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Potencial de ação até SNA

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EXCITAÇÃO E CONDUÇÃO NA FIBRA NERVOSA
POTENCIAL DE REPOUSO DA MEMBRANA
- Diferença de potencial que existe através da membrana das células excitáveis, como as nervosas e musculares, no período entre dois potenciais de ação. (geralmente é negativo)
- Depende do somatório de vários íons.
Equação de Nernst (potencial de equilíbrio) x Equação de Goldman (permeabilidade relativa)
- O potencial de membrana depende de: Polaridade da carga elétrica de cada íon, permeabilidade da membrana para cada íon e as concentrações do íon no interior e exterior da membrana. 
- Cada íon permeante tenta impulsionar o potencial de membrana em direção ao seu próprio potencial de equilíbrio. 
- Quanto maior a permeabilidade da membrana a um íon, maior a capacidade desse íon de trazer o potencial de membrana em direção ao seu potencial de equilíbrio.
- O potencial de membrana é gerado: principalmente pela difusão dos íons Na+ e K+ a favor do potencial eletroquímico, íons negativos impermeantes no citoplasma e bomba de Na+/K+.
- O potencial de repouso da membrana esta mais próximo do potencial de equilíbrio do k + e Cl-, pois a permeabilidade desses íons em repouso é alta. Já o potencial de repouso esta longe dos potenciais de equilíbrio do Na+ e Ca²+, pois a permeabilidade desses íons em repouso é baixa.
OBS: Apesar da contribuição direta da bomba de Na+/k+ ser pequena ( bombeamento de 3 Na+ para fora e 2 K+ para dentro da célula), a sua contribuição indireta é a mais importante pois é responsável pelo potencial de difusão do K+ que impulsiona o potencial de membrana em direção ao potencial de equilíbrio do K+. Assim, a Bomba Na/K é necessária para gerar e manter o gradiente de concentração do K+, que estabelece o potencial de repouso da membrana.
OBS: K+ e Cl- contribuem para a negatividade do meio intracelular. Hiperpolarizam a células, aumentam a diferença de potencial. Já o Na+ e Ca++ contribuem para a positividade do meio intracelular. Despolarizam a célula, diminuem a diferença de potencial. 
POTENCIAL DE AÇÃO
Alteração brusca do potencial de membrana do negativo para o positivo (despolarização) seguida de retorno rápido para o potencial negativo (repolarização).
Fases do potencial de ação 
Fase de repouso: o potencial de membrana é cerca de -70 mV. A permeabilidade ao K+ 
é alta, e os canais de k+ estão quase totalmente abertos, permitindo que os íons K+ se difundam para fora da célula, de acordo com o gradiente de concentração existente. Isso gera um potencial de difusão do K+ que impulsiona o potencial de mebrana do k+ em direção ao seu potencial de equilíbrio. 
Potencial Limiar: potencial de membrana o qual é inevitável ocorrer o potencial de ação. Devido ao limiar ser menos negativo que o potencial de repouso da membrana é necessário uma corrente de influxo (fluxo de cargas positivas para dentro da célula) para despolarizar o potencial de membrana em direção a ele.
Lei do “Tudo ou Nada”: o potencial não se desenvolve com estimulo sublimiar, mas ocorre com amplitude e forma constante se o estimulo for igual ou acima da intensidade limiar
- Estimulo Limiar: menor estimulo capaz de gerar um potencial de ação.
- Estimulo sublimiar: gera resposta local ou sublimiar. Alteração do potencial não se propaga ao longo do comprimento da célula e diminui com a distância.
Fase de despolarização: uma corrente de influxo, geralmente o resultado da dispersão da corrente gerada pelos potenciais de ação em locais vizinhos, causa despolarização da membrana celular do nervo em direção ao limiar (abertura doa canais de Na+ ligantes dependentes), que ocorre em torno de -60 mV. Essa despolarização inicial provoca a rápida abertura dos canais de Na+ voltagem-dependente, de modo que a condutância ao Na+ aumenta, chegando a ser mais alta do que a do K+. Em segieda o potencial de membrana é despolarizado.
Potencial de ação (over-shoot): potencial atinge valor positivo.
Fase de Repolarização: a despolarização termina e potencial de membrana se repolariza em direção ao nível de repouso, como resultado de dois eventos. Primeiro, as comportas de inativação do canais de Na+ respondem a despolarização se fechando, mas sua resposta é muito mais lenta do que a abertura da comportas de inativação. Assim, após retardo, as comportas de inativação fecham os canais de Na+, terminando a despolarização. Segundo, a despolarização abre os canais de k+ e aumenta a permeabilidade a esse íons para um valor ate maior do que o que ocorre no repouso, de modo que a condutância ao k+ torna-se muito maior a do Na+. Disso, resulta uma corrente de efluxo (fluxo de cargas positivas para fora da célula) ao K+, e a membrana é repolarizada. 
Pós-potencial Hiperpolarizante (under-shoot): por um breve período que se segue á repolarização, a condutância ao k+ é mais alta do que o repouso e o potencial de membrana é impulsionado para mais próximo do potencial de equilíbrio do k+. Eventualmente a condutância ao k+ retorna ao nível de repouso e o potencial de membrana repolariza ligeiramente, voltando ao potencial de repouso.
Períodos Refratários 
Período o qual nenhum outro potencial de ação normal pode se gerado em uma célula excitável.
	- Período refratário absoluto: tem quase a duração total do potencial de ação. Durante esse período, mesmo aumentado muito o estimulo, outro potencial de ação não poderá ser gerado. A base para esse período é o fechamento da comportas de inativação do canal de Na+, em resposta a despolarização, que só reabrirão quando a membrana repolarizar e voltar para o potencial de repouso. 
	- Período refratário relativo: começa ao fim do período refratário absoluto, e coincide com o período pós-potencial hiperpolarizante. Durante esse período, pode ser gerado um potencial de ação, mas apenas se for aplicado um forte corrente de despolarização, maior que a normal. A base para esse período é a maior condutância ao K+ que esta presente no repouso.
	- Acomodação: quando a célula muscular ou nervosa é despolarizada lentamente ou mantida em nível despolarizado, o limiar habitual pode ser atingido sem ser deflagrado um potencial de ação. Isso ocorre pois os canais de Na+ abertos pela despolarização lenta tornam-se inativados antes que o potencial limiar seja atingido. Alem disso, canais de K+, abertos pela despolarização, tendem a repolarizar a membrana tornando-a ainda mais refrataria a despolarização. 
Propagação dos potenciais de ação
A propagação dos potenciais de ação ao longo da fibra nervosa e muscular ocorre pela disseminação de correntes locais, das regioes ativas, que conduzem o limiar de despolarização para as regioes inativas adjascentes, gerando novos potenciais de ação (Condução eletrotônica).
Velocidade do potencial de ação
Depende das propriedades elétricas da membrana.
Fatores que influencia na velocidade de propagação:
	- Resistência (densidade dos canais iônicos): quanto maior a fibra menor a resistência, sendo assim, o aumento do tamanho de uma fibra nervosa aumenta a velocidade de condução. 
	- Capacitância (diferença de potencial elétrico): a velocidade de propagação diminui com o aumento da espessura da membrana. 
	Ex: Bainha de mielina – isolante lipídico da fibras nervosas, formado pela membrana da células de Schwann, que aumenta a resistência da membrana. A corrente não pode fluir através dessas vias de alta resistência, sendo assim, existem interrupções na bainha de mielina onde a resistência da membrana é baixa e a corrente pode fluir através dela e podem ocorrer potenciais de ação. Essas interrupções são chamadas de Nodos de Ranvier e são responsáveis por aumentar a velocidade de condução do impulso nervoso ( nervos mielinizados – 100 m/s e não mielinizados – 0,25 m/s), pois os potenciais de ação ¨pulam¨ entre um nodo e outro, um processo chamado de condução saltatória (depende mais do canais de Na+ voltagem-dependentes, com pequena contribuição do canais de K+). 
TRANSMISSÃO SINAPTICA E NEUROMUSCULAR
Sinapse é local onde a informação é transmitida de uma célula aoutra. As transmissões sinápticas podem ser:
	- Sinapses elétricas: permitem à corrente fluir de uma célula excitável para a seguinte, por meio de vias de baixa resistência entre as células, chamada de junções comunicantes. Estao presentes no músculo cardíaco e alguns tipos de músculo liso (unitário) e são responsáveis pela condução rápida do impulso nervoso. O potencial de ação é transmitido por fluxo direto de corrente eletrica, sem retardo, e a condução é feita em todas as direções.
	- Sinapses químicas: a informação é transmitida através da fenda sináptica, por meio de um neurotransmissor, uma substancia que é liberada de um terminal pré-sináptico e se liga a receptores de um terminal pós-sináptico (neurotransmissão unidirecional). 
O retardo sináptico é o tempo necessário para ocorrer as múltipla etapas da neurotransmissão química . Abaixo podemos ver como ocorre o potencial de ação na junção neuromuscular:
	
