários (CC, art. 966): pessoa física que executa profissionalmente atividade econômica organizada visando a produção ou circulação de bens ou serviços para o mercado, com a finalidade de lucro, exercendo sua atividade com habitualidade assumindo os riscos do empreendimento.[46: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.]
* Distinção entre a figura do empresário e do sócio
7.3 - Segurado Obrigatório Especial (CF, art. 195, §8º) – Produtor rural e outros[47: § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)]
. Produtor rural (L. 8.212/91, art. 12, VII): pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com auxílio eventual de terceiros, a título de mútua colaboração, na condição de produtor, seja proprietário (meeiro, assentado, parceiro etc), que explore atividade agropecuária em área de até quatro módulos fiscais; ou seringueiro, extrativista, pescador artesanal e seus cônjuges e filhos maiores de 16 anos.[48: VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição de:  (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008).a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e  (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).]
* Contribuem com alíquota especial, incidente sobre a produção
7.4 - Segurados Facultativos: não têm a obrigação legal de se inscrever no RGPS, porém o fazem para contagem de tempo de contribuição e cumprimento de carências. Não precisa exercer qualquer atividade ou ter remuneração, sendo definido como o maior de 16 anos que se filiar espontaneamente ao RGPS, mediante pagamento de contribuições, desde que não esteja incluído entre os segurados obrigatórios.
8 - NATUREZA JURÍDICA DA CONTRIBUIÇÃO À SEGURIDADE SOCIAL
Contribuição Previdenciária = Contribuição Social (CF/88, art. 114, VIII e 195)[49: VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)][50: Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:]
- TEORIAS DA NATUREZA JURÍDICA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
- Teoria do Prêmio do Seguro: a contribuição à Seguridade seria equiparada ao prêmio pago pelo beneficiário às companhias de seguro
* Prêmio é a contraprestação devida pelo segurado ao segurador em razão do risco assumido por este
. Não corresponde à finalidade da seguridade, a qual ampara, mesmo sem o pagamento de contribuição, como nos casos da saúde e da assistência social
- Teoria do Salário Diferido: parte do salário do empregado não é paga diretamente, mas destinada a um fundo comum, sendo um salário adquirido no presente para fruição futura
* Não existe ajuste de vontade, decorre de lei (ao contrário do salário, que é pactuado entre as partes)
* Não é salário, pois não é pago diretamente pelo patrão ao empregado (CLT, art. 457)[51: Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953)]
* Autônomos e empresários não tem salário
- Teoria do Salário Social: semelhante à teoria anterior, seria social porque é coletivo, pois em sua origem não estaria a contrapartida de uma produtividade individual. Não seria uma parte do próprio salário, mas garantiria ao empregado e familiares condições de vida quando não pudesse mais trabalhar.
* Mesmas críticas
- Teoria do Salário Atual: a contraprestação do trabalho seria retribuída com duas quotas, uma paga diretamente ao empregado e outra destinada aos fins da seguridade social, para necessidades futuras.
