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DPC2 03 Da prova literal ATUALIZADA 2017

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR - UCSAL
FACULDADE DE DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - II
 Tema 03.	DA PROVA. Literal. Conceito e importância. A força probante dos documentos. Apresentação de documentos. Arguição de falsidade. Da confissão formal e tácita. Inadmissibilidade.
DA PROVA LITERAL
CONCEITO E IMPORTÂNCIA
A prova literal é o documento escrito. O documento consiste na representação física dos fatos. Assim, no enunciado de Frederico Marques, “Documento é a prova histórica real consistente na representação física de um fato. O elemento de convicção decorre, assim, na prova documental, da representação exterior e concreta do factum probandum em alguma coisa” (obr. cit., pág. 209). É, portanto, o documento, a exteriorização gráfica representativa do fato.
No conceito de CARNELUTTI, citado por Frederico Marques, a representação literal do fato, que se traduz no documento escrito, é materializada “pela escrita, pelos sinais da palavra falada, nas escrituras fonéticas como a nossa ”.
Existem, todavia, representações gráficas outras, que igualmente materializam, ou exteriorizam fatos sociais e/ou jurídicos, tais como: desenhos, pinturas, mapas, representações simbólicas ou alegóricas, não grafadas na forma escrita, (idem). Estas representações também são documentos, em matéria de prova, quando representam algum fato. Todavia, não se denominam documento escrito, mas sim documentos gráficos.
Ao se conceituar prova documental não é de bom alvitre esquecer que existe a denominada prova direta, que é aquela em que “o fato representado se transmite diretamente para a coisa representativa”, como é o caso de “fotografia, fonografia e cinematografia”(Amaral Santos, citado por Frederico Marques).
Como se pode inferir é, o documento, o meio de prova mais eficaz dentre todos os outros. Isto quando o documento é idôneo, livre de qualquer vício ou falsidade, tanto na origem da sua formação, quanto na sua grafia.
Assim, quanto a origem da sua formação, conforme preleciona Frederico Marques, “o documento tem autor material, que é aquele que o redige, escreve, elabora, ou confecciona; e autor intelectual ou jurídico, que é a pessoa para quem é feito, ou o autor das declarações contidas no documento” (idem, pág. 210) .
Ainda, modo geral, vejamos o que diz o multicitado autor: 
“Documentos não escritos
	O documento escrito toma forma no papel em que é lançado. Pode haver documento, no entanto, em que a palavra escrita esteja formada em outra coisa, como, por exemplo, a madeira, a pedra, a cera, e assim por diante. Por outro lado, no papel pode haver documento não escrito, com a reprodução de fatos ou coisas constantes de desenhos, mapas, ou símbolos.
	Há, ainda, a reprodução mecânica (como a fotografia, cinematografia, fonografia ou de outra espécie, como diz o art. 383 (atual 422), do Código de Processo Civil) de fatos ou coisas, e até mesmo de documento escrito (Código de Processo Civil, art. 384) (atual 423).
	MOACYR AMARAL SANTOS fala, por isso, em documentos escritos, gráficos, plásticos e estampados, assim escrevendo : ‘os escritos são os em que os fatos são representados literalmente (escritura); gráficos, os em que o são por outros meios gráficos diversos da escrita (desenho, pintura, carta topográfica); plásticos, os em que a coisa é representada por meio de plásticos (modelos de gesso ou madeira, miniatura); estampados são os documentos diretos (fotografia, fonografia, cinematografia), isto é, quando o fato representado se transmite diretamente para o documento (retro, nº 370).’ ”
Convém, igualmente, examinar o pensamento doutrinário que se segue:
"Conceito 
Na definição de Carnelutti, o documento é ‘uma coisa capaz de representar um fato.’ É o resultado de uma obra humana que tenha por objetivo a fixação ou retratação material de algum acontecimento. Contrapõe-se ao testemunho, que é o registro de fatos gravados apenas na memória do homem.
Em sentido (lato), documento compreende não apenas os escritos, mas toda e qualquer coisa que transmita diretamente um registro físico a respeito de algum fato, como os desenhos, as fotografias, as gravações sonoras, filmes cinematográficos, etc.
Mas em sentido estrito, quando se fala em prova documental, cuida-se especificamente dos documentos escritos, que são aqueles em que o fato vem registrado pela palavra escrita, em papel ou em outro material adequado.
Podem esses documentos ser classificados em públicos e particulares, conforme provenham de repartições públicas ou sejam elaborados pelas próprias partes.
