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CADERNO PROCESSO CIVIL III - Prof. André Roque

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Rio, 06.03.2017
PROCESSO CIVIL III
Professor: André Roque
AULA 1
Bibliografia básica:
Diddier – vol. 3
Leonardo Greco – vol. 3 -edição de 2015 – recurso especial e extraordinário com alterações;
Daniel Assumpção – vol. único.
Bibliografia complementar:
Araquin de Assis.
Prova: Uma objetiva e o resto discursiva (consulta ao código)
P1 = 05/05
P2 = 23/06
PF = 03/07
Email da monitora: bulakilana@gmail.com ou nana.alves@bastostigre.adv.br
PRECEDENTES (Art. 926 – 928, CPC)
	Precedente e jurisprudência
Decisão = É qualquer pronunciamento do juiz que resolva a postulação das partes no processo, mas nem toda decisão é um precedente.
Precedente = É uma espécie de decisão, mas para que seja precedente deve haver uma tese jurídica capaz de ser replicada nos outros processos. 
Ex: Cite-se o réu em 15 dias (é uma decisão, mas não é precedente). Se uma instituição financeira quer cobrar alguém e o juiz entende como ilegal (forma precedente)
Jurisprudência = Conjunto de precedentes de um determinado tribunal sobre aquela matéria (é a reiteração de precedentes). Ex: A tarifa é ilegal no caso tal, tal e tal.
Enunciado de súmula = O tribunal tem entendimento sobre uma matéria e para dar maior publicidade ao entendimento, ele sintetiza esse entendimento em um enunciado.
Importância do sistema de precedentes
1º) Racionalização na prestação da jurisdição = Uma dada tarifa é discutida em diversos processos. Para evitar que o judiciário se debruce sobre a mesma questão várias vezes, o CPC faz mecanismos de solução de causas repetitivas. Há 2 grandes mecanismos: Incidente de resolução de demandas repetitivas (arts. 976e 987 – IRPR)e recurso especial extraordinário repetitivo.
O tribunal pega alguns casos repetitivos e suspende os demais, define a tese jurídica (como a tarifa ser ilegal) e replica nos demais – chama-se de julgamento por amostragem.
Uma outra evidência é que os precedentes servem como atalho argumentativo para o juiz (o juiz vê se o precedente se aplica ao caso concreto, sem se debruçar sobre a argumentação da ilegalidade da tarifa.
2º) A tutela da isonomia = Evitar a loteria judiciária- transformar a jurisdição num jogo de sorte ou azar. Quer o tratamento isonômico para casos idênticos- treat like cases alike.
3º) A tutela da segurança jurídica = As pessoas ao ter um posicionamento do tribunal sobre aquela matéria, passam a se comportar confiando ser aquela a regra do jogo.
O precedente confere maior previsibilidade na interpretação do ordenamento jurídico, o que é ainda mais importante atualmente, visto que o que mais temos são enunciados jurídicos abertos, princípios etc.
Riscos ao trabalhar com precedentes
]]
1º) Risco da formação inadequada dos precedentes = É o risco de formarmos precedentes inconsistentes (fracos), com isso, o tribunal pode acabar sendo obrigado a mudar o precedente, havendo precedentes conflitantes e acabando com a segurança jurídica.
Jurisprudência banana bolt – RESP 382.736 – STJ editou uma súmula e 3 meses depois o STJ disse que tava errada. 
2º) Risco de aplicação inadequada de precedentes = Em 2 situações: A) O Juiz aplica o precedente para casos em que há outra discussão jurídica (como o juiz aplicar a ilegalidade da tarifa x a tarifa z), por isso no art. 489, p. 1º do CPC se fala do dever de fundamentação. O inciso V do art. 489, p. 1º coloca que a decisão não está fundamentada (...), ou seja, o juiz deve demonstrar que o precedente se aplica ao caso concreto.
B) Tem a ver com a questão do desvirtuamento das súmulas = Ex: A tarifa tal é ilegal. O enunciado da súmula pode induzir a uma interpretação diferente dos seus precedentes, passando-se a aplicá-la para casos para os quais não foi concedida, como a súmula 365 do STJ. Essa súmula colocou que os processos em curso (não lembro da história) iam para a justiça federal, mas o precedente trouxe situações específicas, no entanto, outros casos foram pra federal. Com o erro da súmula se fez a súmula 55 do STJ.
	O art. 926, p. 2º, CPC coloca que deve haver cuidado na redação do enunciado, para refletir os precedentes e ter cuidado na aplicação da súmula, para ser conforme os precedentes que lhe deram origem.
Espécies de precedentes
	Duas grandes espécies:
Persuasivos = Aqueles que o juiz não está, necessariamente, obrigado a seguir. O juiz pode colocar que não concorda na decisão.
Vinculantes, obrigatórios, qualificados = O juiz está obrigado a seguir. 
O Brasil tem a tradição de adotar precedentes persuasivos, uma exceção a isso foram as súmulas vinculantes. Só que o NCPC trouxe várias hipóteses de precedentes vinculantes no seu art. 927. Tem quem diga que é inconstitucional, pois dá poder legislativo ao judiciário, como Nelson Neri e Scarpinella Bueno – posição minoritária.
Art. 927, CPC: Inciso I = Decisões em ADIN, ADPE; inciso II; inciso III = Tese jurídica definida, mecanismo de resolução de caso repetitivo forma precedente vinculante; inciso IV = Aproxima os efeitos das súmulas não vinculantes dos tribunais superiores as vinculantes do STF, colocando que os juízes devem observar também as não vinculantes dos tribunais superiores. Esse inciso fala de súmulas em matéria constitucional do STF. Antes da criação do STJ havia súmula de matéria infraconstitucional e constitucional para o STF, ou seja, as súmulas do STF em matéria infraconstitucional passaram a ser meramente persuasivas.
Art. 927, inciso V,CPC – Orientação do TJ do Rio vincula juízes dessa área.
Estrutura do precedente
Há 3 elementos essenciais:
1º) As circunstâncias fáticas = São elas que delimitam a aplicação do precedente.
2º) Os motivos determinantes (ratio recidendi) = Está a enunciação da tese jurídica, que é capaz de ser replicada em outros processos. Por exemplo, em caso de despejo por infração contratual o prazo é de 60 dias (enunciação da tese jurídica).
3º) (Obter) dictum = Considerações secundárias, acessórias, afirmações sem fundamento, que não formam o precedente. Como no caso do despejo, anteriormente dado, um tribunal dizer que o prazo em alguns casos muda – é uma consideração acessória, não é um precedente.
Dinâmica dos precedentes
	Um advogado que ingressar com uma ação, mas há um precedente contrário a sua posição. Uma alternativa é utilizar técnicas para o afastamento de precedentes.
	Há, basicamente, 2 técnicas:
1º) Distinção (distinguishing) =Não se aplica o precedente, porque o caso concreto tem uma peculiaridade que o torna inaceitável. Por exemplo, o prazo de 60 dias de despejo, como é um estabelecimento de ensino, alega que tem que esperar o término do período letivo, já que há interesse dos professores e alunos.
Art. 489, p. 1º, VI, CPC = O juiz pode deixar de adotar enunciado de súmula ou precedente se fizer a distinção do caso concreto.
2º) Superação (overruling) = O tribunal chega a decisão de que precisa rever seus precedentes, quando: a) É apresentado um fundamento novo que não foi objeto de consideração do fundamento; b) quando se alteram as circunstâncias jurídicas, sociais ou econômica. No caso do despejo, vem uma lei dizendo que o prazo é de 90 dias – o precedente deve ser revisto.
Outro exemplo: reajuste anual no contrato, vem uma inflação de 40% ao mês
O art. 927, CPC estabelece uma série de cuidados na aplicação dessa revisão jurídica do precedente. 
O p. 2º do art. 927 = Antes do tribunal decidir por rever a tese pode determinar uma audiência pública (como ouvir economistas) e pode também ter a participação do amicus curiae.
O p. 4º = Há um reforço ao dever de fundamentação. Não basta o tribunal colocar que tá removendo a tese jurídica, ele tem que colocar o motivo da mudança e porque a nova tese é correta.
O p. 3º = Fala da modulação dos efeitos, o tribunal ao mudar a tese pode surpreender as partes, que podem ter confiado que o precedente não ia mudar. O tribunal coloca que deve rever, mas a orientação só irá valer daqui para frente (prospective overruling).
A modulação não pode ser generalizada, porque pode desestimular as pessoasa buscarem a revisão da tese jurídica (a pessoa consegue, mas não se aplica ao seu casos).
OBS: Técnica de sinalização ou julgamento alerta (signaling)
O TRIBUNAL não supera o precedente, como o caso de despejo de 60 dias, vindo a lei de 90 dias, o tribunal coloca que o precedente ficará obsoleto, após a vacatio legis
Overriding = Superação parcial do precedente. No caso do despejo vem o prazo de 90 dias para pessoas maiores de 60 anos
Rio, 10.03.2016
AULA 2
PRECEDENTES (CONTINUAÇÃO)
Institutos da jurisprudência
Art. 926- Os tribunais têm o dever de uniformizar sua jurisprudência, devido a isonomia, evitar a loteria judiciária.
	Os 2 exemplos de institutos para uniformizar a jurisprudência
Incidente de assunção de competência (art. 947, CPC) = Por exemplo, a 3º turma do STJ entende que a prescrição é de 3 anos e a 2º de 10 anos. Por esse incidente, seria levado a um colegiado maior, com membros da 2º e 3º turma, a fim de definir.
Embargos de divergência (arts. 1043 – 1044, CPC) = São um recurso, que é cabível, justamente quando demonstra que há divergência interna na jurisprudência dos tribunais, só é cabível nos tribunais superiores (STJ e STF)
Atributos do 926:
A jurisprudência deve ser estável = Não deve ficar mudando, porque mudou ministro, desembargador ou porque mudaram de ideia (evitar o banana bolt).
Quando se opera com precedente, os precedentes são estruturados para facilitar a manutenção do status quo. Quando o juiz vai aplicar o precedente que já existe, não precisa enfrentar todas as questões que levaram a formação daquele precedente, basta demonstrar que se encaixe no caso concreto.
É possível a superação de um precedente. Jurisprudência estável não significa jurisprudência engessada, mas para mudar um precedente é preciso maior ônus argumentativo (porque tem que superar o precedente).