* Não é pago diretamente pelo empregador (CLT, art. 457)
* Não pode ser exigido de imediato
- Teoria Fiscal: seria uma obrigação tributária e portanto uma prestação pecuniária compulsória para constituir fundo econômico para custeio de serviços públicos (Imposto; Taxa; Contribuição de Melhoria)
* Não seria um imposto, pois depende de atividade estatal específica
9 - ESPÉCIES DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
9.1 - SALÁRIO FAMÍLIA (CF, art. 201, IV, PBPS, art. 65 a 70 e RPS, art. 81 a 92)[52: IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)][53: Art. 65. O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, exceto ao doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados nos termos do § 2º do art. 16 desta Lei, observado o disposto no art. 66Art. 65.  O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados  nos  termos  do  § 2o do art. 16 desta Lei, observado o disposto no art. 66.      (Redação dada pela Lei Complementar nº150, de 2015).        Parágrafo único. O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do feminino, terão direito ao salário-família, pago juntamente com a aposentadoria.        Art. 66. O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de idade ou inválido de qualquer idade é de:        I - Cr$ 1.360,00 (um mil trezentos e sessenta cruzeiros) , para o segurado com remuneração mensal não superior a Cr$ 51.000,00 (cinqüenta e um mil cruzeiros);      Atualizações decorrentes de normas de hierarquia inferior        II - Cr$ 170,00 (cento e setenta cruzeiros), para o segurado com remuneração mensal superior a Cr$ 51.000,00 (cinqüenta e um mil cruzeiros).      Atualizações decorrentes de normas de hierarquia inferior        Art. 67. O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido, e à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatório do filho.        Art. 67. O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido, e à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória e de comprovação de freqüência à escola do filho ou equiparado, nos termos do regulamento.       (Redação Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)        Art. 68. As cotas do salário-família serão pagas pela empresa, mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das contribuições, conforme dispuser o Regulamento. Art. 68.  As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico, mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das contribuições, conforme dispuser o Regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)        § 1º A empresa conservará durante 10 (dez) anos os comprovantes dos pagamentos e as cópias das certidões correspondentes, para exame pela fiscalização da Previdência Social.§ 1o  A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 (dez) anos os comprovantes de pagamento e as cópias das certidões correspondentes, para fiscalização da Previdência Social. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)        § 2º Quando o pagamento do salário não for mensal, o salário-família será pago juntamente com o último pagamento relativo ao mês.        Art. 69. O salário-família devido ao trabalhador avulso poderá ser recebido pelo sindicato de classe respectivo, que se incumbirá de elaborar as folhas correspondentes e de distribuí-lo.        Art. 70. A cota do salário-família não será incorporada, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício.][54: Art. 81. O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, exceto o doméstico, e ao trabalhador avulso que tenham salário-de-contribuição inferior ou igual a R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais), na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados, nos termos do art. 16, observado o disposto no art. 83.        Art. 82. O salário-família será pago mensalmente:        I - ao empregado, pela empresa, com o respectivo salário, e ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, mediante convênio;        II - ao empregado e trabalhador avulso aposentados por invalidez ou em gozo de auxílio-doença, pelo Instituto Nacional do Seguro Social, juntamente com o benefício;        III - ao trabalhador rural aposentado por idade aos sessenta anos, se do sexo masculino, ou cinqüenta e cinco anos, se do sexo feminino, pelo Instituto Nacional do Seguro Social, juntamente com a aposentadoria; e        IV - aos demais empregados e trabalhadores avulsos aposentados aos sessenta e cinco anos de idade, se do sexo masculino, ou sessenta anos, se do sexo feminino, pelo Instituto Nacional do Seguro Social, juntamente com a aposentadoria.        § 1º No caso do inciso I, quando o salário do empregado não for mensal, o salário-família será pago juntamente com o último pagamento relativo ao mês.        § 2º O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota.        § 3º Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-família.        § 4º As cotas do salário-família, pagas pela empresa, deverão ser deduzidas quando do recolhimento das contribuições sobre a folha de salário.        Art. 83. O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até quatorze anos de idade ou inválido, é de R$ 8,65 (oito reais e sessenta e cinco centavos).        Art. 83.  A partir de 1o de maio de 2004, o valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até quatorze anos de idade ou inválido, é de: (Redação dada pelo Decreto nº 5.545, de 2005)        I - R$ 20,00 (vinte reais), para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 390,00 (trezentos e noventa reais); e (Incluído pelo Decreto nº 5.545, de 2005)        II - R$ 14,09 (quatorze reais e nove centavos), para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 390,00 (trezentos e noventa reais) e igual ou inferior a R$ 586,19 (quinhentos e oitenta e seis reais e dezenove centavos). (Incluído pelo Decreto nº 5.545, de 2005)        Art. 84. O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado, estando condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória.
