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Direito Processual II 5º semestre Parte 1 (1)

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RESUMO PROCESSO CIVIL II – 5º SEMESTRE- PROVA I
TUTELA PROVISÓRIA
Tutela Provisória são decisões interlocutórias e provisórias, ou seja, no curso do processo, e não são definitivas. Há dois tipos de tutela provisória:
Tutela Provisória de Urgência
Tutela Provisória de Evidência
A característica da tutela provisória, de evidencia ou urgência é a reversibilidade, ou seja, a possibilidade de voltar atrás. 
A tutela de urgência é a que mais se utiliza, e o que se está em jogo é o perigo da demora, porém também é necessário demonstrar a probabilidade de direito. Portanto deve conter probabilidade + perigo da demora.
Já a tutela de evidência, não é necessário apresentar o risco da demora, apenas a alta probabilidade de direito, pois como o próprio nome diz: é algo evidente.
1.1. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
Dentro do tipo tutela de urgência, há duas naturezas, ou seja, há dois tipos que se pode utilizar:
Tutela Antecipada
Cautelar
Nesses dois tipos de tutela, a uma liminar. 
Liminar, significa “inaudita altera parte”, que traduzido do latim, significa antes de ouvir a parte contrária.
Diferença entre a cautelar e a tutela antecipada:
Cautelar: Conforme artigo 305 a cautelar tem a finalidade de garantir o bom resultado do processo, demonstrando o perigo da demora. Serve para assegurar o direito. O pedido não é o mesmo da ação principal. Pode ser em caráter antecedente, quando for antes da petição inicial, ou pode ser incidental, no curso do processo.
Exemplo: você entra com ação de dissolução de união estável e partilha de bens, mas primeiro tem que reconhecer a união. Como você sabe que a outra parte esta se desfazendo do patrimônio (vendendo), ao ingressar com essa ação, você interpõe também (liminarmente) a ação cautelar requerendo o sequestro de bens, que nada mais é bloquear a venda daquele imóvel para a parte não fazer nada com ele. Percebe-se que o resultado final não é manter o bloqueio, este bloqueio é apenas para garantir que o resultado final, que é a partilha de bens, e que esta partilha seja realizada sem intervenções. 
Tutela antecipada: Já a tutela antecipada, é diferente da cautelar, pois o que se pede na tutela antecipada é o mesmo pedido da principal, conforme art 303. Chamamos de tutela satisfativa, uma vez que é antecipação do que vem na sentença. Também pode ser incidental e antecedente, por mais que não esteja expresso no código, igual esta na cautelar.
Exemplo: Você quer a suspensão de um protesto, então vc ingressa com uma ação de sustação de protesto, cumulada com indenização por danos morais. Porém, está em risco de vc ter o seu nome restrito, junto com a inicial vc pode pedir a tutela antecipada, ou seja, pede para o juiz sustar o protesto de imediato, alegando que se for esperar o curso do processo normal o seu nome vai para o cartório de protesto e vc vai ter prejuízos. A tutela antecipada é diferente da cautelar, pois o pedido da tutela é o mesmo da ação principal, que nesse exemplo é a sustação de protesto. 
Competência: A competência para a propositura da tutela provisória é sempre o pedido principal. Dessa forma se a ação principal estiver no tribunal, a cautelar/antecipada deve ser proposta no tribunal. Art 299.
Requisitos para se pedir Tutela Provisória de Urgência (cautelar ou antecipada): 
Probabilidade de direito: demonstrar convencimento;
Perigo de dano ou do resultado útil do processo: perigo da demora “periculum in mora”;
Reversibilidade: Não pode ter o risco de irreversibilidade, pois a decisão da tutela provisória, como o próprio nome já diz, é provisória. Porém, nem sempre esse requisito é cumprido no caso de tutela antecipada, por ex. no caso de uma cirurgia, o juiz concedeu a liminar para a parte realizar a cirurgia que o convenio não queria fazer, pois era risco de vida. Ao final do processo, o juiz percebe que a parte, realmente não tinha o direito de realizar a cirurgia, mas nesse caso não tem como desfazer a cirurgia. Conforme art. 300 § 3º.
O juiz pode exigir caução (garantia): Fica a critério do juiz, pode ser caução fiduciário ou sobre coisas. Exemplo: O juiz concede uma liminar para você parar de pagar tal coisa, pois a cobrança é indevida. Porém para ter o riscos de no final do processo ele perceber que se equivocou, ele pede para a parte dar um caução, uma garantia, para se caso mudar a sentença, ele tem aquele valor em juízo. Ele pode pedir um fiador, ou a garantia sobre um bem seu, como um carro. Pode-se recorrer desta decisão. Se tiver declaração de hipossuficiência não é possível o juiz pedir caução. Art. 300 § 1º.
TUTELA ANTECIPADA
Conforme artigo 303, quando a urgência for contemporânea a ação, ou seja, antes, pode ser realizado o pedido somente da tutela, caracterizando um pedido de tutela antecedente, que é antes do inicio da ação.
Nesse pedido deve conter o valor da causa completa, e deve-se também ser recolhido o valor das custas.
Desdobramentos: 
Caso não for aceito o pedido: o juiz vai intimar o autor para emendar o processo em 5 dias, sob pena de extinção sem resolução do mérito;
Se for aceito o pedido, ocorrerá o seguinte: 
O juiz ira intimar o autor em no mínimo 15 dias para emendar a inicial, formulando seus pedidos principais. A tutela mantem seus efeitos apenas até quando transitar o processo conforme art. 299, portanto, se não houver a emenda, o juiz pode extinguir o processo e dai a tutela perde os efeitos.
Após a intimação do autor para emendar, será designada audiência de conciliação/mediação, a qual o réu será intimado para audiência e contestar.
Havendo a audiência, caso não seja frutífera, inicia-se o prazo para contestação. 
Após intimado do deferimento da tutela antecipada, o réu pode interpor agravo de instrumento, requerendo efeito suspensivo, geralmente é apreciado em uma semana pelo relator. Obs: o autor também pode interpor agravo, caso o seu pedido de tutela tenha sido indeferido.
Se o réu não recorrer da liminar concedida pelo juiz, referente a antecipação da tutela, haverá a estabilização da mesma. 
