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Quem Inspira você VELHA OU NOVA ECONOMIA.

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Quem inspira você: a velha ou a nova 
economia? 
Finanças e Cenários Liderança e Pessoas Tecnologia e Inovação 
Publicado no dia 06/06/2016 
 
O maior aprendizado de um gestor é deixar de ver as 
velhas empresas como sua principal fonte de inspiração. 
 
Você certamente conhece Ford, Walmart e Exxon Mobil. Não tenho 
dúvida de que sabe explicar os produtos e serviços dessas empresas, 
seus modelos de negócio e até listar alguns cases interessantes. Agora, me 
arrisco a dizer que você não tem o mesmo conhecimento sobre GitHub, 
Shapeways ou Kaggle. Talvez seja uma das primeiras vezes que ouve falar das 
três. 
Ford, Walmart e Exxon Mobil são grandes empresas, 
reconhecidas mundialmente e cheias de méritos. São gigantes, mas da velha 
economia. GitHub, Shapeways e Kaggle não são tão pujantes assim, porém as 
três estão no ranking das dez companhias mais exponenciais do mundo. Não 
é curioso que a gente conheça tão bem as três primeiras e tão pouco as três 
últimas? 
O mesmo fenômeno se repete com as empresas do Brasil. Você 
provavelmente conhece os gigantes nacionais, os nomes por trás desses 
gigantes e os cases de sucesso. Mas seu olhar também está atento à nova 
Tiago Mattos é cofundador de diversas iniciativas 
empreendedoras, como a empresa de cursos 
livres Perestroika, internacionalizada. Escreveu o 
livro VLEF e é futurista formado pela Singularity 
University e pelo TIP/Universidade Hebraica de 
Jerusalém. Também estudou no think tank 
Institute for the Future e no MIT, com Thomas W. 
Malone. 
economia? Por exemplo: em 2014, a Cia. das Letras/ Portfolio Penguin lançou 
o livro Empreendedorismo Criativo, que compilou as nove 
empresas brasileiras protagonistas da nova economia do País. Você as 
conhece? Sabe o que fazem? Sabe por que são tão diferentes? 
Meu maior aprendizado como empreendedor foi deixar de ver a velha 
economia como inspiração. As métricas de sucesso dessas empresas não 
fazem o menor sentido no mundo atual. As hierarquias, a operação sob o 
método de comando e controle, o fluxo linear, a departamentalização com 
hiperespecialistas: tudo isso é muito parecido com o final do século 18. 
Fui um dos primeiros brasileiros que se formaram e estudaram 
profundamente foresight & future studies. Hoje, sou futurista e ajudo 
empresas a entender as revoluções que estão por vir. Essa atividade, que me 
obriga a estar diretamente envolvido com lideranças de diferentes 
mercados, me ajuda a perceber como a velha economia ainda tem 
dificuldades de se reinventar. 
Veja, por exemplo, os números do grande estudo da Cisco, que 
entrevistou 941 líderes empresariais de todo o mundo, inclusive do 
Brasil. Com base nas respostas, conclui-se que 40% das empresas 
não sobreviverão ao novo paradigma digital. Uma parcela importante 
já sofrerá consequências nos próximos quatro anos. 
Não conheço nenhum empresário que se enxergue nesses 40%. Todos com 
quem converso, sem exceção, fazem um grande esforço para me contar das 
mudanças internas, das novas aquisições – e de como os concorrentes 
estão comendo poeira. Coincidência ou não, nenhum até hoje conseguiu me 
listar de cabeça as dez empresas mais exponenciais do mundo. 
Ou mudamos nossa inspiração, ou deixamos de existir. Você realmente acha 
que o futuro deixará espaço para a velha economia? 
Talvez essa seja uma das primeiras vezes que você ouve 
falar de github, shapeways ou kaggle, três das dez 
companhias mais exponenciais do mundo. 
Escrito por 
 Tiago Mattos | Fonte: www.experience.hsm.com.br

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