        Parágrafo único. A empresa deverá conservar, durante dez anos, os comprovantes dos pagamentos e as cópias das certidões correspondentes, para exame pela fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social, conforme o disposto no § 7º do art. 225.        Art. 84.  O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado, estando condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até seis anos de idade, e de comprovação semestral de freqüência à escola do filho ou equiparado, a partir dos sete anos de idade. (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        § 1º  A empresa deverá conservar, durante dez anos, os comprovantes dos pagamentos e as cópias das certidões correspondentes, para exame pela fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social, conforme o disposto no § 7º do art. 225. (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        § 2º  Se o segurado não apresentar o atestado de vacinação obrigatória e a comprovação de freqüência escolar do filho ou equiparado, nas datas definidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social, o benefício do salário-família será suspenso, até que a documentação seja apresentada.(Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        § 3º  Não é devido salário-família no período entre a suspensão do benefício motivada pela falta de comprovação da freqüência escolar e o seu reativamento, salvo se provada a freqüência escolar regular no período.(Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        § 4º  A comprovação de freqüência escolar será feita mediante apresentação de documento emitido pela escola, na forma de legislação própria, em nome do aluno, onde consta o registro de freqüência regular ou de atestado do estabelecimento de ensino, comprovando a regularidade da matrícula e freqüência escolar do aluno.(Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        Art. 85. A invalidez do filho ou equiparado maior de quatorze anos de idade deve ser verificada em exame médico-pericial a cargo da previdência social.        Art. 86. O salário-família correspondente ao mês de afastamento do trabalho será pago integralmente pela empresa, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, e o do mês da cessaçãode benefício pelo Instituto Nacional do Seguro Social.        Art. 87. Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do pátrio-poder, o salário-família passará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido.        Art. 88. O direito ao salário-família cessa automaticamente:        I - por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito;        II - quando o filho ou equiparado completar quatorze anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário;        III - pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; ou        IV - pelo desemprego do segurado.        Art. 89. Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o segurado deve firmar termo de responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar à empresa ou ao Instituto Nacional do Seguro Social qualquer fato ou circunstância que determine a perda do direito ao benefício, ficando sujeito, em caso do não cumprimento, às sanções penais e trabalhistas.        Art. 90. A falta de comunicação oportuna de fato que implique cessação do salário-família, bem como a prática, pelo empregado, de fraude de qualquer natureza para o seu recebimento, autoriza a empresa, o Instituto Nacional do Seguro Social, o sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, a descontar dos pagamentos de cotas devidas com relação a outros filhos ou, na falta delas, do próprio salário do empregado ou da renda mensal do seu benefício, o valor das cotas indevidamente recebidas, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, observado o disposto no § 2º do art. 154.        Art. 91. O empregado deve dar quitação à empresa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra de cada recebimento mensal do salário-família, na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida, de modo que a quitação fique plena e claramente caracterizada.        Art. 92. As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício.]
. Lei instituidora: L. 4.266/63[55: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4266.htm]
. Denominação “salário” imprópria, pois não há contraprestação por serviços prestados.
. É benefício previdenciário devido ao segurado de baixa renda, em razão da existência de dependentes, inclusive para os empregados domésticos. (LC 150/2015)
. Proporcional ao número de filhos ou equiparados, até 14 anos, ou inválidos de qualquer idade.
	Remuneração mensal
	Valor da cota
	Até R$ 725,02
	R$ 37,18
	De R$ 725,03 a R$ 1.089,721
	R$ 26,20
* Não substitui renda ou salário de contribuição e nem se incorpora ao salário ou ao salário de benefício
. Função de auxiliar no sustento e educação dos filhos, sendo condicionado à apresentação anual do comprovante de vacinação (para as crianças até seis anos) ou apresentação semestral de comprovante de frequência escolar (para crianças a partir de sete anos)
- Contingência: segurado empregado ou avulso (inclusive aposentados), de baixa renda, com filhos (ou equiparados) até 14 anos, ou inválidos de qualquer idade.
