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16/03/2018 Prof. Bruno Neves - Dir. Tributário - Contábeis Bl. 5 - FMN Parnaíba -2018.1 1 DIREITO TRIBUTÁRIO Unidade II Tributos Conceitos e Espécies Prof. Esp. Bruno Carvalho Neves Bacharelado em Ciências Contábeis 5º Período – 2018.1 gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional UNIDADE 2 – TRIBUTOS • CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DE TRIBUTOS • IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA • CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS E EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • A definição de tributo é dada pelo próprio CTN: “Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” • Detalhando: O tributo ..... • é Prestação pecuniária; • é Compulsório; • é Instituído por meio de lei; • não é Multa; • é Cobrada mediante lançamento; Definição de Tributo gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Prestação pecuniária: – Obrigação de prestar dinheiro ao Estado; – O dispositivo objetivou evitar o tributo in natura (em bens) ou o tributo in labore (em trabalho, em serviços); – Formas de Pagamento: previstas no art. 162 do CTN; – O caráter pecuniário é requisito inafastável para configuração do fenômeno tributário (regra); – A Dação em pagamento, art. 156, XI do CTN, inserida pela LC nº 104/01, abrandou a natureza do tributo como prestação exclusivamente pecuniária (exceção); Definição de Tributo gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Prestação Compulsória – O contribuinte é obrigado a pagar o tributo, em virtude da relação de império que o Estado estabelece sobre a sociedade no exercício de sua soberania; – Logo, o tributo é prestação não contratual, não voluntária ou não facultativa; – Não prevalece a autonomia de vontade; – Podemos dizer que a compulsoriedade deriva da legalidade prevista no art. 5º, caput, da CF e 150, I, da CF; Definição de Tributo gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Prestação diversa de sanção – O tributo não é multa, e a multa não é tributo; – A multa é a resposta do Direito ao comportamento devido que não tenha sido realizado; – É uma penalidade cobrada pelo descumprimento de uma obrigação tributária, possuindo nítido caráter punitivo ou de sanção; (art. 113, §1º a 3º do CTN); – O art. 157 do CTN dispõe sobre a distinção conceitual e estrutural entre tributo e multa; Definição de Tributo 16/03/2018 Prof. Bruno Neves - Dir. Tributário - Contábeis Bl. 5 - FMN Parnaíba -2018.1 2 gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Prestação instituída por lei – O tributo é prestação instituída por meio de lei, sendo, portanto, obrigação ex lege; – Princípio da Legalidade (art. 150, I, da CF) – o tributo depende de lei (ordinária ou complementar) para ser criado no plano concreto � regra; – Alguns tributos podem ter suas alíquotas alteradas por ato do Poder Executivo (II, IE, IPI, IOF, CIDE-Combustível e ICMS- Combustível); Definição de Tributo gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Prestação cobrada por lançamento (atividade vinculada) – É aquela exercida pela autoridade administrativa em observância estrita à lei. A autoridade tem o poder e o dever de exigir tributo; – Lançamento – art. 142 do CTN – é o procedimento de exigibilidade do tributo; – Diferencia-se da atividade discricionária, por meio da qual o agente decide pela conveniência e pela oportunidade da realização do ato; – O Profissional da Contabilidade possui uma intensa relação com atividades de lançamento tributário em suas diversas modalidades. Definição de Tributo gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • A natureza jurídica é a posição que a espécie tributária ocupa no ordenamento: se imposto, taxa, contribuição, etc.; • É o fato gerador da obrigação que determina a natureza específica do tributo que sobre ele incide (art. 4º do CTN); • No ordenamento jurídico brasileiro existem 2(duas) teorias para as espécies tributárias; – Tripartida � CTN – só o Fato gerador; – Quinquipartida ou Pentapartida � mais aceita – art. 217 do