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12/10/2016 1 DOENÇAS DO NEURÔNIO MOTOR Motoneurônio 1 ou superior: Corpos celulares no córtex motor (giro pré- central) e prolonga-se pelos tractos motores (principal é o Tracto Córtico Espinhal ou Piramidal) Motoneurônio 2 ou inferior: Núcleos dos nervos cranianos motores e corno anterior da medula. Lesão do motoneurônio 1 • Diminuição de força • Hipertonia (espasticidade) • Hiperreflexia e clônus • Reflexos anormais de “liberação piramidal” (Babinski, Hoffman) • Ausência de atrofias musculares • Diminuição dos reflexos exteroceptivos (cutâneo- abdominal, cremasteriano) • Marcha Ceivante PIRAMIDAL Danos no feixe piramidal Cruzamento das fibras • Lesão acima da decussação das pirâmides • Lesão abaixo da decussação das pirâmides • Lesão na decussação das pirâmides • • • • CAUSAS: Agudas • Acidente vascular encefálico • Lesão medular Subagudas ou insidiosas • Esclerose múltipla • ELA • Tumores • Abcessos 12/10/2016 2 CARACTERÍSTICAS • Paresia ou plegia • Hipotrofia Reflexos: • Lesões agudas: • Hiporreflexia/arreflexia Hiperreflexia • Lesões insidiosas: • Hiperreflexia CARACTERÍSTICAS Tônus • Lesões agudas: • Hipotonia Hipertonia • Lesões Incidiosas • Hipertonia: • Espástica (sinal do canivete) AVC – Síndrome piramidal SINDROME PIRAMIDAL Características: Sinal de Babinsk presente Reflexos cutâneo-abdominais e cremasterianos – ausentes Clônus - pós estiramento do tendão de aquiles ou patelar EXTRAPIRAMIDAL Cortex pré-motor frontal ganglios da base alguns núcleos do tronco cerebral (substância negra) + + • Modulação do movimento • Ajuste fino do movimento • Automatização do movimento Presença de: • Exacerbação dos movimentos • Distúrbios hipercinéticos • Coreia • Distonia • Hemibalismo • Lentificação dos movimentos • Disturbios hipocinéticos • Parkinson • • • • Presença de: • • • • • • Bradicinesia • Rigidez – hipertonia plática (roda dentada) • Tremor de repouso • Instabilidade postural (cair para frente em busca de seu centro de gravidade) 12/10/2016 3 CAUSAS • Doença de Parkinson ( 75% ) • Drogas ( ex: nerolépticos ) • Doença cerebrovascular • Doença de Wilson (acúmulo de cobre no cérebro e fígado) • Músculo – tremor ou bradicinesia • Força – preservada • Tônus – hipertonia plástica • Reflexos – inalterados • Sensibilidade – inalterada • Marcha - parkinsoniana Lesão do motoneurônio 2 • Diminuição de força • Hipotonia (flacidez) • Hipo ou arreflexia • Ausência de reflexos anormais (Babinski, Hoffman) • Atrofias musculares • Fasciculações • É o conjunto de um neurônio motor e das fibras musculares por ele inervadas. • O tipo da fibra muscular, tipo 1 (lenta) ou tipo 2 (rápida), é determinado pelo neurônio que a inerva. • Portanto todas as fibras inervadas por um neurônio são do mesmo tipo. • O tamanho da unidade motora varia com o músculo. • É maior em músculos responsáveis por movimentos potentes e grosseiros, como o quadríceps (cerca de 200 fibras por neurônio). • É mínima em músculos que executam movimentos finos e altamente regulados como a musculatura extrínseca do globo ocular (cerca de 8 fibras por neurônio). 12/10/2016 4 Há variação do diâmetro das fibras, sendo as menores atróficas (desnervadas). Maiores provavelmente hipertróficas (hipertrofia vicariante). Nota-se fibras atróficas anguladas, devido compressão pelas fibras próximas que estão normais ou hipertróficas. 