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RELATÓRIO DE QUÍMICA - CALIBRAÇÃO DE VIDRARIAS

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Prévia do material em texto

Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS Prof. Clovis Piovezan 
Química Licenciatura Química Geral Experimental 
 
 
 
 
Relatório Experimental 
Calibração de Vidrarias 
Rodrigo L. Gamla 1813121032 
Química Geral Experimental, rodrigo_gamla@hotmail.com 
Introdução 
 
Inicia-se esse relatório destacando que a calibração de vidrarias volumétricas é de suma importância para a 
se ter um resultado mais confiável das diversas análises e ensaios que realizamos nos laboratórios. 
Nesse sentido, a vidraria volumétrica quando utilizada nos laboratórios deve ser aferida para aumentar a 
exatidão dos volumes contidos e/ou transferidos. Pois, mesmo que a pipeta marca 25mL, não significa que 
realmente seja essa medida, portanto pode ter erros nos volumes medidos por essa vidraria, não dando 
precisão nos resultados obtidos após um ensaio ou experiência química, por exemplo. 
A calibração de vidrarias é de forma bastante simples, nesse procedimento de calibração envolve a 
determinação da massa de água contida na vidraria ou descarregada por ela. É aferida a temperatura da 
água e, a partir da sua densidade na temperatura medida, calcula-se o seu volume. É importante lembrar 
que é utilizada a densidade da água como medida padrão, pois a água pode ser descartada após o 
procedimento (COTTA et al., 2014). 
Destaca-se também, que a vidraria deve ser limpa e ficar um tempo ao lado da balança que será colocada 
com água destilada, para que ambos fiquem em equilíbrio térmico com o ambiente. Ainda, é necessário 
levar em conta a expansão volumétrica das soluções e das vidrarias com relação à variação da temperatura 
dentro do ambiente onde está sendo feito a calibração. Segundo a literatura, os vidros fabricados a base de 
borossilicatos se expandem cerca de 0,0010% por grau Celsius, quer dizer, se a temperatura de um 
recipiente for aumentada em 10 graus, o seu volume irá aumentar cerca de 0,010% e, para todos os 
trabalhos, exceto os mais exatos, esta variação não é expressiva (COTTA et al., 2014). 
Pode-se comparar o volume demarcado na vidraria na sua temperatura de calibração, isso após determinar 
o volume real, e isso é feito com o uso de grandezas estatísticas (desvio padrão, erros absolutos e médias) 
para obter uma correta calibração. 
Diante desse contexto, apresenta-se abaixo as funções dos principais materiais que foram utilizados durante 
a aula prática, pois é necessário além da calibração um conhecimento sobre o uso e função dos objetos do 
laboratório. 
Conhecendo os materiais: 
 
 O Suporte Universal com garra é composto por uma base de ferro, e uma barra de alumínio onde se 
colocam garras, prendedores e argolas, sustentando assim, todos os tipos de materiais de 
laboratório. 
 
 A bureta de 25 mL possui formato cilíndrico, estreito e com uma torneira na extremidade inferior que 
serve para controlar a quantidade de solução líquida que sairá pela passagem. A bureta contém 
também uma escala graduada na extensão de seu corpo. Sua principal função é de aferir a 
dosagem correta de determinado volume. Lembrando ainda, que as graduações marcadas no corpo 
de uma bureta podem variar de acordo com sua aplicação. 
 
 O copo béquer é de uso geral em laboratório, servindo especialmente para fazer reações entre 
soluções, dissolver substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e aquecer líquidos. 
 
 Para realizar a medição de temperatura o instrumento mais utilizado é o termômetro de dilatação de 
líquido, podendo ser de mercúrio, álcool ou tolueno, através do princípio da condução de calor. O 
mercúrio é o único metal liquido e que tem uma alta condução de calor, por isso quando ele sofre 
dilatação em contato com o calor ele marca na graduação quantos graus está o ambiente aonde o 
termômetro foi inserido, e demora para retornar ao grau menor por uns minutos, facilitando assim a 
nossa visualização da temperatura. 
 
