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Aulas de Direito Processual Civil I

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Aulas de Direito Processual Civil I
Aula dia: 28/07/2016 
Professora: Maria Lucia Girão
Questionário:
Como é iniciado o procedimento comum?
Resposta: Elaborada a petição inicial, está será examinada pole juiz, que a examinará não só sob os aspectos dos requisitos de ordem processual, mas também verificará se aquele pedido não vai de encontro a entendimentos do STF, STJ, e dos Tribunais de Justiça e outros como o TRF. Presentes os requisitos processuais e, também, o pedido não estando em desacordo com tais entendimentos, o juiz determinará a citação do réu para que ele compareça a audiência de conciliação e mediação, conforme art. 331, §§ 1º e 2º c/c art. 334, ambos do NCPC.
“Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.
§ 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
§ 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334.”.
“Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.”.
Casos de indeferimento da petição inicial por falta de requisitos (art. 330, NCPC). Julgamento do pedido relativamente ao mérito – pedido que contrarie enunciados, acórdãos, etc., dos Tribunais (improcedência liminar do pedido - art. 332, NCPC). 
“Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.”.
Neste julgamento de mérito liminar, o juiz também poderá fazê-lo em virtude da ocorrência da prescrição e da decadência (art. 332, §1º, NCPC). 
“§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.”.
Da citação: art. 238 com remissão ao art. 280, todos do NCPC. 
“Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.”.
“Art. 280. As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais.”.
Da intimação: art. 269 remissão com o art. 280, do NCPC.
“Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.”.
“Art. 280. As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais.”.
Se a petição inicial for indeferida por uma sentença, chamada terminativa, o autor poderá recorrer desta de cisão?
Resposta: sim, o autor poderá interpor a apelação “sui generis” regulamentada a partir do art. 331 do NCPC.
“Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.
§ 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
§ 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334.
§ 3o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.”
Pode ainda o autor deixar transitar em julgado e interpor uma nova ação (art. 485 e 486, ambos do NCPC).
“Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
(...)”
“Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação.”.
O juiz tendo em mãos a apelação do autor poderá tomar duas atitudes, sendo que uma exclui a outra, quais são essas atitudes?
Resposta: a) O juiz poderá se retratar e, neste caso determinará a citação do réu para comparecer a audiência de conciliação e mediação que designou determinando a data para esta audiência.
b) O juiz não se retrata. Neste caso deverá determinar a citação do réu para responder ao recurso, ou seja, contrarrazoá-lo. Nesta hipótese, se o Tribunal modificar a sentença, ou seja, reforma-la, os autos descem para a 1ª Instância e o juiz deverá acatar a decisão do Tribunal. Designará, então, uma data para a realização da audiência de conciliação e mediação. Se não houver sucesso nesta audiência deverá o réu apresentar a contestação. Observe-se que quando os autos retornam à 1ª Instância, e em seguida, não logrando êxito a conciliação, começa o prazo para a apresentação da contestação. 
É importante a leitura dos artigos 331, §§ 1º ao 3º, NCPC. Este último parágrafo estabelece o óbvio, porque transcorrido o prazo sem interposição de recurso ocorrerá o trânsito em julgado daquela decisão. 
Por que esta apelação recebe o nome de “sui generis”?
Resposta: porque a relação jurídica processual não foi formada ainda, o réu ainda não foi citado e está apelação é do autor que está inconformado com o indeferimento de sua petição inicial, por meio de uma sentença terminativa (que não julgou o mérito).
O juiz antes de indeferir a petição inicial poderá abrir um prazo para que o autor a emende?
Resposta: sim, o juiz verificando defeito e irregularidades na petição inicial poderá abrir um prazo de 15 dias para o autor emendá-la. O Magistrado deve indicar o que deve ser corrigido. 
Aula dia: 25/08/2016
Sentença extingue o procedimento de 1ª Instância. 
Processo extingue-se quando a última decisão proferida tiver transitada em julgado. 
Obs.: da homologação não cabe recurso, vincula as partes.
 
Aula dia: 01/09/2016
Quais as fases do procedimento comum?
Resposta: petição inicial que será dirigida e examinada pelo juiz, conforme já mencionado na questão anterior.
Recapitulando: 1) o juiz poderá deferir a petição inicial, designando a audiência de conciliação e mediação e, consequentemente, determinar a citação para o comparecimento desta audiência.
2) O juiz poderá indeferir a petição inicial, proferindo uma sentença, a qual poderá ser interposta uma apelação, em que haverá um juízo de retratação, e o juiz se retratando determinará a citação do réu para comparecer a audiência de conciliação e mediação. Se o juiz não se retratar, mandará citar o réu para responder ao recurso da apelação “sui generis”. 