A jurisprudência deve ser íntegra = Deve ser compreendida como uma parte dentro do Ordenamento Jurídico. Isso significa que ela deve ser compatível com a constituição e com as leis digentes.
A ideia dessa compreensão é evitar o chamado voluntarismo judicial (o judiciário julgando sem limites, sem observar a Constituição ou a lei ou observar a literalidade da lei).
A jurisprudência deve ser coerente = Deve tratar da mesma forma casos semelhantes. Ou seja, o tribunal não pode ser contraditório com suas decisões anteriores sobre aquela mesma matéria.
Dworkin diz que a jurisprudência nos tribunais é como se fosse um romance em cadeia (o tribunal ao julgar um caso tem o dever de dialogar com seus precedentes anteriores sobre aquela matéria).
Um exemplo de incoerência seria o tribunal em um caso atender que união homoafetiva é entidade familiar para fins sucessórios e depois dizer que não vale para fins previdenciários, ignorando o precedente anterior.
ORDEM DO PROCESSO NO TRIBUNAL (ART. 929-945, CPC)
	Pode ser um recurso, pode ser um incidente processual (como o conflito de competência), a ação de competência originária no tribunal, porque já começa, orginalmente, no tribunal (mandado de segurança contra ato praticado pelo secretário de Estado).
	O art. 929 coloca que qualquer coisa que chegue no tribunal, na 2º instância, vai ser registrado e protocolado (protocolo é inserir a data em que aqueles autos chegaram no tribunal). No registro, coloca-se as partes daquela petição, recurso, incidente, qual é a matéria. ´
Ocorrerá também, de imediato, a distribuição, por exemplo, os órgão fracionários exercem as atribuições que o regimento interno do tribunal determina, como apelação julgada pelo TJ por uma câmara com 5 desembargadores. O regimento interno define quais câmaras existem e quais matérias cada câmara julga. O recurso será distribuído entre 1 dos integrantes daquelas câmaras que tenha competência para a matéria.
A escolha do relator é feita pela distribuição. Qualquer coisa que tramita no tribunal tem seu relator. O relator é um membro desse tribunal, um desembargador ou ministro, que terá a função de ordenar/dirigir/impulsionar aquele recurso, ação originária, até o momento que estiver pronto para ser julgado, sendo encaminhado para o colegiado.
Tudo que tramita no tribunal é bifásico: A 1º é o relator que toca e a 2º o julgamento coletivo.
A escolha do relator e, consequentemente, qual turma ou câmara vai julgar é feita pela distribuição.
Art. 930, CPC = Alternatividade, significa que o mecanismo de distribuição deve proporcional uma divisão do trabalho. Sorteio eletrônico, relaciona-se com o juiz natural, designado por critérios pré-estabelecidos, impessoais. Por fim, a publicidade, segundo o qual as partes têm o direito de saber quem é o relator que irá apreciar o seu caso. 
Art. 930, p. único = Duas situações importantes: A) Conexão: Pode ser entre ações e outras coisas que tramitam no tribunal, como o recurso. Um dos seus efeitos é a reunião das causas em um mesmo relator. O primeiro relator (recebe o primeiro recurso, por sorteio, e os próximos vão para ele por prevenção) é chamado de relator prevento, quando há mais de um relator que seria competente, a prevenção é uma forma de ficar a competência;
 B) A prevenção ocorre também em todos os recursos desse mesmo processo. Por exemplo, se teve recurso em uma liminar que quem recebeu foi o relator A, qualquer recurso, até o da sentença também vai para ele.
O 930 coloca também que prevenção também se dá para os recursos dos processos conexos. 
Quem fica prevento é o relator. Suponha-se que o tribuna tem 2 turmas, cada turma é composta de 5 membros. O relator da primeira turma C foi para a segunda turma, porque um dos membros morreu (entrando no lugar dele um relator X). O relator C terá que ir para a primeira turma julgar os recursos que já tinham sido distribuídos a ele (ele está vinculado). Porém, os novos recursos será para a primeira turma (pretensão vai ser do órgão julgador), ocorrendo um sorteio entre os 5 da primeira turma.
Art. 93, XV, CF = Diz que a distribuição será imediata. Até a EC 45, o tribunal chegava a demorar até 4 anos para distribuir um recurso. Com isso, agora a distribuição passou a ser imediata.
Art. 929, p.único, CPC = Os tribunais podem, eventualmente, funcionar de forma descentralizada, permitindo o protocolo em locais mais próximos e, sobretudo, o funcionamento em câmaras regionais.
VOTO, ACÓRDÃO, JULGAMENTO, EMENTA
O VOTO é a manifestação de cada integrante desse colegiado.
JULGAMENTO é o conjunto desses votos, é a deliberação do colegiado,.
ACÓRDÃO é a formalização/materialização do julgamento. É a decisão do órgão colegiado. A previsão do acordão tá no art. 204, CPC.
O acórdão pode ter conteúdo tanto de decisão interlocutória quanto de sentença.
O acórdão deve ser fundamentado. Os elementos do acórdão são os mesmos da sentença: Fundamentação, dispositivo e relatório.
Relatório explicita as principais questões daquele recurso, ação ou incidente. A fundamentação é a motivação que levou o tribunal aquela conclusão e o dispositivo é a conclusão.
O relatório é fundamental para se visualizar as circunstâncias fáticas em que aquele precedente se aplica, assim como a fundamentação é importante para se extrair daquele acórdão a ratio decidendi.
Tem que está no acórdão o voto vencido (art. 941, p.3º, CPC)- alguns recursos exigem um pré-questionamento (a matéria já ter sido examinada nas instâncias anteriores, não pode vir com um argumento inédito. Esse dispositivo coloca que se for uma questão que só o voto vencido botou, pode questionar (isso será visto depois, o que importa é que o voto vencido tem que ser fixado no acórdão, é parte integrante dele).
A razão da importância do voto vencido é por uma questão de precedente, colocar, no futuro, que o voto vencido que tava certo. Além disso, mostrar outros argumentos que não foram acolhidos pela maioria. 
Quem escreve o acórdão, via de regra é o relator. Suponha-se que tenha um julgamento 2x1 e o relator que tenha o voto vencido, quem fará o acórdão pelo art. 941, caput, do CPC será o autor do primeiro voto vencedor.
Suponha-seque F julgue improcedente o pedido, porque houve pagamento. O G porque houve prescrição e H porque a obrigação tinha objeto ilícito. A conclusão foi a mesma, o relator redigira o acórdão, mas recomenda-se que os demais também façam declaração de voto, coloque o voto deles por escrito, como se fosse um voto vencido (é um acórdão plural ) – aqui não há precedente.
	EMENTA (art. 943, p. 1º) = É um resumo do acórdão, de forma a facilitar pesquisa e divulgação da jurisprudência
	É recomendável que a ratio decidendi esteja na ementa. 
	É obrigatório que no acórdão tenha a fundamentação e o dispositivo.
	Pode acontecer da ementa dizer algo totalmente contrário ao que tá no acórdão, valendo o que está no acórdão.
	A ementa é elemento essencial do acórdão. Um acórdão sem ementa é mera irregularidade, não é nulidade processual.
PODERES DO RELATOR
Rio, 13.03.2017	
AULA 3
PODERES DO RELATOR
O procedimento do recursos nas ações ordinárias é bifásico.
Há 3 conjuntos de poderes do relatos:
1) Poderes ordinatórios (art. 932, I, CPC) = Qualquer providência que se destine a dar um impulso no processo, que se destine a atos ordinatórios, são competências do relator. 
Ex: Quando o recurso está maduro para ir para o colegiado, o relator pede dia para julgamento
		Existe dentro dos poderes ordinatórios, a possibilidade do relator determinar o saneamento de vícios formais (art. 932, p.único - recursos e parágrafos do 938 – ações de competência ordinária do tribunal). Alguns recurso, por exemplo, exigem que se junte cópias do processo em 1º grau. Se não se junta, o relator tem que dar uma oportunidade ao recorrente ou do autor da ação ordinária de corrigir o vício formal.
	Para que se aplique o art. 932 e os parágrafos do 938, o vício deve ser sanável.
	Essas regras não se aplicam a questões de falta de recolhimento ou recolhimento insuficiente de custas processuais.
	As questões envolvendo o recolhimento do preparo está no art. 1007, CPC (regra especial).
2) Poderes instrutórios – art. 932, I, CPC
Nos recursos e nas ações de competência originária pode ter prova.
Por exemplo, o tribunal pode determinar a convenção do julgamento em diligência: suspende, manda realizar alguma prova e, após isso, se retoma o julgamento do recurso.
Ação rescisória é um caso de competência originária – cabe, por exemplo, quando há falsidade da prova no processo originário. Para isso, deve-se produzir prova, a fim de provar a falsidade.
Quem decide se determinada prova deve ou não ser produzida é o relator.
	A produção de prova no tribunal pode ocorrer de33 formas diferentes: A) carta de ordem: o tribunal manda produzir a prova, expede uma carta de ordem para o juiz de 1º grau que irá produzir a prova. Ex: Pedir a vara de cívil de itaperuna para ouvir uma testemunha de lá.
	B) Produção de prova sob a presidência do relator: O relator não só ordena a produção da prova, como ele mesmo vai presidir pessoalmente a produção dessa prova. Ex: A testemunha dar o depoimento no gabinete do relator.
	C) Perante o órgão colegiado: Como a testemunha ser ouvida perante todo o colegiado. Isso não ocorre na prática, principalmente, devido ao congestionamento das pautas do colegiado.
3) Poderes decisórios 
São decisões que o relator dá, chamadas de decisões monocráticas (ou unipessoal).
Em regra, o julgamento dos recursos e das ações de competência originária é feito pelo colegiado.
	Decisões que o relator pode tomar: A) Homologação de atos de autocomposição (art. 932, I, CPC) = Por exemplo, tem uma apelação, as partes chegam num acordo. O relator irá homologar esse acordo.
	B) Apreciação de pedidos de tutela provisória (art. 932, II, CPC) = É a liminar. O relator aprecia a liminar.
	Alguns recursos não tem efeitos suspensivo, ou seja, a decisão continua fazendo efeitos, enquanto o recurso não é julgado. Se houver urgência pode pedir a suspensão ocasional do meu recurso no caso concreto. Esse pedido de efeito suspensivo, tem natureza jurídica de tutela provisória e sendo competente para apreciar esse pedido o relator.
