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* Profa Dra Glauce Araujo * * O edema é formado quando o volume do líquido intersticial excede a capacidade dos linfáticos de retorná-lo para a circulação pelo excesso de filtração ou comprometimento linfático * * * * * Embolia Definição: É a oclusão de um vaso (parcial ou total) por uma massa (êmbolo) transportada na circulação sanguínea. Êmbolo: Massa sólida, líquida ou gasosa intravascular desprendida, que é levada pelo sangue a um local distante do seu ponto de origem. * Tromboembolia pulmonar – Embolo alojado em artéria pulmonar * * Fatores que favorecem a formação de trombos 1- Retardo do fluxo sanguíneo Insuficiência cardíaca Vasodilatação Aumento da viscosidade do sangue Atrofia muscular (pacientes acamados) 2- Aceleração do fluxo (turbulência) – Lesão do endotélio - permite o contato das plaquetas com a parede vascular Aneurisma (causa turbulência) Defeitos cardíacos congênitos (valvopatias) Diminuição da viscosidade (anemia) * * A aterosclerose é causada pelo acúmulo de lipídios (gorduras) nas artérias, que podem ser fabricados pelo próprio organismo ou adquiridos através dos alimentos. A aterosclerose começa na infância e geralmente vai se manifestar após os 55 anos de idade nos homens e 65 anos nas mulheres, porém, pode começar antes! * * O bom e o mau colesterol LDL (colesterol ruim) em níveis elevados pode aderir à parede das artérias dificultando a passagem do sangue HDL (colesterol bom) é o colesterol que ajuda remover o LDL do organismo. * Valores de Referência de Colesterol e Triglicérides em Adultos Se for diabético: LDL < 100 e HDL > 45 III Consenso Brasileiro sobre Dislipidemias – Arq.Bras.Cardio/2001 Aterosclerose Fatores de risco: Hiperlipidemia (níveis de colesterol sérico maiores que 256 mg/ml) LDL (muito alto) HDL (muito baixo) Sobrepeso Idade (35- 40 anos) Sexo masculino Predisposição genética Hipertensão Tabagismo Diabetes Mellitus * * As principais causas de aneurisma da Aorta abdominal são arteriosclerose, degeneração da artéria medial, vasculite, traumas e defeitos congênitos. Aneurisma verdadeiro (envolve todas as camadas) e Pseudoaneurisma (apenas uma camada) * * Choque Termo utilizado para insuficiência circulatória generalizada. Causas Gerais Redução do débito cardíaco Redução do volume sangüíneo circulante * Patogenia débito cardíaco volume sangue circulante Hipoperfusão Sistêmica Hipotensão Dano tecidual irreversível Morte * Tipos de Choque Choque Cardiogênico Choque Séptico Choque Hipovolêmico Choque Anafilático Choque Neurogênico * Choque Cardiogênico Causas Falência Cardíaca Insuficiência Cardiomiopatias Não aguento mais tanto esforço!! * Contratilidade cardíaca diminuída Débito cardíaco e volume sistólico diminuídos Perfusão tecidual sistêmica diminuída Perfusão diminuída da artéria coronária Congestão pulmonar Choque cardiogênico * Choque Séptico Causas Toxinas de bactérias Principalmente gram-positivas Exemplos Infecções hospitalares Septicemia Imunodeprimidos Choque Séptico * Vasodilatação Má distribuição do volume sangüíneo Retorno venoso diminuído Volume sistólico diminuído Débito cardíaco diminuído Perfusão tecidual diminuída Choque Séptico * Volume sangüíneo diminuído Retorno venoso diminuído Volume sistólico diminuído Débito cardíaco diminuído Perfusão tecidual diminuída Choque Hipovolêmico * Sintomas do choque hipovolêmico Estágio I do Choque - hipotensão - sensação de desmaio, náusea, tonteira. Estágio II do Choque - resposta do simpático: pulso rápido, dificuldade de respiração, pele pálida, fria e úmida. Estágio III do Choque – intensa hipovolemia - perda da consciência ou confusão mental Estágio IV do Choque - baixa perfusão tecidual pode levar a parada cardíaca, lesão tecidual * Choque Neurogênico Causado por trauma do tronco cerebral ou medula espinhal Intoxicação