- Tipos de sinapses ou Entradas sinápticas 
Sinapses excitatória: Gera potenciais pós-sinápticos excitatório (PPSEs) que despolarizam a célula pós sináptica, levando a potencial de membrana para muito próximo do limiar. Os PPSEs são produzidos pela abertura dos canais de Na+ e Ca+.
Sinapses inibitórias: gera potencias pós-sinápticos inibitórios (PPSIs) que hiperpolarizam a célula, afastando o potencial de membrana do valor limiar. Os PPSIs são produzidos pela abertura dos canais de Cl- e K+.
- Tipos de Receptores
Proteínas integrais de membrana que mudam sua conformação ao se ligarem ao transmissor. 
Ionotrópicos: canais iônicos dependentes de ligantes.
Metabotrópicos: abre o canal iônico indiretamente. Receptores acoplados a proteína G e segundos-mensageiros. Efeito mais demorado
Auto-receptores: receptores pré-sinápticos. Inibem ou aumentam a liberação de neurotransmissor.
	- Integração sináptica 
 As informações sinápticas que chagam á sinapse podem se integradas por dua maneiras
Somação espacial: dois potenciais que chegam ao mesmo tempo, podem se somar (excitatório + excitatório) ou se anular (excitatório + inibitório).
Somação temporal: Potenciais ocorrem em rápidas sucessões. Como esse potenciais se sobrepõem no tempo elas se somam. Isso resulta em contrações musculares cada vez maiores. 
NEUROFISIOLOGIA
CARACTERISTICAS GERAIS
O sistema nervoso é composto por duas divisões :
Sistema nervoso central (SNC): inclui a medula espinhal, o tronco encefálico (bulbo, ponte e mesencéfalo), o cerebelo, diencéfalo (tálamo e hipotálamo), e os hemisférios cerebrais.
Sistema nervoso periférico: composto por receptores sensoriais, nervos sensoriais, gânglios.
- Divisao sensorial ou aferente: traz informações para dentro do sistema nervoso central, em geral, iniciando com atividades nos receptores sensoriais da periferia. Essa informação é , transmitida para níveis progressivamente mais elevado do SNC, e, por fim, para o córtex cerebral.
	- Divisão motora ou eferente: conduz informações para fora do SNC, ate a periferia. 
Sistema nervoso autônomo: inerva m. liso, m. cardíaco e glândulas.
Sistema nervoso somatossensorial: inerva m. esquelético.
SISTEMAS SENSORIAIS
Os sistemas sensoriais recebem informações do meio ambiente por meio de receptores especializados na periferia, e transmitem as informações por uma serie de neurônios e retransmissões sinápticas.
RECEPTORES SNSORIAIS
	Fazem parte da primeira etapa da via sensorial, onde o estimulo do ambiente é transformado em sinal elétrico pelo receptor sensorial.
	Tipos de receptores
Os receptores são classificados pelo tipo de estimulo que os ativa. Podem ser:
Mecanorreceptores: ativados pela pressão, tato, vibraçao, deformação, distenção, posição ( articulaçoes), audiçao, equilibrio. 
Fotorreceptores: ativados pela luz e estao envolvidos na visão. 
Quimiorreceptores: ativados por substancias quimicas e estao envolvidos no olfato, no paladar e na detecção de oxigenio e dioxido de carbono no controle da respiração. 
Termorreceptores: ativados por variaçoes termicas (frio, calor)
Nociceptores: ativados por fortes estimulos de pressao, temperatura ou produtos quimicos nocivos, dor ou estimulos nocivos.
	