Estabilização da Tutela Antecipada:
O Novo Código de Processo, trouxe um instrumento jurídico chamado de estabilização da tutela antecipada, esse instrumento é motivo de muito questionamento.
A estabilização ocorre quando o réu não recorre da liminar concedida. Quando o réu é inerte, o processo será extinto sem resolução do mérito, só que a tutela continuará produzindo efeitos, contradizendo o artigo 299.
Portanto, nesse caso, mesmo não apresentando pedido principal, a tutela continuará produzindo efeitos. 
Percebe-se que o legislador dessa forma, incentiva o recurso, pois se o réu não interpor recurso de agravo de instrumento, o processo será extinto e a tutela continuará à vigorar sem data fim.
Após a tutela estabilizada, as partes podem requerer a revisão. Pois se o réu não recorrer da liminar, como o processo será extinto, o autor nem vai ter a oportunidade de formular seus outros pedidos que seriam emendados, saindo portanto prejudicado. 
Para a estabilização não ocorrer, é recomendável formular a tutela com o pedido principal. Pois, o juiz não poderá extinguir o processo, por ter outros pedidos para serem analisados. 
Só tem alguma “vantagem” a estabilização, quando só se tem o pedido de tutela, pois se o réu não recorrer, terá a estabilização e a tutela continuará produzindo efeitos em tempo indeterminado.
A revisão da estabilização podem ser requerida pelas partes no prazo de 2 anos. Como o processo terá sido extinto, a parte que quer a revisão, deverá distribuir uma nova ação por dependência solicitando a revisão.
Obs: Só tem estabilização na tutela de urgência de natureza antecipada, na cautelar não tem.
TUTELA CAUTELAR
Os requisitos são os mesmos para ambas. O que difere é que caso seja deferido a liminar, não terá audiência e o prazo pra contestação referente a liminar é de 5 dias.
Desdobramentos: 
Se o autor interpor apenas a liminar e esta for deferida, ocorrerá: 
O réu vai ser citado e intimado da liminar efetivada;
Temo prazo de 5 dias para contestar;
O autor tem 30 dias para formular o pedido principal;
O juiz vai intimar para audiência de conciliação, porém não é referente ao pedido cautelar, e sim sobre o pedido principal. Portanto o juiz intima para audiência e cita para o pedido principal.
Não havendo acordo, o réu tem 15 dias para contestar sobre o pedido principal, a partir da audiência.
Motivos para cessar a eficácia da liminar: (art. 309)
Uma vez concedida a liminar, a parte beneficiada poderá perdê-la se:
Deixar de formular os pedidos principais em 30 dias;
Deixar de executar a liminar em 30 dias, pois quer dizer que a parte não tem pressa. Ex: o Juiz deferiu a liminar, mas pediu para a parte apresentar o cálculo atualizado para realizar a penhora, e a parte não apresenta os cálculos atualizados;
Quando o pedido principal for improcedente, ou o processo for extinto sem julgamento do mérito.
Obs: Se a prescrição e a decadência for conhecida pelo juiz, será sentença de mérito, portanto não é possível fazer mais nenhum pedido nessa ação, pois já entende que está prescrito (art. 310). 
Hipóteses de pedido de tutela provisória, de natureza cautelar:
Arresto: garantir o crédito em quantia acerta, recai sobre bens indeterminados;
Sequestro: Recai sobre bem determinado;
Arrolamento de bens: arrolar é descrever, documentar os bens, são bens determináveis;
Protesto contra alienação de bens: Dar publicidade à terceiro, que uma pessoa deve para você. É muito caro, pois o custo beneficio não compensa.
TUTELA DE EVIDENCIA
É um tipo de tutela provisória. Ela requer apenas um requisito: alta probabilidade de direito, diferente das demais, esta não precisa demonstrar urgência.
Situações que podem pleitear tutela de evidência (art 311):
Abuso do direito de defesa: quando ao se defender na contestação, o réu apresenta defesa inconsistente, apenas para ganhar tempo, violando o principio da boa fé. O autor após ter acesso à contestação, na replica ele pode requerer a tutela de evidência, alegando estar evidente que o réu não consegue se defender, e pedindo liminarmente (antes da sentença) o deferimento provisório do seu pedido. Lembrando que esse pedido não é feito na petição inicial, pois você só vai saber se o réu abusou do direito de defesa na contestação. 
Observações da Professora: será difícil se utilizar, pois e o direito de defesa do réu?
Alegações comprovadas documentalmente e firmadas em súmula vinculante em casos repetitivos: para se pleitear a tutela se evidência nesse caso deve conter taxativamente prova documental + súmula ou casos repetitivos. Tem natureza de tutela antecipada, ou seja, pode se pleitear na petição inicial. Não pode formular esse pedido separadamente, ou seja, antecedente, pois na liminar tem que conter o objeto da ação.
Tiver prova documental e ser ação reipersecutória: ação reipersecutória é aquela que resguarda o direito de perseguir a coisa/reaver o bem. Ex: você tem um contrato de depósito do bem (prova documental), porém o depositante não quer te devolver a coisa, você pode pleitear tutela de evidência na petição inicial.
Ao contestar o réu não produz prova razoável: Nesse caso o réu não consegue afastar o que o autor esta pedindo, ele se esforça, mas não consegue. Diferente da primeira situação (abuso do direito de defesa) que é bem pior para o réu.
CITAÇÃO
Conceito: Citação é a convocação do réu/executado/interessado, para integrar a lide processual. É a noticia da existência da ação (art. 238).
Todos os demais atos do processo, que não este de convocação, são intimações. É a ciência que dá para alguém para fazer ou deixar de fazer alguma coisa. 
Sujeitos da Citação:
Réu: Citado para se defender;
Executado em execução em quantia certa: Citação para pagar, cumprir a obrigação, não para se defender.
Interessado: é um terceiro trazido para se defender, ou seja, o denunciado (denunciação da lide), nos casos também dos sócios quando ocorrer a desconsideração da personalidade jurídica.
Citação válida: A Citação é um pressuposto processual de existência, pois sem a citação válida o processo não pode se desenvolver. É indispensável a citação (art. 239). 
Citação Pessoal: A citação é pessoal, feita somente para o réu da ação (art. 242).
