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SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO........................................................................................................08
2- HISTÓRICO DAS LEIS QUE REGEM A ASSISTÊNCIA SOCIAL.......................10
2.1- A FUNÇÃO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL...........................................................20
2.2 -LEI Nº 8.742/1993: dispõe sobre Lei Orgânica da Assistência Social........22
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................27 
INTRODUÇÃO
Na década de 30 do século passado, começaram a aparecer sinais evidentes de descontentamento e frustração da classe média e dos grupos de intelectuais, ocorreu uma intensificação do processo de industrialização e um grande desenvolvimento do capitalismo, fazendo com que as expressões da questão social ficassem mais visíveis, ocorrem vários movimentos políticos contra a administração pública, considerada por muitos como ineficiente e inábil. Protestava-se também contra a falta de soluções para as crises sociais, econômicas e políticas. 
As políticas sociais da época consistiam na intervenção do Estado por meio da implantação de assistência social e de prestações de serviços sociais como assistência médica e psicológica, adoção, medidas jurídicas, proteção do consumidor e reinserção social. O Serviço Social surgiu no bojo deste cenário, tendo como grande desafio garantir a implantação e execução dessas políticas sociais e ao mesmo tempo atender as demandas do Estado que significa, manter a ordem social. A questão social é entendida como conjunto de expressões das desigualdades sociais engendradas na sociedade capitalista madura, a partir das mobilizações operárias do século XIX. As lutas desse período trouxeram para a cena política e econômica as reivindicações da classe operária, a denúncia da miséria e do pauperismo produzidos pelo capitalismo e exigiram a interferência do Estado no reconhecimento de direitos sociais e políticos desta classe. 
O papel do Assistente Social é imprescindível neste processo de criação e melhoria das políticas sociais, pois mesmo trabalhando em constante pressão por parte do governo, ele defende a execução e ampliação dos direitos humanos.
O presente trabalho vem com objetivo de resgatar o aspecto histórico da construção das Políticas Sociais no Brasil, que como reflexo o contexto do capitalismo e aborda aspectos relevantes da constituição federal de 1988, além de expor características fundamentais da realidade social do Brasil.
Geralmente as políticas de proteção social são colocadas mediantes ações assistenciais para os que não têm recursos para prover de suas necessidades básicas.
Como as políticas de proteção social são referenciadas por princípios e valores da sociedade capitalista, esse mundo determina um padrão de acumulação dominante para enfrentar uma crise de dimensões globais, no decorrer do tempo a seguridade social teve que se adequar para as necessidades do capital, em consequências os direitos da população sofreram alterações.
Nessa conjuntura ocorreu favorecimento para a destruição da sociabilidade do trabalho e a construção da negação da intervenção social do Estado e a afirmação da regulação do mercado, por meio de iniciativas individuais e com o envolvimento da sociedade civil, assumindo em conjunto a responsabilidade pelas políticas sociais, bem como a institucionalização do terceiro setor.
Os serviços e benefícios da assistência social são destinadas à população que não tem condições de prover o próprio sustento de forma permanente ou provisória, independentemente de contribuição à seguridade social.
Os assistentes sociais são desafiados pelas situações e mudanças que permeiam a vida das pessoas, pela conjuntura econômica que demandam atenção especial para formulação de políticas publicas ou atenção e atendimento em diferentes instancias. Tanto a sociedade quanto os assistentes sociais acabam por vivenciar e ter compromisso com a realidade que é colocada perante a população.
Este trabalho propõe-se a fazer uma pequena análise da política de assistência social e a atuação interventiva do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS para garantir os direitos dos usuários através da proteção social especial que compreende atenções e orientações socioassistenciais direcionadas para a promoção de direitos, a preservação e o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais e para o fortalecimento da função protetiva das famílias. Também é abordado as condições operacionais, ou seja, a estrutura física e pessoal do sistema de proteção social e as articulações e vínculos do CREAS com a rede de serviços.
