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Empréstimos por Obrigações

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1 
 
Índice 
 
Introdução ..................................................................................................................................... 2 
Empréstimos Por Obrigações ...................................................................................................... 3 
Características ............................................................................................................................... 3 
Conceitos Indispensáveis .............................................................................................................. 4 
Valor Nominal (VN) ................................................................................................................... 4 
Preço de emissão (PE) ................................................................................................................. 4 
Valor de Reembolso (VR) ........................................................................................................... 5 
Prazo ............................................................................................................................................ 6 
Formas de Amortização .............................................................................................................. 6 
Modalidades dos Empréstimos Obrigacionistas ........................................................................ 7 
Valorização de Obrigações ......................................................................................................... 10 
Obrigações de Taxa Fixa ........................................................................................................... 10 
Obrigações de Taxa Variável .................................................................................................... 10 
Medida de Rendibilidade – Yield to Maturity .......................................................................... 11 
Medidas de Risco......................................................................................................................... 11 
Rating ........................................................................................................................................ 12 
Duração ou Tempo Medio de Vida ........................................................................................... 13 
Garantia De Capital ................................................................................................................... 14 
Risco De Mercado ..................................................................................................................... 14 
Risco De Rateio ......................................................................................................................... 15 
Risco De Crédito ....................................................................................................................... 15 
Risco De Remuneração ............................................................................................................. 15 
Diferenças entre Acções e Obrigações....................................................................................... 16 
Conclusão ..................................................................................................................................... 17 
Bibliografia ....................................................................................... Erro! Marcador não definido. 
 
 
 
 
 
2 
 
 
Introdução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Empréstimos Por Obrigações 
As obrigações são títulos representativos de um empréstimo contraído pelo emitente da obrigação 
(tipicamente uma empresa, entidade publica ou um estado soberano), os quais podem ser subscritos 
pelos investidores em parcelas (valor nominal) do valor total do empréstimo. As obrigações 
constituem um activo para os investidores (recebem juros) e um passivo para o emitente 
(implicando um custo de financiamento). Conferindo um direito preferencial no reembolso 
relativamente às acções. Em caso de falência ou liquidação, o direito de reembolso do 
obrigacionista prevalece sobre o do acionista. 
Este empréstimo difere dos outros pelo facto de o seu valor nominal estar representado em títulos 
designados por obrigações, um empréstimo obrigacionista é uma forma de financiamento na qual 
as entidades emitentes (empresas, entidade publica ou um estado soberano) optam por emitir 
obrigações, permitindo ao investidor a participação directa na concessão de crédito através de um 
empréstimo. A obrigação, será um titulo representativo de uma fracção do empréstimo emitido, O 
seu detentor – obrigacionista – representa um credor da entidade emitente, tendo o direito não só 
ao valor nela inscrito – valor nominal – como também aos juros vencidos e outras importâncias a 
que a entidade se obrigou, quando procedeu à sua emissão. 
 
Características 
Apresentam as seguintes características 
 
a) permitem ao mutuário a reunião de um maior volume de capitais; 
b) permitem a repartição da responsabilidade do mutuário por um grande número de 
mutuantes, isto é, em vez de um “grande credor” existem muitos “pequenos credores” da 
entidade que contraiu o empréstimo; 
c) são transmissíveis não necessitando para isso de qualquer autorização do devedor; 
d) são uniformes, por serem idênticas e emitidas em série; 
e) são indivisíveis, pois não podem ser fraccionadas em partes; 
f) conferem um direito preferencial no reembolso relativamente às acções – em caso de 
falência ou liquidação da sociedade, o direito de reembolso do obrigacionista prevalece 
sobre o do accionista. 
 
4 
 
A obrigação, será um titulo representativo de uma fracção do empréstimo emitido, O seu detentor 
– obrigacionista – representa um credor da entidade emitente, tendo o direito não só ao valor nela 
inscrito – valor nominal – como também aos juros vencidos e outras importâncias a que a entidade 
se obrigou, quando procedeu à sua emissão. 
 
