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Empresarial Resumo Teoria Geral e Titulos de Créditos

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Magistratura e MP 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Empresarial 
 Professor: Marcelo Iacomini 
Aulas: 03 e 04 | Data: 17/02/2016 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
TEORIA GERAL 
 
1. Empresário (cont.) 
1.1. Espécies de empresário 
 
 
@Mpiacomini 
 
TEORIA GERAL 
 
 
1. Empresário (cont.) 
 
Em nossa última aula, estudamos o conceito de empresário. Iniciamos, ainda, a análise das atividades que não são 
consideradas empresariais. 
 
Não são atividades empresariais: 
a) Atividades intelectuais de natureza científica, artísticas ou literárias, ainda que haja colaboradores. 
b) Exercente da atividade rural 
 
Hoje daremos continuidade a nosso estudo. Iniciaremos vendo quais outras atividades não são consideradas 
atividades empresariais: 
 
c) Sociedade Simples (art. 977, CC) 
A sociedade simples é um tipo de sociedade que abriga todas as sociedades não empresariais, mormente a 
atividade intelectual. 
Serve para abrigar toda a sociedade que não é empresarial. 
 
CC/02 - Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si 
ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da 
comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. 
 
 
d) Cooperativa (art. 1093 CC) 
A cooperativa, apesar de não ser atividade empresarial, é registrada na Junta comercial. 
O art. 32, inc. II, a, da Lei 8934/94 determina que os atos constitutivos da cooperativa sejam registrados na junta 
comercial, mas é uma sociedade não empresária/não empresarial. 
 
CC/02 - Art. 1.093. A sociedade cooperativa reger-se-á pelo disposto 
no presente Capítulo, ressalvada a legislação especial. 
 
Lei 8934/94 - Art. 32. O registro compreende: 
 
 
 
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II - O arquivamento: 
a) dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e 
extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e 
cooperativas; 
 
e) Todas as atividades que não visam lucro. 
Ex.: partidos políticos, fundações, organização religiosa. 
 
1.1. Espécies de empresário 
 
Em nossa 1ª aula falamos do empresário lato sensu. Ocorre que temos 3 tipos de empresário. O empresário é um 
gênero que abrange 3 espécies: 
 
a) Empresário propriamente dito (art. 972 e seguintes CC) 
b) Sociedade empresária (art. 981 e seguintes CC) 
c) EIRELI (art. 980, a, CC) 
Vamos aprofundar cada uma dessas espécies. 
a) Empresário propriamente dito (art. 972 e seguintes CC) 
Pessoa física que exercerá uma atividade empresarial em nome próprio, respondendo com todo o seu patrimônio 
pelas dívidas que vier a contrair, sejam elas de natureza empresarial ou não. 
(no direito brasileiro o empresário não possui o fenômeno da dupla personalidade). 
Obs.: mesmo que ele tenha um CNPJ, ele permanece sendo pessoa física. O CNPJ auxilia na parte tributária, para 
fins de recolhimento de tributos. O CNPJ não basta para torná-lo PJ. 
 
 Disciplina legal do empresário 
 Art. 972, CC 
Estabelece o artigo que para ser empresário, a pessoa deve estar em pleno gozo da capacidade civil e não deve 
haver impedimento legal. 
Ou seja, é necessário que a pessoa tenha pleno discernimento. 
 
CC/02 - Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que 
estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente 
impedidos. 
Empresário
a) Empresário 
propriamente 
dito
b) Sociedade 
empresária
c) Eireli
 
 
 
 Página 3 de 6 
 
 
Regra: se a pessoa não for plenamente capaz, ela NUNCA pode INICIAR a atividade empresarial, nem por meio de 
representante, nem por auxílio de assistente (pois mesmo que ele seja representado, o patrimônio permanecerá 
sendo o do incapaz). O dispositivo (972) visa proteger o patrimônio do incapaz. 
 
E os impedimentos? 
Há impedimentos e esses podem ser de duas espécies: 
a) Em razão do cargo 
Exemplos: 
- juiz de direito; 
- promotor de justiça; 
- funcionários públicos. 
- militares na ativa, etc. 
Obs.: Juiz pode ser sócio? Sim. Pode ser até cotista de ltda. O que ele não pode é ser empresário. 
b) Em razão de sentença judicial 
Ex.: os declarados falidos. 
 
 Art. 973, CC 
As pessoas legalmente impedidas de exercerem atividade empresarial ficarão obrigadas por responder pelas 
obrigações contraídas. 
 
CC/02 - Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade 
própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações 
contraídas. 
 
 Art. 974, CC 
 
CC/02 - Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou 
devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele 
enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. 
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após 
exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da 
conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada 
pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor 
ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. 
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz 
já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que 
estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que 
conceder a autorização. 
§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas 
Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de 
sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma 
conjunta, os seguintes pressupostos: (Incluído pela Lei nº 12.399, de 
2011) 
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; 
(Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011) 
 
 
 
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II – o capital social deve ser totalmente integralizado; (Incluído pela Lei 
nº 12.399, de 2011) 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o 
absolutamente incapaz deve ser representado por seus 
representantes legais. (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011) 
 
O legislador permite que o incapaz possa continuar o exercício da atividade empresarial por meio de um 
representante. Isso poderá ocorrer em duas situações: 
a) Incapacidade superveniente 
b) No caso de morte do empresário que deixa herdeiros ou sucessores incapazes. 
 