2- HISTÓRICO DAS LEIS QUE REGEM A ASSISTÊNCIA SOCIAL
A Constituição Federal determina: assistência social é um direito do cidadão e dever do Estado. A Constituição de 1988 marcou a superação do assistencialismo histórico na assistência social no Brasil, estabelecendo um padrão de proteção social como direitos sociais.
Após cinco anos da Constituição Federal, em dezembro de 1993, é promulgada a Lei nº 8742, a LOAS. Esta lei confere maior organicidade à política de assistência social dotando-a de princípios, diretrizes e localizando seu financiamento. E, em 2004 após onze anos de LOAS, é aprovada a PNAS- Política Nacional de Assistência Social e o SUAS - Sistema Único de Assistência Social-que reorganizam o atendimento a população usuária da política e reforçam a importância da efetiva participação da população na gestão da assistência social.
Nas últimas décadas do século passado a política de assistência social passou por diversas transformações, principalmente no mundo do trabalho. Essas transformações incidiram inegavelmente sobre as relações sociais de maneira geral e significativamente na relação entre Estado e sociedade. A partir da década de 80 sucederam vários debates acerca da democratização da gestão das políticas sociais públicas, principalmente com a promulgação da Constituição Federal de 1988. 
A partir daí, a assistência social passa a ser direito do cidadão e dever do Estado. Entretanto a efetivação dessas mudanças para além da legislação não se efetuou tão rápida, pois o histórico da assistência social no Brasil nos mostra a concepção que está arraigada nesta política, a do assistencialismo, do clientelismo e da benesse.
Mesmo diante de tantos obstáculos para garantir os direitos dos cidadãos, cada vez mais a política de assistência social se expande ampliando o seu raio ocupacional atuando principalmente onde a questão social se faz mais presente, no campo dos direitos, no âmbito familiar, no universo do trabalho, no setor saúde e da educação, na luta contra a violação dos direitos dos(as) idosos(as), das criança e dos(as) adolescentes, nas questões enfrentadas pelos grupos étnicos que sofrem com o preconceito, da expropriação da terra, das questões ambientais, da discriminação de gênero, raça, etnia, e muitas outras formas de violação dos direitos. 
A Assistência Social também traz consigo um grande contingente de profissionais nos quais é exigido um compromisso político e profissional com a classe trabalhadora e as organizações populares de defesa de direitos, por isso faz-se necessário que haja projetos e ações sistemáticas de pesquisa associados a uma prática interventiva crítica e ética incursa com a consolidação Estado democrático dos direitos, a universalização da seguridade social e das políticas públicas e o fortalecimento dos espaços de controle social democrático.
Torna-se imprescindível ressaltar que a intervenção orientada por esta perspectiva crítica exige do profissional uma leitura crítica da realidade para que possa identificar as condições materiais de vida, obter as respostas existentes no âmbito do Estado e da sociedade civil, reconhecer e fortalecer os espaços e formas de luta e organização dos(as) trabalhadores(as) em defesa de seus direitos;formular e construir coletivamente, em conjunto com os(as) trabalhadores(as) estratégias políticas e técnicas para modificação da realidade e formular formas de pressão sobre o Estado, com vistas a garantir os recursos financeiros, materiais, técnicos e humanos necessários à garantia e ampliação dos direitos.
Com a finalidade de estabelecer um amplo sistema de proteção social no âmbito da Seguridade Social, a assistência Social deve articular seus serviços e benefícios aos direitos assegurados pelas demais políticas sociais, por isso ela não pode ser compreendida com uma política exclusivamente de proteção social, até porque o sentido de proteção social extrapola a possibilidade de uma única política social e requer o estabelecimento de um conjunto de políticas públicas que garantam direitos e respondam a diversas e complexas necessidades básicas da vida social. [...] Esta compete, articuladamente, às políticas de emprego, saúde, Previdência, habitação, transporte e Assistência (PEREIRA, 2000).