	Pode acontecer de ter um pedido de efeito suspensivo ou tutela provisória em caráter antecedente, por exemplo, diz que tem uma apelação lá embaixo que já vai subir, pedido pra decisão (pedido avulso) ficar com efeito suspensivo. Isso tronará prevento o relator, por causa da conexão entre o pedido de efeito suspensivo e o recurso que ainda vai chegar no tribunal.
	Art. 10, LEI 188/2016 = Fala sobre o recurso que é interposto contra decisão do juiz que manda publicar direito de resposta pela empresa. O julgamento desse recurso só pode ser apreciado pelo colegiado (através desse artigo). Esse artigo foi alvo de controle constitucional pelo STF, com a ADIN 5415, foi determinado que o relator também pode apreciar o efeito suspensivo, porque pode demorara ter sessão pelo colegiado e pode ter uma situação de urgência. Logo, esse artigo 10 não pode ser interpretado como uma exceção a regra geral de que o efeito suspensivo é de competência do relator. 
	O relator pode apreciar a liminar ad referendum = O relator aprecia a liminar em caráter de urgência, sobretudo em casos de interesse público, ele já manda para o colegiado para que possa decidir se o colegiado concorda ou não com a decisão do relator que deferiu ou indeferiu a liminar. 
4) Pedido de justiça gratuita – art. 99, p. 7º, CPC
A gratuidade de justiça pode ser pedida a qualquer tempo, no próprio recurso ou na ação de competência originária na própria petição da ação que será em 2º instância. Incumbirá ao relator apreciar o deferimento ou indeferimento.
5) Juízo de admissibilidade negativa do recurso – art. 932, III, CPC
Se você interpôs um recurso fora do prazo ou errado, o relator poderá em uma decisão monocrática inadmitir esse recurso.
Recurso prejudicado = É aquele em relação ao qual desapareceu o direito processual do recorrente, por algum fato superveniente. Por exemplo, a reconsideração da decisão pelo juiz. Nesse caso, o relator pode dar uma decisão monocrática.
6) Julgamento monocrático do mérito dos recurso (art. 932, IV e V, CPC)
IV = Negar provimento; V = Dar provimento.
Aqui o relator examina o mérito.
No inciso IV para negar o recurso – negar provimento (manter a decisão) ou modificar a decisão – dar provimento ao recurso.
Em regra, o julgamento de recurso incumbe ao colegiado, o julgamento do mérito do recurso é exceção, só será permitido nos casos desses 2 incisos.
Primeiro caso, é quando há súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal – se o contrário a súmula é a decisão recorrida, o relator pode dar provimento automaticamente (julgamento monocrático).
A alínea b coloca que será em caso de haver precedente em recurso repetitivo.
Alínea C = IRDR ou incidente de assunção de competência (art. 947, CPC).
Súmula 568, STJ pegou os precedentes do código anterior. No CPC anterior se permitia julgamento monocrático por manifesta improcedência. O STJ veio com essa súmula dizer que o relator pode julgar monocraticamente quando houver entendimento dominante sobre o tema. Os tribunais continuam usando essa súmula para ir além dos casos das alíneas, acima supracitados.
Para o relator negar provimento ao recurso, ele pode fazer isso sem abrir prazo para contrarrazões (o recorrido), agora, para dar provimento, deve-se abrir prazo para contrarrazões. 
7) Decisões finais em ações de competência originária
Aqui há 2 situações: a) Indeferimento da petição inicial (art. 330, CPC), como indeferir uma medida de segurança; B) Julgamento de improcedência liminar do pedido (art. 332, CPC).
8) Decisões interlocutórias em geral
Por exemplo, decidir se é o caso ou não do ingresso do amicus curiae (art. 138, CPC) ou se a intervenção do terceiro é possível ou não.
	Art. 932, VI, CPC =Se a desconsideração já foi deferida em 1º grau, o relator não fará nada a respeito, mas se é expedido direto no tribunal de 1º instância, quem irá decidir quanto a desconsideração da personalidade jurídica é o relator.
OBS: ART. 933, CPC – Vedação da proibiçãosurpresa no tribunal. O juiz, no meio do precsso, fala de prescrição. A prescrição pode ser trazida de ofício, mas pelo art. 10 ele em que chamar as partes, opuvi-las e depois decide. Isso vale para fatos superveniente e para questões que podem ser decididas de ofícios.
	Pelo p. 1º, para o julgamento, dá prazo para as partes se manifestarem e depois retoma o julgamento.
	P. 2º = Se a questão é percebida em vista dos autos, quem está com os autos odevolve ao relator, que intima aspartes para se manifestarem sobre aquela questão.
Julgamento pelo colegiado (art. 933, CPC)
	Em regra, se dá em sessão presencial.
	Mas há situações de plenário virtual (STF).
	O recurso extraordiário deve ter repercussão geral.
	Ostribunais preveêm a possibilidade do julgamento virtual do recurso: O relator, encaminha por internet, o relatório e ovoto dele, se osdemais integrantes do colegiado estiverem de acordo, isso vale como julgamento virtual.
	Normalmente, antes do julgamento virtual, as partes são intimidas para saber se concordam ou não. Se ela se opuserem, por simples petição, sem necessidade de justificativa, o julgamento será presencial.
	Tem sido comum na prática que os tribunais convoquem juiz de primeira instância ou que ...convoque juiz desembargador para compor a turma. Isso gerou uma discussão bastante significativa, se essa medida não violaria o princípio do juiz natural.
	Após muitadiscussão nos tribunais superiores, no RE 597.133, os tribunais pacificaram o entendimento de que não há a violação ao juiz natural, desdeque a convocação sejafeita por critérios impessoais e pré-estabelecidos, por razões da duração razoável do processo e efetividade da tutela jurisdicional.
		PROCEDIMENTO PARA O JULGAMENTO
Art. 931, CPC = O reatorverificou que não é caso de julgamento monocrático,devolve para a secretaria com o relatório.Noralmente, ele profere um despacho ordinatório, onde pede o prazo de umdia parao julgamento pelo colegiado.
	Art. 934. CPC = A secretaria, sob a supervisão do presidente do colegiado, organiza as pautas dos julgamentos e vai incluir o feito em pautas. Tem que haver publicidade dessas pautas, porque os seus advogados necessitam saber quando haverá o recurso da ação de competência originária.
	Art. 935, CPC = Essa pauta de julgamento temque ser publicada com pelo menos 5 dias de antecedência dapauta da sessão. São 5 dias úteis.
	Se isso nào for observado, cabe a súmula 117 do STJ = Se essa publicação não ocorrer coma necessária antecedência, haverá a nulidade do julgamento,a não ser que aspartes estejam presentes, pois não haverá prejuízo.
	Há uma situação em que é dispensável a publicação da pauta, no art. 935, partefinal, CPC = O relator, por exemplo, não pode comparecer, é adiado para a 1º sessão seguinte. 
	Art. 936, CPC = Vai se começar julgamento, preferencialmente, os processos em que hásustentação oral, observados os pedidos de preferência dos advogados.
	O que é sustentaçào oral? Quando ocorre?
	Art. 937, CPC = Disciplina a sustentação oral. A ideia da susentação oral é daruma última oportunidade para os advogados darem suas razões em frente ao colegiado, principalmente, os vogais. São 15 min para a sustenção oral. Nos juizados especiais é 5 min.
Rio, 17.03.2017
AULA 4
Ordem dos processos nos tribunais
	Na aula passada, falamos sobre procedimento do julgamento.
	Fizemos menção ao art. 936, que fala de prefrência, énormal ter 200, 300 processos. A ideia da preferência é não terque esperar o dia todo para julgarem o recursos.
	O art. 937 fala da sustentação oral. É apossiilidade de expor as razões do seu recurso, da ação de competência orginária perante o colegiado. O seu prazo é de 15 min, exceto os juizados que é 5 min.
NA SUSTENTAçÃO ORAL FALA SEMPRE O RECORRENTE e depois o recorrido (no recurso). SE FOR AçÃO DE COMPETÊNCIAORGInária, o autor e depois do réu.
	Se tivermos MP atuando como fiscal da ordem jurídica, ele também pode fazer sustentação oral, mas depois das partes. Na forma do artigo 179, I, ele tem a prerrogativa de falar depois das partes.
	Se houver litisconsórcio, ou seja, mais de um apelante oumais de um réu na ação decompetência originárika, desde que estejam sendo representados por diferentes escritórios de advocacia, o prazo de 15min dobra pra 30 min. Na sustentação oral o prazo será em dobro, mesmo que seja processo que tramita em órgãos eletrônicos.
	Via de regra, se tem um prazo dobrado de 30 min, salvo acordo dos advogados em sentido contrário, o tempo vai se dividir por igual. Podem acordar dando mais tempo para um, o que não éum problema.
	No art. 937, p. 4º, CPC está a possibilidade de sustentação oral por videoconferência = Só se admite se o advogado tiver seu domicílio profissional em cidade diferente daquela que está instalada no tribunal. Sua ideia é permitir que os advogados de cidades distantes, possam sustentação oralmente seu recurso ou ação de competência originária. Além disso, esse requerimento deve ser feito até um dia antes da sessão.
	Não é todo recurso ou ação de competência originária que tem sustentação oral. Os casos que tem estão nos incisos do 937(depois falaremos sobre...).
	A última hipótese do art. 937 (inciso IX) coloca que não só a lei pode prever outras hipóteses, como o regimento interno do tribunal pode também dar direito a sustentação oral em hipótese que a lei não prevê. O regimento interno não pode tirar um direito que a lei deu, mas pode dar mais direitos do que a lei deu.
	Na sustentação oral, temos alguns negócios jurídicos processuais possíveis, ou seja, convenções processuais sobre a sustentação oral. Uma delas, é quando há litisconsórcio e os advogados pactuam a divisão do tempo. Outro exemplo, é a situação que tem a sessão de julgamento, mas só o advogado do apelado está presente (do apelante não), aí o relator diz que irá dispensar a sustentação oral, porque o voto já é favorável a ele, o apelado.
	Seria possível celebrar um negócio jurídico processual de que cada um falará 30 min? Normalmente, se diz que não, a não ser que haja uma homologação judicial, porque é um nj que cria uma externalidade (maior tempo de demora do julgamento).
	A sustentação oral não se confunde com o pedido de esclarecimento de fato, previsto no art. 7, X, do Estatuto da OAB. Esse artigo confere a possibilidade do advogado intervir em qualquer julgamento, mas é limitado a um esclarecimento pontual de uma questão de fato ou documental.