Adicionalmente, as condições de emissão de obrigações podem incluir cláusulas contratuais 
destinadas a garantir os direitos dos obrigacionistas, nomeadamente o pagamento atempado dos 
juros e o reembolso do capital, o que, consoante a sua qualidade, poderá elevar o rating (processo 
que permite aferir da probabilidade de incumprimento por parte da entidade emitente. Quanto mais 
elevada for a probabilidade de a emitente vir a cumprir o serviço da dívida, melhor será o rating 
da empresa) da emissão. 
 
Conceitos Indispensáveis 
Alguns dos elementos que caracterizam um empréstimo obrigacionistas são comuns a todas as 
emissões. Obviamente que são estes últimos elementos que, associados às características 
específicas de cada emitente, diferenciam as emissões, existem conceitos que não podem ser 
dispensados a sua compreensão como valor nominal (VN), preço de emissão (PE), valor de 
reembolso (VR), taxa de juro, prazo, formas de amortização e opção de reembolso. 
Valor Nominal (VN) 
É valor que é inscrito no título. O valor nominal comum varia muito por exemplo em Portugal, o 
valor nominal mais comum é de 1 000 euros aproximadamente 70 000 meticais, embora nas 
emissões de dívida pública superior a esse valor, é o valor facial do título, sobre o qual incide a 
taxa de cupão para o cálculo dos juros. 
 
Valor nominal do empréstimo = Nº de obrigações emitidas * VN 
Preço de emissão (PE) 
É o preço ao qual as obrigações são colocadas à disposição dos investidores. Ou seja, é o valor a 
que as obrigações são emitidas em mercado primário. De notar que este valor é por vezes diferente 
do valor nominal, uma vez que, o empréstimo pode ser emitido acima ou abaixo do par. 
 
5 
 
O preço que tem de pagarquem pretende adquirir uma obrigação no momento da emissão. O preço 
da emissão pode ser ou não diferente do valor nominal: se o preço for superior, trata-se de uma 
“emissão acima do par”, designando-se a diferença entre o preço de emissão e o valor nominal da 
obrigação por “prémio de emissão”, se for inferior, a emissão diz-se “abaixo do par” ou que os 
títulos são emitidos “a desconto”. Se o preço coincidir com o valor nominal, a emissão é realizada 
“ao par”. 
PE>VN Emissão acima do par em que, PE-VN=Prémio de emissão. 
PE=VN Emissão ao par 
PE<VN Emissão abaixo do par 
Valor emitido=Nº de obrigações emitidas * PE 
De notar que o valor pelo qual as obrigações são emitidas, não é normalmente o capital 
efectivamente recebido pela empresa, uma vez que existem despesas de emissão a suportar pela 
empresa, assim sendo: 
 
Encaixe do empréstimo=Nº obrigações emitidas * PE – Despesas de emissão 
 
O encaixe do empréstimo não é mais do que o dinheiro que entra efectivamente na empresa, ou 
seja, é o financiamento efectivamente obtido. 
Valor de Reembolso (VR) 
valor pelo qual as obrigações são reembolsadas no fim do empréstimo, para amortizar o capital 
cedido, em outras palavras pode-se afirmar que é o é o montante que a entidade emitente paga ao 
detentor da obrigação para proceder à amortização da dívida contraída. 
 
De uma forma geral, o reembolso das obrigações é efectuado ao valor nominal, mas também pode 
ser efectuado por um valor diferente. 
Quando o reembolso é feito acima do valor nominal diz-se que o reembolso é “acima do par” e o 
diferencial entre os valores do reembolso e nominal constitui o prémio de reembolso. Este valor é 
geralmente igual ao valor nominal, e então se diz que o reembolso é ao par. Porém pode ser acima 
do par (para tornar os empréstimos mais atractivos), ou abaixo do par (situação pouco comum). 
 
 
 
6 
 
VR>VN Reembolso acima do par em que, VR-VN=Prémio de reembolso. 
VR=VN Reembolso ao par 
VR<VN Reembolso abaixo do par 
Capital a reembolsar=Nº obrigações * VR 
 
No caso de a taxa ser variável, a remuneração das obrigações é indexada, podendo a indexação ser 
de dois tipos: Indexação Financeira e Indexação real. 
a) Indexação Financeira – esta indexação pode ser referida a uma taxa de juro representativa 
das taxas que vigoram no mercado, ou um índice. 
 