Em contra partida não se pode exigir dos profissionais da Assistência Social que exerçam suas intervenções com o a intenção e o objetivo quase impossíveis de responder a todas as situações de exclusão, vulnerabilidade, desigualdade social principalmente nas condições de trabalhos muitas vezes “oferecidas”.
Os programas e projetos da assistência social no SUAS são organizados em dois níveis de proteção: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial, dessa forma, a assistência social visa oferecer um conjunto de programas, serviços e benefícios de prevenção, proteção e enfrentamento de situações de vulnerabilidade e risco e de promoção e defesa de direitos.
Através dos seus equipamentos públicos – os Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) – o SUAS promove maior efetividade de suas ações e ampliação de suas cobertura sob a ótica de dois níveis de complexidade do sistema: proteção social básica e proteção social especial. Tendo como base a matricialidadesociofamiliar, a territorialização e a descentralização político-administrativa.
Uma das funções da Assistência Social estabelecida na PNAS é garantir proteção social básica e especial. A Proteção Social Básica refere-se a ações preventivas que reforçam a convivência, socialização e inserção, possuem um caráter mais genérico e voltado prioritariamente para a família. Para isso é necessário estabelecer articulação dos serviços sócio-assistenciais com a proteção social garantida pela saúde, previdência e demais políticas públicas, com programas amplos e preventivos que assegurem o acesso dos usuário aos seus direitos sociais. 
A proteção social especial tem como objetivo prover atenções socioassistenciais a famílias e indivíduos que estão em situação de risco social e pessoal ocasionada por situações de risco ou violação de direitos e em situação de vulnerabilidade social por ocorrência de abandono, maus-tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual situação de rua, trabalho infantil e cumprimento de medidas socioeducativas.
A Proteção Social Especial refere-se a serviços mais especializados, de caráter mais complexo, está destinados a pessoas em situações de risco pessoal ou social. O atendimento é dirigido às situações de violação de direitos” (PNAS, p. 31). 
O CREAS se constitui como pólo de referência, coordenador e articulador da proteção social especial de média complexidade, onde a atuação profissional se concretiza quando o assistente juntamente com a equipe de profissionais se responsabiliza pela oferta de orientação e apoio e atendimento especializado, personalizado e continuado de assistência social a indivíduos e famílias com seus direitos violados, mas sem rompimento de vínculos. 
O CREAS articula estes serviços com a rede de serviços socioassistenciais da proteção social básica e especial, com as demais políticas públicas e outras instituições que compõem o Sistema de Garantia de Direitos e movimentos sociais, estabelecendo assim, mecanismos de articulação permanente, como reuniões, encontros ou outras instâncias para discussão, acompanhamento e avaliação das ações, inclusive as inter-setoriais. Desta forma o CREAS se mobiliza e se articula mantendo parceria com a Rede de Proteção Socioassistencial e desenvolve trabalhos com o Ministério Público, Conselho Tutelar, Secretarias (Saúde, Educação, Assistência Social, Previdência),Vara da Infância, Lar do Idoso, Lar da Criança. 
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social tem como foco de atenção a violação de direitos apresentada no cotidiano das famílias, cujos vínculos familiares, sociais, encontram-se fragmentados por expressões da questão social. Dentre as inúmeras expressões da questão social visualizadas pelo assistente social no atendimento no CREAS, destacamos que a violência (negligência, psicológica, física, sexual, patrimonial) é a questão social que desencadeia outras. Tais situações demandam ao Serviço Social projetos e ações sistemáticas de pesquisa e de intervenção de conteúdos os mais diversos, que vão além de medidas ou projetos de Assistência Social. 
No CREAS o Serviço Social está integrado a uma equipe multidisciplinar de orientação, proteção, acompanhamento psicossocial e jurídico individualizado, que desenvolve ações sociais eficientes e eficazes para o fortalecimento da auto-estima e restabelecimento do direito à convivência familiar e comunitária das pessoas violadas através de parcerias com instituições governamentais e não governamentais. 
