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Direito Constitucional - Resumo: História e Classificação das constituições

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DIREITO CONSTITUCIONAL RESUMO DOS ASSUNTOS PARA PRIMEIRA PROVA.
		
Direito Constitucional
CONCEITO:
O direito constitucional é um ramo do Direito Público. O direito publico em regra é porque temos uma relação de verticalidade: Estado x Individuo. 
Direito público = Direito Cogente (Impositivo)
Direito Constitucional – Relação pública – imposição do estado.
É a matriz que fundamenta e orienta todo o ordenamento jurídico.
É da constituição que deriva todas as normas. Todos os códigos devem estar compatíveis com a constituição. A constituição é suprema, mãe de todas as leis.
Conceito:
Ramo do Direito que estuda o conjunto sistematizado de normas originárias e estruturantes do Estado que têm por objeto nuclear os direitos fundamentais, a estruturação do Estado e a organização dos poderes.
O direito constitucional é o ramo do direito público, porque existe uma relação de hierarquia. 
OBJETO:
Direitos e garantias fundamentais
Estrutura e organização do Estado
Modo de aquisição e forma de poder
Defesa da constituição
Fins econômicos do Estado
O objeto varia de acordo com a sociedade e aquilo que se almeja tutelar.
HISTÓRIA:
O marco histórico do direito constitucional é a época hebraica, o estado teocrático. Os sacerdotes tinham poder de fiscalizar os atos do governo, colocava limites no estado. “Lei do Senhor”.
Idade média: época feudal; Magna Carta 1215.
A magna carta foi editada pelo rei João Sem-Terra – Considera-se a Magna Carta o primeiro capítulo de um longo processo histórico que levaria ao surgimento do constitucionalismo.
Apesar do principal e mais notório legado deixado pela Carta Magna ser o marco inicial do due process of law ou o devido processo legal, ela também influenciou diversos outros pontos jurídicos relevantes, contendo disposições que já continham de forma rudimentar os ideais acerca da proporcionalidade entre o delito e a pena (artigos 20 e 21 da Carta Magna), a vedação do confisco legal (artigos 28, 30 e 21, da Carta Magna), declaração de intenção (artigo 60 da Carta Magna), e anterioridade de lei tributária (artigos 12 e 14 da Carta Magna).
Na época da edição da Magna Carta, havia um embate de classes e como o rei não conseguia juntar um quantitativo de pessoas para irem a guerra, ele concedeu os direitos civis e políticos, pois concedeu o direito à liberdade e a propriedade.
Constitucionalismo durante a idade moderna: Surgimento de alguns direitos muito utilizados até hoje, surgimento do Habeas Corpus (Habeas corpus act de 1679).
Para que serve o Habeas Corpus?
Atualmente no Brasil, é utilizado para tutelar a liberdade do indivíduo. Só pode manejar o habeas corpus o indivíduo que for preso ilegalmente por abuso de poder ou coação.
Vale ressaltar que o habeas corpus pode ser utilizado em casos de atos particulares que impeçam a liberdade do indivíduo. 
Na Inglaterra, o habeas corpus surgiu com a ideia de devido processo legal, concedendo ao infeliz a prerrogativa de responder a um processo justo, produzindo provas.
Petition of Rights de 1628, Bill of rights 1689
Foram duas petições feitas ao parlamento inglês onde eles estavam descumprindo as normas que eles editavam. Os parlamentares editavam as normas e posteriormente as descumpriam. O poder executivo fez uma petição informando os direitos que o parlamento estava descumprindo e exigindo o cumprimento da lei.
Recapitulando:
A ideia de direito constitucional surge para pôr limites no estado.
Na Antiguidade: “Lei do Senhor” – hebreus – limites bíblicos, onde os sacerdotes fiscalizavam os atos do governo
Na Idade média: época feudal; temos a Magna Carta 1215, editada pelo rei João Sem-terra que concedeu direitos como propriedade e liberdade para os servos.
Habeas Corpus: Hoje ele tutela a liberdade de locomoção, quando surgiu ele tutelava o devido processo legal.
Direito Constitucional – Aula 2
Constitucionalismo moderno: Constituições escritas
Constituição norte-americana de 1787 e a francesa de 1791 (iluminismo)
A constituição norte-americana é a primeira escrita, documentada. Quase na mesma época surgiu a constituição francesa, que foi a constituição que solidificou os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade.