No caso de pessoa jurídica, há exceção, pois a citação não precisa ser para os representantes da empresa, podendo ser para os funcionários, ex: recepcionista, com base na “Teoria da Aparência” (art. 248 § 2º).
Nulidade da Citação: O réu pode peticionar informando nulidade da citação, nos casos em que a petição não for valida, ex: entregue para o porteiro do prédio. Caso o juiz reconhecer a nulidade, a partir dai tem 15 dias para apresentar contestação (art. 239).
Se o réu informar a nulidade na contestação, é mais difícil o juiz acatar, pois atingiu a finalidade, ou seja, a defesa do réu. 
O comparecimento espontâneo do réu na vara em que tramita o processo supre a citação (239 § 1º).
Efeitos da Citação (art. 240): 
Não se perde os efeitos da citação válida, mesmo quando for foro incompetente. Ao verificar a incompetência o juiz não extingue o processo, apenas remete o processo ao foro competente. 
 Os efeitos da citação válida são:
Citação válida induz litispendência: elementos da ação: partes + causa de pedir + pedido, os elementos da ação caracterizam a litispendência. Portanto se você já tem uma litispendência, e vier outra (mesmas partes, mesma causa de pedir mesmo pedido) essa outra será extinta sem resolução do mérito (caso já tiver ocorrido a citação) porque você já tem uma lide-pendente, e o que caracteriza a litispendência é a citação válida (mesmo que em juízo incompetente), pois enquanto não houver a citação, não teve a convocação para integrar a lide.
Constitui em mora o devedor: Exceção quando se tratar de ato ilícito e titulo de credito, na sentença, a atualização será a partir do ato. Nos demais casos o juros de mora é a partir da citação.
Torna litigiosa a coisa: Envolve consequências da fraude de execução. Ex: se vc já foi citado e vende o imóvel, será caracterizado a fraude (por mais que não seja ação de execução, pois futuramente será). A citação é que vincula a coisa/bem ao processo, portanto, se você sabe que existe ação em que o objeto é aquele bem, e vende este bem, será fraude. 
A interrupção da prescrição retroage a data da propositura da ação, desde que o autor providencie o meio para efetivar a citação no prazo de 10 dias (art. 240 § 1º).
Caso o advogado do autor tenha falhado, e não cumpriu algum requisito da petição inicial, o juiz vai determinar emendar a inicial. Nesse caso, a interrupção ocorre apenas no despacho para citação (art. 240 § 2º).
Não será feita a citação (art. 244 e 245): 
Em culto religioso;
No dia do falecimento de parentes do réu;
de noivos, três dias seguintes ao casamente;
de doente em estado grave;
incapaz (doença mental) caso for realizado, será necessário apresentar laudo para anular a citação (art. 245 e § 2º).
Modalidades de Citação:
Correio: AR;
Oficial de justiça: após duas tentativas de citação, o oficial pode citar por hora certa, ou seja, diz para quem encontrar na residência do citando que aparecerá lá novamente para realizar a citação. Estando lá ou não o réu na hora e dia marcado, o oficial vai citar (art. 252).
Edital: quando o réu está em local incerto não sabido, ou quando o réu é incerto (art. 256). Ex: reintegração de posse.
Citação por meio eletrônico para pessoas jurídicas: P.J de direito publico e privado, exceto microempresas e empresas de pequeno porte. Para realizar essa citação, é necessário as empresas se cadastrarem, porém é uma norma sem consequência jurídica para aqueles que não se cadastrarem, portanto, atualmente não se está utilizando
Nos casos de citação por hora certa e citação por edital, chamamos de citação ficta, pois se tem a certeza que o réu não recebeu a citação. Dessa forma, o juiz nomeia curador especial, que geralmente é um defensor publico para realizar a defesa do réu.AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO
Diferença entre a audiência de mediação e conciliação:
Mediação: As partes já se conhecem, já tem um vínculo. A audiência busca reestabelecer a comunicar entre as partes, restabelecer o vinculo perdido. Ex: ações de família. 
Conciliação: As partes não têm vinculo. Ex: acidente de trânsito. 
Momento da audiência: ocorre antes da contestação/defesa.
Desinteresse na audiência: Até 10 dias antes da audiência o réu pode manifestar o seu desinteresse na audiência, esse ato é chamado de protocolo de cancelamento. 
Cópia da inicial: Nas ações de família, a contrafé (cópia da petição inicial) não acompanha a citação, para não causar a comoção das partes. O intuito é que o réu compareça sem saber o que o autor diz ao seu respeito para não piorar a situação. Nas demais ações, a cópia acompanha o mandato de citação. 
Presença É obrigatória à presença das partes, sob pena de multa. Se a parte não comparecer na audiência, terá que pagar multa de 2% do valor da causa, pois o não comparecimento de uma determinação judicial é ato atentatório, e caso não pagar vai incluir o debito na divida ativa e pode reverter a ação de execução fiscal.
Hipóteses em que não haverá audiência: 
Quando todas as partes não quiserem: o autor tem que manifestar seu desinteresse na petição inicial, caso ele não falar nada a respeito, o juiz entenderá que ele quer. E o réu tem protocolar petição solicitando cancelamento. Tem caso, que mesmo quando as partes não querem, o juiz agenda a audiência se ele entende conveniente.
Não existir autocomposição: Quando não tiver como ter acordo, como no caso de investigação de paternidade, pois não tem como as partes fazerem acordo, porque depende do exame de DNA. 
Audiência frutífera: Se for realizado acordo, este acordo é encaminhado para homologação do juiz, e logo depois, para cumprimento das partes. 
Audiência infrutífera: Se for infrutífera a audiência, o prazo para contestação se inicia no próximo dia útil.
Se não houve audiência: Se o réu protocolou petição manifestando desinteresse na audiência, o prazo para contestar inicia-se no próximo dia útil. E nos casos em que o juiz não marcou a audiência, o prazo para contestar se iniciará na juntada da certidão do oficial de justiça informando a citação, ou do AR. Obs: Se for litisconsórcio (vários réus), o prazo inicia a partir da juntado do último AR (art. 321).
CONTESTAÇÃO
Prazo: O prazo para o réu apresentar defesa é de 15 dias.