Todas as ações de intervenção são realizadas interdisciplinarmente de forma que o ápice seja a garantia de direito do cidadão. Os profissionais observam naquele cidadão que busca o CREAS alguém que foi fragilizado em vínculos de vários aspectos e precisa naquele momento de sua vida de orientação interdisciplinar. Os profissionais no CREAS sempre buscam trabalhar as relações interpessoais de forma que não configure num reflexo no atendimento ao usuário, uma vez que o próprio profissional fica fragilizado mediante situações vivenciadas na instituição.
Esta equipe multidisciplinar composta por assistentes sociais, psicólogos e pedagogas tem como objetivo comum criar ações coletivas de enfrentamento, implantar um projeto ético e sócio-político, procurando manter uma relação com o seu usuário pautada por um principio democrático para que juntos possam lutar pela efetivação de uma política pública de direito. A realização de uma intervenção interdisciplinar torna-se mais eficiente, pois pode-se responder a demandas individuais e coletiva com a finalidade de defender a construção de uma sociedade que seja livre de quaisquer formas de violência e exploração de classe, gênero e etnia.
O atendimento fundamenta-se no respeito à heterogeneidade, potencialidades, valores, crenças e identidades das famílias. O serviço articula-se com as atividades e atenções prestadas às famílias nos demais serviços socioassistenciais, nas diversas políticas públicas e com os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos.
O CREAS desenvolve atividades cotidianas observando os seguintes procedimentos: 
- Acolhimento: Em uma sala específica a equipe técnica recebe o usuário, escuta sua história, orienta e encaminha-o a Rede socioassistencial de acordo com a especificidade do caso.
- Atendimento Individual: é realizado de acordo com a situação conhecida preliminarmente no acolhimento, onde um profissional específico estuda o caso e posteriormente socializa com os demais.
- Visitas Domiciliares e/institucionais: chega-se mais próximo da realidade do usuário averiguando suas condições socioeconômicas, relações familiares e comunitárias, equipamentos do entorno de sua comunidade, contribuindo para realização de diagnóstico e relatórios.
- Busca Ativa: é realizado em situações de risco quando a equipe ou parte dela buscam alguma demanda em locais ou situações de risco.
- Trabalhos com Grupos Operativos: realizações de oficinas, palestras, dinâmicas em instituiçõesou comunidades sobre várias temáticas, objetivando divulgar o serviço e prevenir violências.
- Registros de Atividades: temos registrado diariamente atividades, buscando ainda alimentar o prontuário do usuário, além de relatórios síntese para controle do atendimento e outros relatórios mais sistematizados para oferecer suporte a Promotoria de Justiça e a Vara da Infância.
A presença dos CREAS no Estado amplia significativamente a atuação do mesmo no combate e enfrentamento das situações de violações de direitos dos cidadãos, seus serviços têm um grande impacto na reorganização e reestruturação da família e da comunidade, pois promove o resgate da auto-estima através do desenvolvimento de potencialidades e capacidades que promovem sua inserção e participação social.
Entretanto, a atuação profissional na perspectiva de efetivar a política de Assistência Social e materializar o acesso da população aos direitos sociais que procura o CREAS está vinculada às condições e processos em que se realiza o trabalho, pois as competências e atribuições profissionais estão relacionadas às condições materiais, institucionais, físicas e financeiras que adequada, podem ajudar a compor os meios e instrumentos necessários a um efetivo exercício profissional. 
Os serviços de Proteção Social Especial se classificam em média e alta complexidade:
- Proteção social especial de média complexidade são aqueles que oferecem atendimentos ás famílias e indivíduos com seus direitos transgredidos, mas cujo a convivência familiar e comunitário está mantida, embora os vínculos possam está fragilizados ou ameaçados.
