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Apostila de AFO 1

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Administração Financeira e Orçamentária | 1
Leitura Obrigatória
1. Finanças e a Empresa
As finanças corporativas fazem parte de todo o escopo das 
organizações, em razão da importância de administrar os recursos 
financeiros para maximizar a riqueza dos acionistas.
1.1 Formas de Organização Empresarial
Uma empresa é uma unidade econômico-social, integrada por 
elementos humanos, materiais e técnicos. Ela tem como objetivo obter 
utilidades por meio da sua participação no mercado de bens e serviços, 
fazendo uso de fatores produtivos, tais como trabalho, terra e capital.
As empresas podem ser classificadas de acordo com a atividade 
econômica que desenvolvem. Deste modo, nos deparamos com as empresas 
do setor primário (que obtêm os recursos a partir da natureza, como é o 
caso das agrícolas, pesqueiras ou pecuárias); as empresas do setor secundário 
(dedicadas à transformação de matérias-primas, como acontece com as 
empresas industriais e da construção civil); e as empresas do setor terciário 
(empresas que se dedicam à prestação de serviços ou ao comércio).
Outra classificação igualmente possível para as empresas diz 
respeito a sua constituição jurídica, como: firma individual – empresa 
de propriedade de uma única pessoa, que opera visando seu próprio 
lucro; sociedade limitada – empresa com fins lucrativos, constituída por 
2 | Administração Financeira e Orçamentária
duas ou mais pessoas e sociedade anônima – pessoa jurídica de direito 
privado, com fins lucrativos, em que o capital social é representado por 
ações ou entidades sem fins lucrativos.
As empresas também podem ser definidas de acordo com a 
respectiva titularidade do capital, como: empresas privadas – cujo capital 
está nas mãos de particulares; empresas públicas – controladas pelo Estado; 
empresas mistas – nas quais o capital é partilhado por particulares e pelo 
Estado e empresas de autogestão – o capital é propriedade dos trabalhadores.
1.2 Objetivos da Empresa do Ponto de Vista Financeiro
Do ponto de vista financeiro, os objetivos da empresa são: 
• Liquidez: corresponde formalmente ao grau de monetização 
do ativo, ou seja, à capacidade que a empresa tem de tornar 
em dinheiro seus ativos; 
• Rentabilidade: grau de rendimento proporcionado por 
determinado investimento;
• Geração de Valor Interna: por meio de mão de obra, 
matérias-primas, equipamentos e tecnologias;
• Externa: é a imagem junto ao mercado. 
1.3 Análise Marginal
 
O administrador financeiro deve analisar a estrutura 
econômica, estando atento às consequências dos vários níveis de 
atividade e mudanças na política.
A análise marginal é o princípio econômico básico usado 
na administração financeira. Por meio dela, as decisões financeiras 
são tomadas e as ações são realizadas somente quando os benefícios 
adicionais superarem os custos adicionais.
Vejamos um exemplo:
Administração Financeira e Orçamentária | 3
Jane é administradora financeira da empresa ACS S.A. Ela 
decidiu substituir um dos computadores da empresa por um mais 
sofisticado, que aceleraria o processamento. O novo computador 
exigiria o desembolso de R$ 80.000 e o antigo poderia ser vendido por 
$ 28.000. Os benefícios totais com a compra do novo seriam de R$ 
100.000, e os produzidos pelo computador antigo de R$ 35.000. Com 
base no princípio da análise marginal, qual deve ser a decisão de Jane?
Benefícios com novo computador ......................... 100.000,00
(-) Benefícios com computador antigo ................. (35.000,00)
(=) Benefícios marginais adicionados ...................... 65.000,00
Custos com novo computador ................................ 80.000,00
(-) Valor obtido com venda do antigo.................... (28.000,00)
(=) Custos marginais adicionados ........................... 52.000,00
Benefícios Adicionados – Custos Adicionados = Lucro Marginal
1.4 Administração Financeira e Contabilidade
 