CTN – Base de cálculo e Fato Gerador; Natureza Jurídica do Tributo gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • O estudo das espécies tributárias nunca deriva de sua denominação em si, mas sim, e tão somente, do seu fato gerador; • O estudo com base no Fato Gerador é importante, pois consiste em impedir a instituição de vários tributos sobre uma mesma situação; • A exemplo das taxas, cuja instituição é “aberta”, impedindo o legislador instituir diversas exações incidentes sobre o mesmo fato gerador, apenas criando nomes diferentes. – Exemplo: “taxa de limpeza urbana”, “taxa de varrição de ruas” e “taxa de limpeza de logradouros”; Denominação gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • A doutrinaconsente que é relevante a destinação legal do produto da arrecadação dos tributos para qualificar sua natureza jurídica também, pois alguns tipos tributários definidos na Constituição, mas não no CTN, como é o caso das contribuições sociais, tem como nota distintiva a vinculação dos recursos gerados; • A vinculação das receitas é uma tendência moderna diante de preceitos como a transparência fiscal. Destinação gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Caracterizam o tributo, quanto à sua finalidade, a: a) Fiscalidade: não há finalidade específica, apenas a de carrear disponibilidades financeiras para os cofres públicos. É a regra geral dos impostos. b) Extrafiscalidade: a finalidade não é meramente arrecadatória e contém traços regulatórios de certos comportamentos econômicos, sociais, etc. c) Parafiscalidade: Ocorre quando o sujeito competente para instituir determinado tributo, que só pode ser um ente federativo, delega a outra pessoa jurídica de direito público, que passa a denominar-se de entidade paraestatal, atribuindo-lhe, também, o produto da arrecadação. Ex: Contribuições de interesse das categorias profissionais; Características do Tributo quanto a sua finalidade 16/03/2018 Prof. Bruno Neves - Dir. Tributário - Contábeis Bl. 5 - FMN Parnaíba -2018.1 3 gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional �Tributo vinculado: o fato gerador relaciona-se com alguma contraprestação por parte do Estado. Ex: taxas e contribuições de melhoria; �Tributo não-vinculado: o fato gerador não se vincula a nenhuma contraprestação específica por parte do Estado. Ex: impostos; �Tributo de arrecadação vinculada: a arrecadação deve, necessariamente, ser utilizada no fim que justificou sua criação. Ex: empréstimos compulsórios e contribuições especiais; �Tributo real: graduado unicamente em função do aspecto econômico da operação. Real, nesse caso, deriva do latim res, que significa coisa. Incide sobre a coisa. Ex: IPTU e IPVA. �Tributo pessoal: graduado em função da condição pessoal do contribuinte. Ex: IR; Classificações importantes gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Algumas correntes doutrinárias estabelecem classificações sobre tributos: a) Clássica ou Bipartida (Vinculados e Não vinculados - Geraldo Ataliba e Pontes de Miranda) b) Tripartite ou Tripartida; c) Pentapartida ou Quinquipartida; d) Hexapartida; • O art. 145 da CF e o art. 5º do CTN somente indicam a existência de 03 (três) espécies tributárias: impostos, taxas e contribuições de melhoria � Teoria Tripartida; • No entanto, a doutrina é predominante e considera a existência de 05(cinco) tributos no atual sistema tributário constitucional brasileiro. � Teoria Pentapartida; � Espécies de Tributos gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Teoria Pentapartida ou Quinquipartida; – Nas décadas de 80 e 90 sobrevieram os empréstimos compulsórios e as contribuições; – Foi necessário interpretar tais espécies com o art. 3º do CTN, concluindo-se que se tratava de nítidas prestações pecuniárias, compulsórias, diversas de multa, instituídas por meio de lei e cobradas por meio de lançamento. Portando, tributos eram; – Predomina na doutrina e no STF (RE 177.137 e RE 146.733); – A denominação e a destinação são destacadas pela própria CF para definir os empréstimos compulsórios e as contribuições (tributos finalísticos) � não se aplica o art. 4º, I e II do CTN; Teoria Pentapartida gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Fundamento: art. 16 do CTN e art. 145, I da CF; • Imposto é um tributo que: – Não é vinculado a uma atividade estatal; – Refere-se à vida do contribuinte, à sua atividade ou a seu patrimônio; – Para seu pagamento basta a realização, pelo particular, do fato gerador; – É Unilateral; – Não tem causa; – É gravame não contraprestacional; – É exação não vinculada e gravame de arrecadação não afetada (art. 167, IV da CF); “Imposto: Eu ajo; Eu pago”. Impostos gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • A Constituição prevê de modo taxativo as listas de impostos federais, estaduais e municipais: FEDERAIS (Art. 153 da CF): Competência da União 1. Imposto de Importação (Inciso I) 6. ITR (Inciso VI) 2. Imposto de Exportação (Inciso II) 7. Imposto s/ grandes fortunas (inciso VII) 3. Imposto de Renda (Inciso III) 8. Impostos residuais (art. 154, I) 4. IPI (Inciso IV) 9. IEG (art. 154, II) 5. IOF (Inciso V) ESTADUAIS (Art. 155 da CF): Competência dos Estados e do DF 1. ITCMD (Inciso I) 2. ICMS (Inciso II) 3. IPVA (Inciso III) MUNICIPAIS (Art. 156 da CF): Competência dos Municípios e do DF 1. IPTU (Inciso I) 2. ITBI (Inciso II) 3. ISSQN(Inciso III) Impostos gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Fundamento: art. 77 do CTN e art. 145, II da CF; • Taxa é um tributo que: – É imediatamente vinculado à ação estatal; – Atrela-se à atividade pública, e não à ação do particular; – Não poderão ter base de cálculo própria de impostos; – Tem como hipótese de incidência uma atividade da Adm. Pública; – Refere-se a uma ação imediata e diretamente prestada ao contribuinte; – Somente deverá ser exigida por entidades impositoras (União, Estados, DF e Municípios), não se admitindo a exigência em face de atuação de empresa privada; – É exação bilateral, contraprestacional e sinalagmática; “Taxa: O Estado age; Eu pago”. Taxas 16/03/2018 Prof. Bruno Neves - Dir. Tributário - Contábeis Bl. 5 - FMN Parnaíba -2018.1 4 gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional• O Fato Gerador da taxa é: I. Exercício regular do poder de polícia ou; II. A utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (ver art. 79, I, II e III, do CTN); • Dois tipos de taxa no Brasil: 1. Taxa de Polícia ou de Fiscalização (art. 78 do CTN); • Exemplos: Taxa Alvará e Taxa CVM (Lei 7940/89); 2. Taxa de Serviço ou de Utilização (art. 79 do CTN): Taxas gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Fundamento: art. 145, III da CF, art. 81 e 82 do CTN e DL nº 195/1967; • A Contribuição de melhoria é um tributo: – Democrático e Participativo; – Vinculado a uma ação estatal específica; – Devido em decorrência de obra pública com efetiva valorização de bem imóvel; – Dependente de lei ordinária; – De competência comum da União, Estados, Municípios e DF, isto é, do ente que realiza a obra; – Que tem como contribuinte o proprietário do imóvel que foi beneficiado pela realização da obra pública; • Contribuição de Melhoria gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Fundamento: art. 148, I e II da CF; • O Empréstimo compulsório sempre esteve em nosso ordenamento constitucional (art. 4º da CF/46); • Eram adicionais passageiros, incidentes ora sobre a renda, ora sobre o consumo. � Empréstimo Compulsório da Eletrobrás (Lei nº 4.156/62); • Existiam duas teorias sobre a natureza tributária do Empréstimo Compulsório: – A Primeira sustentava que não era tributo, mas um simples empréstimo público; – A Segunda sustentava que era sim um tributo; Empréstimos Compulsórios gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • A segunda corrente contava com o apoio do STF, que editou a então súmula nº 418, já superada; • Atualmente, a jurisprudência e a doutrina, consideram o empréstimo compulsório como tributo, pois: 1. Adapta-se ao conceito de tributo (art. 3º do CTN); 2. A localização dos dispositivos legais na CF (Capítulo I, Título VI); 3. É regulado pelo CTN (art. 15 do CTN) • Assim, o empréstimo