* Equiparados: enteados, tutelados, menor sob guarda
- Requisitos para a concessão: apresentação de certidão de nascimento do filho, ou documento relativo ao equiparado (termo de guarda, certidão de casamento com o genitor, certidão pública de reconhecimento de união estável com o genitor etc), além dos condicionantes anteriores.
- Carência: não tem
- Sujeito ativo: segurados empregados e avulsos, servidores sem regime próprio e segurados aposentados (RPS, art. 82)
* Não tem direito os contribuintes individuais, segurados especiais e facultativos.
* Ambos os genitores serão sujeitos ativos, tendo direito ao benefício, desde que a renda individual não ultrapasse o limite definido como sendo de baixa renda.
* Credor: É o segurado, porém o pagamento deve ser efetuado para quem estiver com a guarda do filho ou equiparado.
- Sujeito Passivo: INSS
* O empregador paga mensalmente, junto com o salário, mas se compensa com os valores a serem pagos relativos à cota patronal da contribuição previdenciária a seu cargo.
- Valor: número de cotas = número de dependentes
- D.I.B.: apresentação da documentação
- Termo Final: morte do filho ou equiparado; quando este completar 14 anos; quando este tiver recuperado sua capacidade ou quando houver situação de desemprego do segurado.
* Em todo caso, o benefício cessa no mês seguinte ao fato que deu causa a seu término.
9.2 - SALÁRIO MATERNIDADE (CF, art. 7º, XVIII e 201, II; PBPS, art. 71 a 73 e RPS, art. 93 a 103)[56: XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;][57: II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)][58: Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada empregada, à trabalhadora avulsa e à empregada doméstica, durante 28 (vinte e oito) dias antes e 92 (noventa e dois) dias depois do parto, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade.
       Art . 71. O salário-maternidade é devido à segurada empregada, à trabalhadora avulsa, à empregada doméstica e à segurada especial, observado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta lei, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade.       (Redação dada pela Lei nº 8.861, de 1994)
        Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante cento e vinte dias, com início no período entre vinte e oito dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade, sendo pago diretamente pela Previdência Social.      (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)        Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade.      (Redação dada pala Lei nº 10.710, de 5.8.2003)        Parágrafo único. A segurada especial e a empregada doméstica podem requerer o salário-maternidade até 90 (noventa) dias após o parto.      (Incluído pela Lei nº 8.861, de 1994)        (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)        Art. 71-A. À segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver até 1(um) ano de idade, de 60 (sessenta) dias, se a criança tiver entre 1 (um) e 4 (quatro) anos de idade, e de 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade.       (Incluído pela Lei nº 10.421, de 15.4.2002)        Art. 71-A.  À segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de cento e vinte dias.      (Redação dada pela Medida Provisória nº 619, de 2013)        Parágrafo único. O salário-maternidade de que trata este artigo será pago diretamente pela Previdência Social.       (Incluído pela Lei nº 10.710, de 5.8.2003)Art. 71-A.  Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)§ 1o  O salário-maternidade de que trata este artigo será pago diretamente pela Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)§ 2o  Ressalvado o pagamentodo salário-maternidade à mãe biológica e o disposto no art. 71-B, não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)Art. 71-B. No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)§ 1o O pagamento do benefício de que trata o caput deverá ser requerido até o último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)  (Vigência)§ 2o O benefício de que trata o caput será pago diretamente pela Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia do término do salário-maternidade originário e será calculado sobre: (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)  (Vigência)I - a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso; (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)  (Vigência)II - o último salário-de-contribuição, para o empregado doméstico; (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)  (Vigência)III - 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze) últimos salários de contribuição, apurados em um período não superior a 15 (quinze) meses, para o contribuinte individual, facultativo e desempregado; e (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)  (Vigência)IV - o valor do salário mínimo, para o segurado especial. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)  (Vigência)§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo ao segurado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção.(Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)  (Vigência)Art. 71-C. A percepção do salário-maternidade, inclusive o previsto no art. 71-B, está condicionada ao afastamento do segurado do trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)  (Vigência)        Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa consistirá numa renda mensal igual à sua remuneração integral e será pago pela empresa, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das contribuições, sobre a folha de salários.