-Proteção especial de alta complexidade são serviços que garantem proteção integral, alimentação, higienização, moradia e trabalho protegido para famílias e indivíduos que se encontram sem referência ou em situação de ameaça, necessitando de um acolhimento provisório, fora do seu núcleo familiar de origem.
Para que se garanta um eficiente funcionamento do serviço de proteção social como garantia de direitos torna-se necessário que o gestor SUAS forneça condições operacionais como: estrutura física e pessoal adequadas, veículos para realização de visitas institucionais e domiciliares, linha telefônica, computador e impressora, arquivos, e outros equipamentos e materiais de escritório, capacitações dos profissionais, definições de fluxos, e que aconteça uma gestão participativa com envolvimento de gestores, profissionais e usuários. 
É imprescindível também que haja uma elaboração de diagnósticos sociais e territoriais da incidência e complexidade dos casos trazidos pela demanda como também o mapeamento articulações e vínculos com a rede de serviços. Temos uma boa Assistência Social, quando há um financiamento adequado para garantir um serviço de qualidade que possibilita um aprimoramento da qualidade de vida de pessoas vulneráveis integrando desenvolvimento a emancipação humana para responder aos desafios econômicos e sociais. 
A relação do Serviço Social com sua demanda institucional consiste numa relação baseada nos princípios do seu Código de Ética. Ocorre para a grande maioria dos assistentes sociais, e o CREAS de Aimorés- MG não se exclui, muita demanda de trabalho para poucos profissionais. Portanto, cada Serviço contemplado pelo SUAS deveria ter uma equipe mínima para o mesmo. Muitas são as possibilidades de conquistas colocadas pela Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004, embora sua efetivação ainda caminhe em passos lentos. Observamos neste contexto o limite de efetivação com a NOB/RH que não é considerada seriamente pelos gestores públicos. Repetimos: muitos são os serviços da Proteção Social Básica e da Proteção Social Especial, mas poucos são os profissionais. Portanto, o trabalho fica bastante limitado para a importância do mesmo.
Nathalia Eliza de Freitas Assistente social, mestranda em política social em seu artigo para a Revista Diálogos afirma que a Assistência Social cada vez mais firma-se como um direito social, pois o SUAS torna-se uma estratégia do Estado em configurá-la como tal. 
Quando se fala em política social muitas vezes subentende-se a participação de um Estado protetor que tem a função de garantir direitos que contemplem necessidades humanas ou que subsidie a convivência social. Acontece que não se trata de uma relação tão simples e tão lógica assim. Quando se analisa o papel de uma política social em uma sociedade, principalmente no que se refere à sua amplitude de proteção, é fundamental considerar as forças sociais, políticas, econômicas e ideológicas que a circundam. (FREITA, 2010, P.17)
A política do Estado Novo se apresenta, claramente, como resposta às necessidades do processo de industrialização e de enquadramento da população urbana. O surgimento e o desenvolvimento de instituições assistenciais e previdenciárias fazem parte do projeto reformador implementado pelo Estado, e têm a característica principal de propiciar benefícios assistenciais aos trabalhadores.
O Estado passa a intervir diretamente nas relações entre o empresariado e a classe trabalhadora, estabelecendo não só uma regulamentação jurídica do mercado de trabalho, através de legislação social e trabalhista específicas, mas gerindo a organização. E prestação dos serviços sociais, como um novo tipo de enfrentamento da questão social. Assim, as condições de vida e de trabalho dos trabalhadores já não podem ser desconsideradas inteiramente na formulação de políticas sociais como garantia de bases de sustentação do poder de classe sobre o conjunto da sociedade.
Trata-se de enfrentar o processo de pauperização do contingente da classe trabalhadora urbana, um fenômeno moderno que não é inteiramente redutível à falta de rendimento suficiente para sobreviver. É a modernização da pobreza e tem efeitos devastadores em todas as dimensões da vida social.
