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ANATOMIA VETERINÁRIA GERAL Profa. Dra. Marta Luppi Professora Marta Luppi Graduada em Medicina Veterinária pela Unifeob – São João da Boa Vista – 1991; Mestre em Medicina Veterinária – Programa de Pós Graduação em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres – FMVZ – USP – 2002; Doutora em Ciências - Programa de Pós Graduação em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres – FMVZ – USP – 2006; Professora de Anatomia Animal desde 2004; Professora de Anatomia Humana desde 2010; Área profissional: Anatomia Comparada e Clínica Médica de Pequenos Animais. Conteúdo Programático da Disciplina Aspectos históricos do estudo da anatomia; Conceitos introdutórios de anatomia; Cavidade corpóreas e serosas; Morfologia do aparelho locomotor: Ossos, articulações e músculos; Neuroanatomia aplicada ao aparelho locomotor. Anatomia veterinária é comparada entre os mamíferos domésticos! Animais Domésticos Equinos; Ruminantes: Bovinos e pequenos ruminantes (ovino e caprino); Suínos; Carnívoros: cães e gatos. Aulas teóricas Aulas práticas – turma dividida – no laboratório de Anatomia: Obrigatório uso de jaleco de manga longa (EPI); Luvas de procedimento; Calça comprida; Sapatos fechados – cobrindo o peito do pé; Cabelo longos devem estar presos; Não usar colares e/ou brincos compridos; Não utilizar lentes gelatinosas no laboratório; Alunas gestantes – conversar com professora. Não se permite uso de boné, chapéu ou similares, sapatilhas, rasteirinhas, bermudas ou saias). Material do laboratório Cadáveres de animais doados pelos tutores para estudo; Nenhum animal é eutanasiado para uso em ensino no curso de medicina veterinária da PUC-Campinas; Lembrar que esse cadáver merece respeito – não serão admitidas brincadeiras com os cadáveres ou partes deles; As peças são devidamente preparadas para sua finalidade; Ossos são macerados; Partes moles são fixadas em solução de formol a 10% e dissecadas – dependendo do objetivo de aprendizagem da aula. Bibliografia Básica ARAÚJO, J. C. Anatomia dos Animais Domésticos - Aparelho Locomotor. 1 ed. Ed. Manole, São Paulo, 2002. 179p. DYCE, K. M.; SACK, W. O. e WENSING, C. J. G. Tratado de Anatomia Veterinária. 4.ed. Ed. Elsevier Science, Rio de Janeiro, 2010.834p. KÖNIG, H. E. e LIEBICH, H. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido. 4.ed. Ed. Artmed. Porto Alegre, 2011. 788p. Bibliografia Complementar ASHDOWN, RAYMOND R. DONE, STANLEY H. Atlas colorido de anatomia veterinária de equinos. 2ª, ELSEVIER. 2012. BUDRAS, KLAUS-DIETER; MCCARTHY, PATRICK H. Anatomia do cão. 5 ed. Ed. Manole. 2012. 228p. DONE, S. H., GOODY, P. C.; EVANS, S. A.; STICKLAND, N. C. Atlas colorido de anatomia veterinária do cão e gato. 3 ed. Ed Elsevier Science, Rio de Janeiro, 2010. 527p. GETTY, R.; SISSON & GROSSMAN. Anatomia dos animais domésticos. 5ª ed. Rio de Janeiro, Interamericana. Vol. I e II, 1986. POPESKO, P. Atlas de anatomia topográfica dos animais domésticos. 5. Ed. São Paulo: Manole, 2012. WILKE, W. L.; FAILS, A. D.; FRANDSON, R. D. Anatomia e fisiologia dos animais da fazenda. 7. ed. Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2011. 