A administração financeira e a contabilidade estão intimamente 
ligadas, embora possuam visões diferentes. A contabilidade usa a 
abordagem do regime de competência, no qual as receitas são reconhecidas 
no momento da venda, e as despesas, quando incorridas. Já a administração 
financeira enfatiza o fluxo de caixa (E/S), mantendo a solvência da empresa 
(capacidade de pagar as dívidas de curto prazo). Em outras palavras, ela 
possui ativo permanente, mas não tem ativo circulante, e usando o regime 
de caixa, reconhece receitas e despesas quando ocorrem. 
Exemplo: Determinada empresa faz a seguinte operação em 
dezembro de 2015:
• Vendas: 100.000,00
• Prazo de recebimento: 60 dias
• Custo do produto: 80.000,00 (pagos em 2014)
4 | Administração Financeira e Orçamentária
VISÃO DO CONTADOR
DRE – 31/12/2015
VISÃO DO ADM. FINANCEIRO
DFC – 31/12/2015
Receita 100.000,00 Entrada de caixa 0,00
(-) custo 80.000,00 (-) saída de caixa 80.000,00
(=) lucro líquido 20.000,00 (=) fluxo líquido de caixa (80.000,00)
1.5 Decisão de Financiamento e Investimento
 
De uma maneira abrangente, podemos identificar duas áreas de 
decisões financeiras: o financiamento e o investimento.
As decisões de financiamento constituem responsabilidade 
exclusiva do administrador financeiro, pois visam montar a estrutura 
financeira adequada aos novos projetos a serem implantados na empresa. As 
questões envolvidas nas decisões de financiamento referem- se à quando, 
quanto, onde e como a empresa deve tomar recursos emprestados, como 
por exemplo, onde tomar um empréstimo, qual o valor etc.
As decisões quanto ao investimento resumem-se em descobrir 
as alternativas mais lucrativas para os projetos, como por exemplo, o 
que fazer com o dinheiro disponível em caixa ou com o dinheiro que 
tomou emprestado.
1.6 Problemas de Agência
 
Administradores não proprietários são contratados como 
agentes dos proprietários, que os delegam poderes para tomar decisões e 
administrar a empresa em nome deles.
Teoricamente, a maioria dos administradores financeiros 
concorda com o objetivo de maximização da riqueza do proprietário, 
mas, na prática, estão preocupados, também, com sua riqueza 
pessoal. Desta forma, esses administradores evitam riscos elevados, 
agem com moderação, e levam os proprietários a ganhos inferiores 
ao que poderiam ter.
Administração Financeira e Orçamentária | 5
Os problemas de agência ou agency são definidos como o 
conflito potencial de interesses entre o agente (administrador) e os 
acionistas externos à administração ou os credores (portadores de títulos 
de dívida). Nestes casos, há grande possibilidade de os administradores 
colocarem seus objetivos pessoais à frente dos objetivos da empresa.
 
A Teoria da Agência pressupõe que existe um custo de 
agenciamento das decisões, ou seja, nem sempre o que é melhor para o 
dono é melhor para o administrador. 
Então, as forças de mercado e os custos de agência nascem. As 
forças de mercado estão relacionadas à pressão feita pelos sócios e acionistas 
ao administrador, que, na possibilidade de colocar seus objetivos à frente 
dos objetivos da empresa, corre o risco de perder o emprego. Já os custos de 
agência são definidos como a soma de custos de acompanhamento assumidos 
pelos acionistas e incentivos pagos aos administradores. Portanto, 
espera-se que sejam concebidos contratos que forneçam aos administradores 
os incentivos apropriados para maximizar a riqueza dos acionistas.
1.7 Governança Corporativa
 
Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas 
são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos 
entre seus sócios, conselho de administração, diretoria, auditoria 
independente e conselho fiscal.
Os administradores devem praticar a responsabilidade 
corporativa, esforçando-se para aumentar o valor da empresa para 
os acionistas, objetivando a transparência da gestãoempresarial e a 
redução de riscos maiores para os investidores, adotando a prestação 
de contas e a equidade.
A governança corporativa busca superar os problemas de 
agência, tendo como principal preocupação a criação de mecanismos 
eficientes, com sistemas de monitoramento e incentivos para garantir 
que o comportamento dos administradores esteja alinhado aos 
interesses dos acionistas.
6 | Administração Financeira e Orçamentária
2. O Ambiente Operacional da Empresa
 
As empresas operam em um ambiente econômico no qual há 
agentes econômicos poupadores, com recursos financeiros em excesso, e 
agentes econômicos deficitários, com falta de recursos.
Quando não há um movimento sincronizado entre recebimentos 
e pagamentos, no que diz respeito ao prazo de recebimento/pagamento e 
volume de recursos, os intermediários financeiros canalizam os recursos 
dos agentes superavitários para os agentes deficitários.
A intermediação financeira é a aproximação entre a oferta e a 
procura de recursos no mercado financeiro. Esse processo representa a 
captação de recursos excedentes dos agentes econômicos poupadores e a 
cessão destes recursos aos agentes econômicos deficitários.
2.1 Instituições e Mercados Financeiros
A maioria das empresas tem a necessidade permanente de 
fundos provenientes de fontes externas, que podem ser obtidos por 
meio de instituição financeira e pelos mercados financeiros.
As instituições financeiras são intermediárias que canalizam 
as poupanças de indivíduos, empresas e governos para empréstimos ou 
investimentos. Estas instituições pagam aos poupadores juros sobre fundos 
depositados, captam poupança, emprestam estes fundos aos clientes, e 
investem economias dos clientes em ativos rentáveis, tais como bens imóveis 
ou ações e títulos de dívida. Além disso, elas prestam serviços em troca 
de tarifas, recebem os depósitos dos clientes e emprestam esse dinheiro a 
outros clientes (indivíduos, empresas e o governo). As principais instituições 
financeiras são os bancos comerciais, as cooperativas de crédito, as companhias 
de seguros, os fundos de pensão e os fundos de investimento.
Os mercados financeiros consistem em fóruns onde os fornecedores 
de fundos, tomadores de empréstimos e investidores podem negociar 
diretamente. Enquanto os empréstimos e as aplicações pelas instituições são 
feitos sem o conhecimento direto dos fornecedores de fundos, nos mercados 
financeiros, eles conhecem o destino do empréstimo ou da aplicação.
Administração Financeira e Orçamentária | 7
3. Taxa de Juros
 
É a compensação paga pelo tomador de fundos ao credor. 
Do ponto de vista do tomador de fundos, é o custo de captar os 
recursos financeiros.
Quando ocorre empréstimo de fundos, o custo de sua captação 
é a taxa de juros. Quando os fundos são obtidos por meio da venda de 
um direito de propriedade, tal como na venda de ações, o custo para 
o emitente (demandante) é chamado de retorno exigido, que reflete o 
nível de retorno esperado pelo fornecedor dos fundos (investidor).
3.1 Taxa SELIC
 
O Sistema Especial de Liquidação e Custódia(Selic) é 
um sistema computadorizado do Banco Central, ao qual apenas as 
instituições financeiras credenciadas têm acesso. Este sistema funciona, 
mais ou menos, como a compensação de um banco, porém, no mercado 
de títulos públicos, este sistema transfere os papéis para o comprador, 
ao mesmo tempo em que credita o valor da venda para o vendedor.
A taxa Selic é a média de juros que o governo brasileiro paga 
por empréstimos tomados dos bancos. Essa média, chamada de taxa 
Over-Selic ou juro básico, serve de referência para todas as outras taxas 
de juros do país. 
Quando a Selic aumenta, os bancos preferem emprestar 
dinheiro ao Governo, que é melhor pagador. Isso faz com que haja 
menos dinheiro disponível e um consequente impacto no crédito, que 
fica cada vez mais caro para os consumidores.
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