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TRABALHO HISTÓRIA AV1

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MARCELE DA SILVA BATISTA
201402309368
RACIONALISMO E EMPIRISMO
RIO DE JANEIRO
2018
PRINCIPAIS CONCEITOS E IDEIAS
René Descartes 
René Descartes (1596 - 1650) foi um filósofo, físico e matemático francês. Autor da frase "Penso, logo existo". É considerado o criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna. Sua preocupação era com a ordem e a clareza. Propôs fazer uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse fundamentada única e exclusivamente na verdade. Uma nova visão da natureza anulava o significado moral e religioso dos fenômenos naturais. Determinava que a ciência deveria ser prática e não especulativa.
A obra de Descartes, "O Discurso Sobre o Método", é um tratado matemático e filosófico, publicado na França em 1637 e traduzida para o latim em 1656. Em toda obra prevalece a autoridade da razão.
Aos 22 anos, começa a formular sua "geometria analítica" e seu "método de raciocinar corretamente". Rompe com a filosofia aristotélica adotada nas academias e, em 1619, propõe uma ciência unitária e universal, lançando as bases do método científico moderno. 
Sua principal obra foi "O Discurso Sobre o Método" (1637), na qual apresenta o seu método de raciocínio, "Penso, logo existo", base de toda a sua filosofia e do futuro racionalismo científico. Nessa obra expõe as quatro regras para se chegar ao conhecimento: nada é verdadeiro até ser reconhecido como tal, os problemas precisam ser analisados e resolvidos sistematicamente, as considerações devem partir do mais simples para o mais complexo e o processo deve ser revisto do começo ao fim para que nada importante seja omitido 
Vejam-se agora, de modo resumido algumas das ideias de Descartes em relação à medicina. Uma das mais importantes é a separação entre o corpo e a alma, condição essencial para se poder considerar o corpo, apenas e só, como uma qualquer máquina, embora com um grau maior de complexidade. Segundo Descartes, “a nossa alma, isto é, a parte distinta do corpo cuja natureza, como já se disse, consiste somente em pensar, para isso contribua, e que essas funções são sempre as mesmas, no que se pode dizer que os animais irracionais se nos assemelham” (1, p. 47). Note-se que só a partir desta distinção entre o corpo e a alma é possível inferir propriedades do corpo humano a partir do estudo da anatomia animal. “Desejo dar aqui a explicação do movimento do coração e das artérias o qual, sendo o que mais geralmente se observa nos animais, se julgará mais facilmente o que se deve pensar dos outros e, a fim de termos menos dificuldades em compreender o que vou dizer, desejava que os não versados em anatomia se resolvessem, antes de ler, a colocar ante eles o coração de qualquer grande animal que tenha pulmões, porque ele é em tudo bastante semelhante ao do homem” (1, p. 47). A experimentação e a observação directa da realidade é, de facto, um dos pilares do método cartesiano e pode ser encontrado em muitos outros pontos desta obra. Descartes alerta inclusive os seus leitores a procederem do mesmo modo: “quanto ao resto, a fim de que os que não conhecem a força das demonstrações matemáticas e não estão habituados a distinguir as razões verdadeiras das verosímeis, não procurem negar sem examinar, desejo adverti-los que este movimento que acabo de explicar resulta necessária e somente da disposição dos órgãos que se podem observar a olho nu no coração, e do calor que lá se pode sentir com os dedos, e da natureza do sangue que se pode conhecer por experiências, da mesma maneira que o movimento de um relógio resulta da força, da situação e da forma dos seus contrapesos e das rodas” (1, p. 50). De facto, a metáfora do relógio, a máquina mais perfeita à época, é uma das mais recorrentes pelos que defendem uma visão mecanicista da natureza, visão que será transportada para o corpo humano e para a medicina. 
John Locke
John Locke (1632-1704) foi um filósofo inglês, o principal representante do empirismo, teoria que afirmava que o conhecimento era determinado pela experiência, tanto de origem externa, nas sensações, quanto interna, a partir das reflexões. Sua teoria política deixou grande contribuição ao desenvolvimento do liberalismo, principalmente a noção de Estado de direito. 
Em 1689, durante o exilo na Holanda, John Locke escreveu “Cartas Sobre a Tolerância”, na qual defende as ações dos cidadãos, principalmente no campo religioso, que devem ser toleradas pelo Estado, desde que cumpram as funções de defender a vida, a liberdade e a propriedade. Locke afirma que a reivindicação por tolerância tem como pressuposto a separação entre Estado e Igreja, ideia revolucionaria para o cenário político da época.