Complementação da contestação: Não é admitida a complementação da contestação, pois é preclusão consumativa, ou seja, é a perda do direito de praticar um ato no processo pois você já praticou. Portanto, uma vez apresentada contestação, não se pode complementar.
Dessa forma, para se evitar a falta de algum pedido, costuma-se colocar na defesa todos os pedidos possíveis, levando em conta o principio da eventualidade. Ex: “que seja essa ação declarada improcedente pois houve pagamento, porém se não for entendido por este juiz desta maneira, o valor deve ser diminuído.”
Impugnação especifica dos fatos: Não pode contestar por negativa geral. Ex: “Todos os fatos não falsos”. Deve-se impugnar tópico por tópico. O fato que não impugnar é incontroverso, portanto será entendido como verdadeiro (art. 336). 
Exceção: Só se admite a negativa geral dos fatos, no caso de curador especial (citação ficta: edital e citação por hora certa), pois este não conhece dos fatos. 
PRELIMINARES
As preliminares envolve sempre motivo processuais que se acolhido pelo juiz pode levar a extinção (art. 337). As preliminares são:
1ª Preliminar: Nulidade de citação. Geralmente não cola, pois o ato atingiu sua finalidade, ou seja, convocou o réu. Essa preliminar é ineficaz, na maioria das vezes o juiz não acolhe. O máximo que ele pode fazer é dar novo prazo para contestar, não leva a extinção.
2ª Preliminar: Incompetência. Não leva a extinção do processo, se for se for no juizado o processo será extinto. Há dois tipos de incompetência:
Incompetência absoluta: Que se refere a matéria de ordem pública, em que envolve a competência em razão da matéria (justiça do trabalho/justiça comum) ou hierárquica (tribunal/1º instância) ou em razão das pessoas, que em alguns casos será o justiça federal (art. 109 CF). 
O juiz reconhece de oficio a competência absoluta, porém caso não for reconhecido de oficio, o réu pode alegar em qualquer momento, não apenas na contestação, pois não há preclusão (perda do direito de praticar ato no processo). Ao ser acolhido o pedido, a ação é remetida para o juízo competente – não leva a extinção do processo.
Incompetência relativa: Diz respeito ao foro e ao valor. Deve-se ser alegado em preliminar de contestação, caso não seja alegado a competência se prorroga, ou seja, vai ficar a errada mesmo, pois é preclusiva art. 337 §5º. Ao ser acolhido o pedido, a ação é remetida para o juízo competente – não leva a extinção do processo.
3ª Preliminar: Incorreção do valor da causa. Tem que constar o valor da causa em toda a petição inicial (art. 292), devendo-se atribuir valor por mais que não tenha valor econômico pra efeito fiscal. Como o valor da causa é requisito, o juiz pode determinar a emenda da inicial de oficio. O réu pode querer alegar a incorreção, por ter o autor que recolher o valor a mais das custas. 
Caso o autor não recolha as custas, conforme art. 485, pode-se levar a extinção do processo. Portanto, em preliminar o réu vai pedir para o autor complementar o valor da causa, e que se ele não fizer pedir para que causa seja extinta. 
A petição inicial, é pressuposto processual de existência, e ela sendo apta, é pressuposto processual de validade. Portanto referente as custas encaixamos no art. 485, IV.
Quando a preliminar leva a extinção do processo, chamamos a extinção de peremptória (fato). 
4ª Preliminar: Inépcia da inicial. A inicial é inépcia quando lhe faltar o pedido ou causa de pedir, que seja indeterminado o pedido, não decorrer lógica das narrações dos fatos e tiver pedidos incompatíveis. Pode levar a extinção do processo. O juiz pode pedir para emendar. Caso o juiz não pedir para emendar, o réu pode alegar em preliminar de contestação, porém se o juiz não acolher, não tem o que se fazer. É difícil o juiz acolher, pois eles são condescendentes, ou seja, querem aproveitar todos os atos processuais, e já que o réu conseguiu fazer a contestação, se aproveita o ato. 
5ª Preliminar: Perempção. Significa o autor propiciar três extinções por abandono do processo (art. 486 § 3º).O juiz pode até analisar de oficio, mas é difícil, pois não tem como ele saber se o autor já entrou com ação três vezes contra aquele réu referente o mesmo objeto. Portanto, é mais comum o réu alegar em preliminar. Pode levar a extinção do processo se acolhido. Pois tem pressupostos negativos, que significa que a presença deles podem levar a extinção.
6ª Preliminar: Litispendência. Causa-pendente, que é caracterizado pelas mesma partes, mesmos pedidos e mesma causa de pedir. Conforme art. 485, V pode levar a extinção do processo, pois é um pressuposto negativo (art. 337, § 1º, 2º e 3º).
7ª Preliminar: Coisa julgada. A diferença é que na litispendência a coisa esta pendente, e na coisa julgada já foi decidido (art. 485 V). Leva a extinção do processo. 
8ª Preliminar: Conexão. Quando tem mesmas causas de pedir ou mesmos pedidos (art 53), geralmente envolve as mesmas partes. Ex: despejo em contrato de locação e consignação em pagamento. O réu que pleiteia para evitar decisão contraditória. 
Juízo prevento: é o juízo competente art. 59 e 58. Na preliminar o réu já fala qual é o juízo prevento, que é aquele em que a 1ª ação foi distribuída. 
9ª Preliminar: Irregularidade de representação. Art 485 IV, como incapaz, pessoa jurídica, autorização do cônjuge (art. 73).. Juiz fixa prazo para correção e se não for corrigido extingue.
10ª Preliminar: Convenção de arbitragem. Ocorre a extinção sem resolução do mérito se já tiver se clausula se arbitragem expressa.Pode o juiz analisar de oficio? Não, pois não é pressuposto prossecual, e o juiz só analisa de oficio se é matéria de ordem pública. 
Deve-se alegar a convenção na preliminar de contestação, caso contrário se prorroga.
Obs: sentença arbitral é coisa julgada.
11ª Preliminar: Condições da ação, envolve: 
legitimidade de parte e 
interesse processual. 
