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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL / MECÂNICA CLEVERSON RIBEIRO DALCORTIVO JULIO CESAR KOHUT LUCAS AGUILAR FLEGLER LUCAS ANDRÉ PRADO RELATÓRIO DE FÍSICA 3 GUARAPUAVA 2018 1 .RESUMO O presente experimento sobre campo e linhas elétricas, tem por finalidade a visualização do que foi visto em teoria matemática, assim com a utilização dos materiais adequados e de conceitos de eletricidade, pode-se chegar ao resultado esperado que era a visualização das linhas formadas pelos campos elétricos. 2 .INTRODUÇÃO Podemos representar as linhas de força de um campo elétrico como um campo vetorial que representa as linhas imaginárias retas ou curvas, cuja tangente em qualquer ponto fornece a direção e sentido do vetor campo elétrico, como representado na Figura 1, onde o vetor campo elétrico é representado por E1, E2, E3, E4. Figura 1 - Linhas de campo e vetor campo magnético Fonte: http://fisicaevestibular.com.br/novo/eletricidade/eletrostatica/linhas-de-forca-de- campo-de-um-campo-eletrico-potencial-eletrostatico/ O sentido do campo elétrico é o mesmo das linhas de campo, que se afastam do polo positivo em direção ao negativo. A intensidade do campo elétrico é proporcional à concentração das linhas de campo. A Figura 1, representa a força que atua entre dois corpos carregados eletricamente e separados por uma distância “d”. Figura 2 - Força de ação mútua entre dois corpos carregados eletricamente Fonte: http://educacao.globo.com/fisica/assunto/eletromagnetismo/forca-eletrica-e-campo- eletrico.html A força (F) que atua entre dois corpos carregados eletricamente pode ser calculada através da Lei de Coulomb, Equação (1) �⃗� = 𝑘 |𝑞1||𝑞2| 𝑑2 (1) Onde k é a constante de proporcionalidade no meio analisado. Percebe-se que os vetores E e F possuem a mesma direção, porém o sentido é determinado pelo sinal da carga, caso a carga tenha sinal positivo ambos os vetores terão o mesmo sentido, caso a carga tenha sinal negativo os sentidos de F e E serão opostos como mostrado na Figura 3. Figura 3 - Vetor Campo Elétrico Fonte: http://educacao.globo.com/fisica/assunto/eletromagnetismo/forca-eletrica-e-campo- eletrico.html A Equação (2) representa o vetor campo elétrico. �⃗⃗� = �⃗� 𝑞 (2) O desenho das linhas de campo permite visualizar graficamente como se comporta o vetor campo elétrico na região analisada. Figura 4 - Linhas de Campo em Cargas Elétricas Fonte: http://educacao.globo.com/fisica/assunto/eletromagnetismo/forca-eletrica-e-campo- eletrico.html Na Figura 4, vemos o comportamento do campo elétrico em três situações. Cargas positivas onde o sentido do vetor campo elétrico indica o afastamento em relação a carga, cargas negativas onde o sentido do vetor campo elétrico indica a aproximação em relação a carga. E a configuração de duas cargas elétricas carregas positivamente, onde percebe-se a tendência a atração entre as cargas. Figura 5 - Linhas de Campo Dipolo Elétrico Fonte: http://fisicaevestibular.com.br/novo/eletricidade/eletrostatica/linhas-de-forca-de- campo-de-um-campo-eletrico-potencial-eletrostatico/ Na Figura 5, é possível observar as interações de um dipolo elétrico onde a esquerda temos o polo positivo e a direita o polo negativo. A carga positiva gera em um ponto P, um campo de afastamento (E1), enquanto a carga negativa gera um campo de aproximação (E2) a soma vetorial destes dois campos gera o campo resultante (Er), que é tangente as linhas de campo. Se avaliarmos a hipótese de duas linhas de campo se cruzarem teríamos que no ponto de intersecção atuariam dois campos, porém pela propriedade fundamental do campo elétrico, em cada ponto só existe um vetor de campo, portanto concluímos que duas linhas de campo não se cruzam, demonstrado por absurdo. Figura 6 - Campo Elétrico Uniforme Fonte: http://educacao.globo.com/fisica/assunto/eletromagnetismo/forca-eletrica-e-campo- eletrico.html As linhas de campo exibidas na Figura 6, representam o campo onde os vetores de campo elétrico são constantes em todos os pontos com mesma intensidade, direção e sentido, chamado de campo elétrico uniforme. 