Taxa de cupão=taxa de referência + spread → spread aditivo 
Taxa de cupão=taxa de referência * (1+spread) → spread multiplicativo 
 
b) Indexação real – neste caso a indexação é referida à evolução do preço de um determinado 
activo real, que geralmente varia de acordo com a taxa de inflação. Como por exemplo, a 
indexação ao preço do petróleo. 
Prazo 
É o período de tempo que medeia o início do empréstimo e o reembolso total das obrigações, é o 
momento do último reembolso de capital. A vida máxima de um empréstimo obrigacionistas 
corresponde ao período de tempo que medeia entre a data de emissão e o momento do último 
reembolso do capital. O momento final da vida máxima designa-se por “maturidade”. Quando o 
empréstimo não é reembolsado de uma só vez, é comum falar-se de “vida média” do empréstimo. 
 
Formas de Amortização 
Há diversas formas de um empréstimo obrigacionista. A mais comum é o reembolso da totalidade 
do capital na maturidade, e é designada de amortização única. A empresa emitente pode, no 
entanto, optar por reembolsar o empréstimo através de várias amortizações de capital, das quais 
destacamos as seguintes: 
 
a) Amortização em Série: o empréstimo é dividido em séries, sendo cada série reembolsada 
numa determinada data definida à priori; 
 
7 
 
b) Amortização por sorteio: são também amortizações repartidas ao longo da vida do 
empréstimo, em data já definida, mas a escolha das obrigações reembolsadas em cada data, 
é feita por sorteio. 
 
Opção de Reembolso 
É uma característica que só existe quando expressamente prevista nas condições de emissão das 
obrigações. O reembolso antecipado das obrigações pode ocorrer por iniciativa do investidor (put 
option ou opção de venda) e por vontade do emitente (call option ou opção de compra), as 
obrigações com opção de compra (call option) conferem à entidade emitente o direito de amortizar, 
parcial ou totalmente, as obrigações antes de atingirem a maturidade. 
 
A amortização antecipada faz-se, geralmente, ao valor nominal, mediante o pagamento de um 
prémio de reembolso sobre o valor nominal. Quanto mais longo for este período maior será o 
prémio da opção, uma vez que o risco de haver alterações das taxas de juro no mercado também é 
maior. 
 
Modalidades dos Empréstimos Obrigacionistas 
A inovação financeira tem marcado significativamente o mercado de obrigações, multiplicando-
se a cada momento o tipo de obrigações existentes. Sem pretender fazer uma descrição exaustiva 
de todos os modelos de obrigações, segue-se os tipos de empréstimos obrigacionistas mais 
frequentes são: Obrigações Clássicas, remuneração variável ou indexada, capitalização 
automática, Warrants, convertíveis, cupão zero, hipotecárias, subordinadas e dívida pública. 
 
Obrigações Convertíveis 
Obrigações que conferem aos seus titulares o direito de conversão em acções da sociedade 
emitente. Estas obrigações só podem ser emitidas pelas sociedades cotadas na Bolsa de valores. 
Os obrigacionistas só têm direito ao juro das respectivas obrigações até ao momento da conversão, 
altura no qual a obrigação extingue-se. As obrigações convertíveis são um dos denominados 
instrumentos híbridos de financiamento. 
 
8 
 
 Aqui não há registo de nenhum movimento de cash flows, na medida em que a remuneração é 
paga em espécie. Quando uma empresa emite este tipo de obrigações, o que se verifica é uma 
diminuição da dívida e um aumento do capital próprio na estrutura de capitais da mesma. 
 
a) Vantagens para o emitente: permite a emissão de obrigações com taxas de juro mais baixas, 
do que no caso de uma emissão tradicional e, no momento da conversão, os encargos 
financeiros são reduzidos uma vez que a obrigação é extinta. 
b) Vantagens para o subscritor: no caso, da empresa evoluir positivamente o preço da obrigação 
irá acompanhar essa tendência dada à opção implícita de compra de acções que a obrigação 
possui. 
 