Transdução sensorial
Processo pelo qual o estímulo do ambiente ativa o receptor e é convertido em atividade elétrica. Sendo assim, o estimulo do ambiente interage com o receptor sensorial, causando alteração de sua spropriedades. Essas alteraçoes levam os canais ionicos da membrana do receptor a se abrir ou fechar, resultando em alteração da corrente ionica. Esse fluxo ionico provoca variação do potencial de mambrana com despolarização ou hiperpolarização, chamada de potencial receptor, que aumenta ou diminui a probabilidade de ocorrencia de potencial de ação.
Campos receptivos
- Area do corpo que, quando estimulada, resulta em uma variação da frequencia de disparo de um neuronio sensorial, ou seja, região que ativa o receptor.
- Os campos receptivos variam de tamanho. Quanto menor o campo receptor, maior o grau de precisão e caracterização da sensaçao presente. 
Codificação sensorial
- Transformação do potencial receptor em potencial de ação.
-A codificação começa quando o estimulo é traduzido pelos receptores sensoriais e continua com a informação sendo transmitida progressivamente para niveis mais elevados do SNC.
As caracteristicas que podem ser codificadas pelo neuronio sensorial são:
Modalidade sensorial: codificado por vias sensoriais especificas.
Localização espacial: codificado pelo campo receptivo ou mapa topografico do cortex.
 Estimulo limiar: estímulo minimo que pode ser detectado. Envolve somação espacial e temporal.
Intensidade: pode ser codificada pelo numero de receptores que são ativados, pelas diferenças entre as frequencias de disparo ou pela ativação de diferente receptores. 
Frequencia: codificada diretamente nos intervalos entre os disparos dos neuronios sensoriais.
Duração: duração dos disparos dos neuronios sensoriais.
	Adaptação
Receptores sensoriais se adaptam ao estimulo quando é aplicado por certo periodo de tempo. Esse estimulo prolongado gera dessensibilização do receptor, inativa os canais de Na+, Ca++, e ativa os caais de K+. O padra de adaptação difere entre dois tipode de receptores.
- Receptores fásicos (adaptação rápida): Detectam estimulos pulsateis e vibratorios ou e movimentam. Esses receptores se adaptam de forma rapida a um estimulo constante e primariamente detectam, a aplicação e a retirada do estimulo e sua variação liberando uma descarga no inicio e no final do estimulo (ligar-desligar). Potencial receptor decresce rapidamente podendo zerar. 
Ex: fusos musculares, frio, dor, foliculos pilosos. 
- Receptores tônicos (adaptação lenta): são ilustrados por mecanorreceptores na pele que detectam a pressão mantida. Esses receptores codificam a intensidade do estimulo e asua duração. A descarga cotinua enquanto o estimlo for mantido.
Ex: receptores do tato.
SISTEMA SOMATOSSENSORIAL
Transmite informações da pele, musculos, articulaçoes e visceras para o SNC.
Tipos de Fibras
TIPOS DE RECEPTORES SOMATOSSENSORIAIS 
Mecanorreceptores (tato e propiocepção)
São subdivididos em diferentes tipo de receptores, dependendo do tipo de pressao o da qualidade propioceptiva que codificam. Alem disso, cada receptor tem um tipo de adaptação, que varia de adaptação muito rapida, adaptação rapida e adaptação lenta. Os receptores de adaptação muito rapida e rápida detectam variaçoes no estimulo e alteraçoes na velocidade. Os receptores de adaptação lenta, respondem a intensidade e a a duração do estimulo.
OBS: Receptores encapsulados – Corpusculo de Pacini e Corpusculo de Meissner (localizados onde a descriminação tatil é especialmente apurada como nas pontas do dedos e labios). 
Propioceptores: mecanorreceptores doa musculos, tendões, e capsulas articulares. Participam do controle motor.
Fusos musculares – Fibras Ia: localizados nos musculos esqueletico. Detectam variação do comprimento do musculos , estiramento muscular.
Orgao tendinosos degolgi – Fibras Ib: localizados no tendões. Indicam tensão sobre o tendão e tensão muscular.
Receptores Articulares: ativados por variação do ângulo das articulaçoes.
Termorreceptores
- Terminaçoes nervosas livres por toda a superficie cutanea, mucosas, parede das visceras digestivas e respiratorias. 
- Adaptação é lenta mas descarregam fasicamente em mudanças bruscas.
- Distribuiçao não-homogenea
Receptores de calor – Fibras C: Ativos de 30-45C, Inativos acima de 45C e no resfriamento, acima de 45 ativa receptores de dor.
Receptores de frio – Fribras A-delta: Ativos de 10-35C, menos de 10C anestesia, sem potencial de ação, inativos no aquecimento.
Receptor de dor: Frio congelante e calor escaldante.
Nociceptores
Respondem a estimulos nocivos capazes de produzir lesões ao tecido.
Presentes no musculo, visceras e articulaçoes.
Pricipais classes:
	- Termicos o mecânicos: supridos por fibras nervosas aferente A-delta muito pouco mielinizadas, e respondem a estimulos mecanicos fortes, tais como dor aguda e pontual. Dor rápida.
	- Polimodais: supridos por fibra C não-mielinizadas e repondem a estimulos mecanicos, termicos ou quimicos de alta intensidade e a estimulos de frio e calor. Dor lenta e cronica.
- A sensibilizaçao dos nociceptores pode levar a hiperalgesia ou dor espontânea: a pele lesada libera varias substancias quimicas incluindo badicinina, prostaglandinas, subtancia P, K+ e H+, que desencadeiam a resposta inflamatoria. Os vasos ficam permeaveis, e como consequencia, ocorre edema local e hiperemia na pele. Os mastocitos proximos da lesao liberal histamina, que ativa diretamente os nociceptores. Alem disso os axonios dos nociceptores lberam substancia que sensibilizam os nociceptores para os estimulos que não eram, antes, nocivos ou dolorosos. 
Dermátomos do corpo
 
