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�PAGE � SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SERVIÇO SOCIAL THAYNA ELIZA ALVES DA SILVA O Benefício de Prestação Continuada e o Idoso Passa Quatro 2018� THAYNA ELIZA ALVES DA SILVA O Benefício de Prestação Continuada e o Idoso Projeto de Conclusão de Curso apresentado à UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de licenciado em Serviço Social Orientador: Tutor eletrônico: Tania Maria Pereira Correia Tutor de sala: Maria Luciene Borges da Silva Passa Quatro 2018 1 Introdução Para meu projeto de TCC escolhi o tema “O Benefício de Prestação Continuada e o Idoso”, pois muito se tem discutido sobre esse assunto e percebe-se que há ainda um longo caminho analisar e discutir o processo de construção das políticas de proteção ao idoso, os direitos humanos das pessoas idosas, identificar desafios e avanços da população idosa. 2 Delimitação e formulação do problema Os direitos sociais é um grande avanço para a população, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e o bem-estar garantindo-lhes o direito à vida, especificamente na área de proteção aos direitos dos idosos, com ações voltadas ao suprimento de suas necessidades sendo estes o elemento problemático desta pesquisa. O objeto de estudo será os Idosos que necessitam de um atendimento diferenciado e a delimitação o conhecimento dos direitos adquiridos pelos idosos por meio do BPC. 3 Objetivos Objetivo geral: Conhecer e analisar o Beneficio de Prestação Continuada — BPC como direito adquirido pela pessoa idosa no Brasil. Objetivo Específico: - Identificar os avanços do BPC como direito adquirido. - Relatar o trabalho do Assistente social com os Idosos do BPC - Promover uma reflexão sobre a proteção de vida dos Idosos do BPC 4 Justificativa A abordagem do tema tornou-se relevante na medida em que podemos verificar que, ao longo do tempo, o segmento idoso foi ganhando visibilidade e adquirindo direitos essenciais para sua proteção e manutenção da vida. Ao mesmo tempo tais aquisições mostraram frágeis. fragmentadas e focalistas, não garantindo a proteção social. Nestes termos, o presente trabalho tem corno principal indagação a questão do Beneficio de Prestação Continuada — BPC como direito no campo da assistência social e principalmente do idoso. 5 Metodologia A metodologia de pesquisa a ser utilizada nesta pesquisa será o da pesquisa bibliográfica, o estudo dentro do tema está pautada em uma pesquisa descritiva e aprofundada, onde serão analisados materiais escritos por diversos autores e pesquisadores sobre o assunto. Serão utilizados também, revistas e sites da internet para enriquecimento e ampliação da pesquisa. Através da análise dos diversos autores, como Ianamoto (2001), Mota (2000), Neto (2001), e outros estudiosos sobre o tema. 6 Revisão Bibliográfica: A Constituição Federal de 1988 e a Lei Orgânica da Assistência Social — LOAS—Lei 8.742/93, constituem marcos histórico de redefinição da assistência social no Estado brasileiro contemporâneo. Uma vez que a assistência social preconizada na Carta Magna e na LOAS passa a integrar o tripé da Seguridade Social, ao lado da previdência social e da saúde, onde prevê a universalidade de cobertura no campo da proteção social e como política estratégica não contributiva, devendo ser desenvolvida no sentido de prevenir e superar as diferentes formas de exclusão social, asseverando os padrões de cidadania às parcelas desprotegidas e excluídas da população. Porém, a trajetória da Assistência Social no Brasil, iniciada na década de 1930, teve seu acesso mediado no campo do favor, da benemerência e do assistencialismo praticado pelas "primeiras damas", sendo evidente o vínculo pessoal, e não público e de direito social. A partir de tal investigação verifica-se problemas como: contingente insuficiente e desqualificado para o atendimento do idoso em tal Gerência; Programas, Projetos e Serviços de caráter focalistas, com demandas muito acima do potencial dos mesmos, sendo que a efetivação destes, muitas vezes, aparece vinculada à expectativas de ordem econômica, refletindo em processos licitatórios morosos; a desarticulação entre a rede sócio-assistencial e a atuação de alguns profissionais que acabam perpetuando a pedagogia da "ajuda" entre os usuários. Na observação empírica constatou-se que o BPC possui caráter extremamente focalista e se restringe às pessoas de extrema vulnerabilidade social, sendo assim, negando o direito universal assegurado através da "Constituição Cidadã" e ferindo a concepção de direito em sua plenitude. Do conjunto de leis, direitos