Se o Tribunal reformar a decisão, e retornando os autos à 1ª Instância, será designada a audiência de conciliação e mediação. 
Tudo isso foi dito em relação à petição inicial que foi indeferida por questões de ordem processual. Todavia, esta petição inicial poderá ab initio ter o seu mérito julgado, e isto ocorre quando o juiz, depois de observar, de ultrapassar as questões de ordem processual, verifica que o pedido feito pelo autor já foi decidido nos Tribunais, no TRF, STF, STJ, que apresentaram a decisão para aquele caso. Nesta hipótese o juiz julga improcedente liminarmente o pedido, proferindo uma sentença definitiva (art. 332 e seguintes do NCPC) (improcedência liminar do pedido).
Obs.: todas as vezes que o juiz não se retratar diante da apelação “sui generis” a citação será para que o réu apresente as contrarrazões e, tanto a apelação quanto a resposta do réu, manifestada em contrarrazões, seguirão para o Tribunal. 
Apenas na hipótese do juiz se retratar diante da apelação “sui generis”, a citação será para que o réu compareça a audiência de conciliação e mediação.
É importante a leitura do art. 331, §§ 1º e 2º do NCPC, que vem a disciplinar as hipóteses de indeferimento da petição inicial em razão da falta de requisitos de ordem processual.
Jáa art. 332, nos §§ 3º e 4º, disciplina as hipóteses em que o juiz julga improcedente liminarmente o pedido do autor, quando, então, ocorrerá o julgamento do mérito.
Tudo que foi dito acima refere-se à petição inicial. Passemos agora as outras fases do procedimento comum. 
Petição inicial correta.
Citação do réu para comparecimento à audiência de conciliação e mediação.
2.a) Sucesso nesta audiência, havendo a auto composição, o juiz homologará, por sentença, o acordo (art. 334 e §§ do NCPC).
2.b) Não houve sucesso, prazo para apresentação da contestação e reconvenção (art. 335, NCPC). 
Foi apresentada a contestação, os autos irão conclusos ao juiz para saneamento (art.347, NCPC).
Nesta fase o juiz vai verificar se houve revelia ou então se houve seus efeitos (art. 344, 345 e 348, ambos do NCPC). Nesta fase, também de saneamento, o juiz poderá abrir prazo ao autor para que ele apresente a réplica.
Julgamento conforme o estado do processo – nesta fase mais uma vez o juiz poderá proferir uma sentença terminativa (sem resolução do mérito) ou definitiva (com resolução do mérito). Isto acontece porque muitas vezes passou despercebido pelo juiz que ele podia ter tomado esta atitude.
Na verdade, o juiz está saneando o processo. Nesta fase, também, ele poderá verificar que deve designar a uma audiência de instrução e julgamento, porque há necessidade de colherem provas orais, ou serão ouvidas nesta audiência: testemunhas, esclarecimentos dados pelo perito, pelo assistente técnico e, ainda, depoimento do autor e do réu (é importante a leitura dos artigos 354 ao art. 357 – saneamento, e dos arts. 358 ao art. 368, do NCPC – que vêm a disciplinar a audiência de instrução e julgamento).
Nesta audiência os advogados apresentam as suas alegações finais e o juiz nela deverá proferir a sentença ou então, designará outro dia para a leitura desta sentença, que encerra o procedimento comum na 1ª Instância. 
Obs.: o processo, apesar do legislador não ser técnico, não se encerra com a sentença, porque teremos vários recursos que poderão ser interpostos. O processo só se encerra com a última decisão que transitar em julgado.
Diferencia encerramento do procedimento de 1ª Instância e encerramento do processo.
Aula dia: 08/09/2016
Resposta: o processo só se encerra com o trânsito em julgado de uma decisão judicial (sentença, acórdão). O trânsito em julgado torna a decisão imutável e esta imutabilidade é mais abrangente quando tiver ocorrido o julgamento do mérito. Com o trânsito em julgado não cabe mais recurso. Somente caberá a Ação Rescisória, que tem por finalidade a desconstituição da coisa julgada (Art. 966, NCPC).
Obs.: não se pode confundir coisa julgada material com a coisa julgada formal. Nesta última o âmbito da imutabilidade é menor, ou seja, a imutabilidade só ocorre no âmbito do processo em que a decisão foi proferida. Estas decisões são decisões terminativas, em que o juiz proferiu uma sentença, por exemplo, sem resolução de mérito. 
Dessa forma, é possível promover-se uma nova ação. 