Costuma-se distinguir entre documentos e instrumento. Documento é gênero a que pertence todos os registros materiais de fatos jurídicos. Instrumento é, apenas, aquela espécie de documentos adrede preparado pelas partes, no momento mesmo em que o ato jurídico é praticado, com a finalidade especifica de produzir prova futura do acontecimento. Assim, a escritura pública é instrumento do contrato de compra e venda de imóveis e o recibo de pagamento dos alugueis é instrumento da quitação respectiva. Mas uma carta, que um contraente dirigisse ao outro, tratando de questões pertinentes ao cumprimento de um contrato anteriormente firmado entre eles, seria um documento, mas nunca um instrumento.
Pode, outrossim, o documento ser utilizado como prova, em original ou por meio de cópias.
São reproduções eficazes dos documentos públicos ou particulares:
(a) 	o traslado;
(b) 	o traslado do traslado;
(c) 	a pública-forma;
(d) 	o registro público;
(e) 	a certidão de inteiro teor, de tudo que constar de livro público ou de autos;
(f) 	a certidão por extrato parcial de documento, ou a certidão em forma de relatório sobre o processo;
(g) 	a fotocópia ou xerocópia autenticada.
Força probante dos documentos
O documento quando autêntico, é prova que goza de enorme prestígio, pela grande força de convencimento que encerra. Mas no sistema processual brasileiro, não há propriamente hierarquia de provas, de modo que o juiz examina o conjunto dos elementos instrutórios do processo, formando seu convencimento com liberdade (NCPC, art. 371). Podem, assim, a confissão, a prova pericial, e até mesmo a testemunhal sobrepujar, num caso concreto, a prova documental.
Entrevê-se no documento duplo aspecto: o fato representativo, que é o próprio documento em seu aspecto material; e o fato representado que é o acontecimento nele produzido.
Para que o documento seja eficaz como meio de prova, é indispensável que seja subscrito por seu autor e que seja autêntico. O autor, no entanto, não é, no dizer de Carnelutti ‘quem o faz por si’ (como o Tabelião), ‘mas quem o faz para si’ (como as partes contraentes, que firmam a escritura pública).
Só é documento o escrito assinado, ou de outra forma, inegavelmente reconhecido por seu autor, como se dá, por exemplo, com os lançamentos da contabilidade mercantil, que prescindem da subscrição do comerciante que os faz ou manda fazer em seus livros. E só ocorre autenticidade, quando se tem certeza acerca da veracidade da assinatura nele contida, ou da origem do documento”.
In Humberto Theodoro Júnior - Curso de Direito Processual Civil – Vol. I, 57ª Edição - Editora Forense, 2016, págs. 962/963. 
APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS
Quanto a este tópico, valemo-nos dos ensinamentos de Moacyr Amaral Santos, de cuja colocação não se pode fazer supressões ou acréscimos, dado à clareza didática do seu texto, com riqueza de detalhes importantes:
“	Proposto o documento, cabe ao juiz admiti-lo ou não no processo.
Na admissão da prova documental cumpre ao juiz indagar: a) o momento da proposição do documento; b) quem propõe o documento; c) a natureza e o fim visado pelo documento; d) as condições em que se apresenta o documento; e) a atitude da parte contra a qual o documento é oposto.
Ao juiz cumpre indagar se o momento é próprio à apresentação do documento, recusando-sea admiti-lo quando convencido de que a sua apresentação é tardia e não há razões que justifiquem o procedimento do proponente ocultando-o até então. Desse poder, entretanto, deverá usar com a maior prudência. Inexistentes o espírito de ocultação premeditada e o propósito de surpreender o juízo, verificada a necessidade, ou a conveniência, da prova fornecida pelo documento, deverá o magistrado admitir a sua juntada.
As partes, em regra, é que cabe oferecer documentos. À regra, entretanto, se apresentam algumas exceções:
	
a)	o juiz poderá, de ofício, ordenar a terceiro que exiba documento que interesse à causa, e sobre o qual as partes ou testemunhas hajam feito referencia (Código de Processo Civil, art. 341-atual 370-, nº II); Obs.: art. 341(atual 380), II, combinado com os arts. 355 e 360 (atuais 396 e 401).
b)	referindo-se uma testemunha a documento, em seu poder, ou exibindo-o para confirmar seu depoimento, ao juiz é lícito tomar a referencia ou exibição como oferta do documento e determinar 	sua juntada nos autos. Tal conclusão se extrai do referido art. 341 (atual 380),, nº II, do mesmo Código; Obs.: idem.
c)	fundamentando seus pareceres, os peritos poderão trazer ao processo os documentos a que se refiram (Código de Processo Civil, art. 429 - atual 473).
c)	No ato da admissão, insta não olvidar a natureza e o fim a que se destina o documento.
Conquanto em princípio todos os documentos sejam admissíveis em juízo, há os que, por exceção, se admitem apenas em casos especiais. Tais, por exemplo, as cartas missivas, que poderão ser admitidas apenas naquelas hipóteses em que a doutrina consente o seu uso.