	O advogado não pode sustentar teses jurídicas nesse pedido de esclarecimento de fato. Só para o esclarecimento de alguma premissa fática, equivocada ou um documento que não foi visto.
	Na sessão de julgamento o recurso ou ação de competência originária é chamada, o relator lê o relatório, se houver sustentação oral, ocorre e depois o relator passa a leitura de voto. Depois, sucessivamente, colhe o voto dos demais integrantes do colegiado.
	Pode acontecer deum dos integrantes do colegiado querer olhar os autos (eles se chamam de vogais). Fazem isso através do “pedido de vista dos autos”, regulado no art. 940, CPC = É a possibilidade que se confere a qualquer integrante do colegiado, de querer que os autos sejam emitidos para ele, para que ele examine. Se aguarda que o vogal devolva os autos, para que haja o prosseguimento dos julgamento em outro dia.
	O pedido do juntamento dos autos é de 10 dia úteis, que pode ser prorrogado por mais 10 dias úteis (art. 940, CPC). O legislador fez isso para evitar morosidade no processo e para evitar que se perca a memória da discussão que ocorreu no julgamento anterior.
	O art. 940, p. 1º coloca que se esse prazo não for respeitado, o presidente vai tomar os autos de quem está com eles em vista para botar para julgar na sessão seguinte.
	Art. 940, p. 2º
Fase de colher os votos no colegiado
	Pode terno recurso ou na ação de competência originária preliminares e o julgamento do mérito, conforme o art. 938, CPC.
	Pode ter uma ilegitimidade passiva, que foi acolhida em primeiro grau. Então houve extinção de um do pedido do processo semresolução de mérito por ilegitimidade passiva. 
	Foi interposto recurso. Quando se fala de recurso, se fala de cabimento, tempestividade, legitimidade recursal etc, só que o objeto desse recurso é a legitimidade em 1 º grau. Ela é mérito do recurso e não do processo. É mérito do recurso. 
	Vale mencionar o art. 939, CPC. Suponha-se que tem uma preliminar de que o recurso não era cabível e por 2x1 se estabelece que era cabível. O voto vencido volta a dar voto no mérito?
	O vencido na preliminar sempre vota no julgamento do mérito, pelo artigo 939, CPC.
	Algumas vexes, se tem dificuldade de saber o que o colegiado decidiu. Quando ocorre a dispersão de votos, ou seja, cada um dos membros do colegiado vota de um jeito. Por exemplo, discussão sobre ação de indenização, em que o autor apelante pede 100 mil reais e o apelado o improvimento do pedido. O colegiado dá provimento a apelação, sendo que o relator bota a indenização em 50 mil, o primeiro vogal bota 70 mil e o segundo vogal bota 80 mil (dispersão quantitativa).
	Os regimentos internos tem 2 formas de resolver a dispersão quantitativa: 1) Fazer a média aritmética (forma menos usada); B) Voto médio = O voto que tá no meio, ou seja, no exemplo, prevalece o 70mil, se pressupõe que 2 deram 70 e o outro que deu 50 teve voto vencido.
	Temos também a dispersão qualitativa. Suponha-se que há uma discussão sobre ruídos produzidos por uma fábrica, que está perturbando a vizinhança. Todos os desembargadores concordam que deve ser tomada uma medida. Um coloca que tem que limitar o horário de funcionamento da fábrica, outro vota por isolamento acústico e outro vota por fechar a fábrica.
	Os regimentos internos preveem que o presidente vai destacar soluções possíveis (pegue 2 soluções e coloque pra todo mundo votar e vai descartando até sobrar uma solução).
	Colhidos os votos e resolvida eventual dispersão quantitativa ou qualitativa é proclamado o voto do julgamento pelo presidente do órgão colegiado(art. 941, CPC), e irá designar quem irá delimitar o acórdão (materialização do resultado), feito pelo julgador, a não ser que ele fique com voto vencido, se isso acontecer, será aquele que votou`1ºna tese financeira. É nesse momento que é considerado encerrado o julgamento.
	Até a proclamação do resultado do julgamento, pode-se voltar atrás no seu voto.
	Um vogal pode não mais compor o colegiado, o substituto não pode voltar atrás no voto de quem foi o antecessor dele. 
	Proclamado o resultado do julgamento, pede-se a lavradura do acórdão. Lavrado o acórdão, tem um prazo para que ocorra a sua publicação, pelo art. 943, p.2º - sua ementa será publicada no órgão oficial no prazo de 10 dias. Com isso, começam a correr prazos para interposição de recursos (a parit de sua pulibcaçào ou chamamento eletrônico daspartes).
	Art. 944, CPC = Não publicados o acórdão até 30 dias,a notataqugráficavai substituir (transcrição do que foi falado na sessão de julgamento). A ideia do 944 é que aquilo que foi falado na sessao dejulgamento irá substituir o acórdão.
	Só que nem todo tribunal grava.
	Art. 944, p. único = O presidente do tribunal vai dar a conclusão, a ementa e usa as notas taquigráficas valendo como acórdão.
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
Conceito de recurso
	O recurso sempre vai ser meio voluntário. O direito de recorrer é um prolongamento do direito de ação.
	Não existe recurso de ofício, só tem se a parte quiser recorrer. Isso já tira de campo a remessa necessária (art. 496, CPC), porque não é voluntária. É a previsão de, automaticamente, submeter a revisão pelo tribunal sentenças proferidas contra a fazenda pública. Se for, por eemplo, uma decisão daJustiça Federal vai para o TRF em remessa necessária. Em relação a União, não ocorrerá, por exemplo, se o valor for inferior a mil salários mínimos.
	Há, pelo menos, dois autores, que entendem que essanoção devoluntariedade não énecessáriapararecurso, logo, remessanecessária podeser recurso. Fiz isso, Didier e Araquim de Assis.
	O recurso émeio voluntário em que se busca o reexame de uma decisão, ou seja, elesempre vai pressupor que aquela questão já foi examinada nomomento anterior e se está pedindo o reexame da questão.
	O recurso não forma novo processo, ele prolonga o processo original (é no mesmo processo). Nas ções autônomas de impugnação forma-se um novo processo, por isso mandando de segurança nào é recurso.
	Por isso, se diz que o recurso é um prolongamento do direito de ação.Ele prolonga a litispendência.
	O recurso tem uma finalidade: Busca a reforma ou a invalidação ou a integração ou um esclarecimento.
	Reforma = Quer provimento que numere, altere aquela decisão. 
	Invalidação = Quer que aquela sentença seja anulada. 
	Integração = Ex: Embargos de declaração (o juiz não aprecia um dado pedido).
Rio, 20.03.2017
AULA 5
POR QUE TEMOS RECURSO?
PELO PRINCÍPIO DE DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
4 argumentos principais:
Natural inconformismo do vencido
Apenas o segundo grau, nos tribunais superiores, via de rega, possuem julgamentos colegiados.
Normalmente, nos tribunais, temos julgadores com maior experiência que no 1º grau e, portanto, a tendência, da decisão do segundo grau ser mais completa melhor que a do 1º grau.
Controle do arbítrio judicial. Se o juiz se visse sem controle algum, poderia acabar sucumbido em realizar alguma decisão arbitrária.
Desvantagens dos recursos
A previsão de recurso acarreta maior tempo e maiores custos (despesas e do ponto de vista da máquina judiciária – mais recursos humanos, mais estruturas, mais gente trabalhando no processo) para a solução da controvérsia;
Desprestígio da primeira instância;
Risco de quebra da unidade do poder judiciário. Se o tribunal mantém a sentença, conclui-se que o recurso foi uma perda de tempo inútil. Por outro lado, se o tribunal muda a sentença, tem-se que cada cabeça terá uma sentença, gerando uma imagem de insegurança jurídica.
Por o duplo grau ter vantagens e desvantagens, ele não é uma garantia no cível, comportando ponderação, exceção.
Uma exceção são as ações de competência originária nos tribunais superiores.
Segundo exemplo, são situações que o legislador afasta pontualmente o duplo grau. Por exemplo, o art. 34, Lei nº 6.830/80 – execuções fiscais de alçadas. Naquelas de valor muito reduzido, não cabe apelação, mas recurso direito para o supremo.
CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS
O que está sendo impugnado no recurso
Os recursos podem ser totais ou parciais.
Recurso total é aquele que impugna todos os aspectos possíveis da decisão recorrida. 
Recurso parcial é o recurso que não impugna a decisão ocorrida em toda a sua extensão.
Pode ser que nem tudo dê para se recorrer, se a sentença indefeso dano moral e dá o material e o réu impugna o dano material, será, ainda, assim, um recurso total.
Ao se falar de recurso parcial, deve-se ter em mente o conceito de “capítulos da decisão. Capítulo é toda a unidade lógica de uma decisão judicial, que poderia ser objeto de uma decisão autônoma. 
3 sentenças = Sentença que concede dano moral, dano material e 10% de honorários ao advogado. O honorário é um capítulo acessório (porque ele decorre do restante).
O recurso parcial não ataca todos os capítulos da decisão.
Quando se ataca o capítulo principal, não precisa explicitamente atacar os acessórios, mas ele necessariamente vai junto, porque o acessório segue o principal.
Quando se deixa de atacar o capítulo principal, esse capítulo não pode mais ser reexaminado pelo tribunal, porque não foi atacado no recurso.
Se você só ataca o dano moral e não o material, o dano material vai ter transitado em julgado.
Suponha-se que há 2 capítulos principais: Dano material e dano moral. Aí vem o tribunal e no julgamento da apelação do dano moral verifica uma ilegitimidade ativa. A ilegitimidade (condição da ação), leva o processo a extinção sem resolução de mérito. O dano moral cai, mas o material não. A parte pode entrar com ação rescisória depois. O recurso se limita ao capítulo julgado.
Art. 1013, p. 1º, CPC = Toda e qualquerquestão em qualquer recurso, ainda que seja uma matéria de ordem pública, só vai produzir seus efeitos em relação ao capítulo impugnado, porque o que não foi impugnado transitou em julgado (podendo caber ação rescisória).
Recursos de fundamentação livre e recursos de fundamentação vinculada
Nessa classificação se separa os recursos conforme as matérias que possam ser alegadas.
Pode-se alegar que o juiz violou lei, divergiu da jurisprudência etc.