por barbituratos, narcóticos Alteram a regulação do sistema nervoso autonômico sobre o coração e vasos e o retorno venoso é diminuído. Sistema nervoso simpático * Choque Anafilático * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Define-se como choque a condição fisiopatológica caracterizada clinicamente por hipotensão severa, pressão arterial sistólica baixa, capaz de desencadear respostas clínicas variáveis na dependência de má perfusão e lesão tecidual Ou ainda a Insuficiência Circulatória Instalada com lesão tissular. * Os resultados finais são hipotensão, seguida por redução da perfusão tecidual e hipóxia celular. Embora os efeitos hipoxicos e metabólicos da hipoperfusão inicialmente causem apenas lesão celular reversível, a persistência do estado de choque subseqüentemente causa lesão tecidual irreversível e pode culminar com a morte do paciente. * O choque pode ser agrupado em três categorias gerais: - Choque cardiogênico – resulta de insuficiência da bomba do miocárdio. Esta pode advir de uma lesão miocárdica intrínseca (infarto), arritmias vasculares, compressão extrínseca, ou obstrução do fluxo de saída. - Choque hipovolêmico – resulta da perda de sangue ou volume plasmático. Pode originar-se de hemorragia, perda hídrica por queimaduras graves ou traumatismo. - Choque séptico – é causado por infecção microbiana sistêmica. Mais comumente, ocorre no contexto de infecções por Gram-negativos (choque endotóxico), mas também pode ocorrer com infecções por Gram-negativo e fungos. Menos comumente, o choque ocorre no contexto de um acidente anestésico ou traumatismo raquimedular (choque neurogênico), devido à perda do tônus vascular e acúmulo periférico de sangue. O choque anafilático, desencadeado por uma resposta de hipersensibilidade generalizada mediada por IgE, está associado a vasodilatação sistêmica e aumento da permeabilidade vascular. Nesses casos, a vasodilatação difusa causa aumento súbito da capacitância do leito vascular, que não é adequadamente preenchida pelo volume sanguíneo circulante normal. Hipotensão, hipoperfusão tecidual e anóxia celular são o desfecho. * O Choque Cardiogênico é definido como a alteração cárdio-vascular na qual o principal evento é a falência parcial ou total da função miocárdica. * * O Choque séptico é caracterizado através da presença de agente patológico identificado ou não, capaz de produzir respostas sistêmicas, incluindo hipotensão severa, danos teciduais, e estado clínico infeccioso grave associado. Os germe mais comum é a bactéria. porém vírus, fungos e protozoários podem desencadear a síndrome séptica. O choque séptico tem uma taxa de mortalidade de 25 a 75%, ocupando o primeiro lugar entre as causas de morte nas unidades de terapia intensiva respondendo por cerca de 100.000 mortes anuais nos EUA. A maioria dos casos de choque séptico é causada por bacilos Gram-negativos produtores de endotoxinas, daí o termo choque endotóxico. As endotoxinas são lipopolissacarídios (LPS) da parede bacteriana liberados quando as paredes celulares são degradadas. O LPS consiste em um cerne de ácido graxo tóxico (lipídio A) e um revestimento de polissacaridio complexo (incluindo os antígenos O)peculiar em cada espécie bacteriana. Moléculas análogas nas paredes de bactérias Gram-positivas e fungos também podem suscitar um choque séptico. O choque séptico é uma condição na qual a pressão arterial cai a níveis potencialmente letais como conseqüência da sépsis. O choque séptico ocorre mais freqüentemente em recém-nascidos, em indivíduos idosos e naqueles com comprometimento do sistema imune. A sua gravidade é maior quando a contagem leucocitária encontra-se baixa, como ocorre em indivíduos com câncer e que fazem uso de drogas antineoplásicas ou que apresentam doenças crônicas (p.ex., diabetes ou cirrose). O choque séptico é causado por