compulsório é tributo: – Autônomo; – Com necessária previsão legal da sua restituibilidade; – Federal (União); – Instituído por lei complementar; – De arrecadação vinculada (Art. 148 da CF); • Empréstimos Compulsórios gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • A CF submete as contribuições ao regime jurídico dos tributos, impondo-lhes limitações constitucionais e regramentos gerais estipulados em lei complementar, o que denota sua natureza tributária; • Pode caracterizar as Contribuições especiais pela sua destinação, pois são ingressos necessariamente direcionados a financiar a atuação do Poder Público nas situações especificadas na CF; • Podem ter base de cálculo e fato gerador idênticos aos de impostos. • Podem ser instituídas por lei ordinária, salvo as contribuições para o financiamento da seguridade social incidentes sobre novas fontes de custeio (Lei Complementar); • Contribuições Especiais Conceitos gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional � As contribuições são tributos destinados ao financiamento de gastos específicos, sobrevindo no contexto de intervenção do Estado no campo social e econômico, sempre no cumprimento dos ditames da política de governo; � Conforme o art. 149 da CF, destacam-se, no plano competencial: a) Contribuições federais, de competência exclusiva da União (art. 149, caput, CF); b) Contribuições estaduais e municipais, de competência dos Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 149, §1º, CF); c) Contribuições municipais, de competência dos Municípios e Distrito Federal (art. 149-A, CF). Contribuições Especiais Conceitos 16/03/2018 Prof. Bruno Neves - Dir. Tributário - Contábeis Bl. 5 - FMN Parnaíba -2018.1 5 gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional � A Contribuição Parafiscal é o tributo devido a entidade paraestatais, em razão de atividades especiais por elas desempenhadas. � Atribui-se a titularidade das contribuições parafiscais a tais entidades, diversas daqueles entes que detêm o poder de as instituir, com o fim de as arrecadar em benefício próprio; � Surge quando motivadas por: � Intervenções no domínio econômico; �No interesse das categorias profissionais; �No plano da seguridade social; Contribuições Parafiscais gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • O poder administrativo de arrecadação e fiscalização da contribuição parafiscal recebe o nome de capacidade tributária ativa (art. 7º do CTN). • O art. 149 da CF define 3(três) espécies de contribuições: 1. Contribuições sociais; 2. Contribuições de intervenção no domínio econômico; 3. Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas; Contribuições Parafiscais gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional � As contribuições de interesse das categorias profissionais (dos trabalhadores) ou econômicas (dos empregadores), também são chamadas de contribuições profissionais ou corporativas; � Competência exclusiva da União (tributos federais); � Obedecem aos princípios constitucionais tributários; � Exemplos: � Contribuição-anuidade; � Contribuição Sindical; Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto dePesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional 1. Contribuição-Anuidade • Visa prover recursos (anuidades) a órgãos controladores e fiscalizadores das profissões, isto é, os Conselhos Regionais de Fiscalização (CREA, CRM, CRC, entre outros), cujas atividades são legalmente reputadas como de interesse público. Tais órgãos se colocam como sujeitos ativos (art. 119 do CTN) (ver lei 12.514/2011 – arts. 3º e seguintes); 2. Contribuição Sindical • Sujeita-se às normas de direito tributário, tornando-se obrigatória a todos trabalhadores celetistas (art. 578 a 580 da CLT, c/c art. 8º, IV da CF), integrantes da categoria, sindicalizados ou não, que devem pagá-la (582 NOVA CLT) anualmente ao sindicato, no montante equivalente a um dia de trabalho; Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional � Também chamadas de contribuições interventivas, ou de CIDE´s; � Competência da União (Tributos federais); � Há