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O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO DESENVOLVIMENTO RURAL BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO

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CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO NORTE GOIANO
 FACULDADE DO NORTE GOIANO
 CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Prof. Ma.: Cinthia Ohana 
Acadêmico: 
MATTEI; L.; o papel e a importância da agricultura familiar no desenvolvimento rural brasileiro contemporâneo. Disponível em: < https://ren.emnuvens.com.br/ren/article/view/500>. Acesso em: 15 de nov. 2017
1 O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO DESENVOLVIMENTO RURAL BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO
	A agricultura familiar (ou também conhecida como agricultura de subsistência) desde o principio faz parte da rotina das atividades produtivas do país frente ao do processo de ocupação do território brasileiro. De maneira geral, pode-se constatar que até o início da década de 1990 havia uma carência de um sistema de política pública, de caráter nacional, voltada ao atendimento das necessidades específicas dos agricultores familiares, o qual era caracterizado de modo simplesmente instrumental e bastante impreciso na esfera da burocracia estatal brasileira.
 	O PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) foi criado em 1996, para atender a uma velha exigência das organizações dos trabalhadores rurais, as quais cobravam a formulação e a implantação de políticas de desenvolvimento rural especificas para o maior segmento da agricultura brasileira, no entanto o mais fragilizado em termos de capacidade técnica e de inserção nos mercados agropecuários.
	Mesmo com o surpreendente número de pessoas que deixaram a zona rural ao longo dos tempos, ainda prevalece neste espaço a precariedade de indicadores sociais que revelam o grau de pobreza e de miséria presentes nesse meio. No ano de 2009, por exemplo, da população rural total aproximadamente 54% era enquadrada como pobre. A distribuição espacial da pobreza rural revela que 53% do total de pessoas agrupadas como pobres viviam na região Nordeste do país,
	A partir desses dados o governo passou a definir ações preferenciais para as áreas rurais no âmbito do Programa Brasil Sem Miséria, cujo objetivo está direcionado a erradicação da pobreza extrema em diversas regiões do país que exibem elevados percentuais desses indicadores, e cujo epicentro dos mesmos ocorre em áreas rurais ocupadas e trabalhadas pelos agricultores familiares.
	A partir desse pressuposto, é evidente que a relação tradicional entre Estado e Sociedade vem se modificando, na medida em que os representantes da classe elevam sua participação na definição e gestão das políticas públicas. É neste contexto que nos últimos vinte anos as políticas públicas voltadas ao combate à pobreza e à promoção do desenvolvimento rural, tiveram forte avanço.
	Desta forma, o estudo do OPPA (2011), aponta que o recuo da baixa distribuição de renda no Brasil nos últimos anos está relacionado, de modo geral, a três sucessões de fenômenos ligados à intervenção governamental na economia. Em primeiro lugar, a retomada do crescimento econômico e do aumento do emprego na economia. É importante destacar que houve o revigoramento das economias de pequenos municípios no interior do Brasil, muitos desses em áreas rurais, elevando a renda e o consumo de seus habitantes e gerando efeitos positivos territoriais e microrregionais
	Em segundo lugar, a redução da pobreza rural esteve relacionada à criação, ampliação e legitimação social do Programa Bolsa Família e de uma Rede de Proteção e de Promoção Social, na qual se evidencia o Programa de Previdência Social Rural, que colocou em prática uma estratégia intersetorial de enfrentamento da pobreza.
	Por ultimo, porém não menos importante, a introdução de um conjunto amplo de políticas públicas diferenciadas, de âmbito federal, direcionadas ao meio rural e dedicadas a estimular a produção de alimentos por meio da agricultura familiar e a alavancar o acesso das populações necessitadas a estes alimentos também deve ser destacado quando se analisa a diminuição da pobreza rural nos últimos anos.