        Parágrafo único. A empresa deverá conservar durante 10 (dez) anos os comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes para exame pela fiscalização da Previdência Social.         Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa consistirá numa renda mensal igual a sua remuneração integral.     (Redação Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)        § 1o  Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição Federal, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço.      (Incluído pela Lei nº 10.710, de 5.8.2003)        § 2o A empresa deverá conservar durante 10 (dez) anos os comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes para exame pela fiscalização da Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 10.710, de 5.8.2003)        § 3o O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa será pago diretamente pela Previdência Social.      (Incluído pela Lei nº 10.710, de 5.8.2003)        § 3o  O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, será pago diretamente pela Previdência Social.     (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)        Art. 73. O salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social à empregada doméstica, em valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição.
        Art. 73. O salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social a empregada doméstica, em valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição, e à segurada especial, no valor de 1 (um) salário mínimo, observado o disposto no regulamento desta lei.      (Redação dada pela Lei nº 8.861, de 1994)
        Art. 73. Assegurado o valor de um salário mínimo, o salário-maternidade para as demais seguradas consistirá:      (Redação dada pela lei nº 9.876, de 26.11.99)        Art. 73. Assegurado o valor de um salário-mínimo, o salário-maternidade para as demais seguradas, pago diretamente pela Previdência Social, consistirá:      (Redação dada pela Lei nº 10.710, de 5.8.2003)        I - em um valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição, para a segurada empregada doméstica;      (Incluído pela lei nº 9.876, de 26.11.99)        II - em um doze avos do valor sobre o qual incidiu sua última contribuição anual, para a segurada especial;     (Incluído pela lei nº 9.876, de 26.11.99)        III - em um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em um período não superior a quinze meses, para as demais seguradas.    (Incluído pela lei nº 9.876, de 26.11.99)][59: Art. 93. O salário-maternidade é devido, independentemente de carência, à segurada empregada, à trabalhadora avulsa e à empregada doméstica, durante cento e vinte dias, com início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto, podendo ser prorrogado na forma prevista no § 3º.        Art. 93.  O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante cento e vinte dias, com início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto, podendo ser prorrogado na forma prevista no § 3º, sendo pago diretamente pelo Instituto Nacional do Seguro Social ou na forma do art. 311. (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        Art. 93.  O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante cento e vinte dias, com início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto, podendo ser prorrogado na forma prevista no § 3o. (Redação dada pelo Decreto nº 4.862, de 2003)        § 1º Para a segurada empregada, inclusive a doméstica, observar-se-á, no que couber, as situações e condições previstas na legislação trabalhista relativas à proteção à maternidade.        § 2º Será devido o salário-maternidade à segurada especial, desde que comprove o exercício de atividade rural nos últimos doze meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua.
        § 2º  Será devido o salário-maternidade à segurada especial, desde que comprove o exercício de atividade rural nos últimos dez meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no parágrafo único do art. 29. (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        § 2o  Será devido o salário-maternidade à segurada especial, desde que comprove o exercício de atividade rural nos últimos dez meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de forma descontínua, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no parágrafo único do art. 29. (Redação dada pelo Decreto nº 5.545, de 2005)        § 3º Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico fornecido pelo Sistema Único de Saúde.
        § 3º  Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado fornecido pelo Sistema Único de Saúde ou pelo serviço médico próprio da empresa ou por ela credenciado. (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        § 3º  Em casos excepcionais, os períodos de repousoanterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico. (Redação dada pelo Decreto nº 3.668, de 2000)        § 4º Em caso de parto antecipado ou não, a segurada tem direito aos cento e vinte dias previstos neste artigo.        § 5º Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico fornecido pelo Sistema Único de Saúde, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas.