A regra geral é o recurso ser de fundamentação livre. 
Recursos de fundamentação vinculada = São hipóteses taxativas de fundamento do recurso. Tem que alegar aquela situação, senão o recurso não é cabível. Por exemplo, todas as hipóteses de cabimento dos embargos de declaração estão no art. 1022, CPC.
Outros exemplos de recursos de fundamentação vinculada são os recurso extraordinário (art. 102, III, CF) e especial (art. 105, III, CF).
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE PARA OS RECURSOS
Chama-se de requisitos de admissibilidade ou de pressupostos recursais.
Estão para os recursos assim como as condições da ação e os pressupostos estão para o processo.
É sempre preliminar a avaliação do mérito do recurso.
Ao se falar de juízo de admissibilidade, se quer saber se o tribunal vai conhecer ou não conhecer do recurso.
Quando o tribunal não reconheceu de um recurso é porque estava ausente algum dos requisitos de admissibilidade.
Se o tribunal ele conhece o recurso, passa a examinar o mérito.
No mérito se quer saber se o tribunal vai prover ou não prover (desprover, improver) o recurso.
O tribunal que nega provimento ao recurso, primeiro conheceu o recurso, mas, no mérito, decidiu manter a decisão recorrida.
Essa primeiro juízo de conhecer ou não conhecer do recurso. Essa decisão de inadmissibilidade pode partir do relator (art. 932, III, CPC) ou pode partir do colegiado. 
Requisitos de admissibilidade, costuma-se separar em 2 grandes grupos: os intrínsecos e os extrínsecos.
Nos intrínsecos, se procura responder uma pergunta: “Há direito de recorrer?,
Nos extrínsecos, se procura responder: “Esse direito de recorrer foi bem exercido?”
Requisitos intrínsecos:
Cabimento = Cabe recurso? Qual recurso cabe?
Legitimidade = Legitimidade para recorrer contra a decisão
Interesse = É como se fosse o interesse processual, mas para o recurso. Aqui, indaga-se “o recorrente tinha utilidade e necessidade da interposição desse recurso?”
Ausência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer = A parte, por exemplo, pode renunciar ao direito de recorrer, não podendo depois recorrer. 
Requisitos extrínsecos:
Tempestividade = Se o recurso foi interposto dentro do prazo;
Regularidade formal = Se os recursos preencheu todos os seus requisitos formais, por exemplo, se foi feito pedido. 
Preparo = Se foram recolhidas as custas.
Requisitos intrínsecos:
Cabimento
Faz-se 2 perguntas: “A decisão é recorrível?” “Qual é esse recurso?”
Entram em jogo 3 princípios processuais: 
Taxatividade = É o princípio, segundo o qual, todos os recursos cabíveis têm que estar previstos em lei (a lei federal, porque a CF atribui a União essa competência). Portanto, regimento interno de tribunal não pode criar recurso, nem as partes por meio de um acordo.
Singularidade/unirrecorribilidade = Para qualquer decisão recorrível, cabe somente um único recurso. Esse princípio tem 1 exceção: recurso especial – questões de interpretação da lei federal) e recurso extraordinário – questões de interpretação constitucional. Só que pode ter uma questão que cabe lei federal e constitucional, cabendo 2 recursos. Pode-se interpor extraordinário e especial. 
Fungibilidade
Admite-se em determinadas situações, que você interpôs um recurso que o tribunal entendeu que não era cabível, que o tribunal supere isso e receba como se fosse cabível. Por exemplo, receber uma apelação como se fosse um agravo e julgar seu recurso como se agravo fosse.
Art. 283, p. único fala da regra de aproveitamento dos atos processuais (forma de superação de vício formal). Mas não se usa indiscriminadamente e sem critérios.
A fungibilidade só vai ser aplicada situações específicas (2 requisitos):
Existência de dúvida objetiva= Existência de controvérsia doutrinária, controvérsia jurisprudencial etc.
A dúvida objetiva se relaciona a ausência de erro grosseiro.
Respeito ao prazo = Não pode usar a fungibilidade para ganhar mais prazo. Por exemplo, um recurso que cabe em 5 dias e outro em 15, usa a fungibilidade para ter 15 dias. Isso não pode ocorrer, tem que ter interposto no prazo do recurso correto.
Esse 2º recurso no NCPC foi bastante esvaziado, porque todo, com exceção dos embargos, o prazo é de 15 dias.
Legitimidade 
Pode recorrer as partes, o terceiro prejudicado, o MP (art. 996, CPC).
O art. 996 fala que o recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo 3º prejudicado e pelo MP.
Legitimação da parte:
Não é só autor e o réu, mas também aquele 3ºingressou como parte (como quem entrou por denunciação da lide).
O assistente simples pode recorrer? Se o assistido também recorreu, o assistente pode recorrer. Se o assistido não quiser recorrer, o assistente não pode recorrer, porque ele não pode praticar atos que colidam com o assistido (art. 122, CPC).
Se o assistido não opina, o assistente pode recorrer (art. 121, p.único).
Terceiro prejudicado:
Pelo art. 996, p. único, ele tem que demonstrar que é um terceiro prejudicado no recurso.
Por exemplo, despejo do locatário que tinha um sublocatário. O sublocatário pode recorrer como terceiro prejudicado. 
Pode ser também um assistente que não ingressou ainda e vem como terceiro prejudicado. 
Ou caso de legitimaçao extraordinária, C atuando por B, sendo que B não atuou ainda, o B pode interpor recurso 
	Amicus curiae = Por o interesse do amicus curiae ser institucional,ele tem regras especial, definidas no art. 138, CPC – a regra geral é que não pode recorrer, exceto:
	Em caso de embargo de declaração e o p. 3º (pode recorrer da decisão que julga o incidente de resolução de demandas repetitivas).
	Peloart. 138, caput, não se sabe se o amicus curiae pode recorrer por decisão que indefere o seu ingresso. Roque é favorável ao cabimento do recurso.
	O MP pode recorrer tanto quando ele for parte do processo, quanto quando for fiscal d aordem jurídica, como cutus leges. 
	A súmula 99, STJ coloca que o MP pode recorrermesmo que nenhuma outrapartedo processo reorra.
Interesse recursal
Deve-se verificar a utilidade do recurso para o recorrente. O recurso proporciona uma vantagem sob o ponto de vista prático para o recorrente? Coloca ele em uma melhor situação?
Também se olha a necessidade: A via recursal é necessária para o recorrente obter essa vantagem?
Suponha-se que o juiz profere o seguinte despacho: “Cite-se o réu”. O réu citado entende que há uma prescrição. Nesse caso, pode alegar na contestação uma decisão. Portanto, o recurso é uma viaútil, mas não necessária paraaelgar a prescrição. Portanto, o recurso não éadmmissível por ausência de interesse recursal.
Normalemnte, se associa interesse recursal a sucumbência, ou seja, normalmente tem interesse recursal aquele que sucumbe, queperde. Porém, éumaafirmação que deve ser relativizada, por 2 razões: Primeiro, tem legitimido que não sucumbem, como oMP; 2º porque mesmo para aspartes, temos situações específicas que se adm,iterecurso só para melhorar a fundamentação da decisão ocorrida, situações excepcionais para melhorar fundamentação:1) embargos de de declaração (não dependem de sucumbência);2) quando se está diante de um precedenteobrigatíorio/vinculante (art. 927, CPC). No caso concreto, você ganha, mas o STJ estabelece umatese que pode te prejudicar em outros processos; 3) Açõescoletivas – quando o pedido é julgado improcedentepor insuficiência de provas se tem coisa julgada “secundum eventum probationem”-pode viroutras ações, aí o réu quer uma interpretação que leve a coisa julgada. Éum caso que ganhou,mas quer melhorarafundamentação paraimpedir que uma ação coletiva sobreaquelamesma matéria venha a ser ajuizada contravocê. 
Rio, 23.03.2017
AULA 7
AULA passada falamos dos pressupostos recursais
Juízo de mérito dos recursos
	O tribunal só vai anaslisar o mérito se o recurso forconhecido, se preencher os requisitos de admissibilidade.
	No juízode mérito se aprecia o juízo de reforma, integração, invalidação ou esclarecimento do recurso.
	No juízo de méritotemos 2grandes grupos de fundamentos de causasde pedir recursais.
	Uma coisa éomérito da causa e outra é o mérito do recurso.
	A legitimidade épreliminar da causa, mas se o recurso tá discutindo essa questãio da legitimidade é mérito do recurso.
	Em relação as causas de pedir recursar temos 2 grandes grupos de fundamentos:
Error in procedendo = Estou alegando um vício na atividade do juiz. Quando alego que o juizdecidiu sem me dar o direito ao contraditório, estou alegando error in procedendo. Ex: Falta de fundamentaço, de contraditório, extrapolou o pedido.
Normalmente, o error in procedendo gera a invalidação da decisão e depois pode ser proferida nova decisão. 
Há algumas situações em que o legislador diz que apesar de ter um error in procedendo não haverá a invalidação das decisões, por uma questão de conomia processual. O art. 1013, p.3º, por exemplo, em vez de invalidadr a decisão, o tribunal pode dar outra decisão fundamentada no seu lugar. Outra situação é a sentença ultra petita, o tribunal em vez de invalidar a deisão simplesmente tira o ultra petita.
Error in judicando = É o vício no julgamento. É o vício na sustância da decisão. O error in judicando é a má apreciação de uma questão de fato ou de uma questão de direito. Por exemplo,umasentençajulgaimprocedente o pedido dizendo que não houve pagamento, aí você leva o recibo, está alegando error in judicando. 
Normalmente, quando há um error in judicando, a consequência é a reforma dessa decisão. 
Nada impede que em um só recurso tenha os 2 fundamentos. Posso na apelação dizer que o juiz em 1grau deu uma sentença insuficientmente fundamentada (procedendo) equa a sua decisão jurídia foi mal fundamentada (judicando).
	Ainda dentro da teoria geral dos recursos, temos que falar da reformatio in pejus
Reformatio in pejus
	É a reforma para pior. Suponha-se que o réu foi condenado em 50 mil reais e apela contraessa sentença, aí o tribunal ao ver o recursodiz que tem que condenar em 80 mil.
	Não se admite a reformatio in pejus. O juiz pode recolher o pedido do autor e aumentar. O que não pode é o tribunal pegar o recurso daquela única parte que recorreu e piorar a situação.