 
 
 
 
Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS Prof. Clovis Piovezan 
Química Licenciatura Química Geral Experimental 
 
 
 
 
Relatório Experimental 
 A principal função da balança é medir a massa de um corpo. Para a medida da massa dos 
reagentes são utilizadas as balanças de precisão e as Balanças Analíticas. A balança semi analítica, 
e de precisão, são utilizadas para à análise de determinada grandeza sob condições ambientais 
(bastante utilizadas nos laboratórios acadêmicos). Já a balança analítica tem seu uso mais restrito, 
pois em alguns casos é necessário até salas especificas para sua manipulação. Em resumo, o que 
difere de uma a outra é o grau de precisão, a analítica pode obter uma precisão de 0,0001g, já 
a Balança semi analítica pesa com precisão até 0,001g. 
 
 A função da pipeta volumétrica é de transportar apenas uma determinada quantidade de volume. 
Lembrando que as mesmas, são calibradas a 20 ºC para um determinado volume e são 
classificadas de acordo com o seu grau de precisão: classe A (maior precisão) e classe B. 
 
 Na pipeta graduada, verificamos que há graduações ao longo de seu corpo, possibilitando a sucção 
de variadas quantidades de líquido conforme a graduação que precisamos utilizar em um 
determinado experimento. 
 
 A proveta é um tubo cilíndrico com base e aberto em cima, apresenta medidas em toda a sua 
extensão (sua graduação pode ser variada, assim como sua altura). Sua função é medir de volumes 
de líquidos, com baixa precisão. 
 
 No balão volumétrico são preparados líquidos em volumes muito precisos e exatos, ou seja, o balão 
geralmente é usado quando o volume é grande para se medir com uma pipeta ou bureta. Seu 
formato lembra uma pera. 
 
 As peras de sucção são utilizadas para auxiliar na sucção de líquidos em pipetas. Possuem três 
válvulas com esferas de vidro ou aço inox, evitando contato direto com os líquidos manuseados. 
 
 Água destilada é o estado puro da água, sem misturas com outras substâncias e microrganismos; 
 
 O papel absorvente, por sua vez, pode ter função de protege as superfícies e o equipamento, além 
de absorver rapidamente alguma substancia derramada durante o experimento. 
 
Logo, já apresentado uma introdução do assunto, sua justificativa e conhecendo os materiais, é importante 
destacar que os objetivos dessa aula prática de calibração de vidrarias foram: 
 
Objetivos: 
 
 Calibrar o material volumétrico (bureta, pipeta volumétrica, proveta e balões volumétricos), verificar e 
comparar os volumes obtidos se condiz com as especificações do fabricante; 
 Obter maior experiência com vidrarias, balanças e outros instrumentos para sua utilização no 
laboratório de química; 
 Apresentar o volume médio transferido por cada uma das vidrarias utilizadas, desvio padrão e erro 
absoluto, bem como a precisão e exatidão das medidas. 
 
Em suma, bons resultados de um laboratório dependem da manipulação correta dos equipamentos a serem 
utilizados e por isso a importância da calibração, pois caso contrário pode apresentar resultados não 
confiáveis. 
 
Materiais e Método 
 
Procedimento 01 - Calibração de uma bureta de 25 mL 
 
Materiais: 
 
 Suporte universal com garra; 
 
 
 
Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS Prof. Clovis Piovezan 
Química Licenciatura Química Geral ExperimentalRelatório Experimental 
 1 Bureta de 25 mL; 
 2 béqueres de 100 mL; 
 1 Termômetro; 
 Balança analítica; 
 Água destilada; 
 Papel absorvente 
 
 
MÉTODO: 
 
Calibração de uma bureta de 25 Ml 
 
1) Foi colocada água destilada na bureta até encher e logo em seguida retirado todas as bolhas de 
ar, verificando se a água escoava pela bureta sem deixar bolhas aderidas à parede. Após, foi 
ajustado o menisco em 0,00 Ml; 
2) Lembrando que, o ajuste correto do menisco é um pré-requisito para uma medição volumétrica 
exata. No caso de um menisco côncavo, o volume deve ser lido no ponto mais baixo do nível do 
líquido. O ponto mais baixo do menisco deve tocar a borda superior da marca de graduação. 
3) Removeu-se a gota de água que fica suspensa na ponta da bureta, encostando-a na lateral de 
um béquer. Fazendo sempre a aferição da temperatura da água durante a calibração. 
4) Foi pesado um béquer de 100 mL vazio, após foi transferido os 25 mL de água da bureta para o 
béquer, e para determinar a massa de água transferida foi pesado o béquer novamente, 
repetindo em triplicatas esse procedimento para maior precisão e comparação. 
5) Por fim, foi anotado os valores, e feito os devidos cálculos. 
 