472p. CONTRATO SAGRADO PEDAGÓGICO Orientações gerais para as AULAS: Silêncio em sala de aula!! – do seu silêncio depende o início ou reinício da aula (persistindo o barulho, a aula será encerrada e considerada concluída) Horário de entrada: início da aula Caso haja imprevisto e precise entrar após a aula ter iniciado – entre em silêncio! Orientações gerais para as AULAS: - Saída, se necessária, em absoluto silêncio – sua saída incomoda os demais alunos (faça o que precisar fazer nos intervalos entre as aulas!!) Proibido o uso do aparelho celular durante as aulas!! – uma em cada 500 chamadas é verdadeiramente inadiável Avaliações Serão realizadas 2 provas teóricas e 2 provas práticas; Provas práticas: individuais, escritas, no esquema de “mercadinho” – peças serão setadas e distribuídas nas mesas; Os alunos irão rodar nas mesas, respondendo colocando no papel o nome das estruturas anatômicas setadas. Faremos um simulado antes da prova!! Sem pânico – estudando – tudo vai dar certo! Dúvidas?? "Prezado Professor, sou sobrevivente de um campo de concentração. Meus olhos viram o que nenhum homem deveria ver. Câmaras de gás construídas por engenheiros formados. Crianças envenenadas por médicos diplomados. Recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas. Mulheres e bebês fuzilados e queimados por graduados de colégios e universidades. Assim tenho minhas suspeitas sobre a Educação. Meu pedido é: ajude seus alunos a tornarem-se humanos. Seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou psicopatas hábeis. Ler, escrever e saber aritmética só são importantes se fizerem nossas crianças mais humanas". Texto foi encontrado após a Segunda Guerra Mundial, num campo de concentração nazista. Anatomia - grego Ana = em partes tomia = cortar em partes Ciência que estuda, macroscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres vivos; através principalmente da dissecação de peças previamente fixadas em soluções apropriadas. Dissecação – latim Dis = separar Secare = cortar Morfologia Nome mais indicado Atualmente não se estuda anatomia somente por meio da dissecação Histórico Anatomia como ciência – Grécia Hipócrates (460 a.C.), Aristóteles e seus discípulos 4 humores: sangue, muco, bile, bile negra – a personalidade e as doenças – resultados de desacertos dos humores Mais antigo relato de dissecação – 287 a.C. Anatomia humana e anatomia animal – juntas Dissecação de animais precedeu a de seres humanos Proibição de dissecação humana – abuso a violação de cadáveres Muitos estudiosos dissecavam animais e descreviam como sendo partes do corpo humano; Galeno (131 a 201 d.C.) – fez muito isso – retardou aparecimento da anatomia científica; Idade média (século V ao XV) – rígidos preceitos morais e religiosos – teorias de Galeno foram tidas como verdadeiras durante todo esse tempo; O corpo era inviolável! Chegada do renascimento – século XV → mudanças; Idade média = Teocentrismo Renascimento = razão e a natureza passam a ser valorizadas Cientistas passam a utilizar métodos experimentais; Michelângelo, Leonardo da Vinci e Rafael – grande interesse pela estrutura do corpo humano. Anatomia Humana Lição de Anatomia do Prof. Tulp - O Olhar de Rembrant Surge o maior anatomista da época – médico Andreas Vesalium – contestador de Galeno Dissecou muitos cadáveres e publicou em 1543: “De Humani Corporis Fabrica” - 1° Tratado Anatômico baseado em observações direta do corpo humano e não no livro de Galeno. Século XVII – microscópio – estudo microscópio da anatomia Uso dos cadáveres desmistificado – estudos cada vez melhores. Terminologia Anatômica Escolas anatômicas na França, Itália, Inglaterra e Alemanha davam nomes diferentes para estruturas iguais!! Necessidade de uniformização – 1895 → 1° nomenclatura oficial; Conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes; 1967, houve um congresso em Viena, onde foi firmado um acordo denominado