	O réu não pode entrarcom um recurso para aumentar sua condenação, porque há falta de interesse recursal.
	Há uma disposição no CPC que relativiza a reformatio in pejus. São os chamados honorários de sucumbência recursais, que estão no art. 85, p. 11, CPC.
Honorários de sucumbência recursais
	O art. 85, p. 11, coloca, por exemplo, uma sentença que condenou o réu apagar 10 mildedanomoral + 15% de honorários advocatícios.
	O tribunal pode aumenar o percentual da verba honorária, o limite é 20%.
	O parágrafo 11 fala em majorável. Só pode haver a majoração se tiver havido arbitramento de verba honorária em`1º grau.
	O pressuposto para o art. 85, p. 11 éque tenha havido arbitramento de verba honorária da decisào recorrida, porque ele fala apenas em majorar.
	Essamajoração tem a ver com uma circunstância objetiva do fatodenão ter sido conhecido ou não ter se dado...
	Efeitos do recurso
	A interposição de recurso produz alguns efeitos no processo.
Um primeiro efeito é que a interposição do recurso impede o trânsito em julgado. O recurso prolonga a situação de litispendência. Esse é um efeito que se verifica para qualquer recurso. No entanto, para que se verifique esse efeito, o recurso tem que ultrapassar o exame de admissibilidade. Por exemplo, um recurso incabível não vai impedir o trânsito em julgado.
Efeito devolutivo = É o efeito de provocar o reexame da decisão recorrida. É também o efeito que se verifica em qualquer recurso.
Quando se fala emefeito devolutivo,sediz que o recurso devolve amatéria para apreciação pelo tribunal. A razão para isso é porque essa terminoliogia tem origem na época do estado absolutista. O rei delegava ospoderes aos seus juízes, o recurso fazia comque o recurso deuma decisão feita pelojuiz fosse devolvido ao juiz para fazer o reexame.
	O efeito evolutivo tem 2dimensoões. A primeira e dimensão horizontal (analisa oefeito devolutivo quando a sua extensão) = Afinal, que capítulos da decisão recorridafoi examinar no recurso? Quais capítulos foram atacados norecurso? Logo, na dimensão horizontal, a parte foi limitar esse efeito devolutivo. Limitar os capítulos que serão reexaminados pelo tribunal. 
Tantum devolutum quantum appelatum = A apelação devolve ao tribunal, o conhecimento da matéria, nos limites da questão impugnada.
	A segunda dimensão éavertical, onde examino o efeito devolutivo quando a sua profundidade. Que espécies de fundamentos equestões o tribunal pode apreciar nesse reexame? O tribunal pode reexaminar, obviamente, as questões que foram decidias na decisão recorrida. O tribunal também pode examinar as questões que foram suscitadas, masnão foram decididas. O tribunal, por ex, julgaimprocedente, o pedidode pagamentopela prescrição, mas o réu também falou de invalidade do contrato. Aí o tribunalno julgamento do recurso não concorda com a ideia de prescrição, maspode reeaminar essaquestão que foi levantada, masnão foi decidida (a invalidade do contrato).
	Também temos as chamadas questões de ordem pública. Por exemplo, sentença condenou o réu por dano materialemoral, aí o réu apela que o danonão estácomprovado. O tribunalvemde ofício dizendo que éumaquestão de ilegitimidade passiva. Ele pode fazer isso nos limites docapítulo impugnado. Então, ele pode extinguir o danomoral se ele foi impugnado,mas não o material se não foi.
Ìsso seinsere também na dimensão vertical do efeito devolutivo.
	Pode entrat tabém na dimensão vertical, outras questõesque não sejam de ordem pública e podem ser reconhecidasdeofício. O tribunal, por exemplo, dizer que um contrato de locaçào, na verdade, é de comodato.
	Alguns autores dãoum nome específico para oexame de questão de ordem pública no recurso. Chamam isso de efeito translativo. Esse efeito nada mais é do que a apreciação dessa questão deordem pública dentro desse efeito devolutivo vertical.
Efeito suspensivo = Afina, o recurso vai suspender o efeito da decisão recorrida? E quando o recurso não é julgado,adecisão recorrida vai continuar produzindo efeitos?
Nem todo recurso vai ter efeito suspensivo. Podemos ter 2 situações:
Efeito suspensivo automático ou ope leges = É a lei que prevê o efeito suspensivo do recurso. É o caso da apelação (art. 1012, CPC). 
Tem outros recursos que não possuem efeito suspensivo automático. Interpos recurso,mas não faz com que a decisão recorrida continue fazendo efeitos. É aregrano direito brasileiro, peloart. 995, CPC.
No entanto, o relator pode excepcionalmente darefeito suspensivo (efeito suspensivo ope judicis – por obra do juiz). Há requisitos, presentes no art. 995, p. único, CPC. São, basicamente, 2 requisitos: A) Fumus Bom jures = Funamaçado bom direito, o recurso tem uma probabilidade razoável de seracolhido. É plausível. B) Periculum in mora = O risco da demora. Vou sofrer um dano grave se não for atribuído o efeito suspensivo.
Nada impede que um recurso tenha,em parte efeito suspensivo eem parte não. Por exemplo, uma apelação queaomesmo tempo confirma umaliminar e condena o réu a danos morais. Pode ter efeito suspensivo só em relação aos danos morais.
Efeito substitutivo = É um efeito que ocorre, a rigor, do julgamento desse recurso. Diz que a decisão ... irá tomar lugar da decisão recorrida (art. 1008, CC). 
Para que ocorra o efeito substitutivo, o recurso tem que ser conhecido.O efeito substitutivo não ´éno caso queo tribunal invalida a apelação.
O efeito substitutivo ocorreem2 situações: 1) Quando o recurso é para reformar a decisão;2) Quando o tribunal nega provimento ao recurso para manter a decisão recorrida. O que vai existir juridicamente é o acórdão e não maisa sentença. 1) O acórdão substitui a sentença; 2) o acódaõ mantém a sentença
Ocorrendo o efeito substitutivo, se dali para frente ...
(PEGAR COM O IGOR, ENTENDI NADA)
		O efeito substitutivo selimita aos capítulos impugnados.
Efeito regressivo/diferido 
 O recurso por esse efeito pode acasionar o reexame ou a reconsideração da decisão por quele que proferiu a decisão recorrida. Pode ocasionar o recurso de retratação.O próprio juiz que deu a decisão recorrida volta atrás, reconsidera sua decisào.
Esse efeito depende de previsão legal. Se dá em alguns casos de apelação: Casos de apelação - A) Apelação contra sentença de indeferimento da petição inicial (art. 331, CPC) = O juiz toma conhecimento da apelação pode ver que não é o caso de indeferimento da petição inicial(o juiz nem remete aotribunal superior); B) Apelação por sentença liminar de improcedência (art. 332, p. 3º) = O juiz pode volar atrásconsiderando que não é um caso de sentença liminar de impocedência.
Art. 485, p. 7º - são todos os casosdesenteça contra sentença que extingue o processo sem resolução de mérito =O juiz pode voltar na sua decisão ao analisar a apelaçào interposta.
Casos de agravo. Temos o agravo de instrumento (art. 1018, p. 1º, CPC)- é orecurso contra decisão interlocutória em 1ºgrau. Qualquer agravo de instrumento tema possibilidade de juízo regressivo de retratação. 
Tambémno agravo interno (recurso cabível contra decisão monocrática do relator). 
No agravo em recurso especial ou recurso extraordinário (art. 1042, p. 4º) = O recurso especial ou extraordinário (para STJ ou STF),k interpõe aqui embaixo, onde o tribunal faz um exame de admissibilidadae para saber se pode remeter. Contra essa deicão deadmissibilidade poderemeter para brasília um outrorecurso, podendo ter juízo de retatação. 
	No fim, qualquer recurso que tenha agravo tem juízo de retratação. 
Efeito expansivo subjetivo 
É se perguntar se o recursovai se aproveitar para alguma outra pessoa se não o próprio recorrente.
Aqui, temos 2 situações em que ocorreesse efeito: 1) Recurso do assistente simples pode beneficiar o assitido; 2) Recurso interposto por um litisconsorte, que podebeneficiar o outro litisconsorte (art. 1005, CPC) = Esse artigo quer dizer que no litisconsórcio unitário (a mesma decisão para todos os litisconsortes), o recursodeum litisconsorte sempre irá aproveitar ao outro. Quando for litisconsorte simples será o caso da exceção, “salvo se distintos ou opostos seus interesses”.
	O p. únicodo 1005, CPC fala do recurso interposto pelo devedor solidário, desde que se trate de uma defesa comum. Não cabe em defesa pessoal.
Rio, 31.03.2017
AULA 8
Recurso adesivo
Art. 997, p. 1º e 2º, CPC = Forma especial de interposição de recurso. Ele pode ser interposto de forma independente ou adesiva, normalmente interposto de forma independente, mas excepcionalmente ele pode ser na modalidade adesiva.
ART.972, P. 2º, II, CPC
O recurso principal tem que passar pela fase de admissibilidade. Se ele passa pela fase de admissibilidade, embora não provido, ele será analisado.
	Suponha-se que o primeiro recurso era intepestivo. O recurso intepestivonão vai ser admitido.
	Se oocorre a desistência da primeira apelaçào, o recurso adesivo também vai cair.
	Esse recurso adesivo pressupõe sucumbência adesiva. Essa sucumbência pode se referir a capítulos diferentes da decisão. Por exemplo, o autor pede dano material e dano moral. Ele ganha o danomaterial,masperde o moral. Isso atende o requisito da sucumbência adesiva, pod eterumaapelação adesiva.
	Asentença deu 100% de materual e 0% demoral. O autor apela para mudar o moral e o réu o material.. Se o autor interpõe um recurso para conseguir o moral, o réu nas contrarrazões vai ter a oportunidade de apelar adesivamente contra isso.
	O recurso adesivo é sempre nas contrarrazões ao primeiro recurso.
	O recurso adeviso também é admitido no recurso inominado do juizado especial?
A doutrina dominante sustenta que sim,que deve ser admitido, porque a figura do recursoadesivo visa ser um contra estímulo
Só que a jurisprudência dos juizados especiais têm afirmado que nào cabe, porque alei 9099 não prevê.
O recurso adesivo, por estar adeirod a umrecurso anteriore depender que o anterior seja conhecido, fora essas peculiaridades, ele é igual o recurso normal, ele tem que admitir todos os pressupostos de admissibilidade.
