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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MIN ISTRO PRESID EN TE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO... 
 
 
 
		TÍCIO, brasileiro, casado, engenheiro, portador do RG n° (número) e do CPF n° (número), residente e domiciliado (end. completo), nesta cidade, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa, com escritório (end. completo), endereço que indica para os fins do art. 39, I do CPC, com fundamento nos termos do art. 5º, L XXII da CRFB/8 8 e da Lei n° 9 507/97 vem impetrar o Presente 
HABEAS DATA
Em face do MINÍSTRO DE ESTADO DA DEFESA, com sede funcional (end. completo), aduzindo para tanto o que abaixo se segue: 
I - DO FORO COMPETENTE 
	O artigo 105, inciso I, “b”, da Constituição Federal, bem como o art. 20, I, “b”, da Le i 9507/97, estabelece que: 
“Compete ao Superior Tribunal de Justiça, processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal”. 
	Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade é originária do Superior Tribunal de Justiça. 
 
II - DO INTERESSE DE AGIR: 
	Nos termos do art.8º, parágrafo, único da Lei 9507/ 1997, comprovado o interesse de agir do impetrante, legitimador do presente Habeas Data, pois se juntam cópia do anterior indeferimento do pedido à ficha de informações pessoais, no período em que, Tício, foi monitorado pelos órgãos de inteligência vinculados ao s órgãos de Segurança do Estado. Como se verifica dos documentos juntados, a atitude da Autoridade Coautora viola flagrantemente, o direito do Impetrante em ter acesso, às suas informações pessoais e, portanto, de seu pessoal interesse, que estão nos arquivos públicos do período em que foi monitorado e preso para averiguações. 
 
III - DOS FATOS:
	O Impetrante na década de setenta, participou de movimentos políticos que faziam a posição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais. 
	Após longos anos, no ano de 2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos. 
 
IV - DO DIRE ITO 
	Ocorre que o art. 5º, LXX II, da CF/1988 assim dispõe: conceder-se-á “habeas-data”: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativa. No mesmo sentido é a redação do art. 7º, da Lei 9.507/1997. De outra banda o art. 5º, XIV da CF /1988 diz que é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional. 
	Ademais, o Art. 37, caput da CF/1988, assenta que administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
	Dessa forma, resta claro, que houve desrespeito aos dispositivos constitucionais ora elencados, pois ainda que haja ressalva do sigilo imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, não se pode confundir a preservação das atividades do Estado, com o direito, também, constitucional de ter-se acesso, somente, às suas informações pessoais, de interesse claramente particular. O sigilo estaria preservado e o respeito à Lei também, pois o acesso pretendido é somente dos dados pessoais do Impetrante, não houve e não há pedido para acesso de dados de terceiras pessoas constante dos arquivos públicos do período desejado. 
	Resta patente que o ato denegatório no fornecimento de informações do Impetrante, inclusive com o esgotamento da via administrativa, se mostra ilegal e abusivo, já que é contrário aos dispositivos Constitucionais que garantem o direito de acesso à informação de dados do Impetrante. 
 
V - DOS PEDIDOS:
Face ao exposto, requer o Impetrante que Vossa Excelência se digne: 
I) notificar o coautor sobre os fatos narrados a fim de prestar as informações que entender necessárias (art.9º, da Lei 9.507/1997); 
II) determinar a oitiva do representante do Ministério Público no prazo de cinco dias (art.12 da Lei 9.507/1997); 
III) julgar procedente o pedido, determinando ao Impetrado o fornecimento das informações pleiteadas (art.13 da Lei 9.507/1997) Considerando que o art. 5º, LXXVII da CF/1988, afirma que são gratuitas as ações de habeas data, e, na forma do Art. 1º, I da Lei 9.265/1996 são gratuitos os atos necessários ao exercício da cidadania, o Impetrante deixa de atribuir valor a respectiva ação. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e Data. 
ADVOGADO
OAB/UF

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