A coisa julgada pode ocorrer ou porque o advogado não observou os requisitos da admissibilidade do recurso, como por exemplo, a tempestividade, o preparo/pagamento das custas recursais, ou então, porque o advogado não interpôs todos os recursos previstos em lei, não havendo mais qualquer recurso a ser interposto. Exemplificando: apelação, agravo regimental, Recurso Especial, Recurso Extraordinário (art. 944, NCPC). Neste caso o trânsito em julgado ocorrerá da última decisão.
A coisa julgada é uma decorrência da segurança jurídica. 
Se por um lado o juiz é falível, nós temos a possibilidade de interposição de recursos, a fim de que aquela decisão venha a ser examinada por outro julgador. Todavia, é necessária a coisa julgada com o trânsito em julgado para que a decisão de mérito venha trazer a pacificação social pela sua imutabilidade, ou melhor, trazer a segurança jurídica.
O procedimento é o modo como os atos se colocam no processo. A sentença encerra o procedimento de 1ª Instância, pouco importa qual tenha sido o procedimento, ou seja, o procedimento comum ou o procedimento especial. Pouco importa também que esta sentença definitiva, quando o juiz julgou o mérito – art. 487, NCPC, ou então sentença terminativa, quando o juiz não resolveu o mérito – art. 485, NCPC. 
A sentença acha-se disciplinada no art. 203, §1º do NCPC. É um ato do juiz de 1ª Instância. 
A réplica, ela é apresentada por quem?
Resposta: Pelo autor.
 A contestação pode conter a reconvenção?
Resposta: sim, a contestação tem por finalidade rebater a argumentações trazidas pelo autor em sua petição inicial. A falta de contestação importa em revelia e esta revelia pode produzir efeito ou não (art. 335/342, NCPC - contestação) (art. 344/346, NCPC – revelia). 
A reconvenção (art. 343, NCPC).
A reconvenção tem por finalidade a apresentação de um pedido do réu em face do autor. Exemplos: a vítima autora promove uma ação de indenização em face do réu. Na reconvenção o réu requer da autora uma reparação de danos, em virtude de grave prejuízo que esta lhe causou, por ter agido imprudentemente - conforme alegado em contestação houve culpa da vítima no evento. 
Aula dia: 15/09/2016 – não houve aula, palestra.
Aula dia: 22/09/2016
Obs.: hoje temos os seguintes procedimentos: procedimento comum (padrão) e o procedimento especial que disciplina algumas ações especiais de jurisdição não mais chamada contenciosa, como o era no código de 1973, mas em que existe uma lide, partes e coisa julgada material (a partir do art. 539, NCPC). Exemplos: ação de consignação em pagamento, ações possessórias, inventário e partilha, embargos de terceiro, oposição, entre outras ações.
Interessante observar que a oposição, que agora figura como uma ação que segue o rito especial, era pelo código de 73 na intervenção de terceiros (art. 682, NCPC). 
Também encontraremos o procedimento especial na jurisdição voluntária, graciosa ou administrativa, prevista a partir do art. 719, NCPC. Podemos citar como exemplo o divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável. 
Verificamos, assim, que nesta jurisdição não há lide, ou seja, conflito de interesses e sim interessados, interesses juridicamente relevantes, e fará coisa julgada formal a decisão que encerrar este procedimento. 
Não há mais o procedimento sumário, As ações que seguiram o procedimento sumário, antes da entrada em vigor no novo CPC seguiram este rito até que seja proferida a sentença. A partir da prolatação da sentença, então, aplicar-se-á o procedimento recursal previsto no NCPC.
O procedimento sumário não se acha mais previsto no NCPC. Entretanto, todas as ações que seguirem este procedimento antes da entrada em vigor do NCPC observarão este rito até que seja prolatada a sentença. A partir da sentença aplicar-se-á o NCPC no procedimento recursal. 
A petição inicial poderá ser indeferida pelo juiz antes que o réu a conteste. Isto fere o princípio do contraditório?
Resposta: não. A petição inicial poderá ser indeferida pelo juiz antes da citação do réu e logicamente, antes da contestação. 
No procedimento comum é de extrema importância a audiência de conciliação e mediação. 
Pode acorrer que tanto o autor, na petição inicial, como o réu, através de mera petição, requerimento, afirmarem que não querem a audiência de conciliação (art. 334,§4º, NCPC). Ora, se isso ocorrer, começa a contagem do prazo para a apresentação da contestação, que será a partir da data do protocolo do pedido de não realização da audiência (art. 334, §4º c/c art. 335, II, ambos do NCPC).
Se as partes não justificarem o não comparecimento à audiência de conciliação e medição, o que ocorrerá? 
Resposta: Será considerado ato atentatório a dignidade da justiça com multa de até 2% da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa (art. 334, §8º, NCPC).

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