Para que a continuidade seja possível, devem estar presentes 3 requisitos: 
a) O representante legal deverá solicitar uma autorização judicial para o juiz competente; 
b) O juiz avaliará os riscos da atividade para o incapaz e se a continuidade é conveniente (parágrafo 1º do 974); 
c) Se o juiz autorizar, ele deverá separar o patrimônio do incapaz como forma de proteger o incapaz na hipótese 
de insucesso no exercício da atividade. (art. 974, parágrafo 2º) 
Obs.: o juiz separará os bens que não estiverem ligados ao exercício da atividade. 
Obs.: A autorização judicial deve ser arquivada na junta comercial, para que as pessoas possam tomar 
conhecimento disso. 
 
 Art. 975, CC 
 
CC/02 - Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for 
pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de 
empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes. 
§ 1o Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em 
que o juiz entender ser conveniente. 
§ 2o A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do 
menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes 
nomeados. 
 
Obs.: art. 975, parágrafo 2º  responsabilidade do representante na nomeação do gerente. 
 
 Art. 978, CC 
 
CC/02 - Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de 
outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os 
imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus 
real. 
 
O art. 978 do CC se refere ao empresário pessoa física e tem por objetivo dar agilidade à atividade empresarial, 
prestigiando à prática mercantil.Este dispositivo permite que o empresário casado, sob qualquer regime 
matrimonial possa vender imóveis, sem o consentimento do cônjuge, desde que este imóvel esteja sendo utilizado 
no exercício da atividade empresarial (atividade desenvolvida pelo empresário). 
 
Obs. vide o enunciado 6º da 1ª jornada de direito comercial. 
 
 
 
 
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Enunciado 6º da 1ª jornada de direito comercial 
 
6. O empresário individual regularmente inscrito é o destinatário da 
norma do art. 978 do Código Civil, que permite alienar ou gravar de 
ônus real o imóvel incorporado à empresa, desde que exista, se for o 
caso, prévio registro de autorização conjugal no Cartório de Imóveis, 
devendo tais requisitos constar do instrumento de alienação ou de 
instituição do ônus real, com a consequente averbação do ato à 
margem de sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis 
 
 
b) Sociedade empresária (art. 981 e seguintes, CC) 
 
As sociedades empresariais adquirirão personalidade jurídica quando seu contrato social for levado a registro no 
órgão competente (art. 985, CC). No entanto, o surgimento da sociedade é algo que precede o registro. A sociedade 
no direito brasileiro surge no momento em que haja o acordo de vontade entre os sócios (no momento da 
confecção do contrato social) 
 
CC/02 - Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a 
inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos 
constitutivos (arts. 45 e 1.150). 
 
Obs.: a sociedade que não tiver personalidade jurídica, pois o seu contrato social não foi levado a registro poderá, 
no entanto, estar ativa ou passivamente em juízo, pois ela possui a chamada capacidade processual. 
 
CPC/73- Art. 12. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: 
I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, por seus 
procuradores; 
II - o Município, por seu Prefeito ou procurador; 
III - a massa falida, pelo síndico; 
IV - a herança jacente ou vacante, por seu curador; 
V - o espólio, pelo inventariante; 
VI - as pessoas jurídicas, por quem os respectivos estatutos 
designarem, ou, não os designando, por seus diretores; 
VII - as sociedades sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem 
couber a administração dos seus bens; 
VIII - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou 
administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no 
Brasil (art. 88, parágrafo único); 
IX - o condomínio, pelo administrador ou pelo síndico. 
§ 1º Quando o inventariante for dativo, todos os herdeiros e 
sucessores do falecido serão autores ou réus nas ações em que o 
espólio for parte. 
§ 2º - As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, 
não poderão opor a irregularidade de sua constituição. 
 
 
 
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§ 3º O gerente da filial ou agência presume-se autorizado, pela pessoa 
jurídica estrangeira, a receber citação inicial para o processo de 
conhecimento, de execução, cautelar e especial. 
 
 Sociedade em espécie 
Há 7 sociedades empresárias. 
 
a) Sociedade em comum (art. 986, CC) 
É uma sociedade despersonificada, pois o seu contrato social não foi levado a registro em nenhum órgão. 
(ela também pode exercer atividade não empresarial). 
 
CC/02 - Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-
se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto 
neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem 
compatíveis, as normas da sociedade simples. 
Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do 
qual os sócios são titulares em comum. 
 
Não tem nome empresarial por falta do registro. Embora não tenha personalidade jurídica, a sociedade terá um 
patrimônio especial, do qual os sócios serão titulares em comum (art. 988, CC) 
 
Por não ter registro, os sócios terão responsabilidade solidária e ilimitada, embora os sócios tenham direito ao 
chamado benefício de ordem, salvo aquele que contrato em nome da sociedade.

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