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REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0130 Título SEMANA 4 Descrição NADA DE DESCULPAS E MÃOS À OBRA! Os objetivos de cada operador do Direito são diferentes, porque o representante de uma parte envolvida, por exemplo, não poderá narrar os fatos de um caso concreto com a mesma versão da parte contrária. Desse modo, o juiz deve sempre analisar os dois pontos de vistas apresentados pelas partes: Leia os casos concretos abaixo e responda às questões sobre fatos/versões propostas ao final de cada um deles: Caso Concreto 1 O réu subtraiu do estabelecimento comercial Andorinha dois pacotes de biscoitos e um queijo minas. O réu agiu em estado famélico porque passava por necessidade financeira em decorrência de estar desempregado, sem qualquer condição de subsistência e esse fato que lhe forçou à execução do pequeno delito, mas sem uso de qualquer violência. Questão 1 A linguagem forense utilizada pelo advogado na versão dos fatos no caso em questão teve como objetivo produzir uma certa reação emocional no receptor (juiz) por meio e uma engenhosa seleção vocabular. Comente, em até 6 linhas, a escolha lexical intencional do advogado na exposição dos fatos, considerando os valores semânticos de algumas palavras utilizadas na construção desse parágrafo. O advogado da parte Ré, tendo pretensão de defender seu cliente, escolheu mencionar o “estado famé lico” de fo rma justificada pelos modalizadores “necessidade financeira”, “em decorrência do desemprego”. Nota-se também, a especificação do s itens subtraídos para dar ideia de bagatela “dois pacotes de biscoito e um queijo minas” em favor do réu Caso Concreto 2 O empregador alegou que a cópia dos arquivos no pen drive do empregado- analista de sistema-, independentemente da falha ocorrida no computador dele, poderia ter sido feita em dispositivo que era fornecido pela empresa. O empregador afirmou que, após a auditoria interna em que foi constatada a cópia dos arquivos, veio a demissão por justa causa por quebra de confiança. A empresa disse, ainda, que os dados eram sigilosos e que houve quebra de confiança. O empregador alegou que a cópia dos arquivos no pen drive do empregado- analista de sistema -, independentemente da falha o corrida no computador de le, poderia ter sido feita em dispositivo que era fornecido pela empresa. O empregador afirmou que, após a auditoria interna em que f oi constatada a cópia dos arquivos, veio a de missão por justa causa por quebra de confiança. A empresa disse, a inda, que os dados eram sigilosos e que houve quebra de confiança. Questão 2 A partir do resumo do caso concreto 2, redija uma breve narrativa jurídica a favor da parte Ré. O eficiente empregado – analista de sistemas – em prol da segurança de seu árduo trabalho, não avaliou as circunstâncias rígidas da empresa em que trabalha, cometendo o singelo ato de salvar dados no pen drive p essoal – visto que poderá ocorrer falha na sua ferramenta de trabalho e a alternativa oferecida pela empresa não é eficaz (não há espaço suficiente). Não f oi cabível a retirada do funcionário do quadro da empresa por quebra de confiança uma vez que o analista não divulgou os dados supostamente Caso Concreto 3 Mateus foi denunciado porque, em agosto de 2015, supostamente teria se dirigido à residência de Maísa e a constrangido a com ele manter conjunção carnal, resultando assim na gravidez da suposta vítima, conforme laudo de exame de corpo de delito. Narra ainda a Inicial que, embora não se tenha se valido de violência real ou de grave ameaça para a prática do ato, o réu teria se aproveitado do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência ao propósito criminoso, assim como de validamente consentir, por se tratar de deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. Questão 3 A partir do resumo do caso concreto 3, produza uma breve narrativa jurídica a favor da parte Ré. Avaliação É importante lembrar que a narrativa realizada pela parte Ré normalmente é mais difícil, porque tem o compromisso de enfrentar pontualmente cada ponto suscitado pela parte autora. Em agosto de 2015, a parte Ré, denominada Mateus, de 20 anos de idade, teve relações sexuais consentidas p ela sua namorada, Maísa, de 19 anos. Ambos compartilhavam de relacionamento afetivo – embora os pais da jovem não apreciassem o namoro da filha, segundo a parte Ré – de m ais d e 6 meses. O rap az alega ter sido convidado pela moça a ter relações. Ademais, não fo i realizada a perícia p ara que avaliasse seu grau de debilidade. Mediante a isso, não há do que se falar em constrangimento previsto no art. 213 do CP, tão pouco estupro de vulnerável no art. 217-A do CP Caso Concreto 1 Questão 1 O réu agiu em estado famélico porque passava por necessidade financeira em decorrência de estar desempregado, sem qualquer condição de subsistência e esse fato que lhe forçou à execução do pequeno delito, mas sem uso de qualquer violência. O advogado da parte Ré, tendo pretensão de defender seu cliente, escolheu mencionar o “estado famé lico” de fo rma justificada pelos modalizadores “necessidade financeira”, “em decorrência do desemprego”. Nota-se também, a especificação do s itens subtraídos para dar ideia de bagatela “dois pacotes de biscoito e um queijo minas” em favor do réu. Caso Concreto 2 Questão 2 O empregado assegurou que resolveu salvar os arquivos em pen drive depois de ter havido uma falha no seu computador, por estar preocupado com a possibilidade de perda daquelas informações, ou seja, por medida de segurança. O Réu afirmou desconhecer que se tratava de conduta grave. O empregado disse também que não sabia dessa proibição, que as informações sobre esse tipo de conduta não foram compartilhadas com ele e que jamais poderia imaginar que sua conduta preventiva de um dano futuro pudesse resultarlhe em uma justa causa por quebra de confiança. A analista afirmou também que a falta não teria sido tão grave a ponto de ensejar a justa causa, pois não causou prejuízo algum à empresa. foi acusado injustamente de ter efetuado em seu pen drive pessoal cópias de arquivos interno s da empresa. Oco rre que após falha ocorrida em seu computador , e não tendo a se u alcance o dispositivo que era fornecido pela empresa , o mesmo não tendo outra opção para salva r o s arquivos e por medo de que ocorresse a perda total dos arquivos , salvo os arquivos em seu pen drive, o que descaracteriza a quebra de confiança alegada p ela empresa p ara justificar a sua demissão . Caso Concreto 3 Questão 3 O Réu desconhecia a alegada condição de tratar-se a vítima de débil mental, sendo este um dos requisitos previstos em lei para que se presuma a violência, não podendo esta ser presumida. Matheus não pode ser acusado pela prática do crime ,já que o mesmo não tinha ciência de que Maísa era incapaz, e uma vez que ,Maíza quem o convidou para sua residencia .O que reconfigura a prática de crime , pois Matheus acreditou tratar-se de uma relação normal entre duas pessoas. Não sendo a debilidade aparente e, portanto, desconhecida pelo Réu, os atos sexuais, nas circunstâncias em que foram praticados, deram-se de forma não criminosa por manifesta atipicidade. Observação Art. 224 do CP: Presume-se a violência, se a vítima: [...] b) é alienada ou débil mental, e o agente conhecia esta circunstância. Resposta aberta. Produção textual o aluno. Desenvolvimento
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