atividades econômicas que devem sofrer intervenção do Estado Federal, a fim de que sobre elas se promova ora um controle fiscalizatório, regulando seu fluxo produtivo, ora uma atividade de fomento, tendente à melhoria do setor beneficiado, escolhido com pontualidade; � Tem um propósito de desenvolvimento; � A intervenção é feita, geralmente, por pessoas jurídicas de direito privado, que se responsabilizam, como ente parafiscais, pela regulação da atividade econômica a qual se atrelam; Contribuições de intervenção no domínio econômico gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Segundo o art. 149, §2º, I, II e III, CF, aplicam-se às CIDE´s as seguintes regras: 1. Não incidirão sobre recitas decorrentes de exportação (art. 149, §2º, I da CF); 2. Incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; (art. 149, §2º, II da CF); 3. Poderão ter aliquotas: (I) ad valorem – tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação, (II) específica – tendo por base unidade de medida adotada (art. 149, §2º, III); 4. Obedecerão a todos os princípios constitucionais tributários, ressalvado o caso de CIDE- Combustível (art. 177, §4º, I, ”b”, CF – EC nº 33/01); 5. A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. (art. 149, §3º) 6. Poderão incidir uma única vez, conforme a estipulação prevista em lei; (art. 149, §4º, CF Contribuições de intervenção no domínio econômico 16/03/2018 Prof. Bruno Neves - Dir. Tributário - Contábeis Bl. 5 - FMN Parnaíba -2018.1 6 gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Exemplos: (I) Cide-Royalties. (Lei 10168/2000); (II) Contribuição ao Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) (Lei 9998/00); (III) Contribuição ao Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL) (Lei 10052/2000); (IV) Cide-Combustível (Lei 10336/2001); (V) Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (CONDECINE) (Mp 2228- 1/2001 art. 32) (VI) Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) (Lei 10.893/2004); Contribuições de intervenção no domínio econômico gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Segundo o STF (RE 138.284-8/CE), entende-se como “contribuições sociais” as: I. Contribuições sociais gerais (aquelas não destinadas à seguridade); II. Contribuições de seguridade social, e; III. Outras contribuições sociais; “Contribuições (parafiscais) Sociais” – terminologia adotada pelo STF (I)Contribuições Sociais Gerais (salário-educação e Sistema “s”) (II)Contribuições de seguridade social (As “contribuições nominadas”, à luz do art. 195, I ao IV da CF) (III) Outras contribuições Sociais (As “contribuições Residuais”, à luz do art. 195, §4º da CF) Contribuições Sociais gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional � Panorama das Contribuições: “As Sociais Gerais” Salário educação (art. 212, §5º da CF, art. 15 Lei n. 9424/96, Lei n. 9766/98 e Dec. 6003/06) Sistema “S” (art. 240, CF) – “Contribuições de terceiros”: 1) SESI (DL n. 9403/46), 2) SENAI (DL n. 4048/42), 3) SESC (DL n. 9853/46), 4) SESCOOP(MP n. 2168-40/01), 5) SEST e SENAT(Lei n. 8706/93); “As de Seguridade Social” 1ª fonte de custeio: Importador (art. 195, IV, CF) 2ª fonte de custeio: Receita de loterias (art. 195, III, CF) 3ª fonte de custeio: Trabalhador (art. 195, II da CF) 4ª fonte de custeio: Empregador e Empresa (art. 195, I da CF) a) Contribuição social patronal sobre a folha de pagamentos; b) Contribuição PIS/PASEP (LC 7 e 8 de1970); c) Contribuição sobre o lucro líquido (CSLL) (lei n. 7689/88); d) Contribuição para o financiamento da Seguridade Social (COFINS) (LC 70/1991) “Outras contribuições sociais” As “contribuições Residuais”, à luz do art. 195, §4º da CF Contribuições Sociais gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Fim da Unidade 2 Prof. Bruno C. Neves Advogado e Contador Esp. Direito Tributário e Processual Tributário Esp. Direito Trabalho e Processual do Trabalho brunocneves@gmail.com Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6771448413200533 (86) 3321-3232 / 9.9991-6357
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