        § 5º  Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico fornecido pelo Sistema Único de Saúde ou pelo serviço médico próprio da empresa ou por ela credenciado, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas.(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        § 5º  Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas. (Redação dada pelo Decreto nº 3.668, de 2000)        § 6º Será devido, juntamente com a última parcela paga em cada exercício, o abono anual - décimo terceiro salário - do salário-maternidade, proporcional ao período de duração do benefício.(Revogado pelo Decreto nº 4.032, de 2001)        Art. 93-A.  O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança com idade: (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)        I - até um ano completo, por cento e vinte dias; (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)        II - a partir de um ano até quatro anos completos, por sessenta dias; ou(Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)        III - a partir de quatro anos até completar oito anos, por trinta dias. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)        § 1º  O salário-maternidade é devido à segurada independentemente de a mãe biológica ter recebido o mesmo benefício quando do nascimento da criança. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)        § 2º  O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não contiver a observação de que é para fins de adoção ou só contiver o nome do cônjuge ou companheiro. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)        § 3º  Para a concessão do salário-maternidade é indispensável que conste da nova certidão de nascimento da criança, ou do termo de guarda, o nome da segurada adotante ou guardiã, bem como, deste último, tratar-se de guarda para fins de adoção. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)        § 4º  Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é devido um único salário-maternidade relativo à criança de menor idade, observado o disposto no art. 98. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)        § 5º  A renda mensal do salário-maternidade é calculada na forma do disposto nos arts. 94, 100 ou 101, de acordo com a forma de contribuição da segurada à Previdência Social. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)        § 6o  O salário-maternidade de que trata este artigo é pago diretamente pela previdência social.  (Incluído pelo Decreto nº 4.862, de 2003)        Art. 94. O salário-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral e será pago pela empresa, efetivando-se a dedução quando do recolhimento das contribuições sobre a folha de salário, devendo aplicar-se à renda mensal do benefício o disposto no art. 198.        Art. 94.  O salário-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral, devendo aplicar-se à renda mensal do benefício o disposto no art. 198. (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        Art. 94.  O salário-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral e será pago pela empresa, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, devendo aplicar-se à renda mensal do benefício o disposto no art. 198. (Redação dada pelo Decreto nº 4.862, de 2003)        § 1º A empregada deve dar quitação à empresa dos recebimentos mensais do salário-maternidade na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida, de modo que a quitação fique plena e claramente caracterizada.(Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
        § 2º A empresa deve conservar, durante dez anos, os comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes para exame pela fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social, conforme o disposto no § 7º do art. 225. (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        § 3o  A empregada deve dar quitação à empresa dos recolhimentos mensais do salário-maternidade na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida, de modo que a quitação fique plena e claramente caracterizada.(Incluído pelo Decreto nº 4.862, de 2003)        § 4o  A empresa deve conservar, durante dez anos, os comprovantes dos pagamentos e os atestados ou certidões correspondentes para exame pela fiscalização do INSS, conforme o disposto no § 7o do art. 225. (Incluído pelo Decreto nº 4.862, de 2003)        Art. 95. Compete aos órgãos pertencentes ao Sistema Único de Saúde fornecer os atestados médicos necessários, inclusive para efeitos trabalhistas.
          Art. 95.  Compete aos órgãos pertencentes ao Sistema Único de Saúde ou ao serviço médico próprio da empresa ou por ela credenciado fornecer os atestados médicos necessários, inclusive para efeitos trabalhistas.(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
        Parágrafo único.  Quando o parto ocorrer sem acompanhamento médico, o atestado será fornecido pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social.        Art. 95.  Compete à interessada instruir o requerimento do salário-maternidade com os atestados médicos necessários. (Redação dada pelo Decreto nº 3.668, de 2000)        Parágrafo único.  Quando o benefício for requerido após o parto, o documento comprobatório é a Certidão de Nascimento, podendo, no caso de dúvida, a segurada ser submetida à avaliação pericial junto ao Instituto Nacional do Seguro Social. (Redação dada pelo Decreto nº 3.668, de 2000)        Art. 96. O início do afastamento do trabalho da segurada empregada será determinado com base em atestado médico fornecido pelo Sistema Único de Saúde.        Art. 96.  O início do afastamento do trabalho da segurada empregada será determinado com base em atestado médico. (Redação dada pelo Decreto nº 3.668, de 2000)        Art. 96.  O início do afastamento do trabalho da segurada empregada será determinado com base em atestado médico ou certidão de nascimento do filho. (Redação dada pelo Decreto nº 4.862, de 2003)        § 1º Quando a empresa dispuser de serviço médico próprio ou em convênio com o Sistema Único de Saúde, o atestado deverá ser fornecido por aquele serviço médico.