Procedimento 02 - Calibração de pipetas, proveta e balão volumétrico. 
 
Materiais: 
 3 Béqueres de 100 mL 
 Balança analítica 
 1 Pipeta volumétrica 10 mL 
 1 Pipeta graduada 10 mL 
 1 Proveta 25 mL 
 1 Balão volumétrico 10 mL 
 Termômetro 
 Água destilada 
 Pipetador tipo pera 
 
 
Método: 
 
Calibração de pipetas, proveta e balão volumétrico. 
 
Aferição de uma pipeta volumétrica e uma pipeta graduada de 10 mL: 
 
1) Pesou-se um bécher de 100 mL extremamente seco, em temperatura ambiente. Foram medidos 10 
mL, com o menisco encostando-se à marca de calibração para cada pipeta e transferido para o 
bécher, pesando-o novamente. 
 
Aferição de uma proveta de 25 Ml: 
 
1) Para a proveta, completou-se o volume de 25 mL e foi transferido o líquido para o béquer de 100 
mL, cujo qual já havia sido pesado anteriormente. Por fim, todo o conjunto foi pesado novamente e 
determinado à massa de água pesada. Lembrando sempre que foi feito em triplicatas. 
 
Aferição de um balão volumétrico de 10 mL: 
 
 
 
Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS Prof. Clovis Piovezan 
Química Licenciatura Química Geral Experimental 
 
 
 
 
Relatório Experimental 
1) Em uma balança semi analítica foi pesado o balão volumétrico e anotado os resultados. Em seguida 
foi completado o volume do balão com água até o menisco do mesmo. E ao final, foi anotado o 
resultado do peso do balão com água. 
2) A densidade da água a 3,98°C é 1 g/mL (foi ainda medida a temperatura da água e feito a correção 
segundo a tabela 1, da apostila). 
 
Resultados e Discussão 
 
Para discutir alguns dados obtidos, precisamos entender como estes dados foram obtidos. Então, amassa 
de água obtida foi calculada pela equação: 
 
M= Massa do recipiente cheio – massa do recipiente vazio 
 
 
Dada a temperatura da água de 25°C (o que nos permitiu encontrar o valor da densidade), foi calculado o 
volume de cada um dos experimentos, utilizando a fórmula da densidade: 
 
 
 
 
 
Para calcular a média das medidas, foi usada a fórmula de cálculo de média aritmética: 
 
 
E o calculo para erro absoluto, foi usada a fórmula: 
 
 
 
As tabelas 01; 02; 03; 04 e 05 mostram os valores encontrados em cada experimento: 
 
Tabela 01: Calibração de uma bureta de 25 mL 
 
Bureta Massa de água 
pesada (g) 
Temperatura da 
água (°C) 
Densidade da água 
(g/mL) 
Volume (mL) 
1 24.868 25 0,99472 25 
2 24.821 25 0,99284 25 
3 24.802 25 0,99208 25 
MÉDIA 24.830 0,99321 25 
Erro absoluto= 25-24.830= 0,17 
 
A calibração da bureta visa checar se o volume indicado é o mesmo do volume real, para que assim, ela 
tenha alta precisão nos resultados. Pois com o passar do tempo, devido a sujeira, gordura, e ate mesmo o 
uso inadequado, ela pode apresentar variações nos resultados de medição. 
 
Parte B: Calibração de pipetas, proveta e balão volumétrico. 
 
