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Boa fé e má fé

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BOA FÉ OBJETIVA E SUBJETIVA
5) Abuso de Direito: Também é chamado de exercício abusivo de posições jurídicas, configura-se quando uma autoridade se utilizar de seu ofício e posição soberana para transgredir o que lhe é incumbido. 
Tanto que dispõe o CC 2002 no Art. 187: “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente, os limites impostos pelo seu fim social e econômico, pela Boa-fé e pelos bons costumes.” 
O exercício de poder deve ter algum beneficio, se for só p prejudicar alguém é ilícito.
Boa-fé subjetiva (Código Civil de 1916): é a crença - pressuposta - da boa
intenção entre as partes. há necessidade de comprovação da má-fé, existindo condição
de “ônus probandi” para comprovar que há ou houve a intenção de prejudicar. Em outras
palavras, é preciso provar que a pessoa sabia que tava agindo de má-fé e teve intenção
de prejudicar. Por isso, é possível dizer que no CC 1916 esse tipo de prova era
praticamente impossível (diabólica).
Boa-fé objetiva (Código Civil de 2002): é o padrão de conduta que envolve a
honestidade, ética e lealdade dos compromissos. o Código Civil de 2002, portanto,
estabeleceu um padrão de conduta, qual seja ético, de boa fé, de lealdade e
honestidade.
Ex. Penhora de salário → Há um princípio no sistema jurídico brasileiro de que
não se pode penhorar salário, pois as pessoas não podem perder a sua dignidade e os
seus recursos fundamentais para pagar uma dívida. Conquanto, infelizmente abriu-se
uma brecha e uma exceção para os bancos que sob contrato de empréstimo consignado
podem penhorar o salário de quem faltar com os pagamentos 
7) Tríplice função da boa fé objetiva (boa fé do CC):
Função de interpretação dos negócios jurídicos. Interpreta-se se há conduta honesta, boa fé. Art. 113: Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
Contrato paritário (igualdade de negociação entre as partes);
Os contratos paritários são espécie de contrato em que as partes se encontram em igualdade de condições para discutir os termos do ato do negócio e fixar as cláusulas e condições contratuais; esta igualdade entre os sujeitos do negócio jurídico vincula o contrato paritário ao princípio da autonomia da vontade, ou seja, é a igualdade de negociação entre as partes.
Contratos de adesão → É o contrato redigido somente pelo fornecedor, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.
Art. 54 do CDC: “contrato de adesão é aquele
cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços,
sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu
conteúdo”.
iii) 	Exemplos de cláusulas abusivas: cláusulas abusivas - interpretadas - são
nulas, uma vez que trata-se de um contrato imposto por uma parte;
1) Empresas que tentam se eximir de culpa sob furto de veículo ou
reparação de danos ocorridos em seu estacionamento, vide
súmula 130 do STJ;
2) Planos de saúde não podem limitar o tempo de internação
hospitalar, vide súmula 302 do STF.
Função de controle: O abuso de direito é também é chamado de exercício abusivo de posições jurídicas, configura-se quando uma autoridade se utilizar de seu ofício e posição soberana para transgredir o que lhe é incumbido.
i) “Venire contra factum proprium” (agir contrariamente aos próprios atos):
proíbe-se o comportamento contraditório. Exemplo: fornecer ponto
facultativo a funcionários (públicos) em dias de jogo da Copa do Mundo e
exigir, posteriormente, reposição ou desconto no salário nos dias perdidos.
Ou, ainda, exigir o apartamento de locatário (inquilino) que recentemente fez reforma no apartamento do locador (proprietário), tendo apalavrada a renovação pressuposta do contrato, uma vez que a reforma foi executada. Também, o sinal pago em entrada na compra de apartamento é necessária a devolução equivalente.
No caso acima a pessoa quer ficar com o apto., porem o dono é que agiu de má-fé. Disse que faria a renovação só que depois que o inquilino reformou disse que não ia mais renovar...
ii) “Tu quoque”: a pessoa não pode valer-se da própria torpeza; conforme art.
180 do CC, em um ato ilícito cometido não pode ser justificado para
desvalidar contrato firmado. Ex: um menor desprovido da completude da
sua capacidade bem como um indivíduo(a) que falsifica a assinatura do
cônjuge não pode utilizar-se do ato ilícito para descumprir contrato.
i) “Supressio”: é o abandono - pelo desuso - de uma posição jurídica.
Empresa que não se manifestou contra funcionário que fez diversos
empréstimos em nome da empresa, extravasando um limite de valor
estabelecido após um largo tempo.
iv) “Surrectio”: assunção de uma nova posição - em relação ao abandono de
outra - jurídica. Não cobrar reajuste de aluguel por 5 anos não dá direito
ao locador pedir dinheiro retroativo referente a esses 5 anos não
reajustados.
v) “Duty to mitigate the losses” (dever de mitigar as perdas): dever de praticar
atos de preservação de seu direito para diminuir as próprias perdas. Dever
de se preservar. . Ex: carro financiado que acaba apreendido pelo banco por falta de pagamento e fica parado no pátio sendo desvalorizado
o credor não pode agravar sua situação danosa, pelo contrário, quando possível, deverá atuar para minimizar a sua perda.
3) Função de Integração: conforme Art 422 do CC. diz respeito aos contratos e
significa que as relações contratuais devem estar pautadas pelo princípio da
boa-fé objetiva.
Obrigação → segue um processo
1) Negociações;
2) Propostas;
3) Aceitação;
4) Execução.
ii) Cria-se assim, deveres anexos de conduta. E.g. o médico tem a obrigação
de informar o paciente sobre a situação e todos os procedimentos
necessários.
Dever principal → Objeto de contrato
(a) Compra e venda → Vendedor deve entregar o produto e o
comprador pagar o preço ao vendedor.
2) Deveres anexos → implícito
(a) Informação;
(b) Esclarecimento;
(c) Cooperação;
(d) Lealdade;
(e) Não causar dano contra a outra parte;
(f) Colaboração
(g) Sigilo.

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