        § 1º  Quando a empresa dispuser de serviço médico próprio ou credenciado, o atestado deverá ser fornecido por aquele serviço médico. (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)   (Revogado pelo Decreto nº 4.729, de 2003)        § 2º O atestado deve indicar, além dos dados médicos necessários, os períodos a que se referem o art. 93 e seus parágrafos, bem como a data do afastamento do trabalho. (Revogado pelo Decreto nº 4.729, de 2003)        Art. 97. O salário-maternidade da empregada será devido pela previdência social enquanto existir a relação de emprego.        Art. 97.  O salário-maternidade da segurada empregada será devido pela previdência social enquanto existir relação de emprego, observadas as regras quanto ao pagamento desse benefício pela empresa. (Redação dada pelo Decreto nº 6.122, de 2007)        Parágrafo único.  Durante o período de graça a que se refere o art. 13, a segurada desempregada fará jus ao recebimento do salário-maternidade nos casos de demissão antes da gravidez, ou, durante a gestação, nas hipóteses de dispensa por justa causaou a pedido, situações em que o benefício será pago diretamente pela previdência social. (Incluído pelo Decreto nº 6.122, de 2007)        Art. 98. No caso de empregos concomitantes, a segurada fará jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego.        Art. 99. Nos meses de início e término do salário-maternidade da segurada empregada, o salário-maternidade será proporcional aos dias de afastamento do trabalho.        Art. 100. O salário-maternidade da segurada trabalhadora avulsa consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral equivalente a um mês de trabalho, devendo aplicar-se à renda mensal do benefício o disposto no art. 198.        Art. 100.  O salário-maternidade da segurada trabalhadora avulsa, pago diretamente pela previdência social, consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral equivalente a um mês de trabalho, devendo aplicar-se à renda mensal do benefício o disposto no art. 198. (Redação dada pelo Decreto nº 4.862, de 2003)        Art. 101. O salário-maternidade da segurada trabalhadora avulsa, da empregada doméstica e da segurada especial será pago diretamente pelo Instituto Nacional do Seguro Social.        Art. 101.  O salário-maternidade, observado o disposto nos arts. 35 e 198 ou 199, consistirá: (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        Art. 101.  O salário-maternidade, observado o disposto nos arts. 35 e 198 ou 199, pago diretamente pela previdência social, consistirá: (Redação dada pelo Decreto nº 4.862, de 2003)        Art. 101.  O salário-maternidade, observado o disposto nos arts. 35, 198, 199 ou 199-A, pago diretamente pela previdência social, consistirá: (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).        I - em valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição, para a segurada empregada doméstica; (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        II - em um salário mínimo, para a segurada especial; (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        III - em um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em período não superior a quinze meses, para as seguradas contribuinte individual e facultativa.(Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        III - em um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em período não superior a quinze meses, para as seguradas contribuinte individual, facultativa e para as que mantenham a qualidade de segurada na forma do art. 13. (Redação dada pelo Decreto nº 6.122, de 2007)        § 1º O salário-maternidade da empregada doméstica será igual ao valor do seu último salário-de-contribuição e será pago diretamente pelo Instituto Nacional do Seguro Social, devendo aplicar-se à renda mensal do benefício o disposto no art. 198. (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
        § 2º O salário-maternidade da segurada especial será equivalente ao valor de um salário mínimo. (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 1999)        § 3o  O documento comprobatório para requerimento do salário-maternidade da segurada que mantenha esta qualidade é a certidão de nascimento do filho, exceto nos casos de aborto espontâneo, quando deverá ser apresentado atestado médico, e no de adoção ou guarda para fins de adoção, casos em que serão observadas as regras do art. 93-A, devendo o evento gerador do benefício ocorrer, em qualquer hipótese, dentro do período previsto no art. 13. (Incluído pelo Decreto nº 6.122, de 2007)        Art. 102. O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício por incapacidade.        Parágrafo único.  Quando ocorrer incapacidade em concomitância com o período de pagamento do salário-maternidade, o benefício por incapacidade, conforme o caso, deverá ser suspenso enquanto perdurar o referido pagamento, ou terá sua data de início adiada para o primeiro dia seguinte ao término do período de cento e vinte dias.        Art. 103. A segurada aposentada que retornar à atividade fará jus ao pagamento do salário-maternidade, de acordo com o disposto no art. 93.]