John Locke teve papel importante na discussão sobre a teoria do Conhecimento. Sobre esse assunto escreveu “Ensaios sobre o Entendimento Humano” (1690), que consistia em saber “qual a essência, qual a origem e qual o alcance do conhecimento humano”. Destacou-se também na política com a obra “Dois Tratados Sobre o Governo Civil” (1690), no qual contesta o absolutismo e a doutrina do direito divino dos reis.
A maior parte de sua obra é caracterizada pela oposição ao autoritarismo, na esfera individual, política e religiosa. Com relação à sociedade política e a sociedade civil, um dos aspectos progressistas do pensamento liberal de Locke é a exigência da origem democrática, parlamentar, do poder político. Locke estabelece uma distinção entre o público e o privado, que devem ser regidos por leis diferentes. Assim, o poder político não deve, em tese, ser determinado pelas condições de nascimento, bem como o Estado não deve intervir, mas sim garantir o livre exercício da propriedade, da palavra e da iniciativa econômica.
Através de seus trabalhos influenciados pelo racionalismo cartesiano, John Locke se opõe à escolástica estudada em Oxford e se tornou o fundador do “empirismo filosófico”. O empirismo define a alma como uma página em branco, uma “tábula rasa”, onde não há inscrição, e que o conhecimento só começa após a experiência sensível. Para Locke, se houvesse ideias inatas, as crianças já as teriam, além disso, a ideia de Deus não se encontra em toda parte, pois há povos sem nenhuma representação de um ser perfeito.
Locke, portanto, é considerado um dos mais importantes precursores do Iluminismo europeu e fundador do empirismo inglês. Seu pensamento é considerado um clássico da tradição filosófica. Sua educação realista objetiva investigar os fenômenos naturais e a proposição de idéias que, futuramente, influenciaria o pensamento de outros teóricos, por exemplo, Rousseau. Locke protagoniza a educação disciplinar e suas teorias educacionais apresentam três importantes vertentes educacionais: o físico, a moral e o intelectual. O físico era uma de suas maiores preocupações; o cuidado para com ele se justificava pela máxima de Juvenal: corpo são, mente sã. Para o desenvolvimento desse corpo ele propõe uma série de recomendações a serem constantemente adotadas pelos pais que desejam aumentar a resistência física do futuro cavalheiro, seus cuidados se estendiam desde banho, alimentação, sono, vestimentas até os comportamentos do pequeno homem (OLIVEIRA, 2003). Ao longo de sua obra Alguns pensamentos acerca da educação, Locke (1999a) propõe uma educação moralista. Em sua perspectiva, o respeito à moral e aos costumes superam a importância de um ensino voltado para o conteúdo disciplinar. Sua maior preocupação a respeito da educação é ensinar ao aluno os conteúdos para além da escola, ou seja, os conhecimentos para sua vida. 
Ele é um pensador que revoluciona o pensamento de Aristóteles e Descartes sobre a teoria das idéias inatas - conhecimentos que segundo esses teóricos, o homem já nascia com eles -, após analisar todo o processo de formulação do pensamento humano, John Locke propõe a teoria empírica, a qual acredita que todos os conhecimentos do homem são aprendidos ao
longo de sua existência, portanto, não há idéias inatas. A proposição de que o ser humano vem ao mundo sem qualquer tipo de conhecimento é a base da teoria da tabula rasa, um conceito lockeano que compara a criança ao papel em branco, ambos sem experiências anteriores, portanto, vazios no que se refere ao pensamento. Mas, ao mesmo tempo, ambos estão aptos a aprender, a serem preenchidos por saberes que serão as mais importantes impressões de toda sua vida 
Semelhanças e Diferenças 
Racionalismo Cartesiano 
Para reconhecer algo como verdadeiro, René Descartes considera necessário utilizar a razão e o raciocínio para transformar esse algo em idéias claras e distintas, com o objetivo de entender, estudar, compreender, analisar, criticar, questionar, o sistema, experimentar na razão e na ciência, ou seja, estudar racionalmente e cientificamente.
Empirismo Inglês
Empirismo significa experiência, e ao contrário do racionalismo, destaca como prioridade a experiência sensível no processo do conhecimento.
No empirismo a experiência sensível é fundamental, e o que vem depois da razão depende dessa experiência. O empirismo questiona o caráter da verdade, pois o conhecimento parte da realidade referente ao ser humano, tempo e espaço.
WEBGRAFIA
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132009000100005
http://www.palasathena.org.br/arquivos/pedagogicos/THOT%201982%20N.28/A%20Filosofia%20de%20Descartes.pdf
https://www.ebiografia.com/rene_descartes/
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada9/_files/BDxADftT.pdf
https://www.ebiografia.com/john_locke/
https://www.webartigos.com/artigos/empirismo-ingles-x-racionalismo-cartesiano/25470

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