Os EUAS trouxeram a ideia de direitos fundamentais, federação e presidencialismo, ideias essas utilizadas em vários países posteriormente.
Ideia de evitar abusos e limitar o poder
Os EUAS servem como modelo, pois eles são muito liberais. Eles criaram a ideia de liberdade é através deles que surgiram os direitos civis e políticos. 
Direito Civil e Político – Aliado a ideia de liberdade.
Surgimento do constitucionalismo de segunda dimensão de direito que teve como documentos marcantes a Constituição do México de 1917 e a de Weimar de 1919, e a CF de 1934
Em primeiro plano foram criadas as constituições dos Estados Unidos e da França. Essas constituições sacramentavam em maior parte os direitos civis e políticos. A ideia era de não aceitação do estado interventor. 
Os direitos que surgiram em segunda etapa através das constituições do México e a de Weimar, que sacramentaram os direitos sociais e econômicos e culturais. Esses direitos tem a ideia de estado intervencionista.
Direitos Sociais, Econômicos e Culturais – Direitos da igualdade
Constitucionalismo Contemporâneo: geração de normas programáticas e os direitos de terceira dimensão (direito a paz, a autodeterminação dos povos, ao desenvolvimento, meio ambiente, qualidade de vida, patrimônio histórico e cultural, direito de comunicação)
Ideia de criar programas sociais futuros ou de terceira dimensão – Direito de fraternidade.
No constitucionalismo contemporâneo temos direitos à: qualidade de vida, patrimônio histórico e cultural e de comunicação.
Direito a paz, meio ambiente e autodeterminação dos povos.
Constitucionalismo do futuro: democracia, informação e pluralismo.
Teoricamente já vivemos esse período, pois somos bem democráticos. Analisando um órgão de representatividade (o congresso nacional) temos as bancadas ruralista, Religiosa, LGBT, da bala, esquerdista, dentre outras. Democracia é essa ideia de multiplicidade.
Neoconstitucionalismo (constitucionalismo pós-moderno): concretização dos direitos fundamentais, busca acima de tudo, a eficácia da constituição
Estamos vivendo uma crise de ineficácia dos direitos fundamentais. Temos 75 incisos de direitos fundamentais, mas nenhum deles são efetivos. A proposta para um novo direito constitucional seria uma nova constituição eficiente.
Resumo geral:
“O direito constitucional surge para limitar o estado. Ele vem desde a antiguidade e passa pela a idade média tentando limitar, mas de forma muito fraca, pois surgiam algumas situações. Somente após a constituição norte-americana e francesa que se cria documentos, juntando todas as funções do estado e colocando formalmente. 
Posteriormente surgiram duas outras constituições que desenvolveram melhor a ideia, cobrando ação do estado. Depois surgiram as constituições sociais, trazendo novos direitos econômicos, culturais e sociais que solicitava a intervenção do estado.
Depois disso passamos para o direito de terceira dimensão: Com normas programáticas, criando programas sociais que visam uma melhoria futura e ainda o direito a paz foi sendo consolidado, o direito ao meio ambiente. Para alguns o constitucionalismo do futuro é o da democracia, informação e pluralismo.
Temos nos dias atuais um direito muito eficiente a informação. Acesso a informação e liberdade de informar.
O direito ao pluralismo no sentido diversificado.”
A proposta para o neo (NOVO) direito constitucional seria construir uma constituição eficiente.
CONSTITUIÇÃO: CONCEITO, ELEMENTOS E HISTÓRICO 
Conceito:
Constituição é o conjunto de normas fundamentais e supremas, que podem ser escritas ou não, responsáveis pela criação, estruturação e organização político-jurídica de um Estado.
Objeto de constituição: Direitos fundamentais, separação dos poderes, organização do estado. A constituição tutela a estruturado estado. A estrutura básica do estado é objeto do direito constitucional.
Existem dois tipos de constituição: A constituição escrita, chamada de constituição dogmática, que trazem as regras especificas, e a constituição consuetudinária, baseada em costumes e entendimentos jurisprudenciais. Essas constituições baseadas nos costumes são mais sólidas, porque o costume está entranhado no povo, eles não precisam redigir para dizer que vai cumprir.
O Brasil adotou as constituições escritas ao longo de sua história. Para a cultura brasileira foi essencial a adoção das normas escritas.