Legitimidade ativa é aquele titular do direito, que tem a legitimidade ordinária, ou seja, de origem, onde pleiteia interesse próprio. Já a legitimidade extraordinária é alguém em nome próprio defendendo interesse alheio, ou seja, é um substituição processual, eu deve ter autorização em lei.p. ex. Ministério Público e Sindicados que defende interesses coletivos. A legitimado passivo é aquele que aparentemente tem relação com os fatos narrados.
Portanto se a parte for ilegítima terá extinção sem resolução do mérito (art. 45). Tem chance do autor corrigir o polo passivo antes de enxtinguir o processo se o réu falar quem é a parte ilegitima e indicar o verdadeiro réu.
No que concerne ao interesse processual, ao formular o pedido a parte tem que demosntrar a vantagem em reclamar para o poder judiciário. 
Por exemplo: no caso de um contrato de aluguel, para o locador despejar o locatário, tem que ter havido uma notificação (pois a lei obriga antes de entrar com a ação de despejo, notificar), se o locador entrar com uma ação sem notificar ele não tem interesse processual, pois conforme dito na lei primeiramente ele deveria ter notificado. 
E além do mais a ação tem que ter utilidade, não se faz necessário entrar com ação com ausência de necessidade. 
Exemplo: pensão alimentícia, não tem como o pai receber de volta a pensão, por mais que esta está com valor incorreto. Dessa forma, entrar com uma ação desse tipo, se não tem como reclamar, não tem utilidade, portanto não tem interesse processual. 
12ª Preliminar: Ausência de calção, é a garantia para cumprir as custas e honorários, caso a parte não autora não tiver bens no Brasil.
13ª Preliminar: Concessão de gratuidade, o juiz concedeu a gratuidade para o autor, porém o réu pode alegar em preliminar ser falso. Para o réu é interessante, pois se ele alegar que o autor tem condições de pagar as custas processuais e o Juiz acatar, ele terá que pagar as custas iniciais, e em alguns caso se ele não tiver dinheiro para pagar as custas ele desiste da ação. 
DEVEM SER ALEGADOS IMPRETERIVELMENTE EM CONTESTAÇÃO INCOMPETÊNCIA RELATIVA E CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM, POIS NÃO TERÁ MAIS O DIREITO DE ALEGAR. 
MÉRITO
Mérito é quando ataca o fato, o fundamento jurídico. Há dois tipos de mérito, direto ou indireto.
Mérito direto: o autor alega que eu devo, porém eu não devo e pronta acabou. 
Mérito indireto envolve os três fatos abaixo:
Fato impeditivo: o autor não poderia entrar com a ação pois ele está impedio. Ex: ele me deu um prazo para pagar, portanto não deveria entrar com a ação.
Fato modificativo: o réu modifica algumas coisas do mérito. Ex: Eu devo, mas não esse valor ( novação).
Fato extintivo: é uma prejudicial de mérito, quando envolve prescrição e decadência (como estudamos prescrição e decadência no código civil é mérito. Tudo que esta no código civil é mérito, e no cód. de processo, diz respeito à matéria processual).Prescrição e decadência é um fato extintivo, pois faz com que o juiz acabe o caso ali, ou seja, haverá sentença de resolução de mérito, conforme art. 487, II.
QUAIS MATÉRIAS POSSO ALEGAR APÓS A CONTESTAÇÃO?
Matérias de ordem pública; e
Situações supervenientes, ou seja, fatos que vieram depois. Art. 342.
SUBSTITUIÇÃO DA PARTE ILEGITIMA
Se o réu alegar que é parte ilegítima, o juiz manda o autor emendar a petição inicial, indicando a parte legitima. Se o autor quiser continuar com o processo dessa forma (sem alteração) futuramente processo deve ser extinto. Art. 338 -339.
O réu deve indicar qual é a parte legitima, se souber. Se ele souber e se omitir, pode responder por perdas e danos ao autor. 
É opção do autor substituir o réu por outra parte, ou apenas acrescentar a outra parte. 
RECONVENÇÃO
É a ação do réu contra o autor, no mesmo processo. Tem natureza de ação, e é realizada no corpo da contestação. O pedido do réu tem que ter conexão com a petição inicial, ou com o fundamento da defesa (contestação). Não precisa envolver os mesmos fatos (diferente do pedido contraposto do juizado).Portanto na contestação do réu terá a sua defesa e logo abaixo a reconvenção (ação contra o autor). – ART 343.
O autor vai não será citado, e sim, intimado, pois já tem advogado constituído. Após a intimação, o autor tem 15 dias para responder (contestar) a reconvenção. 
Dessa forma, quem propõe a reconvenção é chamado reconvinte, e o autor da petição inicial inicial será na reconvenção chamado de reconvindo. Portanto, o autor na petição inicial, será réu na reconvenção.
Autonomia da reconvenção: Conforme art. 343 § 2º, se a ação principal for extinta (pode ser até por desistência do autor) a reconvenção prossegue sozinha. Não é uma peça autônoma, só será se for extinta a ação principal. 
Inclusão de terceiro e litisconsórcio: o autor da reconvenção (reconvinte) pode incluir terceiro na reconvenção, como pode também chamar mais pessoas para ser autor com ele na reconvenção (litisconsórcio). Art. 343 § 3º e 4º.
Custas iniciais: Por enquanto não tem custas iniciais na reconvenção (deveria ter, pois é natureza de ação), porém ainda é polêmico. 
Substituto processual: Se houver reconvenção o pedido é feito em relação ao que está sendo substituído e também em relação ao substituto. (casos raríssimos). Ex: O estatuto do idoso autoriza que o idoso tenha curador, se ele tiver mais que 60 anos e não tiver em condições de decisão. O estatuto autoriza o filho entrar com ação em nome do pai, já que esse não tem mais o poder de decisão. Portanto, esse filho seria o substituto processual com autorização legal. Se o filho em nome do pai entra com ação contra a unimed, na reconvenção a unimed entrar com ação em nome do filho (substituto) e do pai (substituído). 
Reconvenção sem contestação: é admitido o réu não apresentar defesa, somente a reconvenção se ele quiser, porém não é recomendado pois tem que impugnar todos os fatos. Art 343 § 6º.
REVELIA
É a ausência de contestação. Revel é o réu que deixou de contestar, ou que a contestação é intempestiva, ou seja, fora do prazo também é considerado revel. 
Consequências: Presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor. 