 - A distribuiçao sensitiva de cada raiz nervosa chama-se dermátomos.
- O padrão de inervação é determinado durante a embriogênese. 
- Cada dermatomo recebe inervação de segmentos espinhais adjascentes. 
- Anestesia só ocorre por lesao de varias raizes dorsais sucessivas.
Dermátomos da face
Nervo trigêmeo: divisões oftalmológica, maxilar e mandibular.
- Inerva face, cavidade oral e nasal e dura-mater.
- Corpos celulares das fibras primarias: núcleo mesencefalico.
- Projetam para o núcleo VPM do tálamo.
- Neuralgia do trigêmeo: dor deflagrada por estímulos mecânicos fracos após dano mecânico por artéria adjacente ao gânglio trigeminal. 
VIAS SOMATOSSENSORIAIS
Existem duas vias para a transmissão das informações somatossensoriais para o SNC: Leminisco medial-coluna dorsal e Trato espinotalâmico.
Neurônios de primeira ordem: é o neurônio aferente primário – tem seus corpos celulares nos gânglios das raízes dorsais ou nos gânglios do nervo craniano. Os sinais é transduzido pelo receptor e transmitido para o SNC pelo neurônio aferente peimario.
Neurônio de segunda ordem: se localiza na medula espinhal (sistema anterolateral) ou no tronco encefálico (sistema da coluna dorsal). Recebem informações dos neuronios de primeira ordem e as transmite para o tálamo.
 Neurônio de terceira ordem: se localizam em um dos núcleos somatossensriais do talam.
Neurônio de quarta ordem: se localiza no córtex somatossensorial, chamado de S1 e S2. Neurônios de ordens mais elevadas em outras áreas corticais associativas (S2) integram as informações mais complexas. O S1 possui um mapa do corpo que ilustra a codificação do local da informação somatossensorial , similar a do tálamo, chamado de Humúnculo somatossensorial. As maiores areas de representação do corpo são a face, as mãos e os dedos, que são densamente inervados e onde a sensibilidade é maior.
Via Leminisco medial-coluna dorsal
- Via sensorial responsável por transmitir as informações de tato fino, vibração, distençao e dor visceral, e consciência proprioceptiva do corpo para o córtex cerebral. 
- Consiste principalmente em fibras Aβ. Alem disso, possui um campo receptivo pequeno.
- Os neurônios de primeira ordem, que, aqui, tem seus corpos celulares nas células ganglionares das raízes dorsais ou dos nervos cranianos, recebem o estimulo do ambiente e ascendem ipsilateralmente, para o núcleo grácil (membros inferiores) ou para o núcleo cuneiforme (membros superiores), situados no bulbo. No bulbo, esses neurônios fazem sinapse com os neurônios de segunda ordem, que cruzam a linha media. Esses últimos, ascendem para o tálamo contralateral, onde fazem sinapses com neurônio de terceira ordem que ascendem até o córtex somatossensorial e fazem sinapses com os neurônios de quarta ordem.
Via espinotalâmica ou anterolateral 
- Transmite informações sobre dor, temperatura e tato grosseiro.
- Consiste em fibras A-delta (dor rápida) e Fibras C (dor lenta), possui, ainda, um campo receptor grande.
- Aqui, os neurônios de primeira ordem tem seus corpos celulares no corno posterior da medula espinhal e fazem sinapses com termorreceptores e nociceptores da pele. Estes fazem sinapses com os neurônios de segunda ordem da medula espinhal. Na medula espinhal, esses neurônios cruzam a linha media e ascendem para o tálamo contralateral e fazem sinapses com o neurônios de terceira ordem, que ascendem até o córtex somatossensorial, onde fazem sinapses com os neurônios de quarta ordem.
OBS: Dor deferida – de origem visceral ou músculos e consiste na dor percebida como originária de uma área diferente a sua origem real. Isso pode ser explicado de acordo com a regra do dermátomo, que diz que áreas cutâneas são inervadas por nervos originado nos mesmo segmentos da medula espinhal que aqueles que inervam as vísceras. Assim, a dor esquêmica do coração é referida ao tórax e ao ombro, a dor da vesícula biliar é referida ao abdome, a dor renal é referida a dor lombar e assim por diante.
SISTEMA MOTOR E O CONTROLE DA POSTURA E DO EQUILÍBRIO
	A postura e movimento dependem da combinação de ações involuntárias (refelexos), coordenados pela medula espinhal, e de ações voluntárias, controladas pelos centros cerebrais mais elevados. 
- A postura e movimento dependem da contração de alguns m. esqueléticos , enquanto, ao mesmo tempo, outros estão sendo relaxados.
- A ativação e a contração desses músculos estão sob o controle dos motoneurônios que os inervam. Sendo assim, o sistema motor é projetado para executar essas respostas coordenadas, em grande parte, pelos reflexos integrados na medula espinhal. 
UNIDADES MOTORAS
	A força de contração do músculo é graduada pelo recrutamento de unidades motoras, estabelecendo assim, o principio do tamanho, que afirma que quanto mais unidades motoras são recrutadas, progressivamente, maiores serão os motoneurônios envolvidos e maiores as tensões geradas.
Unidade motora: formada por um só motoneurônio e as fibras musculares que ele inerva.
Conjunto funcional de motoneurônios: grupo de motoneurônios que inerva as fibras dentro de um mesmo músculo.
Tipos de fibras musculares
Fibras extrafusais: compreendem a maioria das fibras dos músculos esqueléticos, inervadas por motoneurônios α e são usadas para gerar força.
Fibras intrafusais: fibras especializadas, inervadas por motoneurônios ɤ e pequenas demais para gerar força significativa. São encapsulas em bainhas, formando os fusos musculares que se dispõem em paralelo com as fibras extrafusais. 
Tipos de motoneurônio 
Motoneurônios α: são grandes inervam fibras musculares esqueléticas extrafusais. Responsáveis pela contração do músculo.
Motoneurônios ɤ: inervam fibras musculares intrafusais especializadas. Contraem as fibras intrafusais regulando a sensibilidade do fuso sob controle dos centros superiores (cerebelo, gânglios da base e córtex )
Motoneurônios β: intermediários, inervam músculos e fusos musculares. Responsáveis por contrair as fibras intra e extracelulares ao mesmo tempo.
Obs: Os motoneurônios ɤ e β são chamados de neurônios fusimotores e ajustam a sensibilidade do fuso muscular.
Interneurônios: célulaspequenas muito excitáveis, comumente exibindo atividade espontânea.
	- Principio da inervação recíproca
	Motoneuronio excita (ou inibe) o agonista, enquanto o interneurônio inibe (ou excita) o antagonista.
FUSOS MUSCULARES
- Receptores de estiramento, cuja função é regular o comprimento das fibras musculares extrafusais quando estiverem encurtadas (pela contração) ou alongadas (por estiramento).
-São ativados no estiramento e silenciados na contração.
- Estruturas alongadas compostos por fibras musculares intrafusais e inervadas por fibras nervosas sensoriais e motoras.
- Estão acoplados a tecido conjuntivo fibroso e dispostas em paralelos com as fibras musculares extrafusais.
Inervação dos fusos musculares
Inervação aferente: fibras Ia (detectam a velocidade de variação do comprimento) e II (detectam o comprimento da fibra muscular), neurônios do gânglio da raiz dorsal.
Inervação eferente: motoneurônios β e ɤ
REFLEXOS DA MEDULA ESPINHAL PROPIOCEPTIVOS