				Direito Constitucional – Aula 03
2) CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO
São as visões que os doutrinados possuem sobre o que seria constituição.
a) Sentido sociológico
Ferdinan Lassale “A essência da Constituição.
Ferdinan Lassale tinha uma visão sociológica de constituição, para ele a constituição seria a soma dos fatores reais de poder que regem a sociedade.
Ex: Eu planto um pé de Laranja e faço um cartaz e coloco o nome “Limão”, quem passa na frente e ver o cartaz e fala que é um pé de limão. Quando dar os furtos vai ser Laranja, apesar do papel está escrito limão.
Não adianta a constituição não retratar a realidade. A constituição diz que todos tem direito sociais, direito a vida digna. Lassale fala que se a nossa constituição não retratar a realidade, não for convertida em reais instituições jurídicas que funcione, ela será uma folha de papel.
- Constituição: Soma dos fatores reais do poder que rege a sociedade.
O poder vem do povo e é preciso converter esse poder em instituições jurídicas – É isso que Lassale quer dizer.
Para Lassale a nossa constituição é uma lei morta.
A Constituição seria o produto da soma dos fatores reais de poder que regem a sociedade (A constituição precisa retratar a realidade social através das instituições jurídicas se não será uma mera folha de papel) 
b) Constituição sob o aspecto político:
Carl Schmitt elaborou uma doutrina chamada de “Teoria da Constituição”. Decisão política fundamental que o poder constituinte reconhece e pronuncia ao impor uma nova existência política. (Decisão política capaz de criar uma nova constituição)
Para Schmidt, uma constituição para ser real ela precisa de uma decisão política fundamental. Para a ideia política de Carl Schmidt o povo era quem iria para a rua soliticar uma nova constituição, e os representantes eram escolhidos para elaborarem uma constituição.
 c) Constituição em sentido jurídico 
Hans Kelsen “Teoria Pura do Direito”: 
Constituição como norma suprema e hierarquicamente superior.
Para Hans Kelsen, constituição é o conjunto de normas jurídicas que vão validar o ordenamento jurídico. Kelsen é conhecido por fazer a famosa pirâmide onde aponta a constituição como lei suprema, o ápice das demais normas, é ela quem dar fundamento ao ordenamento jurídico.
Em sua falha, Hans Kelsen fala que a teoria é pura, que o direito é autônomo desvinculando todos os outros ramos.
Vamos raciocinar?
“O direito ele vai existir só por ele mesmo? Ele não vai tutelar nada? Para que serve o direito?
O direito visa tutelar as relações sociais. O direito visa a tutelar as relações sociais. A sociedade muda o comportamento e o direito vai tutelando essa mudança de comportamento. 
A teoria que Kelsen trouxe é superinteressante, mas o erro dele é desvincular de todos os outros fatores, ele diz que o direito é autônomo e suficiente, por isso não adotamos essa teoria de modo isolado.”
Concepção culturalista da Constituição:
“Constituição é criada por uma decisão política capaz de fundamentar uma nova ordem, sendo norma hierarquicamente superior que retrata fielmente o fato social”.
Meirelles Teixeira: A constituição é um produto da cultura, pois assim como a cultura é o resultado da atividade criativa humana o direito também o é.
Somatiza todas as concepções anteriores.
“A constituição vai decorrer de uma decisão política fundamental, algum órgão vai ser legitimado pelo povo para elaborar uma nova constituição. Essa constituição vai ser a norma mãe que vai fundamentar todo o ordenamento jurídico, mas ao fundamentar ela vai retratar o fato social, pois se ela não retratar o fato social ela será apenas uma folha de papel”.
2. CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
2.1) QUANTO À ORIGEM (Como ela surgiu)
A constituição pode ser: Democrática/promulgada/popular/votada
Constituição promulgada: É a constituição criada por um governante. A ideia de quem está no poder criando a constituição está pelo povo, visto que foram votados para representar o povo na assembleia constituinte.
“Existe participação popular na elaboração constitucional”
O exercício de criação de uma constituição pode ser de modo direto ou indireto.
O modo direito era utilizado na Grécia antiga em o cidadão escolhia o que queria e votava por si.
O modo preponderante em todos os estados é o modo indireto, onde existe uma votação e os representantes vão se reunirem e elaborar o texto da constituição. 
CF 1891. 1934, 1988
b) Outorgada/ ditatorial
A constituição é elabora de modo unilateral, sem a participação popular.