Na revelia o juiz sentencia antecipadamente, o réu não tem chance de se apresentar depois de ter perdido o prazo da contestação, pois o juiz sentencia logo após que vê a ausência de contestação.
A revelia diz respeito à formalidade do processo e pode ser invocada em qualquer momento.
Situações que mesmo sendo revel não sofre consequências da Revelia – art. 345:
Pluralidade de réus: Havendo litisconsórcio passivo, se um deles contestar basta, alivia os outros, desde que se tratar de litisconsórcio unitário, em que a sentença será a mesma para todos. Só se aproveita a contestação se a argumentação for a mesma, pois ai a sentença será a mesma também. Ex: Noiva entra com ação contra bordadeira e costureira pois o vestido de noiva não ficou pronto, a bordadeira não contesta, apenas a costureira apresenta contestação e alega que não ficou pronto pois a noiva mudou o modelo do vestido dois dias antes do casamento. Percebe-se que a argumentação vai ser a mesma, por mais que a bordadeira não conteste, o juiz já sabe o motivo do atraso na entrega, e portanto, a bordadeira não sofrerá a consequência.
Direito Indisponível: direito que a parte não pode dispor. Ex: Se o pai recusa fazer DNA, faz prova contra si, mas, se ele não contestar, não presume como verdadeiros os fatos que envolve filiação, pois é direito indisponível. Não tem como o juiz falar que ele é pai, só por que ele não contestou.
Petição inicial que não estiver acompanhada de documento necessário: Ex: você ingressa com ação para transferir a casa quevocê comprou para o sue nome, porém o contrato de compra e venda não está ali, a escritura pública não foi juntada nos autos. O juiz não tem condições de sentenciar, pois falta o principal documento. 
Quando o direito for inverossímil (absurdo) ou em contradição: O juiz não pode aplicar a presunção de veracidade. Ele vai determinar que a parte produza provas para ver se o convence. E nessa hipótese tem a chance do revel se manifestar nesse momento, pois não haverá sentenciado pois estará esperando o autor produzir alguma prova. 
Intimação: Art 346 - Como na maioria dos casos o réu não constitui-o advogado, o réu não será intimado para os atos processuais. O advogado do réu pode ser constituído em qualquer momento do processo, não é uma punição.
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
Essas providências podem ou não existir, nem sempre tem. Antes do saneamento (organização do processo para começar a faze de produção de provas) ou da sentença, pode ter as providências preliminares. Após a contestação ou revelia. O processo vai para a conclusão do juiz, para ele analisar quais as providências preliminares para serem adotadas.
Essas providências dizem respeito à alguns atos determinados pelo juiz, conforme art. 347 CPC.
Como providência preliminar o juiz pode:
Intimar o autor para apresentar provas que deseja produzir – art 348
Intimação do autor para se manifestar referente a fatos extintivos/impeditivos/modificativos trazidos pelo réu. Ex: prescrição e decadência é um fato extintivo, portanto o juiz intima o autor para se manifestar (Principio da não Surpresa). E essa intimação para o autor se manifestar é a providência preliminar do juiz. 
Vício no processo: Ex: autor não esta devidamente representado, ou tem incapacidade do processo, é menor de idade, etc. O juiz como providência preliminar manda corrigir o vicio.
Se houver essas providências preliminares, após terá:
Sentença ou
Saneamento do processo e audiência de intrução
FASES DO PROCESSO
Fase postulatória: é o momento entre a petição inicial e a resposta do réu (contestação).
Fase instrutória: produção de provas – pericias, testemunha, etc.-
Fase decisória: sentença
Há vezes em que vai da fase postulatória para decisória, sem produção de provas nos casos em que não há provas.
Para que haja produção de provas é necessário fazer o saneamento (organização do processo). O saneamento é decisão interlocutória 
JULGAMENTO CONFORME ESTADO
Significa que haverá sentença/julgamento conforme encontra-se o processo, no estado em que ele se encontra. Haverá este julgamento nas situações:
1.Extinção do Processo:
O juiz sentenciara sem mérito, extinguindo o processo nas hipóteses do art. 485 e
O juiz sentenciara com mérito, extinguindo o processo nas hipótese do art. 487 II e III (Sentença de mérito sem esforço pois extinguirá por reconhecer a prescrição/ decadência ou homologará, ele não precisou analisar os fatos)
2.Julgamento Antecipado do Mérito
O juiz passará da fase postulatória para decisória, julgando antecipadamente quando (art 355):
Não houver necessidade de produção de provas;
O réu for revel, e ter recebido a consequência de presunção de veracidade.
3.Julgamento parcial de mérito
É uma decisão interlocutória, onde encerra apenas uma fase da parte de conhecimento. Haverá julgamento parcial quando (art. 356):
Tiver pedido incontroverso, ou seja, que não foi impugnado, 
Na hipótese do art. 355 em que um pedido precisar de provas
Recurso cabível: agravo de instrumento
Em razão do principio “Pro Judicato” que significa preclusão do juiz, ele não pode mudar decisão por vontade própria, salvo por meio de recurso
SANEAMENTO DO PROCESSO 
Se após a fase postulatória (que é a petição inicial e a contestação) o juiz não conseguir sentenciar, ou seja, não conseguir passar para a fase decisória, haverá então fase instrutória, que é produção de provas.
E para se passar da fase postulatória para a fase instrutória é necessário o saneamento. Sanear é colocar o processo em ordem. 
Ocorre da seguinte forma:
 Depois da fase postulatório – petição inicial e defesa do réu, o processo vai para o juiz verificar se tem providência preliminares à tomar. Após ele irá analisar para ver se já consegue dar sentença, se ele ver que não consegue dar sentença ele irá fazer o saneamento do processo, para ir para a fase de instrução, ou seja, de provas. Portanto para iniciar a fase instrutória, precisa do saneamento. 
O Saneamento é uma decisão interlocutória, e o CPC art. 357 manda o juiz fazer o saneamento de maneira minuciosa.