toxinas produzidas por certas bactérias e por citocinas, que são substâncias sintetizadas pelo sistema imune para combater as infecções. PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA À SEPSE GRAVE e CHOQUE SÉPTICO Nos últimos cinco anos houve uma explosão muito grande a respeito do conhecimento do genoma humano e da resposta inflamatória do paciente com doença infecciosa. Lorenz E, et al, 20021 identificaram um polimorfismo comum no receptor "toll-like" 4 (TLR4) que está associado com uma diminuição da resposta a inalação de endotoxina ou lipopolissacáride em humanos. Eles investigaram se estes alelos TLR4 específicos estão associados com a predisposição a uma evolução mais grave da doença em pacientes com choque séptico. Foram genotipados 91 pacientes com choque séptico e 73 doadores de sangue sadios que serviram como controles, verificando-se a presença de mutações de TLR4 Asp299Gly e TLR4 thr399Ile. Encontraram que o alelo TLR4 Asp299Gly era exclusivo dos pacientes com choque séptico (p = 0.05). Além do mais, os pacientes com choque séptico com alelo TLR4 Asp299Gly/thr399Ile tinha uma maior prevalência para o desenvolvimento de infecção por gram-negativo. Concluíram que a mutação do receptor TLR4 pode predispor ao desenvolvimento de choque séptico devido aos microorganismos gram-negativos. Comentário Em termos clínicos o polimorfismo genético de mediadores fisiológicos é da maior importância, sendo que as variantes genéticas que modificam a regulação ao função dos mediadores estão associadas com a suscetibilidade ou evolução para sepse grave e choque séptico. Diversas pesquisas indicam que a TLR4 é uma molécula para o reconhecimento de microorganismos gram-negativos e especificamente do lipopolissacáride. Adicionalmente, em 2001, Hubacek JA et al examinaram cinco polimorfismos bialelos da proteína que aumenta a permeabilidade bactericida e da proteína que se liga ao polissacáride. Encontraram que o alelo Gly98 da proteína que se liga ao polissacáride estava associada com sepse nos pacientes do sexo masculino e, que todos os 11 pacientes que eram homozigotos para os alelos Gly98 e Leu436, para proteína que se liga ao polissacáride, não sobreviveram. Mais recentemente, Arnalich F et al, 2002, demonstraram uma associação entre o polimorfismo do antagonista do receptor de interleucina-1 e a taxa de sobrevida. Portanto, a associação entre o polimorfismo genético e a evolução é muito instigante e pode ajudar a explicar a variabilidade na evolução da sepse e imaginar estratégias terapêuticas e preventivas para o futuro. GISELE LIMONGELI GURGUEIRA WERTHER BRUNOW DE CARVALHO * Em função das toxinas do agente ou citocinas liberadas, os vasos sangüíneos dilatam, produzindo queda da pressão arterial apesar do aumento da freqüência cardíaca e do volume de sangue bombeado. Os vasos sangüíneos também podem tornar-se mais permeáveis, permitindo o escape de líquido da corrente sangüínea para os tecidos, causando edema. O fluxo sangüíneo aos órgãos vitais, sobretudo aos rins e ao cérebro, diminui. Posteriormente, os vasos sangüíneos contraem em uma tentativa de elevar a pressão arterial, mas o débito cardíaco diminui e, conseqüentemente, a pressão arterial permanece muito baixa. Sintomas e Diagnóstico Freqüentemente, os primeiros indícios do choque séptico, mesmo 24 horas ou mais antes da pressão arterial cair, são a redução do estado de alerta e a confusão mental. Esses sintomas são causados pela redução do fluxo sangüíneo ao cérebro. O débito cardíaco aumenta, mas os vasos sangüíneos dilatam e, conseqüentemente, ocorre uma redução da pressão arterial. Geralmente, o indivíduo respira muito rapidamente e, por essa razão, os pulmões eliminam um excesso de dióxido de carbono e a concentração do mesmo no sangue diminui. * * * *
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