NAV (Nomina Anatômica Veterinária). Nomenclatura Anatômica Caráter dinâmico – pode ser modificada – desde que aprovada pelo comitê Termos em latim (língua extinta, sem risco de alterações) – tradução na língua vernácula Formas de Estudo da Anatomia Anatomia Sistêmica – estuda os diferentes conjuntos de órgãos separadamente (Digestório, respiratório, locomotor, etc...); Anatomia Topográfica – estuda as diferentes regiões corpóreas (cervical, torácica, abdominal, etc...); Anatomia Radiológica – estuda por meio de imagens; Anatomia Comparada – compara diferentes espécies Anatomia Antropológica – diferentes grupos étnicos, na medicina veterinária – as raças. Conceitos Introdutórios ao Estudo da Anatomia Normalidade, Variação, Anomalia e Monstruosidade Normalidade = padrão que ocorrena maioria dos casos, + freqüente estatisticamente Ex: coração – normalmente se localiza na região do mediastino médio Variação Diferenças morfológicas entre os indivíduos ou órgãos – sem prejuízo para função! Fatores Gerais de Variação: 1 – Idade: feto, puberdade, jovem, adulto, velho; 2 – Gênero: Homens e mulheres; 3 – Raça: grupos étnicos; 4 – Biotipo: indivíduos de diferentes tipos constitucionais: Longelíneo, brevelíneo e mediolíneos. Longilíneo, Brevilíneo e Mediolíneo Cavalo Puro Sangue inglês – Longelíneo Cavalo Mangalarga - Mediolíneo Bretão Percheron Brevelíneos Normalidade Variação Anomalia Monstruosidade Anomalia Variações morfológicas com perturbações funcionais Ex: Lábio leporino, dedos supranumerários Normalidade Variação Anomalia Monstruosidade Monstruosidade Anomalia muito acentuada – em geral incompatível com a vida Ex: Agenesia de encéfalo "Projeções: MÉDIO-LATERAL E CRÂNIO-CAUDAL” Pelo estudo radiográfico de controle pós-cirúrgico, nota-se presença de implantes metálicos – placa associada a seis parafusos e um parafuso transfixante intra-ósseo – coaptando os segmentos fraturados em terço médio de fêmur, com desvio angular de eixo ósseo dos segmentos fraturados e encurvamento do corpo da placa. O segundo parafuso em sentido próximo-distal se apresenta transpassando a cortical óssea femoral medial, apresentando um halo osteolítico junto a sua inserção óssea compatível com metalose focal. O quarto parafuso em sentido próximo-distal se apresenta adjacente ao foco de fratura femoral. Presença de discreta reação periosteal homogênea na face médio-caudal do foco de fratura proximal. Posição Anatômica Planos de Delimitação Plano cranial Plano caudal Plano ventral Plano dorsal Plano lateral direito Plano lateral esquerdo Eixos 1) Eixo dorso-ventral 2)Eixo crânio-caudal 3)Eixo Latero-lateral ou Transversal Formados a partir dos planos de delimitação Eixos e planos de construção Crânio Caudal Dorso Ventral Lateral Lateral Os eixos quando deslocados → formarão os planos de secção: Plano Mediano Plano Horizontal Plano Transversal 1) Plano Mediano: divide o corpo em metade direita e esquerda. Eixo dorso-ventral e cranio-caudal Divide em antímeros OBS: Planos sagitais são planos pararelos ao plano mediano: corte sagital. PLANOS DE SECÇÃO PLANOS DE SECÇÃO 2) Plano Horizontal (dorsal): divide o corpo em metade dorsal e ventral, sendo longitudinal. Eixo latero-lateral c/ eixo crânio-caudal Divide o corpo em Paquímeros – dorsal e ventral PLANOS DE SECÇÃO: 3) Plano Transversal: divide o corpo em metade cranial e caudal. Eixo dorso-ventral c/ eixo latero-lateral Divide o corpo em metâmeros Planos e Eixos determinam os termos de direção e posição
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