Obrigações com Warrants 
São emitidas por sociedades com acções quotadas em bolsa, e conferem o direito à subscrição de 
uma ou várias acções a emitir pela sociedade em prazo determinado e pelo preço e demais 
condições previstos no momento da sua emissão. Os warrants são em inglês: call options, sendo o 
seu preço pago em dinheiro e tendo um prazo de exercício fixo. Aqui verificam-se movimentos de 
cash flows. 
A empresa, com a entrada de dinheiro, mantém a dívida, mas há um aumento de capital próprio. 
O direito do warrant pode ser vendido separadamente, ou seja, é destacável. Este tipo de 
instrumento híbrido de financiamento é bastante viável para empresas com um potencial de 
valorização grande, na medida em que uma vez que o warrant tem valor, o investidor é remunerado 
com um juro menor tendo como contrapartida um maior ganho potencial. 
 
Obrigações Clássicas 
São também designadas de obrigações simples. Conferem o direito a um juro fixo, o que permite 
conhecer à priori todos os cash flows da obrigação (juros e reembolso). Continua, no entanto, a 
incerteza relativamente à evolução das taxas de juro, em relação às mais ou menos valias em caso 
de venda. As obrigações do tesouro são geralmente obrigações clássicas, ou seja, têm uma taxa de 
juro fixa. 
 
 
9 
 
 
Obrigações de remuneração variável ou indexada 
Nestas obrigações como jáfoi visto essa indexação poderá ser financeira ou real. Qualquer que 
seja a forma de indexação de uma obrigação, o seu objectivo é sempre o acompanhamento da 
evolução do mercado, tornando mais justa a remuneração do empréstimo obrigacionista em causa. 
 
Obrigações de capitalização automática 
O juro é calculado periodicamente, mas só é pago na maturidade. Até lá, é adicionado ao capital 
em dívida no fim de cada período de capitalização. 
 
Obrigações de Cupão Zero 
São também conhecidas como obrigações sem cupão. Nesta modalidade de obrigações, não existe 
o pagamento periódico de qualquer rendimento, sendo efectuado um único pagamento no 
vencimento do empréstimo (geralmente igual ao valor nominal da obrigação). 
Essas obrigações são emitidas abaixo do par, isto é, com um desconto de emissão, e uma vez que 
não existe o pagamento de juros, o interesse do ponto de vista do investidor é exactamente este 
desconto que é a diferença o valor nominal (e de reembolso), e o valor de aquisição. 
 
Obrigações Hipotecárias 
São geralmente obrigações clássicas que, adicionalmente, concedem ao seu titular um privilégio 
de crédito especial sobre bens imóveis, cuja hipoteca é afecta á emissão. 
 
Obrigações Subordinadas 
São obrigações cujo pagamento de juros e reembolso de capital está subordinado, em caso de 
liquidação da empresa, às restantes dívidas da empresa. Isto é, só depois de todas as dívidas 
estarem liquidadas, e antes de remunerar os accionistas, é que a empresa pode liquidar os encargos 
relativamente às obrigações subordinadas. 
 
 
10 
 
Obrigações de dívida pública 
Estas, assim como as obrigações tradicionais, representam parcelas iguais de um empréstimo, a 
diferença é que, neste caso, o empréstimo é emitido pelo Estado. Uma obrigação de dívida pública 
caracteriza-se essencialmente por ser um activo sem risco de crédito e, de uma forma geral, com 
elevada liquidez. O Estado pode emitir obrigações à taxa fixa, ou à taxa variável. 
 
Valorização de Obrigações 
Obrigações de Taxa Fixa 
O valor de qualquer activo é determinado pelo somatório do valor actual dos cash flows, que se 
espera que esse activo venha a gerar no futuro, actualizados à taxa de rendibilidade exigida de 
acordo com o seu nível de risco. No caso de se tratar de uma obrigação, o método é o mesmo, ou 
seja, o valor de uma obrigação (Bo), é dado pelo somatório do valor actual de todos os cash flows 
que se prevê que esta venha a gerar no futuro (juros, reembolso e prémios), actualizados a 
rendibilidade exigida pelo mercado para aquele prazo e nível de risco (r): 
 
 
Em que: 
 Bo = Valor actual da obrigação; 
 r = rendibilidade exigida pelo mercado para aquele prazo e nível de risco. 
 t = nº de períodos que compõe o horizonte da análise. 
 