No saneamento ele vai decidir as questões processuais pendentes, como (art. 357):
Declarar se tem prescrição ou decadência;
Afastar as preliminares arguidas em contestação;
Irá delimitar as questões de fato e de direito; vai fixar os pontos controvertidos da lide, para se saber quais as provas para serem produzidas;
Vai determinar de quem é o ônus da prova, quem deve produzi-la;
Pode determinar produção de prova oral, que é ouvir as partes e testemunhas, ele vai então determinar prazo para ser ofertado o rol de testemunhas. Esse prazo não vai ser superior a 15 dias. Esse rol de testemunhas é onde vc vai mencionar quais serão as testemunhas, e ele serve para possibilitar que a parte contrária investigue quem são as testemunhas, para que no dia da audiência de instrução se possa apresentar eventual impedimento ou suspeição da testemunha. Tem o rol antes para que haja preparação do advogado. O máximo de testemunha para cada fato é 10, e é 3 para cada fato. Se vc só tem um fato para provar, só pode levar 3 testemunhas.
Saneamento por Cooperação: O juiz pode marcar uma “reunião” com as partes, para ajuda-lo a sanear o processo, se por exemplo envolver uma questão mais técnica que ele não tenha conhecimento. 
Dinâmica das provas: prevê o novo CPC que o juiz vai avisar no saneamento, de quem é o ônus da prova, por mais que seja o autor alegando, o juiz pode perceber que é mais fácil para o réu comprovar. Isso já aconteceu no código do consumidor, que é o que chamamos de inversão do ônus de prova art. 6º inciso 8 do CDC. Aqui entra o ativismo judicial, presença mais ativa do juiz. 
Estabilização do Saneamento: Após o saneamento as partes tem 5 dias para pedir esclarecimentos do saneamento. Passados esses 5 dias essa decisão do saneamento se torna estável, ou seja, se tem alguma obscuridade que queira esclarecer deve falar nos 5 dias.
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
Posição das partes: Autor fica do lado direito do juiz, e réu do lado esquerdo.
1ª Etapa: Juiz pergunta para as partes se tem acordo.
2º Etapa: Juiz pergunta se as partes confirmam o que falaram na petição e contestação: “Os Drs. Reiteram os pedidos da inicial? Depoimentos pessoais e testemunhais?”
Adiamento da audiência: Art. 362 – O que é imprevisível pode ser adiado, ex: morte. O bom é avisar antes para adiar, caso não seja possível, deverá ser peticionado um pedido de anulação de audiência, justificando o pedido. 
Ultrapassado 30 minutos de atraso da audiência, é motivo para adiamento, dessa forma o advogado pode requerer o adiamento. 
Advogado não compareceu: O juiz pode dispensar as testemunhas arroladas se o advogado faltar. A parte fica desamparada, sem advogado e sem testemunhas. 
Partes não comparecer: não é obrigatória a presença das partes, bastando apenas que seu advogado esteja lá. Porém se a parte foi intimada para depoimento pessoal, ela deverá comparecer. 
Encerramento da fase instrutória: Geralmente, após a audiência encerra a fase processual e será após disso proferido sentença. Mas nada impede de se pedir mais uma prova.
Memoriais ou Razões Finais: Pode se requerido na audiência por uma das partes, ou pode ser determinado pelo juiz que as partes apresentem memoriais. Nada mais é, do que um resumo do processo, é a última chance de apresentar algo escrito antes da sentença. 
Tem memoriais no tribunal também, não está expresso na lei, mas é extra processual. Pode se fazer os memoriais e deixar em um envelope nogabinete do relator e para cada ministro. Como pode ser também um parecer de um grande doutrinador sobre o tema (o juiz tem que ser imparcial, mas neutro ele não é, claro que vai ter um peso diferente se tiver um doutrinador do seu lado).
Embargos auriculares: é uma linguagem coloquial, e não tem expresso no código. É quando você vai despachar com juiz sem intimação, ou seja, você vai despachar para pedir para ele agilizar alguma coisa. 
Debates orais: Pode ocorrer também os debates orais antes de encerrar a audiência, que seria um resumo da ação. Porém não é costumeiro. 
Saneamento do processo: Se houve audiência de instrução, quer dizer que houve o saneamento, e nesse saneamento o juiz determinou quais são os assuntos incontroversos. E para cada assunto incontroverso só é permitido 3 testemunhas falarem à respeito. 
TESTEMUNHAS
A pessoa é testemunha pois conhece os fatos, e está prestando um dever civil.
Recusa de testemunha: Como regra a testemunha não pode se recusar a depor, somente poderá recusar-se nas hipóteses do art. 448:
- acabar se incriminado ou incriminado alguém de sua família;
- por sigilo profissional, pessoas presas ao sigilo, podendo sofrer processo ético (ética profissional, deve estar em 1º lugar). A parte em que o profissional está resguardando o sigilo, pode abrir mão dele, pois é um direito personalíssimo;
- viole sua intimidade (estado)
Testemunhas: serão ouvidas primeiro as testemunhas do autor, depois do réu. O juiz adverte a testemunha antes de iniciar o depoimento, e as testemunhas falam apenas sobre matéria de fato e não de direito. 
Quem pode perguntar para testemunhas:
- Juiz (a qualquer momento)
- Depois passa a palavra para o advogado que arrolou a testemunha
- E depois para o advogado contrário
Se o advogado esquecer de uma pergunta, não pode voltar para perguntar novamente, conforme disciplina o art. 358 que diz que deve manter a ordem.
Só é permitido 3 testemunhas para cada fato. E as testemunhas devem ser imparcial. 
Art. 447 Testemunhas incapaz, impedidos ou suspeitos:
São impedidos qualquer parentesco por consanguinidade ou afinidade em qualquer grau em linha reta. Já os colaterais inicia-se em 2º grau, não existe colateral em 1º grau, e o impedimento só alcança o 3º grau. Portanto primo pode testemunhar. São impedidos também os conjugues ou companheiros (em união estável). 
O representante da parte também é impedido, como a Pessoa Juridica. O representante da pessoa jurídica não pode testemunhar. 
O amigo intimo e o inimigo capital, é caracterizado como suspeito. E aquele que tiver interesse no litigio.
CONTRADITA /DEPOIMENTO PESSOAL
A contradita de testemunha é ato pelo qual uma das partes envolvidas no processo requer a impugnação da oitiva de uma testemunha.
Motivos para se pedir contradita:
- Incapacidade da testemunha ( nesse caso, se levantar a contradita, o juiz não vai ouvir).