Reflexos são movimentos simples estereotipados e automáticos que ocorrem em resposta a um estimulo sensorial, que acontecem em um circuito chamado de arco reflexo.
Constituem mecanismos reguladores da motricidade,comprimento e tensão muscular nas diversas atitudes posturais os de movimento.
O arco reflexo inclui: os receptores sensoriais aferentes; os neurônios aferentes sensoriais, que conduzem informação para a medula espinhal; os interneurônios na medula espinhal; e os motoneurônios, que direcionam o músculo a se contrair ou a se relaxar.
Reflexo de estiramento ou miotático (reflexo patelar)
Apresenta apenas um sinapse entre o nervos aferentes sensoriais (grupo aferente Ia) e os neurônios eferentes motores (motoneurônios α). - Reflexo monossináptico
Quando o músculo é estirado, as fibras aferentes do grupo Ia no fuso muscular, são ativadas e sua freqüência de disparo aumenta. Essas fibras entram na medula espinhal e fazem sinapse diretamente com os motoneurônios α, ativando-os. Esses motoneurônios inervam o músculo homônimo.
A ativação dos motoneurônios α, causam a contração do músculo que originalmente foi estirado. Quando o músculo se contrai, ele se encurta, e como conseqüência, diminui o estiramento do fuso muscular. Este retorna ao seu comprimento original, e a frenquencia de disparo das fibras Ia retornam ao estado original.
Simultaneamente, a informação é enviada pela medula espinhal para a contração dos músculos sinérgicos (auxiliares) e relaxamento dos músculos antagonistas.
Reflexo do Órgão Tendinoso de Golgi ( Reflexo Miotático invertido)
 O órgão tendinoso de golgi é um receptor de estiramento encontrado nos tendões e sensível a contração (encurtamento) do músculo. Ativa o grupo Ib de nervos aferentes.
Quando o músculo se contrai, as fibras musculares extrafusais se encurtam, ativando os órgãos tendinosos de golgi acoplados a elas. Em resposta, as fibras Ib que fazem sinapses com interneurônios inibitórios na medula espinhal, são ativados. Esses interneurônios inibitórios fazem sinapses com os motoneurônios α.
Quando esses interneurônios são ativados, inibem a descarga dos motoneurônios α, produzindo relaxamento do músculo homônimo (o músculo que antes estava contraído).
Como o músculo homônimo relaxa, o reflexo também provoca o relaxamentos dos músculos sinérgicos e a contração dos músculos antagonistas.
Reflexo flexor de retirada
É um reflexo polissináptico que ocorre em resposta a estímulos dolorosos ou nocivos. As fibras aferentes somatossensoriai e as de dor iniciam o reflexo flexor, que causa a retirada da parte afetada do corpo do estimulo doloroso ou nocivo. Esse reflexo produz flexão no lado ipsilateral e extensão no outro lado.
Quando um membro toca um estimulo doloroso, as fibras aferentes do reflexo flexor ( grupos II, III e IV) são ativadas. Essas fibras fazem sinapses com múltiplos interneurônios da medula (reflexo polissináptico).
Do lado do estimulo doloroso, são ativados reflexos que provocam a contração dos músculos flexores e o relaxamento dos músculos extensores. Assim, é produzida uma flexão do lado estimulado.
Do lado oposto ao do estimulo doloroso, são ativados reflexos que provocam a contração dos músculos extensores e o relaxamento dos músculos flexores, produzindo uma extensão do lado contralateral. Esse fenômeno é chamado de reflexo de extensão cruzada. Assim, se o estimulo doloroso ocorre do lado esquerdo, o braço e a perna esquerdos serão flexionados , ou retirados, e o braço e a perna direitos se estenderão, para manter o equilíbrio.
CONTROLE DA FUNÇÃO MOTORA PELO CORTEX E PELO TRONCO CEREBRAL
Centros ordenadores e Via Descendentes
	O sistema motor trabalha segundo um comando organizado hierarquicamente: são os centros ordenadores do córtex e regiões subcorticais, que comandam as ações contráteis das unidades motoras através das vias descendentes. Estas constituem dois sistemas fundamentais:
-  Sistema medial: reúne as vias que controlam o equilíbrio corporal e a postura, comandando principalmente os músculos do eixo central do corpo e aqueles de ligação com os membros (ombros e pelvis).
- Sistema lateral: reúne as vias de comando dos movimentos voluntários, principalmente aqueles efetuados pelas partes mais distais dos membros (braços, mãos, pernas e pés).
• Núcleos vestibulares
– Manutenção da postura e do equilíbrio
– Localizado no bulbo
– Feixes vestíbulo-espinhais
• Formação reticular
– Mecanismos posturais
– Ocupa parte do mesencéfalo, ponte e bulbo
– Feixes reticulo-espinhais
• Núcleo rubro
– Comando motor dos membros
– Interior do mesencéfalo
– Feixe rubro-espinhal
• Colículo superior
– Reações de orientação sensório-motora
– Tectum do mesencéfalo
– Feixe tecto-espinhal
• Córtex motor primário (M1) e outras áreas adjacentes e relacionadas
– Movimentos voluntários
– Feixes córtico-espinhais
Córtex Motor
Os movimentos são planejados (voluntariamente ou não), programados e comandados por diferentes regiões do córtex motor no lobo frontal, através de um mapa ordenado de representação do corpo que garante que os neurônios motores possam comandar a força, a velocidade, a amplitude e a direção de cada movimento com a máxima precisão. Tudo isso é controlado pelo cerebelo e os núcleos da base.
- Os movimentos voluntários são controlados pelo córtex motor, por meio das vias descendentes. A motivação e as idéias necessárias para a produção dessas atividades são inicialmente organizadas em múltiplas áreas associativas do córtex cerebral e, depois, transmitida para o córtex motor suplementar e pré motor (área 6), para o desenvolvimento do planejamento motor ( identificará quais os músculos específicos que são necessários contrais, o quanto eles precisam se contrais e em que seqüência) .
- O planejamento, então, é transmitido para os motoneurônios do córtex primário (área 4). A medida que os motoneurônios superiores do córtex motor são excitado, essa atividade é transmitida para o tronco encefálico (vias descendentes) e para a medula espinhal, onde os motoneurônios inferiores são ativados e produzem a contração coordenada dos músculos apropriados. Sendo assim, por ser a região responsável pela execução dos movimentos, o córtex primário é organizado topograficamente, e essa organização é representada pelo humúnculo motor.
- As etapas e execução do planejamento são também influenciadas pelos sistemas de controle motor no cerebelo e nos núcleos da base.
Núcleos da base
O papel do núcleo da base é o de auxiliar no controle da execução dos movimentos: iniciadores e terminadores do movimento. Além disso, contribuem para as funções afetivas e cognitivas e, ainda, filtram os comandos e movimentos inadequados. 
Recebem informações de varias regiões do córtex e focalizam a atividade dessas áreas para o córtex motor pelas vias que passam pelo tálamo.
Os sinais dos núcleos da base para córtex moto são opostos e cuidadosamente combinados: a via indireta é inibitória e a via direta é excitatória (neurotransmissor inibitórioé o GABA, e o excitatório é o glutamato). Qualquer distúrbio entre essas vias perturbará o equilíbrio do controle moto, com aumento ou diminuição na atividade motora, caracterizando assim, as doenças do núcleo da base. 