Obrigações de Taxa Variável 
No caso de se tratar de uma obrigação de taxa variável ou indexada, o cálculo do valor é mais 
complexo, uma vez que não é possível saber com exactidão os juros futuros da obrigação. 
Genericamente, a expressão é a seguinte: 
 
11 
 
 
Medida de Rendibilidade – Yield to Maturity 
Um aspecto fundamental na avaliação de obrigações é a sua taxa de rendibilidade. Esta é também, 
uma forma de avaliar o investimento em obrigações, sendo este tanto melhor, quanto maior for a 
rendibilidade esperada, para um dado nível de risco. Assim, dentro da mesma classe de risco, os 
investidores vão preferir o investimento que apresente a maior rendibilidade esperada. 
Uma das medidas mais utilizadas para medir a rendibilidade das obrigações é a Yield to Maturity 
(YTM). A YTM corresponde a Taxa Interna de Rentabilidade oferecida pela obrigação. É a taxa 
de rendibilidade oferecida pela obrigação, se o investidor a adquirir a Bo e a mantiver na sua posse 
até a maturidade. 
 
 
Uma obrigação é um bom investimento, quando a YTM é superior à taxa de remuneração do 
mercado. Neste caso, a obrigação proporciona uma rendibilidade (YTM) superior a outras 
alternativas de risco semelhante. Por exemplo, se o risco de investir numa obrigação for a mesma 
que investir num depósito a prazo, pode-se comparar a YTM da obrigação com a taxa de 
remuneração da obrigação para ver se é um bom investimento ou não. 
 
Medidas de Risco 
O risco é sempre um factor que deve ser ponderado em qualquer perspectiva de investimento em 
obrigações. Para além de outras medidas que possam existir para avaliar o risco, poderá ser 
utilizado o Rating ou a Duração para amenizar os riscos associados a um investimento em 
obrigações. 
 
12 
 
Rating 
É uma medida do risco de crédito, através da qual é possível avaliar a probabilidade de incumprimento 
por parte da empresa emitente. As agências internacionais, por exemplo, estabelecem várias categorias 
de risco, classificando depois, as empresas em cada uma dessas categorias. O rating é tanto melhor, 
quanto maior for à probabilidade da empresa fazer face às suas responsabilidades relativamente ao 
crédito. 
 
Rating Definição 
Aaa 
Uma emissão de obrigações com essa classificação é considerada como tendo a mais 
elevada classificação em termos de qualidade de crédito. O pagamento do capital e dos 
juros da operação é considerado como totalmente seguro. 
Aa Uma obrigação com esta classificação oferece condições muito seguras de pagamentos 
do capital e dos juros. 
A Uma obrigação neste nível tem uma capacidade forte de cumprir o pagamento de capital 
e juros, de qualquer forma é mais afectada pelos factores de enquadramento, sectoriais e 
específicos do emitente que as obrigações classificadas com níveis mais elevados. 
Baa Uma obrigação com esta classificação apresenta mais vulnerabilidade às condições 
económicas, gerais e sectoriais que podem criar enfraquecimento da capacidade de pagar 
capital e juros. 
Ba 
Uma obrigação classificada com “Ba” é considerada como apresentando características 
de especulação. A vulnerabilidade aos factores de enquadramento económico, geral e 
sectorial pode conduzir a uma capacidade inadequada de pagamento atempado de capital 
e juros. 
B 
Uma obrigação classificada com “B” é considerada como tendo uma vulnerabilidade 
grande aos factores de enquadramento económico e intrínsecos ao emitente que podem 
afectar os factores de segurança, muito embora no curto prazo apresente factores seguros 
do capital. 
 
13 
 
Caa 
Uma obrigação com esta classificação tem uma vulnerabilidade muito grande aos 
factores de enquadramento económico e intrínsecos ao emitente. 
Ca As obrigações “Ca” apresentam características de título altamente especulativo. 
C Uma obrigação com esta classificação é considerada como tendo muito pouca 
probabilidade de vir a pagar o capital e juros devidos. 
 