e políticas que, a partir da Constituição Federal de 1988, compõem a nova institucionalidade da proteção ao idoso no Brasil, a Assistência Social destaca-se com melhorias de condições de vida e de cidadania desse estrato populacional em irreversível crescimento. A Constituição Federal de 1988 não se limitou apenas a apresentar disposições nas quais pudessem ser incluídos os idosos. Mas, ao se observar o Artigo 229 que, estabelece aos filhos maiores o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência, enfermidade, bem como o artigo 230 que estipula que a família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas. Assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e o bem-estar garantindo-lhes o direito à vida, surpreende o enorme avanço na área de proteção aos direitos dos idosos, dado pelo constituinte de 1988 ao contemplar os idosos. Diante da Constituição de 1988, a sociedade passou a ter uma participação na garantia e na elaboração de leis que visam atender as demandas de toda população. Por isso, em relação à proteção aos idosos, foi elaborada a lei nº 8842/94 que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso – PNI, a qual reconhece o idoso como um sujeito de direitos e estabelece os princípios e diretrizes para garantir os direitos sociais e promover sua autonomia e integração dentro da sociedade. É a partir da constituinte de 1988 que observa-se alguns avanços relacionados aos “instrumentos legais de proteção social” à pessoa idosa, como exemplo a Proteção à velhice, o Benefício de Prestação Continuada ao idoso que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, o amparo, a defesa da dignidade e do bem-estar. Porém, tais direitos foram viabilizados em um lento processo e apenas em 1994 foi instituída a lei 8.842 que dispõe da Política Nacional do Idoso e após dois anos foi efetivada sua regulamentação pelo decreto 1.948 de 03 de julho de 1996. Dentre os limites, pode-se perceber que a disparidade entre as avaliações sobre o BPC, além da falta de informações dos usuários sobre o beneficio, somada ao avanço neoliberal sobre os direitos sociais, implicam diretamente na atuação do Assistente Social, no âmbito profissional, desafiando este profissional a engajar-se na luta pela defesa dos direitos dos usuários ao acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). É preciso que o direito social seja utilizado como fundamento, quando da implantação e da implementação das políticas sociais, e que ocorra o reconhecimento da cidadania, por meio da adoção de programas voltados ao fortalecimento emancipatório de seus usuários, desenvolvendo a sua autonomia e assegurando a sua inclusão social. A consolidação dessas estratégias assim como a garantia da ampliação da cidadania vinculam-se à necessidade de mudanças radicais, na ordem econômica. A ruptura com os ditames do capitalismo exige uma maior mobilização das classes, contra a exploração inerente à ordem burguesa e a favor da garantia dos direitos sociais. 7 Cronograma . Etapas FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV Elaboração do Projeto X Revisão de literaturaX Apresentação do projeto X Conclusão e Redação X Correção e Entrega X 8. Orçamento As despesas que custearão o projeto são: Folhas sulfite, encadernação, cartuchos de impressoras e outros 9 Resultados Esperados Espera-se que ao final dessa pesquisa os objetivos sejam alcançados e o conhecimento sobre o assunto seja aprofundado e contribuído para o meu crescimento profissional. 10 Referências Bibliográficas BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS). Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Publicado no D.O.U de 8.12.1998 ______. Lei nº 3807, de 26 de ago_ de 1960 (Lei Orgânica da Previdência Social LOPS). Dispõe sobre a Lei Orgânica da Previdência Social. Publicado no D.O.U. de 5.9.1960 CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL CRESS 7ª Região. Assistente Social: Ética e Direitos – Coletânea de Leis e Resoluções. 4.ed. Revista e Ampliada. Rio de Janeiro, 2003 IAMAMOTO, Marilda Villela. A Questão Social no Capitalismo. Temporalis,Brasília, ano 2, n.3, p.931, jan/jul 2001. ______. Transformações societárias, alterações no mundo do trabalho e Serviço Social. Questão Social e Serviço Social, Brasília, nº 6, jan/jun 2000. ______. A “questão social” no capitalismo monopolista e o significado da assistência. In: Renovação e Conservadorismo no Serviço Social: Ensaios críticos. Cortez; São Paulo, 1992. MOTA, Ana Elizabete. Seguridade Social no governo Lula. Outro Brasil; 2004. ______. 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