12/10/2016 5 Atrofia Muscular Espinhal Doença que afeta as células nervosas (motoneurônios II) no corno anterior na medula espinhal Causa fraqueza muscular lentamente progressiva e hipotonia Maioria dos casos de início na infância, incidência de 1 em 6 mil nascidos vivos • Causa fraqueza muscular lentamente progressiva e hipotonia • Maioria dos casos de início na infância. • Degeneração e perda das células do corno anterior da medula e as vezes tronco cerebral. • Ausência de envolvimento sensitivo e do trato piramidal. Classificação (1991) ▪ Tipo I ou forma grave ▪ Tipo II ou forma intermediária ▪ Tipo III ou forma leve (Kugelberg- Welander ) 1956 TIPO INÍCIO(meses) DesenvolvimentoMotor Morte(anos) AMEP I <6 Nunca sentasozinho <2 AMEP II <18 Nunca andasozinho >2 AMEP III > 18 Fica em pé eanda só Adulto CLASSIFICAÇÃO 12/10/2016 6 INCLUSÃO fraqueza muscular simétricas em tronco e extremidades. proximal > distal. MMII > MMSS. Fasciculações de lingua e tremor das mãos. ENMG e biópsia muscular com alterações neurogênicas. Mutação na porção telomérica do gene SMN. INCLUSÃO fraqueza muscular simétricas em tronco e extremidades. proximal > distal. MMII > MMSS. Fasciculações de lingua e tremor das mãos. ENMG e biópsia muscular com alterações neurogênicas. Mutação na porção telomérica do gene SMN. EXCLUSÃO • envolvimento da musculatura ocular extrínseca, miocárdio ou diafragma. • Fraqueza facial marcante. • Disfunção do SNC. • Artrogripose.(ex tipo I). • Alterações na condução motora e sensitiva. EXCLUSÃO • envolvimento da musculatura ocular extrínseca, miocárdio ou diafragma. • Fraqueza facial marcante. • Disfunção do SNC. • Artrogripose.(ex tipo I). • Alterações na condução motora e sensitiva. • Forma adulta da SMA. • Idade de início entre 20 a 32 anos. • Predomínio em homens. • Fraqueza muscular proximal em tronco e coxas de lenta progressão e boa expectativa na qualidade de vida. (Zerres e Rudnik, 1995). • 10% DE TODOS OS CASOS. • AMPLA VARIABILIDADE CLINICA E GENÉTICA. • FRAQUEZA E HIPOTONIA DISTAL. • FORMA ADULTA COM ENVOLVIMENTO PERONEAL E MÃOS. • “SMA-type Duchenne-Aran”. • É a mais grave • Já nasce com uma fraqueza muscular intensa • Desenvolve muitas complicações • Óbito até os 2 anos de vida Tipo 1 12/10/2016 7 • Inicia-se após os 6 meses de vida • A criança só consegue ficar sentada, • Não chega a ficar de pé ou andar sem auxílio Tipo 2 • Subtipos IIIa e IIIb. • IIIa- início antes dos 3 anos com dificuldade de marcha. • 50% estão em cadeira de rodas em 14 anos. • IIIb- 3 aos 30 anos, problemas ao correr, pular, sintomas desa percebidos. Tipo 3 Eletroneuromiografia ✓Desnervação sem envolvimento sensitivo e sem diminuição da velocidade de condução do nervo motor ✓Atividades espontâneas anormais (fibrilações e fasciculações) ✓Aumento na duração média e na amplitude dos potenciais de ação da unidade motora. São frequentes Causas: • A fraqueza própria da doença • Posicionamento inadequado • Falta de exercícios (fisioterapia) Deformidades Dar maior estabilidade ao tronco da criança, facilitando a utilização dos braços Cadeira de rodas A estabilidade do tronco também pode ser conseguida com o uso de um colete especial Coletes para coluna vertebral 12/10/2016 8 Causas: • Fraqueza dos músculos da respiração • Aspiração de secreções • Pneumonias freqüentes Problemas respiratórios Avaliação: ▪RaioX de tórax ▪Provade Função Pulmonar (Espirometria) Problemas respiratórios Problemas respiratórios 1. Medidas básicas iniciais: ▪exercícios respiratórios ▪treinamento para eliminar secreções 2. Métodos não-invasivos ▪CPAP ▪BIPAP 3. Métodos invasivos ▪ventilação mecânica - traqueostomia Escoliose O procedimento cirúrgico está indicado a depender do grau de deformidade e da função pulmonar Em todas as formas de amiotrofia espinhal a capacidade de aprendizado está preservadaAprendizado • Aconselhamento genético. • Prevenção e tratamento de deformidades. • Teste pré-natal. • Equipe multidisciplinar. 