Duração ou Tempo Medio de Vida 
Por vida de uma obrigação entende-se o espaço de tempo durante o qual essa obrigação vai estar 
em circulação. É contada no espaço compreendido entre a data de sua emissão, ou da aquisição, e 
a data de amortização. Isto é, a vida de uma obrigação inicia-se com a sua emissão e finda com o 
seu reembolso. Desta forma, podemos distinguir três tipos possíveis: 
 Vida mínima, quando a obrigação é amortizada no reembolso imediato. Contando a partir 
da data de emissão, a vida mínima corresponde ao prazo de vencimento do primeiro 
reembolso de capital. 
 Vida máxima, quando a obrigação é amortizada no último reembolso, isto é, prazo de 
tempo decorrente para o último reembolso de capital. 
 Esperança de vida, corresponde à média aritmética ponderada entre o número de 
obrigações amortizadas em cada reembolso pelos respectivos prazos de reembolso. Na 
prática, a vida média representa a expectativa do prazode reembolso, na medida em que 
se conhecem os seus valores máximo e mínimo. 
 
Na prática é o tempo que o investidor tem de esperar até recuperar o investimento que fez. De 
salientar que, a duração é calculada na unidade de tempo do pagamento dos juros. (Se a 
capitalização dos juros for anual, a unidade temporal da duração é o ano, se os juros forem pagos 
ao semestre, a duração é obtida em semestres, e assim sucessivamente). 
 
Duração (𝐷) =
∑
𝐶𝐹𝑡
(1 + 𝑟)𝑡
∗ 𝑡𝑛𝑡=1
𝐵𝑜
 
 
14 
 
Exemplo: “Uma duração igual a 2,86 anos significa que o investimento é recuperado, em média, 
em 2,86 anos, apesar da maturidade ser de 3 anos.” 
 
Quando se verificam notações de crédito de qualidade variáveis, entre as obrigações de empresas 
e as obrigações das entidades da administração local, tal facto sugere uma necessidade de pesquisa 
e investigação rigorosa. Contudo, não é fácil avaliar a fiabilidade do crédito de uma entidade 
emitente sem ser feita uma análise profunda da situação financeira dessa entidade e da conjuntura 
financeira envolvente. Em complemento às Agências de Rating e porque alguns emitentes poderão 
não recorrer ainda a esta prática, recomendo sempre uma Análise às Demonstrações Financeiras 
dos últimos 3 anos das emitentes bem como às Projecções Financeiras para os próximos exercícios. 
Pode-se classificar os principais riscos de negociar em Obrigações nas seguintes classes: garantia 
de capital, risco de mercado, risco de rateio, risco de crédito, risco de remuneração 
 
Garantia De Capital 
A maioria das obrigações garante capital na maturidade. Existem contudo excepções, pelo que é 
importante a leitura de toda a documentação específica do produto antes da subscrição. Caso o 
investidor pretenda alienar as obrigações antes da maturidade, fica sujeito ao risco de mercado. 
 
Risco De Mercado 
Algumas emissões de obrigações podem ser negociadas no mercado de capitais. Nestes casos, o 
investidor fica sujeito às oscilações do preço das obrigações no mercado, podendo o valor do 
reembolso ser inferior ao preço inicialmente pago para as adquirir. Se as obrigações não forem 
admitidas à negociação no mercado, também há a possibilidade de reembolso antes da respectiva 
maturidade. Neste caso, cabe ao intermediário financeiro encontrar um investidor interessado em 
comprar essas obrigações, podendo o preço ser inferior ao esperado pelo investidor ou não haver 
procura no momento em que o investidor as pretende alienar. Outro factor a ter em conta é o risco 
de perda relativa, em caso de venda antes da data da sua maturidade. Dependendo das condições 
do mercado, o preço corrente da obrigação pode ser mais baixo do que o preço à data da sua 
emissão. Além disso, com a venda antecipada da obrigação, perdem-se também os juros 
acumulados entre a data de venda e a data de reembolso da obrigação. 
 