Por outro lado, todo documento oferecido sem a finalidade de provar fatos ou circunstancias da causa deverá ser repelido.
d)	Impõe-se, no ato da admissão, a verificação das condições exteriores do documento, pois conforme seja sua junção nos autos deverá ser indeferida.
	É o que acontece com os documentos escritos em língua estrangeira, os quais, para serem admitidos em juízo, deverão necessariamente vir acompanhados de tradução oficial. Assim o preceitua o art. 157 (atual Parágrafo único do Art. 192),, do mesmo Código: ‘Só poderá ser junto aos autos documento redigido em língua estrangeira, quando acompanhado de versão em vernáculo, firmada por tradutor juramentado’.
[...]
e)	Oferecido um documento, sobre ele deverá ouvir-se a aparte adversária do proponente : ‘Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra, no prazo de 05(cinco) dias’. (Código de Processo Civil, art. 398 – Atual § 1º do art. 437).
Obs. 	A matéria é tratada pelo NCPC, Art. 437, § 1º, que assim prescreve: “Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra parte, que disporá do prazo de 15 (quinze) dias para adotar qualquer das posturas indicadas no Art. 436”.
A parte, contra a qual o documento é oferecido, terá, assim, oportunidade de manifestar-se sobre a sua admissibilidade, cumprindo ao juiz resolver desde logo quanto a essa questão. De capital importância é essa audiência contra quem se produziu o documento, porquanto, conhecendo-o, poderá ela, nos termos do art. 372 (ver o atual 430 e Parágrafo único) do referido Código, oferecer, de pronto ou no prazo do art. 390 (atual 430), impugnação quanto à autenticidade da assinatura e à veracidade do seu contexto.”						 
 (obr. cit., págs. 412/414)
DA ARGUIÇÃO DE FALSIDADE
O regime jurídico da falsidade documental, ocorrida na relação processual, está disciplinado pelos Arts. 427 até o 433 do NCPC, de consulta obrigatória do aluno, merecendo destaque:
“	Art. 427 – Cessa a fé do documento público ou particular sendo-lhe declarada judicialmente a falsidade.
Parágrafo único. A falsidade consiste em:
I – formar documento não verdadeiro;
II – alterar documento verdadeiro;
Art. 428. Cessa a fé do documento particular quando:
I –	for impugnada sua autenticidade e enquanto não se comprovar sua veracidade;
II –	assinado em branco, for impugnado seu conteúdo, por preenchimento abusivo; 
Parágrafo único. Dar-se-á abuso quando aquele que recebeu documento assinado com texto não escrito no todo ou em parte formá-lo ou completá-lo por si ou por meio de outrem violando o pacto feito com o signatário”.
A doutrina, no particular ao tema, apresenta vasta exposição, merecendo destaque:
“Falsidade documental
O documento escrito compõe-se do contexto que enuncia a declaração de vontade ou de conhecimento do fato, ou da assinatura que se lhe dá autenticidade. O documento é idôneo quando a declaração é verdadeira e assinatura é autentica. Em regra, estabelecida a autenticidade do documento, presume-se verdadeira a declaração nele contida.
Por isso, a não ser os casos de vícios materiais evidentes (rasuras, borrões, entrelinhas e emendas), não basta à parte impugnar simplesmente o documento contra si produzido. Pois no sistema do código, só cessa a fé do documento, público ou particular, ‘sendo-lhes declarada judicialmente a falsidade’ (NCPC, art. 427).
Há dois caminhos para obter esse reconhecimento judicial: (i) a ação declaratória autônoma prevista pelo art. 19, inciso II; e (ii) o incidente de falsidade a que alude o art. 430”.
In Humberto Theodoro Júnior – Obr. Cit. Pag. 976. 
DA CONFISSÃO FORMAL E TÁCITA
Todos nós sabemos o que é uma confissão. Esta, seja conceito da vida cotidiana, seja na atividade judicante, tem apenas um sentido e um único significado: confissão é o reconhecimento, formal ou tácito, de um alegado e/ou comprovado fato. Na confissão, o confitente admite como verdadeiro o fato tal qual se lhe é apresentado.
Tem-se que a confissão não é um meio de prova, mas sim a própria prova em si mesma, que se produz pela fala ou pela escrita do próprio confitente. Ela é produzida pela fala, quando é tomada por termo no depoimento pessoal, e é efetivada pela escrita, quando consubstanciada em documento escrito.
Falamos, assim, de confissão formal.
A confissão tácita é aquela que não emana de manifestação expressa do confitente, mas de sua ação ou omissão que resultam em admitir-se, por presunção legal, o fato como verdadeiro.