As lesões dos núcleos da base geram bradicinesia (Parkinson) ou hipercinesia (movimentos incontroláveis, ex: balismo e huntington)
Cerebelo
O cerebelo regula os movimentos (coordenação da seqüência motor) faz ajustes posturais antecipatórios, tem ainda, participação importante em alguns tipos de aprendizagem motora.
 Participa da execução, complexidade, precisão, freqüência, amplitude, força, direção dos movimentos ( coletivamente conhecidos como sinergia). 
Está conectado ao tronco encefálico por três pedúnculos que contem fibras nervosas aferentes e eferentes, e possui 80% dos neurônios do SNC.
O cerebelo é subdividido em três regiões funcionais:
- Vestíbulo-cerebelo: esta relacionado ás aferências vestibulares e controla o equilíbrio, a postura e o movimento dos olhos.
- Espinocerebelo: esta relacionado as aferências da medula espinhal e controla a sinergia do movimento, ou seja, recebe informações proprioceptivas e compara com o plano motor.
- Pontocerebelo: se relacionas ás aferências cerebrais por meio dos núcleos pontinos (recebe do córtex e emite para o córtex motor via tálamo), controlam o planejamento e a iniciação dos movimentos. 
SISTEMA VESTIBULAR
O sistema vestibular é usado para manter o equilíbrio pela detecção das acelerações angulares e lineares da cabeça. Sendo assim, a informação sensorial proveniente do sistema vestibular é usada para promover uma imagem visual estável na retina (enquanto a cabeça se move) e fazer ajustes na postura para manter o equilíbrio.
Para estudarmos o sistema vestibular é necessário saber um pouco da estrutura da orelha.
Estruturas da orelha
Orelha externa: direciona as ondas sonoras para o canal auditivo. Composta pelo pavilhão auricular e pelo meato acústico externo. 
Orelha média: consiste na membrana timpânica (separa a orelha externa da orelha media) e na cadeia de ossículos auditivos (martelo, bigorna e estribo). 
Orelha interna: consiste no labirinto ósseo, onde estão os canais semicirculares (lateral, posterior e superior) e no labirinto membranoso, que é uma serie de ductos chamados de escala vestibular, timpânica e media. Essa estruturas formam a cóclea e o vestíbulo. A cóclea é uma estrutura formada por três canais espiralados contendo o órgãos de Corti ( contem as células receptoras e é o local onde ocorre a transdução).
ORGÃO VESTIBULAR
O órgão vestibular consiste em um labirinto membranoso, chamado também de vestibular, dentro de um labirinto ósseo.
O labirinto vestibular consiste em três ductos semicirculares perpendiculares entre si (horizontal, superior e posterior) e dois órgãos otolíticos (utrículo e sáculo).
Os ductos semicirculares e os órgãos otolíticos contem endolinfa no seu interior e são banhados por perilinfa (entre o labirinto membranoso e o ósseo).
Canais semicirculares
Estão dispostos perpendicularmente e são usados para detectar a aceleração angular ou rotacional da cabeça. (A disposição dos ductos garante que eles cubram os três principais eixos de rotação da cabeça).
Cada ducto preenchido por endolinfa, apresenta dilatação, apresenta dilatação em uma das extremidades, chamada ampola.
Cada ampola contém células ciliadas vestibulares (tem grande cinocilio e um feixe de estereocilio), envolvidas por uma massa gelatinosa chamada de cúpula. 
Durante a aceleração angular da cabeça, a cúpula é deslocada (em sentido contrario ao da cabeça), causando a curvatura dos cílios das células ciliadas. As fibras nervosas aferentes das células ciliadas conduzem a informação para o SNC causando a excitação ou inibição das células ciliadas. 
Cada rotação excita um lado e inibe o outro. Sendo assim, a rotação da cabeça para a direita estimula os ductos semicirculares direito e inibe os esquerdos e vice versa. 
No fim da rotação, a cúpula se move na direção contraria, causando sensação de rotação no sentido contrário. 
Órgão otolíticos
Usados para detectar aceleração linear e mudança no ângulo da cabeça.
Dentro do utrículo e do sáculo temos uma massa otolítica, composta de mucopolissacarídeos, formando a mácula, e cristas de carbonato de sódio que se sobrepõem as células ciliadas vestibulares. 
Na mácula, encontramos células de sustentação ciliadas projetadas pra dentro da massa otolítica com cristais de carbonato de cálcio. Em cada mácula existem células orientadas em varias direções :
- Quando a cabeça esta na posição ereta, as células da mácula do utrículo estão orientadas horizontalmente, e o sáculo esta orientado verticalmente.
	Quando a cabeça é inclinada, forças gravitacionais causam o deslizamento da massa otolítica ao longo das células ciliadas vestibulares, podendo curvar o estereocílio na direção do cinocilio (cílio maior) – excitação (despolarização da célula), ou na direção contrária – inibição (hiperpolarização da célula). Cada movimento excita um lado e inibe o outro.
VIAS VESTIBULARES E REFLEXOS
Para cada uma das funções do sistema vestibular há uma via correspondente, de tal forma que para estabilizar a imagem na retina há o reflexo vestíbulo-ocular, para o controle postural existem as vias vestíbulo-espinhais e reticulo-espinhais e para a percepção de movimento e de posição da cabeça no espaço a informação vestibular chega a áreas específicas do córtex cerebral. 
Núcleo vestibular 
- Coordenam e integram informações sobre o movimento da cabeça e corpo
- Ajudam no ajuste da posição da cabeça, olho e corpo
- Nervo vestibular faz conexão com o núcleo vestibular e cerebelo. Recebe do cerebelo proprioceptores e informação visual.
- Núcleo vestibular projeta para: tálamo → Córtex ( área da face em M1 e S1) → via vestíbulo espinhal ( manutenção da postura e equilíbrio) → neurônios do tronco e pescoço ( orientação da cabeça).
Reflexo vestíbulo-ocular
- Canais semicirculares detectam o movimento da cabeça e comandam movimento compensatório dos olhos na direção oposta
- Mantém os olhos em determinada direção e a imagem estável na retina
- Núcleo vestibular → núcleos motores dos nervos cranianos III, IV e VI → controle dos movimentos oculares
Controle da postura e equilíbrio 
- Contra a gravidade
 - Controle do Tônus muscular: contração permanente dos músculos
- Controle das Reações posturais: de sustentação, endireitamento, tônicas, saltatórias, posicionamento (impedir a queda)
Aferências sensoriais para o núcleo vestibular: Aparelho Vestibular , Estímulos oculares, Cerebelo, Estímulos proprioceptivos( fusos musculares, orgãos tendinosos de Golgi)
Eferências motoras: 
• Vias descendentes mediais regulam a sensibilidade do fuso muscular da musculatura axial
• Núcleo Vestibular → Vias vestíbulo-espinhais (involuntário)
 • Córtex → Vias retículo-espinhais (voluntário, reações antecipatórias de ajuste postural) 
• Vias descendentes mediais → Motoneurônios γ → fuso muscular da musculatura axial e proximal dos membros
Efetores: 
 • Reflexo vestíbulo-ocular: Núcleo Vestibular → núcleos motores do globo ocular
 • Reflexo de estiramento: circuito arco-reflexo 
- Estiramento ativa fuso muscular → neurônio sensorial → medula → motoneurônios α → contração do músculo
SISTEMA NERVOSO AUTONOMO
 