Tabela 02: Aferição de uma pipeta volumétrica 
 
Pipeta volumétrica Massa de água 
pesada (g) 
Temperatura da 
água (°C) 
Densidade da água 
(g/mL) 
Volume (mL) 
 
 
 
Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS Prof. Clovis Piovezan 
Química Licenciatura Química Geral Experimental 
 
 
 
 
Relatório Experimental 
1 9,974 25 0,9974 10 
2 9,955 25 0.9955 10 
3 9,957 25 0,9957 10 
MÉDIA 9,962 25 0,9962 10 
Erro absoluto= 10-9,962= 0,038 
 
Tabela 03: Aferição de uma pipeta graduada de 10 mL 
 
Pipeta Graduada Massa de água 
pesada (g) 
Temperatura da 
água (°C) 
Densidade da água 
(g/mL) 
Volume (mL) 
1 9,893 25 0,9893 10 
2 9,95 25 0,995 10 
3 9,951 25 0,9951 10 
MÉDIA 9,931 0,993 10 
Erro absoluto= 10-9,931= 0,069 
 
Tabela 04: Aferição de uma proveta de 25 mL 
 
Proveta Massa de água 
pesada (g) 
Temperatura da 
água (°C) 
Densidade da água 
(g/mL) 
Volume (mL) 
1 24,555 25 0,9822 25 
2 24,472 25 0,9788 25 
3 24,54 25 0,9816 25 
MÉDIA 24,522 0,9808 25 
Erro absoluto= 25-24,522= 0,47 
 
Tabela 05: Aferição de um balão volumétrico 10 mL 
 
Balão Volumétrico Massa de água 
pesada (g) 
Temperatura da 
água (°C) 
Densidade da água 
(g/mL) 
Volume (mL) 
1 9,953 25 10 
2 9,878 25 10 
3 9,931 25 10 
MÉDIA 9,920 10 
Erro absoluto= 10-9,920= 0,08 
 
Podemos observar que as vidrarias têm um comportamento semelhante. Verificamos que, ao compararmos 
os resultados obtidos dos erros absolutos com os valores de limites de tolerância das vidrarias utilizadas, 
observamos que o valor encontrado foi maior do que o valor de tolerância, o que significa que a vidraria 
contém um erro acima do aceitável, ou seja, tem uma baixa exatidão. Esses erros podem ser dar 
principalmente ao manuseio dos equipamentos utilizados para pesagem, e às operações de transferência da 
água, como também as bolhas que ficam alojadas nas vidrarias ou nas válvulas. 
 
Conclusões 
Com o desenvolvimento da prática, percebeu-se a extrema importância da análise correta das medidas 
representadas nos materiais volumétricos, além é claro da limpeza correta do instrumento, para a 
confiabilidade do resultado. Além disso, observou-se que a aferição correta e corriqueira da temperatura 
com termômetro é necessária, pois, os líquidos utilizados possuem alteração na densidade em função da 
temperatura. 
Entretanto, a repetição em triplicatas das análises nos traz uma precisão maior na hora dos cálculos, para 
assim obtermos êxito nos resultados finais, através de um padrão comparável. 
Destaca-se ainda, que o fator de correção é importante para corrigir os volumes, pois erros nos volumes 
resultam em erros no resultado final de uma análise. 
 
 
 
Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS Prof. Clovis Piovezan 
Química Licenciatura Química Geral Experimental 
 
 
 
 
Relatório Experimental 
Conclui-se assim, que as vidrarias são objetos indispensáveis para um laboratório, e que estas devem estar 
sempre limpas e no caso das vidrarias de precisão, tersuas graduações calibradas corretamente, pois é um 
item imprescindível da qualidade e obtenção de resultados reais. 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
COTTA, Jussara Ap. Oliveira; VIEIRA, Karla M.; LINHARES, Lucília Alves; MOREIRA, Reginaldo J. Apostila 
Aula Prática - Química. UFOP - Departamento de Ciências exatas e aplicadas - Campus João Monlevade, 
2014. 
 
BRAZ, Danilo Cavalcante; FONTELES, Carlos Alberto; BRANDIM, Ayrton de Sá. Calibração de vidrarias 
volumétricas com suas respectivas incertezas expandidas calculadas. II CONNEPI. João Pessoa – PB, 
2007. 
 
VOGEL, Análise Química Quantitativa. 6ª Edição, LTC-Editora, Rio de Janeiro – RJ, 2005.

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