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Aula_09 (6)

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I
Aula 9 – A resistência dos povos
Tema da Apresentação
A resistência dos povos - AULA 09
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I
Conteúdo Programático desta aula
Analisar os efeitos da expansão europeia para os povos africanos e asiáticos;
 
- Comparar os diversos movimentos de resistência destes continentes; 
 
- Reconhecer os neocolonialismo como uma prática que transcende a questão econômica, como demonstram os movimentos de resistência. 
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A resistência dos povos - AULA 09
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I
Nesta aula veremos os movimentos de resistência à partilha do mundo decorrentes do colonialismo. Estudaremos ainda os conflitos que eclodiram em consequência do domínio imperialista das potências europeias nos continentes asiático e africano. 
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A resistência dos povos - AULA 09
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I
O momento de expansão das potências industriais europeias em direção aos continentes asiático e africano, no século XIX, pode ser definido tanto como imperialismo como neocolonialismo. A ideia de neocolonialismo implica em uma comparação com as políticas expansionistas deste mesmo continente europeu, que havia ocorrida no contexto da Idade Moderna e que provocou a formação de colônias em várias partes do mundo sobretudo, na América. O neocolonialismo, embora seja igualmente uma prática de dominação dos povos, possui mecanismos, ações e justificativas diversas daquele que ocorreu a partir dos séculos XV e XVI. 
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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I
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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I
Uma similaridade entre o colonialismo do século XV e XVI e o do século XIX é o fato de que a conquista da América não foi pacífica, e a submissão dos povos africanos e asiáticos, tampouco. O neocolonialismo motivou reações das mais diversas onde se estabeleceu. O caso da África é mais emblemático, já que ao entrarmos no século XX, sua quase totalidade territorial estava sob o domínio de algum país europeu. As disputas criadas em torno destas novas colônias seria um dos principais fatores para a eclosão daquele que seria o primeiro conflito internacional do século XX, a Primeira Guerra Mundial. 
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A visão do europeu acerca das sociedades africanas implicava em não identificar suas diferenças, não reconhecer o valor de suas culturas e não entendê-las como sociedades que possuíam uma dinâmica própria de funcionamento. A manutenção de uma estrutura agrária em um mundo que se industrializava rapidamente era vista como um dos sinais inequívocos do atraso e da incivilidade dos costumes. 
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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I
 
A construção desse olhar para o colonizado permitiu que a dominação se legitimasse pois o europeu, branco, civilizado, tinha a missão de instruir, guiar, civilizar o negro, atrasado, desinstruído, atrasado. Assim, a dominação se legitimaria aos olhos do mundo inteiro. 
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Destacamos que esse processo de dominação não ocorreu de forma tranquila. Houve resistências do dominado ao dominador, que adquiriram diversas formas e se utilizaram de variados instrumentos. 
Vamos conhecer algumas delas !!!
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 Guerra do ópio – China e Inglaterra
Após o Congresso de Viena, e com a ameaça napoleônica sob controle, o comércio europeu se voltou para o Oriente. Neste aspecto, a China apresentava-se como um parceiro comercial atraente, mas era gerida por uma dinastia – Qing – pouco afeita a abrir seu mercado ao comércio exterior, o que demonstrava existência de um único porto em todo o território chinês que realizava transações internacionais, o porto de Cantão. 
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A Inglaterra demandava cada vez mais matérias primas e mercados consumidores para suprir suas indústrias e, já nesta época, China e Índia constituíam os países mais populosos da Ásia e, portanto, alvo de cobiça dos ingleses. Mas, se os ingleses desejavam acesso às mercadorias chinesas, como o chá e a porcelana, que possuíam um enorme mercado na Europa, os chineses demonstravam pouco interesse nas mercadorias inglesas, como tecidos, um dos principais produtos de exportação da Inglaterra. Claro que isso não foi bem aceito pelos ingleses...
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Ao que tudo indica o produto estrangeiro mais cobiçado na China era o ópio, comercializado por ingleses. O ópio tinha vários usos, como anestésico ou na produção de medicamentos, mas seu uso provocava dependência química. Diante do consumo maciço do ópio pela população, o governo chinês decretou a ilegalidade de seu comércio. A Inglaterra desaprovou fortemente a proibição do comércio de ópio pois isso prejudicava amplamente seus negócios com a China, já submetido a um rígido controle. O estopim do conflito foi o assassinato de um súdito do império chinês por marinheiros britânicos, em Cantão. O Imperador decretou a expulsão de todos os ingleses desta cidade, além de confiscar o carregamento de ópio trazido pelos navios britânicos. 
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A Inglaterra reagiu fortemente contra essa ação chinesa e declarou guerra contra o país. Essa guerra foi desastrosa para os chineses e culminou com a vitória inglesa e a assinatura do Tratado de Nanquim (1842), o primeiro dos Tratados desiguais. Além do pagamento de uma indenização, a China foi obrigada a abrir cinco portos ao comércio britânico, entregar a ilha de Hong Kong - que ficaria mais de um século sob domínio inglês - e revogar a ilegalidade das transações de ópio.
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Em 1856, os chineses descumpriram o tratado ao executarem uma revista à um navio britânico – os britânicos haviam conseguido o monopólio de alguns portos a partir do Tratado de Nanquim – o que motivou uma nova crise. A Inglaterra, apoiada pela França, declara guerra e novamente e vence, obrigando o governo chinês a assinar outro dos tratados desiguais, o Tratado de Tianjin. 
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Nele estipula-se a abertura de mais onze portos ao comércio estrangeiro, além de abrir o trânsito de comerciantes e missionários cristãos em território chinês, permitir a circulação livre de estrangeiros no país, o direto de navegar livremente pelo rio Yangtsé, dentre outros. O saldo da Guerra do Ópio foi a perda da soberania do estado chinês, fragilizando-o politicamente, e a maciça entrada de estrangeiros na China, além da perda territorial de Hong Kong. 
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Revolta dos Cipaios – Índia – 1857 – 1858
O domínio do território indiano pelos ingleses foi obtido através da Companhia de Comércio das Índias Orientais. Isso quer dizer que a Índia não fazia parte, estritamente falando, do império Britânico, mas constituía um protetorado. A Companhia estava presente no território indiano desde o século XVIII, onde podemos destacar as intensas relações econômicas entre ingleses e indianos. As trocas culturais também eram comuns e progressivamente, os ingleses afirmavam seus costumes, indo de encontro as práticas da sociedade indiana. 
 