Sistema involuntário que controla e modula basicamente a função das vísceras
Controle hipotalâmico e do sistema límbico (controle visceral das emoções)
Sistema de integração (reflexos autonômicos): monitora a pressão sanguínea, controle químico da respiração, regula a digestão e salivação, controla a entrada de luz pela pupila (midríase- dilatação e miose- fechamento)
 
Cada via, no SNA, consiste em dois neurônios:
Neurônio pré-ganglionar:
Corpo celular se situa no SN
Os axônios fazem sinapse com os corpos celulares dos neurônios pós- ganglionares.
Liberam acetilcolina (ACh) - colinérgicos
Neurônio pós-ganglionar 
Corpo celular localizado forado SNC.
Os axônios dirigem-se para a periferia , onde fazem sinapse nos órgãos efetores viscerais.
Podem liberar ACh (colinérgicos) ou norepinefrina (adrenérgicos).
O SNA apresenta duas divisões principais: a simpática e a parassimpática, que, frequentemente complementam uma a outra na regulação do funcionamento dos órgãos.
Órgãos-alvos: Possuem dupla inervação - ação antagônica.
Exceto: gls. sudoríparas, tecido adiposo e vasos sanguíneos (estes só possuem inervação simpática)
 
OBS: Os neurônios pós ganglionares  que inervam os tecidos-alvo formam redes de ramificações difusas. Pequenas dilatações ou varicosidades, ocorrem ao longo desse ramos e são os locais de síntese, armazenamento e liberação de neurotransmissores.
 