12/10/2016 9 ELA • DOENÇA DE CHARCOT (1869) • LOU GERIG DISEASE. Physical Disorders Esclerose Lateral Amiotrófica é uma desordem degenerativa, incurável, que progressivamente acomete os neurônios motores superiores e inferiores, a nível bulbar e espinhal, com média de sobrevida entre 03 a 05 anos. • Apendicular- raízes C8 - T1 (MMSS), L4-L5 (MMII) • Bulbar • Atrofia Muscular Progressiva • Esclerose Lateral Primária 12/10/2016 10 • Avaliação com exame físico evidenciando acometimento do NMS e NMI. • ENMG- comprometimento neurogênico agudo e crônico, sem envolvimento sensitivo. • Curso progressivo • Iwasaki Y, 2002. 117 pacientes: 65 homens, 52 mulheres. • Bulbar- confirmação 10,5 meses em H, 9,8 meses em M. • Apendicular- confirmação 13,7 meses em H, 14,8 meses em M. • Sintomas bulbares são mais freqüentes em mulheres e apendiculares em homens. • Degeneração do NMI por meios clínicos, eletrofisilógicos ou neuropatológicos. • Degeneração do NMS por achados clínicos. • Progressão dos sintomas de uma região para outras determinadas clinicamente. • Ausência de evidências eletrofisiológicas ou patológicas, que possam explicar a lesão do NMI ou NMS. • Ausência de neuroimagem evidenciando outra patologia. ELA • Clinicamente Definida- lesão do NMI e NMS presentes em 03 regiões ou região bulbar e 02 regiões espinhais. • Clinicamente Provável- presença de lesão em 02 regiões sendo auxiliada por critérios da EMG. • Clinicamente Possível- acometimento de 01 região com lesão do NMI e NMS. ELA • Esporádica. • Familiar 5-10% dos casos. • ALS-PLUS Syndromes. • ALS-Mimic Syndromes. ELA • Incidência de 1-2/ 100000 por ano. • Início após 65 anos. • Aumento da idade da população- fator mais significativo. • 1,6H : 1,3M. • Trauma, atividade física, residência em áreas rurais. 12/10/2016 11 • “Flail arm syndrome” esta relacionada ao melhor prognóstico evolutivo (Hu MTM, et al, 1998) . • 28% dos pacientes com ELA sobrevivem mais do que 05 anos. • SMA forma adulta tem ampla variabilidade de sobrevida, 10 a 20 anos ou mais, 1992 Norris F. • 10% dos pacientes com diagnóstico de ELA, quando revisados, apresentam outro diagnóstico. • B.J. Traynor, M.B. Codd, 2000 : 437 pacientes, 7,3%- outro diagnóstico (22% Neuropatia Motora Multifocal, 13% Doença de Kennedy). • Evolução longa. • Dor. • Amiotrofia de predomínio em MMSS. • Aumento da resposta reflexógena. 12/10/2016 12 • Prolongar a sobrevida. • Reduzir a morbidade. • Melhorar a escala funcional. • Manutenção da força muscular. • Preservar a função respiratória. • Acesso a melhor qualidade de vida. TERAPÊUTICA • Paciente refere tremor de repouso, com hipertonia plástica apresentando uma lentificação dos movimentos distúrbios hipocinéticos. SÍNDROME EXTRAPIRAMIDAL • Paciente refere fraqueza muscular, hipotrofia muscular, extensão,hiper-reflexia, espasticidade reflexo cutâneo plantar em e presença de clônus. SÍNDROME PIRAMIDAL • Paciente fraqueza, apresenta hipotrofia ou atrofia muscular, hiporreflexia, miofasciculações e câimbras. SÍNDROME DO SEGUNDO NEURÔNIO MOTOR
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