A confissão tácita é também denominada de ficta - porquanto, embora não se manifeste expressamente, revela-se tacitamente pelo modo de proceder do confitente. Exemplos : quando a parte não comparece para prestar depoimento pessoal, ou quando o réu não contesta a ação (art. 319). Também presume-se verdadeiros, os fatos narrados na inicial e não rebatidos claramente pela contestação (art. 302). Por esta razão é recomendável que a peça contestatória seja rica em detalhes que rebatam todas as alegações contidas na inicial, no caso em que o réu não queira confessar.
A matéria está disciplinada pelo Novo CPC, através dos Arts. 389 a 395, de consulta obrigatória do aluno.
INADMISSIBILIDADE 
Sobre o tema, Vicente Greco Filho, faz satisfatória abordagem :
“	Da produção da prova documental
	Ao tratarmos da petição inicial e da contestação, já nos referimos à juntada de documentos e à aparente contradição entre os arts. 283(atual 330) e 297(atual 335), e o art. 396(atual 434). Aqueles parecem autorizar que a parte junte apenas, na inicial e na contestação, os documentos indispensáveis à propositura da demanda e à resposta, ao passo que o último dá a entender que todos os documentos devem ser desde logo juntados, mesmo porque o art. 397(atual 435) admite a juntada posterior de documentos novos, destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados iniciais ou para contrapô-lo aos que foramproduzidos pela parte contrária.
	A jurisprudência, porém, tem sido liberal quando à possibilidade de, a qualquer tempo, serem juntados documentos novos, entendendo-se como novo não só o documento que antes não existia, mas também o documento obtido posteriormente ou todo aquele que não foi juntado anteriormente. Mas sempre que uma parte juntar algum documento o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra, no prazo de cinco dias. Não se admite, contudo, a juntada de documentos que possam causar surpresa, ou seja, em momento processuais que impedem que corra regularmente o prazo de cinco dias do art. 398(atual § 1º do 437). Assim, por exemplo, não se admitirá a juntada de documento na audiência se a parte contrária não concordar, porque, para que se cumprisse o prazo de manifestação, a audiência deveria ser adiada, o que não se admite por vontade unilateral de uma parte.
	Outra regra, também quanto à juntada posterior de documentos, é a de que o juiz ou o tribunal apreciam o seu conteúdo segundo o estado do processo em que foram juntados, em virtude da dinâmica do processo, que não pode voltar atrás para se rediscutir questões já decididas. Nesses termos, o princípio básico é o de que o momento ordinário e regular do requerimento e produção dos documentos é a inicial para o autor e a contestação do réu, os quais correm o risco de não mais ser oportuna a apresentação se não cumprirem esses ônus. 
	Às partes incumbe o ônus de obter e juntar os documentos de seu interesse, mas pode o juiz requisitar às repartições públicas, em qualquer tempo ou grau de jurisdição, as certidões necessárias à prova das alegações das partes e os procedimentos administrativos nas causas em que forem interessados a União, Estados, Municípios ou entidades da respectiva administração indireta.”
						 (obr. cit. págs. 210/211)
Todavia, em face da nova processualística adotada pelo CPC vigente, modernamente, no processo brasileiro, há uma saudável liberdade para se apurar os fatos, e investigar, na busca da verdade, sobretudo porque não há direito sem fato gerador, razões pelas quais o novo Código assim dispõe:
“Art. 435. É licito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5º”. 
______________________________________________________________________________
APOSTILA DE RESPONSABILIDADE DO PROFº. LUIZ SOUZA CUNHA
AUTORES CITADOS OU CONSULTADOS
Humberto Theodoro Júnior	Curso de Direito Processual Civil
Vol. I, 57ª Edição - Editora Forense – 2016
Vicente Greco Filho	Direito Processual Civil Brasileiro
	2º Volume - 9ª Edição - 1995
Moacyr Amaral Santos 	Direito Processual Civil Brasileiro
 	2º Volume - 14ª Edição - 1991
José Frederico Marques 	Manual de Direito Processual Civil
 	2º Volume - 10ª Edição – 1989
Atenção:	A apostila é, tão somente, um resumo da matéria que pode ser aprendida pelo aluno. Ela deve servir de guia do ensino-aprendizado, sob orientação pedagógica.
	
	Esta apostila se destina, pois, exclusivamente ao estudo e discussão do texto em sala de aula, como diretriz do assunto, podendo substituir os apontamentos de sala de aula, a critério do aluno.
	
	Os artigos e demais dispositivos legais mencionados no texto, são de consulta obrigatória do aluno, para aperfeiçoamento do seu aprendizado.
 	
	Consulte a bibliografia anteriormente indicada além de outros autores.
Atualizada em março/2017
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DPC2_03_Da prova literal_Atualizada NCPC

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