3.MATERIAIS E MÉTODOS A seguir estão detalhados os materiais utilizados no experimento: Gerador de Van der Graaff; Bastão (com uma extremidade em material condutor e outra isolante); Cabos condutores – Banana/Jacaré; Diversas peças metálicas; Cuba de acrílico com fixadores para os eletrodos; Óleo; Folha papel sulfite; Recipiente de acrílico; Fubá. Neste experimento utilizou-se o gerador, os cabos condutores que se ligaram ao gerador, as peças metálicas para configuração dentro do recipiente acrílico, o óleo e o fubá (material neutro). Colocamos embaixo do recipiente uma bandeja de acrílico, apenas para servir de apoio com uma folha de papel sulfite em branco, e em seguida a cuba de acrílico com suporte para os eletrodos, e dentro desta, colocamos o óleo. Depois escolhemos as peças metálicas conforme orientação do roteiro do experimento. A primeira configuração que montamos continha apenas uma peça, representando um ponto com carga elétrica negativa. Conectamos um cabo ao gerador e a peça metálica, de modo que esta ficou carregada negativamente. Antes de ligarmos o gerador, polvilhamos várias pitadas de fubá para simular partículas neutras, que iriam seguir a forma das linhas de campo elétrico. Ao entrar em contato com o óleo e com as estruturas metálicas carregadas, as partículas de fubá desenharam as linhas do campo elétrico no óleo, como o esperado. Assim, repetimos o mesmo procedimento para mais sete combinações utilizando as peças metálicas. E sempre ao final de cada etapa, utilizamos o bastão na superfície do gerador, para descarregá-lo. Segue na figura 7 a representação das oito configurações realizadas: Figura 7- Configurações realizadas Fonte: arquivo próprio 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Ao final dos experimentos, foi possível obter uma resposta diante dos campos elétricos criados em cada configuração. Com o auxílio de um programa foi possível confirmar as nossas análises, indicando como seria o trajeto ideal do campo elétrico de maneira detalhada. As figuras abaixo tratam-se dos campos elétricos indicados por flechas, onde o grupo comparou as análises obtidas visualmente e através de fotos, com as configurações feitas pelo programa. Configuração 1: Na primeira configuração foi possível verificar que o material carregado negativamente atraía os grãos de fubá. Configuração 2: Figura 8 – primeira configuração Fonte: arquivo próprio Figura 9 – segunda configuração Fonte: arquivo próprio Já na segunda configuração, com dois materiais carregados com cargas distintas, foi possível verificar que o campo elétrico adotava um sentido de flechas saindo do material positivo e indo para o negativo. Ou seja, os grãos de fubá estavam se repelindo em relação ao material positivo, e se atraindo em relação ao material negativo, de forma que cada um dos campos era circular em relação a cada material, porém esta forma circular mudava a medida que um campo influenciava o outro, em pontos mais distantes do centro de cada material. Configuração 3: Na terceira configuração, que se tratava de duas cargas pontuais e ambas carregadas negativamente, percebeu-se que os grãos se deslocavamsemelhante à carga pontual negativa da configuração 1. E por se tratar de duas cargas negativas desta vez, a combinação dos campos elétricos adotou uma trajetória de repulsão quando os grãos estavam entre os dois campos, como é possível ver na imagem acima, na parte central. E nos outros locais onde a presença de um campo era mais insignificante em relação ao outro, os grãos apenas se atraiam para o material. Figura 10 – terceira configuração Fonte: arquivo próprio Configuração 4: Esta configuração se tratou de um dos materiais, no caso o carregado positivamente, possuir uma forma linear conforme a figura nos mostra (em amarelo). E analisando os grãos, foi possível perceber um campo elétrico semelhante ao da configuração 2, que faz sentido em se tratando de dois campos com cargas diferentes novamente um ao lado do outro. Apesar de serem