Duas situações específicas sobre o recurso adesivo
Vamos supor que a sentença deu 70% do dano material que foi pedidopelo autor e o% do dano moral. O autor interpõe uma apelação para conseguir 100% de dano material e não pede nada do dano moral. No mesmo prazo, o réu interpõe também apelaçao querendo reduzir odanomaterial para 0. As partes são intimidas para contrarrazoar o recurso.
	Suponha-se que o autor, ao saber que o réu quer reduzir a 0, ele interpõe uma apelação adesiva para conseguir o dano moral. Ou seja, ele usa o prazo da apelação adevisa para completar a primeira apelação. Isso não é póssível. Não se pode usar o recurso adesivo para completar seu recurso anterior. 
Vamos supor que temos a sentença e ela deu 100% do dano material e 0% domoral. Aí o réu interpõe um reurso querendo baixar o material para 0%. Ao mesmo tempo, o autor quer os 100% do dano moral. O problema é que o autor interpôs no 15º dia do prazo e o réu no 17º (recurso intempestivo). Com isso, o réu será intimido para contrarrazoar o recurso do autor. O réu pode aproveitar o prazo das contrarrazões para interpor o recurso adesivo e ajeitar a cagada que fez? Não pode usar o recurso adesivo para salvar o recurso intempestivo anterior. Se ele interpõe forado prazo, tira a oportunidade do recurso adesivo.
Recursos em espécie
Apelação (arts. 1009-1014, CPC)
Cabimento da apelação
Se interpõe apelação contra sentença.
Em primeiro grau.Se for deação decompetência originária, o que temos é o acórdão e não a sentença.
O que é uma sentença? Ou põe fima uma fase do processo ou põe fim ao próprio processo.
Seo juiz extingue o processo sem resolução de meŕito, isso éumasentença.Se ele extingue a execuçãoo pela prescrição, isso tambéméumasentença.Oimportanteéque seja encerrada afase de conhecimento ou o processo.
O juiz pode dar o julgamento parcial do mérito (art. 356, CPC – só juylga um dospedidos e manda o processo prosseguir contra osoutros)- isso não é sentença.
Esse conceito está no art. 203, p. 1º, CPC.
Cabe apelação contra toda e qualquer sentença? Não. Há 2 exceções:
Execução fiscal de alçada – art. 34, lei 6.830/80. São execuções fiscais de valor muito pequeno. Uma execução fica abaixo desse valor não comporta apelação, mas só recurso extraordinário direto no STF.
Sentença que decreta a falência de uma empresa = O recurso aqui é o agravo de instrumento. O juiz decreta a falência e depois tem que tomar uma série de providências (credoresdaempresa, bens etc), para esses autos não serrem remitidos para 2º grau, inpõe agravo de instrumento para o processo ficar em 1º instância.
No NCPC a apelação também vai caber contra um 2º conjunto de decisões: Decisões interlocutórias não agraváveis. É o que está no art. 1009, p. 1º, CPC.
Um recurso que se volta contra decisões interlocutórias, normalmente, é o agravo de instrumento, mas no CPC atual nem toda decisão interlocutória comprova agravo de instrumento. Basta olhar o art. 1015, CPC.
Logo, o art. 1009, p. 1º se obtém por exclusão. Ou seja, a decisão interlocutória que não comprova agravo de instrumento vai ser interporta uma apelação. Por exemplo, indeferimento de prova.
Você espera a sentença, nisso interpõe a apelação contra a sentença e todas as decisões interlocutórias não agraváveis.
	Alguns autores dizem que quando a decisão interlocutória é não agravável ela não preclui = Preclusão há, maselanão é imediata (o prazo é até a apelação, depois que passa a apelação não pode mais questionar aquela decisão interlocutória).Então, dizemos que háuma preclusão diferida ou elástica. Ou seja, ocorre a preclusão, mas ela não é naquele momento.
A parte pode, na apelação, só atacar a decisão interlocutória que não seja agravável. Por exemplo, suponha-se que o juiz no processo. Primeiro o réuimpugnou o valor dacausa (dadapelo autor eramuio baixo). O juiz rejeita essa preliminar do valor dacausa enomérito julga improcedente o pedido. O réu nomérito ganhou,masperdeu a preliminar de impugnaçãodovalordacausa. O réu pode, em tese, apelar só contra a interlocutória que rejeitou o valor da causa dele – art. 1009, p. 1º, CPC
Pode acontecer de essa decisão interlocutória ser atacadanào so no bojo deuma apelação, mas pode ter contrarrazões ativas, ou seja, a decisão interlocutória não agravśvel ser atacada nas contrarrazões da apelação.
Contrarrazões ativa = A parte responde a apelação, mas tambémquer rever umadecisão interlocutória, fazendo isso nas contrarrazões. Por exemplo, o juiz indefere aprovatestemunhal (não cabe agravo), você eraréu e o pedido, na sentença foi julgadoimprocedente. Com isso, não tem porque apelar. O autor pode fazer um recurso, que uma vez acolhido, o réu impugna o indeferimento da prova testemunhal nas contrarrazões da apelação.
Então, as contrarrazões ativas, têm dentro delas, um recurso!
Essa quesão da prova testemunhal só vai ser examinada pelo tribunalseo recursoda parte que perdeu a apelação for provida. Por isso, a doutrina diz que esse recurso do vencedor nas contrarrazões é uma outra espécie de recurso subordinado (ao provimento daapelação da outra parte). 
Logo, as decisões interlocutórias não agravadas podem ser atacadasnas contrarrazões da apelação ou na apelação.
Regularidade formal do recurso – art. 1010, CPC
A Apelação é uma petição interposta ao juiz em 1º grau.
Ela tem que atacar os fundamentos da sentença ou a decisão interlocutória etem que pedira reforma ou invalidação da decisão.
É um recurso de fundamentação livre, logo, pode-se ter qualquer tipo decrítica a sentença ou adecisão interlocutória. Pode-se dizerque o juiz interpretou mal a lei, cometeu algum vício de ordem processual etc.
Efeito devolutivo da apelação
Horizontal: Quais capítulos da decisão foram atacados (art. 1013, caput, CPC).
Vertical: Quais questões dentro daqueles capítulos impugnados poderiam se rapreciadas pelo tribunal (art. 1013, p. 1º e 2º, CPC).
	Art. 1013, p. 1º = Situação que o juizjáencontrou fundamento favorável aparteenão precisou aprecisar outros argumentos.
	Art. 1013, p. 2º = Se você ganhou e usou um argumento deprescrição e ojuiz não examinou o argumentodeinvalidade do contrato, asimplesapelação da pare contrária fazcom que o ribunalavalie a prescrição e o outro argumento que não foi analisado em 1º grau, porque não era necessário.
	
Rio, 03.04.2017
AULA 9
Efeito suspensivo
A apelação por si só vai suspender os efeitos da sentença
O EFEITO suspensivo automático só se opera em relação,embora possa ataartambém decisões interlocutória não agraváveis. 
Exceções: art. 1012, p. 1º, CPC 
O art. 1012, p. 1º II tem tido interpretação extensiva = Majora, diminui ou exonera o dever de pagar alimentoss. Em síntese, tratando-se de ação depagar alimentos, a apelação não tem efeito suspensivo automático.
Era. 1012, III = Uma das defesas do executado na execução se chama de embargos do executado. Se o executado impõe os embargos, isso não leva a suspensão, nãoimpede o prosseguimento da execução. Exceto quando o executado for a fazenda pública. Isso não está escrito no dispositivo,mas decorre do art. 100, da CF que exige o trânsito em julgado para se expedir oprecatório.
Art. 1012, IV = No art. 7º, da Lei 9307/96 está a ação de instituição dearbitragem.Aspartes ajustam uma convenção de arbitragem no contrato, é uma cláusula vazia, não diz como são escolhidos os árbitros. Se as partes nào chegam aum acordo, deve-se ir ao judiciário parao juiz declarar como será escolhido o árbitro. Se houver uma apelação, issonào impedirá que prossiga a escolha do juiz.
Art. 1012, V = Tutela provisória ´é o que chamamos, a grosso modo, de liminar. Pode acontecer 3 situsações: 1) O juiz deu aliminar antes e aconfirmou na sentença, 2) O juiz não deu a liminar antes,mas deu aliminar na sentença 3) O juiz deu a liminar, mas julgou improcedente o pedido e, por isso, revogou a liminar na sentença. Em qualquer dessas situações, as apelação não surte efeito suspensivo.
O dispositivo fala “tutelaprovisória”. Tem tutela de urgência, que pressupões demonstrar o periculum in mora e a tuela deevidência que estánoart. 311, CPC. Ambas as situações, se concedidas na sentença, vão tirar o efeito suspensivo automático da apelação.
Art. 1012, VI, CPC = Ação de interdição: Busca interditar alguém que não tem capacidade para praticar os atos davida civil, para gerir os seus negócios. Busca-se nessa ação nomear um curador que vai defender os interesses dessa pessoas que foi interditada. Quando o dispositivo fala que a sentença produz efeitos imediatos, siginifia que uma vez decretada a interdição, mesmo que interposta a apelação, a pessoa jáestá interditada enquanto não julgaa apelação, ou seja, os atos que ela vai praticar dali para frente depende da anência do curador.
Há apenas 1 ato que esse enterditando pode participar sem a participação do curador? A própria interposição da apelação -RESP 1.251.728.
Há outras exceções em leis especiais (a apelação não tem efeito suspensivo automático):
Sentença na ação civil pública (art. 14, Lei 7347/85) =
Sentença que julga mandado de segurança art. 14, p. 3º, Lei 12016/2009
Ações em matérias de locações (art. 58, V, Lei 8.245/91) = Por exemplo, sevocêtemuma ação de despejo, porque o inquilino não pagou o aluguel. A apelação do locatário não tem efeito suspensivo automático.
Destituição do poder parental (art. 199-B, Lei 8.069/90) = Se vocêtem um caso de abuso contra a criança e o juiz decreta a distituição do poder parental. A interposição de apelação, nesse caso, não vai ter efeito suspensivo automático	
Sempre que não tem o efeito suspensivo automático, pode-se pedir o efeito suspensivo ope judicis. Disso que fala o art. 1012, p. 3º e 4º, CPC.
O p. 3º fala sobre o procedimento: I) Pede o efeito suspensivo entre a interposição e distribuição do recurso. Esse requerimento vai ser distribuido para um relator e quando a apelação chegar no tribunal ela vai ser necessariamente distribuida paraomesmo relator.