CF 1824, 1937, 1967 EC n°1/1969
O povo não participa da vontade política, simplesmente tudo é imposto. A constituição é elaborada de modo unilateral. 
c) Cesarista
“Na primeira fase a constituição é elaborada de modo unilateral pelo governante, que numa segunda etapa a submete a aprovação popular”.
César elaborava tudo de forma unilateral, depois de elaborada ele mandava a proposta para o povo dizer sim ou não. 
Quando estamos em uma constituição cesarista, o ditador elabora a constituição e manda a proposta para a população para que a população autorize ou desautorize a entrar em vigor
d) dualistas ou convencionadas
A nomenclatura dualista vem do termo duas e a convencionada vem de convenção. Neste caso vamos juntar duas forças opositoras e uma convenção de poder. Isso é muito utilizado na Inglaterra que é regida por uma monarquia. 
Monarquia – Governo hereditário, pautado na irresponsabilidade. 
Legislativo é eleito e o governo é hereditário. 
A dualista ou convencionada é quando há um consenso entre duas forças políticas na elaboração de uma constituição. (Junção de duas forças opositoras para criação de uma constituição)
Resumo: 
Promulgada: vem do povo
Outorgada: O poder do povo foi outorgado e alguém edita uma constituição sem a participação do povo.
Cesarista: É ideia de dar uma aparência de legalidade. A Constituição é elaborada de forma unilateral e é apresentada ao povo para dar a aparência da participação popular.
Dualista: Duas forças antagônicas que se juntam e formam uma nova constituição.
Atualmente a constituição brasileira é promulgada, mas já passamos por alguns períodos que não houve participação popular.
2.2) QUANTO À ESTABILIDADE (MUTABILIDADE OU PROCESSO DE MODIFICAÇÃO)
a) imutável/granítica/intocável
Impossibilidade de alteração na constituição. Quando a constituição não é passível de mudança de seu texto. Ex: Lei das 12 tábuas e o código de Hamurabi, posteriormente tudo foi modificado.
b) transitoriamente imutável
Passado um período em que se pode modificar a constituição, torna-se imutável.
Tempo determinável (4 ou 5 anos para alteração) no qual seria possível modificar a constituição. Após o referido período a constituição se torna imutável.
Transitoriamente Flexível:
Estabelecido um período de tempo sem a possibilidade de alteração, um limite de tempo para fazer valer a constituição.
c) fixa/silenciosa
Adotada pela constituição mexicana.
Para a constituição fixa ou silenciosa somente as mesmas pessoas que criaram a constituição podem altera-la. 
Após a impossibilidade física de junção desse órgão, a constituição torna-se imutável, não é mais passiva de modificação.
			Direito Constitucional – Aula 4
Continuação...
d) rígida
É quando para modificar a constituição é necessário passar por um difícil processo de modificação, um processo mais solene do que os das leis comuns. Uma PEC para ser aprovada é necessárioser elaborado um projeto e encaminhar para votação no primeiro turno serrão necessários 3/5 (308) de votos favoráveis, a mesma quantidade será necessária para aprovação em segundo turno na câmara. No senado federal será necessário 3/5 dos senadores, totalizando 49 senadores no primeiro e segundo turno.
Superrígida
Art. 60 § 4º - Não pode ser mudado
Cláusula Pétrea da constituição que não pode se modificar. Alexandre de Moraes entende que nossa constituição é superrígida, pois tem parte bem difícil de ser modificada e uma pequena parte imutável. 
OBS: Alexandre de Moraes entende ser a CF Super rígida
			Direito Constitucional – Aula 5
f) flexível
As normas constitucionais ocupam o mesmo espaço das normas comuns. Todas as normas constitucionais passam pelo mesmo processo das leis comuns no caso de alterações.
Pode ser modificada por intermédio de um procedimento legislativo comum
3.3 QUANTO À FORMA
a) escrita
A constituição Brasileira é 99% escrita, contendo 250 artigos. Todos os artigos de matéria constitucional se encontram de forma codificada em um documento único.
todos os dispositivos são escritos, estando inseridos em um único documento, de forma codificada
b) não escrita/consuetudinária
Não escrita ou consuetudinária é formada por uma variação de documentos, diferente da escrita que reúne todos os artigos em um documento único. A não escrita também utiliza a jurisprudência.