	O Estado brasileiro começou a dar apoio direto ao sistema familiar de produção a partir de elevados investimentos na obtenção de mais recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), inclusive aumentando sua área de cobertura, aumentando o público favorecido e criando novas linhas temáticas de crédito. 
	Deste modo, não soa exorbitante apontar que o PRONAF se tornou um instrumento essencial para discussão do crescimento rural no Brasil, pois sua importância para definição das estratégias de reprodução social dos agricultores familiares é definitivamente fundamental.
	Ao proporcionar recursos financeiros a demandas crescentes de agricultores familiares, fez com que crescesse consideravelmente o acesso destes ao sistema fazendário. O programa está aderindo a um novo acordo politico entre atores sociais, públicos e privados, tendo por finalidade dar um tratamento apropriado às necessidades da agricultura familiar brasileira.
	A fim de aumentar o suporte e apoio às atividades produtivas da agricultura familiar, o Estado também passou a investir na reestruturação do sistema nacional de assistência técnica e extensão rural (ATER). No ano de 2004, com o lançamento do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PRONATER), foi instituída outra missão para este serviço público: apoiar e favorecer o desenvolvimento rural orientado pelos princípios da sustentabilidade ambiental, social e econômica dos sistemas produtivos.
	Desta forma, desde 2003, a política de desenvolvimento dos territórios rurais que vem sendo feita oficialmente no país, tendo como fator motivador o resgate da importância econômica e dos valores rurais para o desenvolvimento do Brasil; a necessidade imediata de combater todos os tipos de desigualdades; e o papel fundamental do sistema familiar de produção e da reforma agrária na geração de produção, emprego e renda, bem como na própria estimulação socioeconômica local e regional das comunidades rurais.
	Este conjunto de políticas, programas e ações governamentais destinados especialmente ao público de agricultores familiares de todo o país vem exibindo resultados bastante positivos em termos de produção.
	Portanto, são claros os avanços notados nas duas últimas décadas no meio rural brasileiro, pois a partir do momento que o Estado decidiu apoiar mais fortemente o setor produtivo conhecido como “agricultura familiar”, o qual por quase cinco séculos permaneceu à margem das ações das políticas públicas de desenvolvimento rural do país.
	Contudo, em primeiro lugar, devem-se registrar os resultados assaz positivos conquistados pela agricultura familiar em termos produtivos, principalmente no que tange à produção de alimentos básicos. Na atual crise econômica foi possível se notar que a disponibilidade interna de alimentos para a sociedade tornou-se um fator decisivo no controle da inflação, bem como contribuiu de modo positivo no sentido de equilibrar a balança comercial.
	Em segundo lugar, tem de se ressaltar, ainda, o papel relevante da agricultura familiar no sentido de manter grande parte das ocupações rurais sob sua responsabilidade. Os dados do último Censo Agropecuário comprovam essa tendência, uma vez que mais de três quartos de todas as ocupações existentes recentemente no meio rural do país estão vinculadas diretamente ao sistema familiar de produção.
	Em terceiro lugar, é essencial destacar o papel decisivo que a agricultura familiar realiza para além dos aspectos simplesmente produtivos. Assim, em regiões em que predomina este tipo de agricultura são claras as diferenças, comparativamente às áreas dominadas pelo agronegócio, cujo centro dinâmico é dado pelas commodities produzidas em larga escala e voltadas aos mercados internacionais. Duas diferenças são visíveis: a maior preservação dos recursos naturais e um espaço físico ocupado com gente.
	Assim como se entende que a garantia da segurança alimentar e nutricional; o fortalecimento do mercado interno; a exportação de produtos agrícolas;a preservação da biodiversidade; e a manutenção da diversidade territorial dos espaços rurais interessa e traz benefícios a toda a sociedade. A partir dai a população passa a gozar de alimentos de qualidade e diversificados, de ambientes naturais preservados, e etc. Isso revela a perspectiva solidária da contribuição da sociedade agrária para o funcionamento global da sociedade brasileira.

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