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A Companhia das Índias Orientais recrutava indianos para compor seus exércitos. Estes indianos eram chamados de Sipaios,
e logo o número de indianos que faziam parte do exército da Companhia era tão numeroso quanto o de ingleses, chegando a excedê-los. Embora os poderes locais ainda existissem, estavam claramente submetidos aos interesses britânicos que, por sua vez, desconheciam e desrespeitavam importantes costumes locais, como por exemplo, o hábito de comer carne, condenado pelos hindus, para quem a vaca constitui um animal sagrado. 
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A não observância da cultura hindu, o predomínio político britânico e a penetração comercial cada vez mais intensa, provocaram diversos motins, em várias regiões, cujo conjunto denominamos Revolta dos Sipaios.
Estas revoltas foram duramente reprimidas pelos soldados ingleses, que puniam e massacravam os rebeldes. A vitória inglesa teve como resultado a extinção do domínio da Companhia das Índias e a interferência na administração do país passou a ser feita diretamente pelo estado inglês. 
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Os poderes locais foram enfraquecidos e a Coroa Inglesa nomeava funcionários para administrar os assuntos indianos. A rainha Vitoria foi coroada Imperatriz da Índia, o que consolidava – para os indianos e para o mundo – o domínio definitivo do país pela Coroa Britânica, que só se encerrou com a independência da Índia, em 1947.
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Guerra dos Bôeres – África do Sul
Quem eram os bôeres ? 
Entre os séculos XVII e XVIII houve um afluxo de imigrantes holandeses e franceses, sobretudo, calvinistas, que povoaram a região. Estes colonos eram chamados de bôeres e desenvolveram uma língua própria, o africâner, um dos idiomas africanos oficias atualmente.
 
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Os povos locais resistiram à escravização, onde se destaca a resistência zulu. Entretanto, no território da Cidade do Cabo, os colonos mantiveram muitos de seus hábitos e costumes europeus. 
Apesar da colonização holandesa, brancos e negros conviviam no território sul africano, mesmo de forma não pacífica. Os bôeres utilizaram muitos negros na lavoura, mas as condições de vida da população negra sofreram uma grande transformação na virada do século XIX para o XX, com a eclosão da guerra.
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Em meados do século XIX, com a descoberta de grandes jazidas de diamante na África do Sul, houve o progressivo enriquecimento dos colonos e o aumento do uso da mão de obra africana nas minas. Os diamantes e as jazidas de ouro africanas despertaram os interesses dos ingleses, que entraram em guerra contra os colonos. A vitória inglesa provocou a criação da União Sul Africana, que reunia algumas colônias da região, entre elas, a do Cabo, que ficariam sob o domínio britânico. 
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Este momento é importante para toda a história contemporânea da África do Sul pois dele surgiria o apartheid, regime político de opressão a população negra que vigorou no país até finais do século XX. A União Sul Africana dava plenos poderes aos brancos e criava leis que impediam os negros de exercer direitos básicos como o votar ou ter acesso à posse de terras. 
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Décadas depois, com a independência da África, as leis da União Sul Africana foram mantidas e comporiam o conjunto jurídico do apartheid, um dos mais, ou talvez o mais vergonhoso regime de segregação racial da história, vencido no final do século XX graças à luta do povo africano por igualdade e a de Nelson Mandela, que lutou pelo fim desse regime. 
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Guerra dos Boxers – China – 1899-1900
Os boxers eram um grupo nacionalista que lutava contra a intervenção estrangeira na China, criando uma sociedade denominada “Punhos Harmoniosos e Justiceiros”. Eles lutavam contra a pobreza e o desemprego, que atribuíam à presença ocidental no país. Conforme a revolta ganha força, organizou-se um Exército composto por soldados das nações colonialistas para lutar contra esse grupo, composto por russos, americanos, britânicos, dentre outros. 
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Diante desse confronto, os chineses recuaram e foram obrigados à negociar a paz. Cabe ressaltar que os boxers contavam com o apoio da monarquia chinesa e essa, para se salvar, aceitou o fim das sociedades secretas. Em 1901, através do Protocolo de Pequim, foi oficializado o fim da Guerra dos Boxers. O governo chinês viu-se derrotado e foi obrigado a pagar uma pesada indenização aos vencedores, além de liberar novos portos às embarcações estrangeiras. 
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Os chineses foram impedidos de importar armamentos, o que garantia aos colonizadores uma submissão ainda maior. Posteriormente, novos levantes ocorreram até que a China conseguisse definitivamente se livrar da dominação de estrangeiros em seus territórios. 
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NESSA AULA VOCÊ:
 
 - Reconheceu algumas dinâmicas de resistência no contexto neocolonial;
- Comparou as práticas de resistência africanas e asiáticas;
- Relacionou a questão colonial da África do Sul com a política do apartheid;
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