-As normas e princípios encontram-se em fontes normativas diversas
3.4 QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO
a) dogmática/ortodoxa
Rompe com o ordenamento jurídico anterior, fundando uma nova constituição em uma ocasião determinada. 
b) histórica
Se constrói gradativamente incorporando novos direitos a uma constituição previamente existente. 
3.5 QUANTO À EXTENSÃO
Analisa se a constituição é longa e necessária ou pequena e enxuta. 
analítica/prolixa/ampla
É a constituição que traz em seu corpo normativo normas de âmbito não constitucional e normas constitucionais. (Constituição longa e cheia de informações desnecessárias) Constituição Brasileira
concisa/sintética/reduzida
É a constituição que delimita apenas matéria constitucional. Versa somente sobre os assuntos de interesse do estado.
3.6. QUANTO AO CONTEÚDO (Aquilo que a constituição visa tratar)
a) material – Considera constitucional algumas matérias especificas que tratam de assuntos relevantes, entre 8 e 9 artigos.
Forma de estado e de governo, competência de entes federativos e direitos e garantias fundamentais. 
Na material não interessa a posição hierárquica, interessa o assunto.
Considera constitucional toda norma que tratar de matéria constitucional, independentemente de estar tal diploma inserido ou não no texto da constituição. 
Matéria constitucional (não pacificado): estruturação da forma de estado, regime, sistema e forma de governo, repartição de atribuições entre os entes estatais, direitos e garantias fundamentais do homem
B) formal (Atual constituição brasileira) “a norma é relevante”
Tudo aquilo que a constituição trouxer como matéria constitucional. A forma é o mais relevante nesta classificação, pois fala de procedimento.
Ou está na constituição no ato da edição ou adicionada por uma emenda.
“são todas as normas inseridas no texto da constituição, independente de versarem ou não sobre assuntos tidos por constitucionais”
Considera tudo que está na constituição como constitucional.
3.7 QUANTO À FINALIDADE
a) Garantia
Visa garantir os direitos que já foram conquistados
b) Balanço
Olhar voltado para o presente, algo que não existe mais.
São próprios dos regimes socialistas (1924, 1936, 1977 e da URSS) o olhar se volta para o presente
c) dirigente
Olhar voltado para o futuro. Lança expectativas para o futuro. (Doutrinariamente nossa constituição é dirigente) 
3.8. QUANTO à INTERPRETAÇÃO
a) nominalista
As normas são claras e inteligíveis.
b) semântica
Exige um maior esforço utilizando maiores métodos para interpretação.
3.9. QUANTO à CORRESPONDÊNCIA COM A REALIDADE – CRITÉRIO ONTOLÓGICO
Pretende avaliar o grau de comunicabilidade entre o texto constitucional e a realidade a ser normatizada. Critério criado por Karl Loewnstein
a) normativa (Realidade) 
Há compatibilidade entre o texto constitucional e a realidade que ele tutela. É uma constituição efetiva, porque cumpre tudo aquilo que ela faz. 
b) nominativa
Tenta, embora de modo frustrado, alcançar a realidade social e política e financeira.
Tem desejo de concretizar o que está escrito, mas não consegue realizar a vontade do estado - 
c) semântica
Não objetiva tratar da realidade fática, pois o poder foi usurpado.
Nunca pretendeu conquistar uma coerência
3.10. QUANTO À IDEOLOGIA (OU QUANTO A DOGMÁTICA)
“Convicções”
a) eclética (ou heterogênea)
Variedade de pensamento na elaboração das normas constitucionais. Nossa constituição é eclética, pois foi elaborada por vários membros da assembleia constituinte.
b) ortodoxa
Existe a preponderância de pensamento único, típico de regimes ditatoriais.
3.11. QUANTO AO SISTEMA
a) Principiológica
São os vetores que apontam para decisões subjetivas a serem adotadas pelo juiz no caso concreto. Existe maior carga valorativa (leva mais em conta a opinião do juiz).
Variável de acordo com o caso concreto. Faz uma análise subjetiva – (Se matar, sempre será homicídio, regra variável conforme o caso concreto) – Regra que avalia informação x sigilo da fonte.
b) Preceitual
Os preceitos são normas impositivas com maior facilidade para serem aplicadas, tendo em vista que o legislador já definiu previamente as hipóteses aplicáveis no caso concreto.
Tudo ou nada – se baseia unicamente na regra.