SITEMA NERVOSO SIMPÁTICO
Função: mobilizar o corpo para a atividade.
Resposta de luta ou fuga: Quando uma pessoa é exposta á situação de estresse, o sistema nervoso simpático é ativado com uma resposta conhecida por “luta-ou-fuga”, que inclui o aumento da pressão arterial, do fluxo sanguíneo para ativar os músculos, do metabolismo, da concentração de glicose no sangue, da ventilação, da atividade cerebral e do estado de alerta, da dilatação da pupila, salivação mucosa (xerostomia). Além disso, há também a diminuição da motilidade e das secreções gastrointestinais (contração do esfíncter).
Atua de modo continuo , para modular a ação de vários órgão como o coração, vasos sanguíneos trato gastrointestinal, brônquios e gls. sudoríparas.
Origem dos neurônios pré-ganglionares: núcleos nos segmentos torácicos e lombar da medula espinhal. Mais precisamente T1-L3, por isso a essa divisão é chamada de toracolombar.
Localização dos gânglios autônomos: ficam situados na proximidade da medula espinhal, na cadeia paravertebral (conhecida como cadeia simpática) ou nos gânglios pré-vertebrais.
Gânglio cervical superior: se projeta para órgãos da cabeça, tais como, olhos e gls. salivares.
Gânglio celíaco: se projeta para o estomago e intestino delgado
Gânglio mesentérico superior: se projeta para o intestino delgado e grosso.
Gânglio mesentérico inferior: se projeta para a porção mais distal do intestino grosso, anus, bexiga e genitália.
 
Funcionamento do sistema simpático: Os neurônios pre-ganglionares simpáticos se originam em núcleos da medula taracolombar e se projetam para os gânglios paravertebrais da cadeia simpática ou para a serie de gânglios pré-vertebrais. Desse modo, uma categoria do neurônio pré-ganglionar faz sinapses nos neurônios pós-ganglionares da cadeia simpática. A outra categoria de neurônios pré ganglionares atravessa a cadeia simpática sem fazer sinapse e continua indo fazer sinapse em um gânglio pré-vertebral. Nos gânglios, os neurônios pré-ganglionares fazem sinapses com os neurônios pós ganglionares, que então se dirigem para a periferia para inervar os órgãos efetores.
 
Comprimento dos axônios: Pré ganglionares - curtos
                                                  Pós ganglionares - longo
Neurotransmissores e tipos de receptores:
Neurônios pré- ganglionares: colinérgicos, liberam ACh que interagem com os receptores nicotínicos nos corpos celulares dos neurônios pós ganglionares.
Neurônios pós ganglionares: adrenérgicos em todos os órgãos efetores, liberam noradrenalina (norepinefrina), exceto nas gls. sudoríparas, músculo esquelético e vasos sanguíneos, em que os neurônios são colinérgicos.
 
Medula supra-renal (adrenal): é um gânglio simpático especializado, cujos neurônios pre-ganglionares se originam na medula espinhal torácica , passam pela cadeia simpática e pelo gânglio celíaco sem fazer sinapses e seguem pelo nervo esplâncnico maior ate a medula adrenal, onde fazem sinapses com células cromafins e liberam ACh que ativa os receptores nicotínicos. Quando ativadas, essas células secretam catecolaminas (epinefrina -80% e norepinefrina - 20%) na circulação sanguínea. Ao contrario dos neurônios pós-ganglionares simpático que liberam apenas norepinefrina.
 
SISTEMA PARASSIMPÁTICO 
Função: restauradora, para conservar energia (sistema anabólico)
Origem dos neurônios pré ganglionares: se originam nos núcleos dos nervos cranianos (NC) III - nervo ocolo motor, VII - nervo facial, IX - nervo glosso faríngeo e X-nervo vago, e dos segmentos S2-S4 as medula espinhal sacral, por esse motivo a divisão parassimpática é chamada de craniossacral.
Localização dos gânglios autônomos: se situam, próximos, junto ou mesmo no interior dos órgãos efetores.
Os neurônios pré-ganglionares da divisão parassimpática têm os seus corpos celulares situados no tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) ou na medula espinhal sacral. Os axônios pré ganglionares se projetam para uma serie de gânglios, situados na proximidade ou no próprio órgão efetor.
Comprimento dos axônios: Pré ganglionares - longos
                                                 Pós ganglionares - Curtos
Neurotransmissores e tipos de receptores:
Neurônios pré ganglionares: assim como na divisão simpática, todos os neurônios pré ganglionares são  colinérgicos, liberam ACh que interagem com os receptores nicotínicos nos corpos celulares dos neurônios pós ganglionares.
Neurônios pós ganglionares: são todos colinérgicos. Os receptores para ACh nos órgãos efetores são mais receptores muscarínicos do que nicotínicos.
 
IPP: Receptores colinérgicos:
Nicotínicos (eonotrópicos): encontrados na placa motora dos músculos esqueléticos, em todos os receptores dos neurônios pós ganglionares do sistema simpático e parassimpático, e não células cromafins da medula adrenal.
Muscarinicos (metabotrópicos): encontrados em todos os órgãos efetores do sistema nervoso parassimpático - coração, trato gastrointestinal, nos bronquíolos, na bexiga e nos órgãos sexuais masculinos. São também encontrados em alguns órgãos efetores do simpático como as gls. sudoríparas.
 
INERVAÇÃO AUTONOMA DOS SISTEMAS DE ORGÃOS
A maioria dos órgãos tem inervação simpática e parassimpática. Essas inervações operam reciproca ou sinergicamente para produzir respostas coordenadas. Como é o caso das glândulas salivares:
 Inervação simpática: secreção saliva mucosa, viscosa, e pouco abundante ; aumenta a vaso constrição e diminui  o fluxo de sangue e do tônus vasodilatação.
Inervação parassimpática: secreção salivar serosa, fluida e abundante; aumenta a vasodilatação e o fluxo de sangue (bradicinina - calecreína ) e aumento do tônus vasoconstrição.

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