II) Basta uma simples petição para pedir o efeito suspensivo.
	Art. 1012, p. 4º fala dos requisitos para se ter oefeito suspensivo ope judicis: A) Probabilidade de provimento = É uma tutela da evidência recursal. Ou seja, para a apelação posso ter efeito suspensivo ope judicis sem necessidadede demonstrar periculum in mora ou B) Sendo relevante a fundamentação – fumus bom iures C) houver risco de dano grave – periculum in mora.
	Sentença contrária a jurisprudência ou sentença peratológica (absurda) = casos em que cabe o ope judicis pela probabilidade de provimento.
Efeito regressivo das apelações
	Cabe em 3 situações:
Apelação contra o indeferimento da petição inicial – art. 331, CPC
Apelação contra a sentença liminar de improcedência – art. 332, p. 3º, CPC
Apelação contra a sentença que extingue o processo sem resolução de mérito – art. 485, p. 7º, CPC.
Posso trazer fatos novos na apelação?
	Deve-se separar 2 situações:
Fatos supervenientes (art. 493e 933 CPC) = Fatos que ocorreram após a sentença ou após a aúltima oportunidade demanifestação da parte, podem ser trazidos na apelação.
Alegação nova de fato velho = Fato que já tinha acontecido, mas só trago na apelação naquelemomento. Com exceção das questões de ordem pública, que podem ser alegadas a qualquer momento. A regra geral é que não se pode trazer fatos velhos na apelação, mas há uma relativização disso no art. 1014, CPC.
Art. 1014, CPC = Sendo um fato ocorrido antes da sentença,mas que a partesó teve conhecimento depois. Por exemplo, pediu a instituição bancária informaçòes sobre uma conta e essas informaçõessóvieram apósasentença.
O art. 1014 se conectaao art. 435, p. único, CPC, que fala da juntada denovosdocumentos em momento posterior.
Procedimento da apelação
	Temos uma sentença, é interposta a apelação, que é endereçada ao juiz em 1º grau, conforme o art. 1010, caput, CPC.
	O apelado é intimado para apresentar as contrarrazões (art. 1010, p. 1º, CPC).
	Nas contrarrazões pode-se ter o recurso adesivo ou as contrarrazões ativas. Havnendo recurso adesivo (art. 1010, p. 2º, CPC) ou contrarrazões ativas (art. 1009, p. 2º, CPC), o apelante será chamado para dar as contrarrazões.
	Havendo as contrarrazões ocorre a subida dos autos.
	Sentença – apelação - contrarrazões - subida dos autos 
 (recurso adesivo) (contrarrazões ativas) – Contrarrazões do apelante - subidas dos autos
Antes da subida dos autos pode ter o efeito regressivo
Vamos supor que o juiz verifique que o recurso é intespetivo. No CPC, o juiz em primeiro grau, nunca faz a admissibilidade da apelação, pelo art. 101, p. 3º, CPC
	Quando a apelação tem efeito regressivo. Vam,os supor que o juiz deu uma sentença liminar deimprocedência, aí o autor interpôs apelação. O juiz chega a conclusão que não era caso deimproced6encia liminar deimprocedência devendo elese retratar, mas era apelação intepestiva.
	O juiz não pode reconsiderar uma deicisõa que transitou em julgado e também ele não pode dar improcedência a apelaçào. O juiz diz, então que não pode fazer a retratação por táfora do prazo e deixas a competência para o tribunal.
	Em 2º grau ocorre a distribuição, chega para o relator que dá uma decisão monocrática, se não for o caso ele dá o despacho, pede dia para julgamento, o recurso é incluído em pauta e é realizada a asessão do julgamento pelo colegiado e depois o acórdão.
	Em qualquer apelação termo a sustentação oral, pelo art. 937, CPC. Nessa sessão votam 3 (art. 941, p 2º, CPC). 
	E quando dá 2x1? Aplica-se o art. 942, CPC (tomou o lugar dos embargos infringentes), alguns autores chamam de “embargos infringentes cover/fake”.
	Esses embargos infrigentes covernão são recursos, porque não há voluntariedade.
	Art. 942, CPC = Convoca-se maisdesembargadores, em nº suficiente para haver a possibilidade de virada. Se for 2x1, chama-se mais 2, para,emtese, poder dar 3x2.
	Art. 942, p. 1º, CPC = Suponha-se que haja 5 desembargadores,mas só 3 votam, se der 2x1 basta pegar o votosdos outros 2 queestão alipresente epronto. No entanto, nem sempre as câmaras tem 5 desembargadores.
	Se acâmara só funciona com 3, tem que suspender o julgamento, marcaruma nova sessãoonde haverá os 5 presentes e havendo a possibilidade de nova sustentação oral.
	Suponha-se que a única divergência foi o arbitramento dehonorários de divergência, aplica o art. 942, CPC.
	O942 tem natureza juridica de incidente da nsessão de julgamento. 
	Enquanto não se encessa esse julgamento, todos podem mudar os seus votos, é o que fala o art. 942, p. 2º, CPC. Só não podem rever os seus votos enquanto não é proclamado o resultado final.
	
Suponha-se que teve umasentença que julgadou extinto o processo sem resolução de mérito por ilegitimidade passiva, aí o autor apela e consegue. O processo volta para o 1º grau ou avança com o julgamento do mérito?
Nesse caso, cabe a teoria da causa madura,disciplina no art. 1013, p. 3ºe 4º, CPC = Situações em que, por economia processual, o tribunal já julgue omérito naapelação. 
A causa deve estar madura, por ex, se for necessária produção de provas,deve voltar para o 1º grau. Agora, se acausa estiver madura, ou seja, jáforam produzidas todas asprovas necessárias parao julgamentodomérito, o tribunalaproveita a apelação e já julga o mérito.
É necessária para ateoria dacausa madura que o apelante tenha pedido na apelação ou o tribunal pode aplicar deofício, mesmo sem opedido do apelante? Aqui hś divergência.
Adoutrinas e mutos autoes dizem que o apelante tem que pedir.
A jurisprudência dominante ent4nde que a teoria da causa madura podesimser aplicadadófício e, portante, se vodê está pelo apelado já é prudente que semanifeste sobre o mérito nas contrarrazões.
Situações que se plicam a teoria dacausa madura:
Art.1013, p. 3 e 4º CPC 
Art. 1013, p. 3º, I = Sentenças que extinguiram o processo sem resolução demérito.
II = Fala dasentença ultra petita ou extra petita (fala do qe não foi pedido). O tribunal invalida a sentença e já aplicaa teoria da causa madura para julgar o mérito.
III =Aqui, é asentença citra petita.O tribunal aproveita o julgamento daapelação parareconhecer a omissão e já julgar. 
IV = Se o tribunal entende que aquela sentença é nula por nào ter fundamentaçào suficiente,o tribunaljájulgaa apelação, já examina omérito, dando a fundamentação que entender suficiente.
p. 4º = O tribunal julgou improcedente o pedidodo autor sob fundametno de prescrição, com aapelação o tribunalconcorda com o autor. Com isso, em vez de voltar parao 1º grau para julgaromérito, o tribunal aproveitaa apelação para julgar o mérito.
Rio, 07.04.2017
AULA 10
Falta o começo da aula
Agravo de instrumento (art. 1015-1020, CPC)
Comentários sobre o III do art. 1015, CPC:
1º situação = Secomeçamosa interpretar ampliativamente o 1015 estamos criando decisão interlocutória imediata sem que aspartes possam se manifestar.O rol é taxativo.
2º stituação = Outra situação que adoutrina amplia nesse inciso III do art. 1015é quando adecisão nega eficáciaa um negócio jurídico processual. O raciocínio aquié que convenção dearbitragem é umnegócio jurídico processual. Então, a doutrina diz que pode interpretar ampliativamente esse dispositivo para todos os casos que o juiz nega eficácia paraum nj processual. Por exemplo, as partes ajustam a suspensão doproesso por 2 meses.Caso o juiz não aceite isso, caberia agravo de instrumento – entendimento minoritario.
	Na jurisprudência háproblema com relaçãoajurisprudêncuia
Art. 1015, IV, CPC = Qualquer decisão deferindo ou indeferindo a desconsiferação da personalidadejurídica.
	Pode acontecer de o juiz só aprecisar a desconsideração da sentença, porque o incidente só é instaurado se não for pedido na petição inicial. Se não pedir na petição inicial, o incidente não é instaurado, segundo o art. 134, p. 2º, CPC.
	Se não estava no incidente e o juiz só aprecia a desconsideração na sentença, ṽai caber agravo, conforme o art. 1009, p. 3º, CPC.
	Art. 1015, V, CPC = Cabe agravo se a decisão for contrária a quem pediu a gratuidade de justiça, ou seja, é a decisão que rejeita a JG ou uma decisão que revoga a JG. É a decisão que não dá gratuidade de justiça. A parte que nào pede a gratuidade só pode reclamar na apelação ou nas contrarrazões a apelação.
	Observações sobre o inciso V:
Suponha-se que a decisão não deu a gratuidade de justiça, cabendo agravo, mas a parteque interpõe o agravo tem que recolher as custas desse agravo? Aplica-se o art. 101, p. 1º, CPC = Agrava sem recoolher as custas, até uma decisão do relator sobre aquela questão.
O agravo só cabe na decisão que não dágratuidade. Ele também vai caber na situação que a parte pede a gratuidade total e o juiz só dá grauidade parcial, é a hipótese do art. 98, p. 5º, CPC = O juiz dá 50% de JG em vex dos 100%, cabe o agravo para pedir os 100%. Se ele sódá gratuidade para a perícia, cabe agravo para o restante.
Art. 1015, VI, CPC = É a situação em que se pede o processo para que o juizdetermine a outra parte paraque exiba um documento. Deferindo ou indeferindo, nas 2 situações cabe agravo de instrumento.
Observação:
Pode acontecer de ter pedido de exibição de documento paraum terceiro. Isso está nos arts. 401 a 403, CPC. Aqui, se o pedido de eibição for veiulado em face de um terceiro, não abe aagravo de instrumento, porque a naturezajurídia é de um novo processo. Por isso, a decisão que aprecia esse pedido é umasentença, cabendo apelação.
Art. 1015, VII, CPC = Exclusão de litisconsorte. A decisão que determina

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