Direito Constitucional – Aula 6
3.12. QUANTO AO LOCAL DA DECRETAÇÃO
a) heteroconstituição (ou Constituição heterônima)
A constituição é formulada por estado diverso de onde vigorará.
Outro estado faz a sua constituição.
b) autoconstituição (ou Constituição autônoma)
É o próprio Estado que organiza e regulamenta as suas normas.
É o Estado que elabora a sua própria constituição
3.13. QUANTO AO OBJETO/ CONTEÚDO
a) liberal
Nas constituições liberais é possível visualizar o ideal “liberdade” pelo qual requer-se a não intervenção estatal. É a geração dos direitos civis e políticos.
Normas relacionadas aos direitos civis e políticos, ideia de liberdade onde o Estado não intervenha. 
b) social
É aquela que tutela, sobre tudo, direitos sociais, econômicos e culturais, visando a promoção do bem-estar social.
		
			Direito Constitucional – Aula 7
4. CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA
QUANTO À ORIGEM: Democrática – teve a participação do povo.
QUANTO À MUTABILIDADE: Rígida – passa por um rigor elevado para alteração, visto que é a norma mãe. 
QUANTO À FORMA: Escrita – majoritariamente escrita.
QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO: Dogmática – Elaborada em uma ocasião especial – rompe com a constituição anterior.
QUANTO À EXTENÇÃO: Analítica – Constituição detalhada e extensa.
QUANTO AO CONTEÚDO: Formal – Considera norma constitucional tudo o que está na constituição.
QUANTO À FINALIDADE: Dirigente – Constituição programática que visa o futuro.
QUANTO À INTERPRETAÇÃO: Semântica – pois é preciso utilizar vários métodos interpretativos para entender a constituição.
QUANTO A CORRESPONDENCIA COM A REALIDADE: Normativa – retrata com compatibilização a realidade social
QUANTO À IDEOLOGIA: Eclética – Pois existe uma variedade de pensamentos na elaboração da constituição.
QUANTO AO SISTEMA: Principiológico – a rega tem que ser aplicada por inteira – varia de acordo com o caso concreto.
QUANTO AO LOCAL DA DECRETAÇÃO: Autoconstituição – O próprio país elabora.
QUANTO AO OBJETO: Social 
			História das Constituições Brasileiras
Constituição de 1824 – Monarquia de D. Pedro I
Unitária: Formato unitário, era de acordo com o pensamento de D. Pedro, tudo era decido por ele. (Capitanias Hereditária, herdada). As pessoas obedeciam a ordem direta de D. Pedro.
Absoluta: Imperador com origem hereditária.
Poder Moderador:Poder especifico do imperador, grande diferencial da constituição de 1824. A ultima palavra era do imperador que estava acima dos outros poderes. 
O Senado e o poder judiciário tinham os seus membros escolhidos pelo imperador.
Religião Oficial: Católica 
Voto Censitário (Câmara dos deputados): Só votava quem tinha muito dinheiro.
Constituição de 1891 – República (Constituição mais enxuta)
Federalismo: Várias pessoas capazes de mandar, delegação de poderes: Legislativo, estados.
Províncias: o termo foi transformado em estado membro – municípios.
Presidencialismo: Sai da figura do monarca para a figura de uma pessoa democraticamente pelo povo.
Senado não vitalício: O senado e câmara dos deputados são eleitos junto com o presidente.
Voto direto
Extinção do poder moderador
15 membros do STF
 Habeas corpus: Garantia constitucional que visa a tutela do direito de liberdade de locomoção.
Sem religião oficial
Constituição de 1934 – Getúlio Vargas – Regime democrático e com fortes avanços sociais
Mulher com direito à voto. Homens votam a partir dos 21 anos.
Poder legislativo: Câmara dos deputados mandava mais e o senado apenas auxiliava, eram eleitos pelo povo.
Poder judiciário: Para o poder judiciário era estabelecido concurso.
Poder executivo: Presidente
Federalismo: Existia processo de escolha para governadores. Tenha parcela de autonomia, mas não eram todo independente.
Justiça Eleitoral
Justiça do trabalho: criada para fiscalizar o cumprimento das normas do trabalho.
Constituição de 1937
Polaca: Forte inspiração na constituição da Polônia. 
Vargas manteve alguns dispositivos da constituição de 34 na de 37 e governou com base nas disposições transitórias. Ele tinha uma espécie de poder moderador, colocava todo o poder para ele.