. Devido à segurada durante 120 dias, com início entre 28 dias antes do parto e a ocorrência deste.
Também devido à segurada que adotar ou obtiver a guarda judicial para fins de adoção (PBPS, art. 71-A)
. Não pode cumular com outros benefícios gerados por incapacidade, ficando este suspenso enquanto durar o salário-maternidade.
. Segurada aposentada que voltar a exercer atividade sujeita ao RGPS também terá direito
- Contingência: ser mãe, adotar ou obter a guarda judicial para fins de adoção de criança até oito anos.
- Carência: Variável
. Segurada empregada, empregada doméstica e avulsa: sem carência
* Bóia-fria = rural diarista: considerada como empregada.
. Contribuinte individual e facultativa: Dez contribuições mensais.
. Segurada especial: não comprovará período de carência, mas sim exercício da atividade rural nos 12 meses anteriores à D.I.B. (Data do Início do Benefício) Porém, segundo entendimento pacificado na Administração (INSS) e posicionamento jurisprudencial, esse prazo será o mesmo da carência dos contribuintes individuais e facultativos (10 meses)
- Sujeito ativo: segurada empregada doméstica, trabalhadora avulsa, servidora pública sem regime próprio de previdência, contribuinte individual, contribuinte especial, contribuinte facultativa e segurado masculino nas mesmas hipóteses (para fins de adoção, a partir da L. 12.873 de 25 de outubro de 2013)[60: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm]
* Jurisprudências têm se pacificado no sentido de concessão aos genitores masculinos, em casos tais como abandono pela mãe, ou falecimento desta. Ademais, a Lei 12.873/13 alterou o art. 71-A, incluindo o segurado masculino para as hipóteses de adoção, ou o cônjuge, quando a segurada que fizesse jus ao recebimento vier a falecer.
- Sujeito passivo: INSS
- Pagamento: conforme o tipo de segurada
. Em casos de adoção ou guarda judicial, ou ainda para a segurada avulsa, doméstica, contribuinte individual e facultativa, recebem o pagamento diretamente do INSS.
. Empregada: receberá da empresa, que se ressarcirá da cota patronal
. Segurada desempregada: também receberá diretamente do INSS
- R.M.I.: receberá a última remuneração integral (não está sujeita ao limite máximo do salário de contribuição)
* Se tiver dois ou mais empregos, terá direito a um benefício igual à soma de todas as remunerações.
9.3 - PENSÃO POR MORTE (CF, art. 201, V; PBPS, art. 74 a 78 RPS, art. 105 a 115)[61: V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)][62: Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data do óbito ou da decisão judicial, no caso de morte presumida.        Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data:         (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)        I - do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste;       (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)I - do óbito, quando requerida até noventa dias depois deste;          (Redação pela Lei nº 13.183, de 2015)        II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior;        (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)        III - da decisão judicial, no caso de morte presumida.       (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)        § 1º Não terá direito à pensão por morte o condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado.        (Incluído pela Medida Provisória nº 664, de 2014)§ 1o  Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado.           (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)        § 2º O cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao benefício da pensão por morte se o casamento ou o início da união estável

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