semelhantes, o campo elétrico do material linear não era mais em forma circular, alterando também a forma do campo elétrico nos locais onde os dois campos atuavam, principalmente entre os dois materiais. Configuração 5: Figura 11 – quarta configuração Fonte: arquivo próprio Figura 12 – quinta configuração Fonte: arquivo próprio Na configuração 5, os campos elétricos também seguiram o mesmo raciocínio lógico dos anteriores, no qual o campo elétrico era semelhante ao da configuração 2, porém com mais grãos de fubá se movendo linearmente, como é possível observar na direita e esquerda da figura acima, e também no centro, onde os grãos de fubá se deslocavam em linha reta do material positivo para o negativo. Configuração 6: A configuração 6 foi mais difícil de identificar o que acontecia com os grãos de fubá quando estavam entre os dois materiais. Chegando à conclusão que eles estavam parados devido à junção dos dois campos elétricos, fazendo com que se anulasse a força de repulsão e atração. Configuração 7: Figura 13 – sexta configuração Fonte: arquivo próprio Figura 14 – sétima configuração Fonte: arquivo próprio A configuração 7 consistiu num material em forma de anel, mas para padronizar as imagens foi representado por uma forma quadricular devido a limitações do programa utilizado. Desta vez foi observado que os grãos que estavam na parte de dentro do anel não se moviam, enquanto os grãos do lado de fora do anel sofriam atração do material carregado negativamente, no qual o campo era circular e uniforme. Os grãos da parte de dentro ficavam estagnados por causa do campo ser neutro dentro do anel, ou seja, suas forças se anulavam. Configuração 8: A última configuração consistiu num anel menor dentro de outro maior, ambos representados pelos quadrados na imagem acima, porém eram circulares no experimento. Novamente o campo do lado de fora era igual ao da configuração 7, atraindo os grãos de fubá para as bordas do anel maior, que por sua vez estava carregado negativamente. No interior do anel menor o campo elétrico também se anulava, deixando os grãos parados. E por fim na região entre o anel maior que se encontrava negativo, e o anel menor que se encontrava positivo, os grãos iam contra as bordas exteriores do anel menor e em direção as bordas interiores do anel maior, comprovando a atração existente. Figura 15 – oitava e última configuração Fonte: arquivo próprio 5. CONCLUSÃO Concluímos que o campo elétrico pode ser facilmente visualizado através de experimentos como esse, o que facilita o estudo sobre os diferentes comportamentos que surgem nas mais diversas possibilidades de alocação de cargas, sejam elas iguais ou distintas, pontuais, lineares, ou com outras formas, como circunferências ou retângulos. Também concluímos que o comportamento do campo elétrico sempre seguirá um padrão, e pode-se “prever” qual ele será se analisarmos as cargas em questão. O campo sempre se moverá afastando-se da carga positiva e aproximando-se da negativa. Haverá movimentos em formas elípticas ou circulares, e também movimentos lineares (no caso de cargas distribuídas em corpos lineares). Se houverem cargas iguais, o campo elétrico irá ter um comportamento de repulsão no meio delas e se houver uma carga distribuída ao longo de uma circunferência, no centro dela o campo será neutro. Concluímos, por fim, que o campo elétrico sempre dependerá das cargas nele posicionadas, das suas magnitudes, formas e sinais (cargas positivas ou negativas). 6. REFERÊNCIAS Linhas de Força de um Campo Elétrico – Potencial Eletrostático . Disponível em: < http://fisicaevestibular.com.br/novo/eletricidade/eletrostatica/linhas-de- forca-de-campo-de-um-campo-eletrico-potencial-eletrostatico/>. Acesso em: 02 abr. 2018 Forças entre Cargas. Disponível em: <http://educacao.globo.com/fisica/assunto/eletromagnetismo/forca-eletrica-e- campo-eletrico.html >. Acesso em: 02 abr. 2018 Lei de Coulomb. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/leidecoul omb.php>. Acesso em: 02 abr. 2018.
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