Exacerbação de interventores e revogação das constituições estaduais – Nomeou interventores e revogou as constituições estaduais.
Serviço de informação – Criou um sistema para assegurar que ele conseguiria executar a ditadura. Regime de total censura, com isso ele neutralizava as forças opositoras.
Direito Constitucional – Aula 8
Pena de morte: Para crimes políticos ou homicídios com resquícios de crueldade.
CLT: Consolidação das leis trabalhistas. Junção de todos os direitos que foram criados em um código intitulado de CLT.
Tortura: Era permitida pelo estado.
Dissolução de partidos: extinguiu os partidos políticos.
Sem religião: A única constituição que tinha religião oficial era a de 1824.
 5) Constituição de 1946
Povo com fonte de poder: Saída do regime ditatorial para o regime promulgado. O poder emana do povo, processo eleitoral democrático.
Sem religião: Não tinha religião oficial.
Federação: Possibilidade de eleição para os governadores e prefeitos. Autonomia da união, estado e município. 
3 poderes: Pleno funcionamento dos poderes executivo, legislativo e judiciário.
Câmara e Senado Federal: O senado passou a ser intitulado de senado federal atuava em conjunto com a câmara. Na constituição anterior a câmara detinha mais poder que o senado.
Partidos Políticos: Os partidos foram reestabelecidos.
Vedação à pena de morte: Extinção da pena de morte.
Declaração de direitos: Após as restrições em virtude da ditadura, foram expostos todos os direitos do indivíduo. 
Direito trabalhista: Manutenção dos direitos trabalhistas.
Em 64 ocorreu o golpe militar, os militares governaram com os atos.
Constituição de 1967 – Militarismo
A constituição de 1967 era um plágio da de 46 somente para formalizar. Houve algumas modificações acrescentando pena de morte e tortura. Existiam apenas dois partidos. Houve a manutenção dos direitos trabalhistas.
Centralização do poder executivo 
Eleições indiretas para presidente: Os militares que estavam no poder faziam uma eleição entre si para escolher o presidente.
Pena de morte: A pena de morte era permitida em caso de questão de segurança nacional. O conceito de segurança nacional era determinado pelos militares.
Atos institucionais: O ato mais famoso que vigorou foi o ato de número 5, que estabeleceu o fechamento do congresso, censura, restrições de direitos fundamentais.
Os atos eram gravosos e instrumento de conduta e repressão. Os militares tinham o poder de desfazer qualquer ato de outros poderes.
Toda CF/46 no âmbito formal
Emenda constitucional /69 ou constituição de 1969
AI 5.
Em 69 foi mantida a ditadura e foi feita a consolidação dos atos institucionais, atos estes que estavam acima da constituição. Os atos foram inseridos na constituição em 69. No total foram 21 atos editados pelos militares.
O ato institucional 5 foi intitulado como o mais gravoso de todos pelo fato de ter fechado o congresso nacional e a partir daquele momento não tinha mais leis constitucionais e sim atos institucionais dos militares.
Em 1985 teve o início do movimento de redemocratização, onde várias pessoas ligadas aos movimentos foram as ruas pedirem diretas já.
Constituição de 1988
Em 1988, através de uma assembleia nacional constituinte foi instituída a constituição de 1988. 
	Supremacia da constituição:
É a constituição que fornece a base para todos os ramos do direito. Ela é suprema e estabelece hierarquia de normas, sendo assim, as normas constitucionais são mais relevantes que as outras normas porque elas determinam o que deve ser seguido pelos outros ramos do direito. 
Figura do art. 59 da CF com exceção do inciso I, esse artigo fala sobre quais são as leis existentes.
Abaixo da constituição e das leis estão os decretos e os regulamentos, estes que devem obedecer às leis e a constituição. Os decretos e regulamentos servem para complementar as leis. 
No ápice vai ficar a constituição originária e as emendas constitucionais, ou seja, em 1988 a redação surgiu de um jeito, mas depois de 88 veio as alterações que são chamadas de emendas constitucionais. Essas emendas após passar por um processo burocrático de votação foram inseridas na constituição.