- Por suspeição de impedimento de testemunha (nesse caso o juiz pode ouvir como informante).
O juiz pode ouvir essas pessoas como informante, e pode atribuir valor probatório.
O momento para se levantar a contradita (informar que essas pessoas são impedidas ou suspeitas), é antes do depoimento iniciar. Não pode recorrer da decisão da contradita, apenas poderá no recurso da sentença. 
Informante: É aquele que é impedido ou suspeito Não tem o dever de dizer a verdade, é útil apenas para confirmar o testemunho da testemunha. A testemunha contraditada pode ser ouvida como informante. A diferença entre informante e testemunha, é que o informante não está preso à verdade, e a testemunha pode sofrer até ação de falso testemunho
Depoimento pessoal: O objetivo do depoimento pessoal é a confissão. Portanto só o autor ou o réu faz depoimento pessoal. Só a parte contrária pode arrolar o depoimento pessoal, por causo do objetivo da confissão. 
Quem pode perguntar no depoimento pessoal:
- Juiz
- Advogado da parte contrária
- Ministério Público
Objetivo: Sempre quem pede o depoimento é a parte contrária, pois ele visa confissão. 
Intimação Pessoal: Há necessidade de intimação pessoal, não basta intimação do advogado. 
Ordem: Primeiro depõe o autor e depois o réu. 
Representante da Parte: 
O curador pode ser representante, para isso deve-se requerer o depoimento pessoal através do curador. Como o curador é representante da parte, este não pode ser testemunha. 
O Preposto (aquele que representa a pessoa jurídica) deve ter conhecimento dos fatos, pois se ele declarar para o juiz que não tem conhecimento, o juiz declarará confissão ficta, é como se ele não tivesse na audiência depois de citado.
As partes não podem levar nenhum tipo de anotação (nem testemunha).
A parte pode se recusar a depor: Se no seu depoimento conter: 
Fatos torpes ou que incriminam a si mesmo;
Sigilo Profissional;
Fato desonroso à alguém próximo (parentes sucessivos até 4º grau, ou seja, até primo, tio avó e sobrinho neto)
Ou que envolva seu estado.
PROVAS
Disposições Gerais
As provas são os elementos centrais para que determinada causa se resolva de forma adequada, pois se há provas contundentes há uma grande possibilidade de restar provida a pretensão de uma dessas partes. 
Meios de provas: As partes tem o direito de empregar todos meios de provas legais, bem como os moralmente aceitos para provar algo no processo, para provas os fatos que se alega.Pode se utilizar o rol de provas taxados no código, como também utilizar provas que não estão expressas como prints. Art. 369
Autonomia do juiz: Cabe ao juiz determinar as provas necessárias para o julgamento do mérito – art. 370.
Ônus da Prova – art. 373: será ônus do autor quanto ao fato constitutivo de seu direito, e será ônus do réu se existir um fato que ele alegue que extingue, modifique ou impeça o direito do autor. O paragrafo 1º diz sobre a dinâmica das provas e se consolida no paragrafo 3º (convenção processual das partes).
Prova Emprestada: possibilidade de utilizar provas produzidas em outro processo. Art 372.
Rol de Meios de provas utilizados:
Produção antecipada de provas – art. 381
Prova documental – art. 403 São todos os documentos que compõem o corpo probatório do processo, os quais devem acompanhar a inicial ou a contestação, podendo ser juntados aos autos após decorridos os prazos desses, somente quando se tratar de fato novo relativo à causa (fato já existente, cuja prova foi conseguida posteriormente). 
Prova testemunhal – art. 442
Prova Pericial – art. 464 - São provas produzidas por meio de exame, vistoria ou avaliação efetivada por perito técnico, que pode ser acompanhado por assistentes nomeados pelas partes.
Inspeção Judicial – art. 481 - Ato pelo qual o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer fato que interesse à decisão da causa.
Ata Notorial: art 384 – É um documento público e tem fé pública, que certifica o que foi visto na página digital. Ex: você quer comprovar o que viu naquele site, então vc vai até o cartório, e o tabelião vai certificar o que foi visto. Tem força maior do que um print porque é documento público e por conta disso tem presunção de veracidade. A ata notorial é uma terceirização do serviço público feita pelo tabelião. 
Provas em Espécie
Outros meio de prova: 
Depoimento Pessoal: art 385, 388 – O depoimento pessoal é um tipo de prova, e esse depoimento é da parte ou de seu representante processual. 
Confissão: Diz respeito aos fatos e pode se ter confissão do réu ou do autor, tem duas espécies de confissão:
Judicial: Pode ser espontânea ou provocada. A confissão que advém do depoimento pessoal é provocada. 
Extrajudicial: é fora do juízo, pode ser por documento.
Se a confissão for feita por representante deve ter poder expresso para confissão. 
Litisconsórcio: Em caso de litisconsórcio, se só uma parte confessar, esta parte será chamada de confidente, e a confissão só atingirá ela. 
É importante saber diferenciar confissão de reconhecimentojurídico do pedido:
Confissão: diz respeito aos fatos, o juiz analisará diante do conjunto probatório, e por conta disso, não vincula o juiz, ou seja, ele pode decidir contra a confissão.
Reconhecimento jurídico do pedido: diz respeito ao direito, vincula o juiz, ele não pode agir contra. 
A confissão é indivisível, deve-se utilizar por inteira, não pode pegar apenas uma parte da confissão.
A confissão não é valida em relação à direitos indisponíveis. Como por exemplo direito real imobiliário em que a confissão de um apenas não basta, deve ter dos cônjuges. 
Fatos que não dependem de provas: Art. 374. Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos no processo como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
Máximos de experiência – art. 375: o Juiz aplicará a experiência. Exemplo: Prova de trabalho rural. Mulher de rurícola, rurícola é. 
Prova de direito: Normalmente as provas são feitas em relação a fatos, mas no caso do art. 376, o juiz pode determinar prova em relação a uma lei municipal, estadual ou estrangeira. Exemplo: estou discutindo e invoco determina lei municipal ou estadual, o juiz pode desconfiar se a lei está em vigor ou não, e pedir uma certidão.
Art. 377 Carta Rogatória e Precatória.

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