15 
 
Risco De Rateio 
Regra geral o rateio existe quando a procura supera a oferta. Assim sendo e supondo que um 
determinado emitente coloca no mercado um determinado montante de obrigações e que a procura 
supera a oferta, para satisfazer todos os interessados cada investidor só vai subscrever uma parte 
do que pretende investir. Dentro das opções de rateio a mais popular é a existência de um mínimo 
por parte do emitente para cada investidor e acima desse mínimo ocorrer o rateio. 
 
Risco De Crédito 
O risco de crédito depende da probabilidade de falência da entidade que emite as obrigações, pelo 
que existe a possibilidade de o investidor não receber o valor investido e/ou os juros, se o emitente 
enfrentar dificuldades financeiras. Quanto melhor for a situação económico-financeira da entidade 
emitente, menor será o risco de crédito. 
 
Risco De Remuneração 
O risco de remuneração está associado ao pagamento periódico de juros da obrigação. Nesse 
sentido, as obrigações clássicas de taxa fixa não estão sujeitas a este tipo de risco, uma vez que o 
valor dessa taxa é conhecido à partida. Este risco pode existir se, pelo contrário, os pagamentos 
não forem constantes ao longo do tempo, o que se verifica no caso das obrigações que tenham 
associada uma remuneração variável. As obrigações proporcionam dois tipos de rendimento: a 
diferença entre o preço de venda e de compra, por um lado, e os juros, por outro. Contudo, o 
rendimento total do investidor não pode divergir muito das taxas de juro que vigoram no mercado 
para títulos de risco e prazo idênticos. As obrigações emitidas há mais tempo têm de se ir ajustando 
à evolução das taxas de juro. A forma como se processa esse ajustamento varia consoante as 
obrigações sejam de taxa variável ou fixa. Ao remunerarem o investidor a uma taxa variável, as 
obrigações podem facilmente se ajustar às condições do mercado. Se houver uma subida das taxas 
de juro de mercado, o rendimento das obrigações (taxa de juro dos cupões) também sobe; se houver 
uma descida, acontecerá o contrário. Dessa forma, o preço (cotação) destas obrigações permanece 
relativamente inalterado, porque o ajustamento às taxas de juro de mercado é feito pela taxa de 
cupão. 
 
16 
 
Diferenças entre Acções e Obrigações 
A principal diferença resulta do facto de a obrigação ser um título representativo de uma dívida, 
onde o obrigacionista incorpora um direito de rédito, enquanto que uma acção é um título 
representativo do capital social de uma sociedade anónima. Ou seja, na prática, isso quer dizer 
que, enquanto um accionista é coproprietário da empresa, o obrigacionista é um credor dessa 
empresa. A partir daqui geram-se as demais distinções: os accionistas têm direito de voto e na 
repartição dos lucros, em contrapartida em caso de falência e de liquidação dos bens da empresa, 
o obrigacionista como credor tem prioridade sobre os accionistas. 
A determinação do rendimento dos dois activos também é bastante diferente. A rentabilidade da 
obrigação é pré-determinada no momento da emissão, com a fixação dos juros a pagar e as 
condições do reembolso, enquanto que o rendimento das acções está a depender da sua 
performance em bolsa que, em primeira instância, deve (ou devia) estar dependente do 
comportamento económico-financeiro da empresa. Mais, a obrigação tem uma duração definida à 
partida; ao invés, a acção é um título perpétuo que só se esgota com o desaparecimento da empresa. 
Finalmente, e numa observação pelo lado da empresa, constata-se que em termos fiscais o 
financiamento através de obrigações apresenta vantagens face as acções, dado que os juros pagos 
são considerados como um custo para o apuramento do lucro tributável, privilégio de que não 
gozam os dividendos distribuídos aos accionistas. Este autêntico “subsídio fiscal” à utilização de 
dívida contribui para que o financiamento por capitais alheios seja assegurado a taxas de juro 
substancialmente mais baixas do que o financiamento por capitais próprios. 
 
 
 
 
 
 
 
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Conclusão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
 
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MATEUS, Alves (1994). Exercícios Práticos de Cálculo Financeiro, Edições Sílabo, 2.ª Edição, 
LisboaSILVA, Armindo Neves (1993) "Matemática das Finanças - Volume I", McGraw-Hill, 2.ª Edição, 
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