Tratados Internacionais de direitos humanos
Os tratados internacionais que o brasil participar serão primeiramente aprovados pelo presidente da república, após assinatura do presidente o tratado precisa ser aprovado pelo congresso nacional. Conforme a aprovação do congresso nacional, esse tratado terá diversas posições hierárquicas. Para os tratados internacionais referentes a direitos humanos se foram aprovados com o mesmo rito de uma emenda constitucional passará a equivaler a uma emenda constitucional. Qualquer outro assunto do tratado será equiparado a uma lei normal.
Direito Constitucional – Aula 9
Tratados Internacionais de direitos humanos - 
Art. 5 § 3º
TI – Direitos Humanos: Se o congresso votar com o mesmo rito de uma emenda constitucional o tratado é equiparado a uma norma constitucional. Mas em situação do tratado ser votado por maioria absoluta em um turno nas duas casas ele não entrará na constituição, mas estará acima das outras leis visto que todos os tratados de direitos humanos não podem ser tratados como uma lei comum. Mas se não tiver quórum para emenda constitucional, este será enquadrado como supralegal.
TI – Outras matérias: Será considerado como uma lei ordinária (comum). É aprovada pela maioria dos presentes no congresso 50% mais 1.
 Princípios instrumentais de interpretação da constituição
Nota: “Princípios são métodos interpretativos aplicáveis à constituição” 
Princípio da supremacia da constituição: Em virtude de a constituição ocupar o ápice do ordenamento jurídico, todas as demais normas só serão válidas quando em conformidade com ela. Todas as leis têm que ser interpretadas conforme a constituição (não pode violar o princípio constitucional)
Princípio da interpretação conforme a constituição: Havendo mais de uma interpretação deve-se adotar a que melhor se adeque a constituição.
Comentário: Ocorre em caso de normas polissêmicas ou plurissignificativa, ou seja, existem várias interpretações doutrinárias possíveis, mas tem que ser adotada a interpretação que esteja mais de acordo com a constituição.Normas Polissêmicas: Diante de mais de um sentido, é adotado o sentido que seja mais compatível com a constituição. 
Presunção Relativa de constitucionalidade: Várias interpretações de uma norma e todas elas são inconstitucionais, com isso abre precedente para ação de inconstitucionalidade.
Princípio da presunção da constitucionalidade das normas: Em virtude de os poderes públicos extraírem suas competências da constituição, e por passar as normas por processo formal para aprovação, presumisse-a que estão de acordo com a constituição. Cabe prova em contrário (Presunção relativa)
Comentário: A norma passa pela comissão de constituição e justiça para análise e alteração, caso seja inconstitucional. Após análise e sanção, caso seja identificada alguma violação da constituição é passível de presunção relativa (ação direta de inconstitucionalidade)
Princípio da Simetria Constitucional: Constituição Estadual e Lei orgânica municipal devem seguir os paradigmas traçados pela constituição federal, não podendo dispor em contrário, mas com competência para preencher as lacunas.
Comentário: Lei orgânica Municipal não pode violar a Constituição Estadual e a Federal. Já a constituição estadual não pode violar a Constituição Federal. Cabe as constituições menores aprofundar assuntos versados na constituição federal.
Princípio da unidade da constituição: Consiste na interpretação harmônica entre normas constitucionais evitando-se o antagonismo entre elas.
 Visualiza e interpreta o ordenamento jurídico como um todo. 
Princípio do efeito integrador: A norma constitucional deve ser interpretada de modo a atribuir efeitos que integrem a sociedade e política. 
Princípio da Harmonização ou Concordância Prática: Havendo colisão entre bens constitucionalmente protegidos, o interprete deve reduzir proporcionalmente o âmbito de atuação de cada um deles, não implicando o sacrifício total de cada um deles.
Na teoria princípios constitucionais da mesma hierarquia estão todos de acordo, mas na prática se confrontam. O que fazer? Pelo fato de estarem na mesma hierarquia, o princípio deve ser analisado pelo caso concreto para ver qual irá prevalecer.
Princípio Máxima efetividade ou eficiência: Impõe que na interpretação deve-se atribuir o sentido que conceda a maior efetividade possível à norma constitucional.
Quando estivermos fazendo uma leitura constitucional, temos que fazer uma interpretação da eficiência. 
Princípio da Conformidade constitucional ou justeza: 
Princípio que visa que todo estado democrático tenha um órgão que guarde a constituição. Esse órgão garante que a norma constitucional não será violada, aplicando a justiça ao caso concreto. Esse órgão no Brasil é o STF.

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