Buscando garantir o “controle social” e mesmo a sua legitimação, o Estado Novo apoia-se na classe operária através de uma política de massa, capaz de proteger e, simultaneamente, reprimir os movimentos reivindicatórios. Suas ações vão desde as legislações social e sindical até a criação de um aparato institucional assistencial, de forma a se estender da regulamentação do trabalho a uma política social e assistencial, aliada, muitas vezes, à própria classe produtora e à burguesia industrial (LBA e SENAI em 1942, SESI em 1946, SENAC, entre outras exemplificam bem a aliança).
A Constituição de 1988 espelhará os ideais universalistas acoplados a uma ideia ampliada de cidadania, em busca da expansão da cobertura de políticas sociais no que diz respeito a bens, serviços, garantias de renda e equalização de oportunidades. Ela tentará superar um sistema marcado pelo autofinanciamento, excludente e não distributivo, procurando instituir as bases para a organização de um sistema universal e garantidor de direitos. O sistema que então emerge em que sem os inegáveis avanços compõe-se ainda de políticas diferenciadas, organizadas a partir de distintos princípios de acesso, financiamento e organização institucional, reflexo tanto de suas trajetórias não homogenias como das escolhas realizadas no campo político.
A consolidação de um eixo de políticas públicas no campo da assistência social, ocorrida somente após a Constituição de 1988, é, assim, herdeira de uma ampla tradição de subsidiariedade, ajuda e filantropia, em função da qual deverá se instituir.
O movimento que a categoria profissional do Serviço Social vem desenvolvendo com maior ênfase a partir da década de 1980, no âmbito da formação profissional busca articular a Formação Profissional e a demanda posta a profissão pelo mercado de trabalho, não de forma linear às exigências do mercado. A direção desta articulação, objetiva apreender as demandas postas à profissão no contexto nacional, tanto demandas de ordens estatais, empresariais, como demandas postas pelos movimentos sociais com novas configurações ou como consequências das respostas formalmente desenvolvidas através das políticas sociais às manifestaçõesda “questão social”.
A política de Assistência Social no Brasil, enquanto política social é intrínseca às dimensões social e econômica. Trata-se da lógica da rentabilidade econômica, que atende aos critérios da exploração e da competição, e a lógica do atendimento das necessidades sociais, que é guiada pelos critérios da cooperação e da justiça distributiva. Nessa perspectiva, a política social pode assumir o papel de denunciadora das falácias do mercado e pode ser capaz de empregar limites à regulação do capital.
A reformulação do currículo de 1982, que culminou no currículo de 1996, representou um momento decisivo para pensar a formação profissional comprometida com um novo projeto ético-político, manifestando a ruptura com o conservadorismo. O movimento de reformulação busca construir uma proposta de formação profissional que forme profissionais aptos a responderem às demandas contemporâneas, que se constituem como consequência das mudanças desenvolvidas no modo de produção capitalista, que alteraram radicalmente a esfera da produção e do Estado tendo como consequência o agravamento das manifestações da “questão social”.
Segundo Iamamoto ( 2003, p.172) uma “Reforma Curricular atenta às transformações nos padrões de acumulação capitalista – produção e gestão da força de trabalho – nas estratégias de dominação e no universo da cultura”. As mudanças desenvolvidas nos padrões de produção e acumulação capitalista representam uma resposta à crise que o processo de acumulação capitalista passa a sofrer a partir da década de 1970, quando tinha sua base estrutural no modelo fordista/ keynesiano – padrão da produção rígida.
As Diretrizes Curriculares representam a sistematização dos debates desenvolvidos nas décadas de 1960 e 1970, pela categoria profissional, polarizados pela disputa de projetos políticos profissionais, da qual conquistou a hegemonia a Vertente de Intenção de Ruptura que orientou a fundamentação teórico-metodológica desta proposta.
A reforma do currículo de 1982 se adentrou nas discussões na década de 90, tendo um marco m 1993 com a revisão do Código de ética Profissional, defendendo os princípios de liberdade, equidade e pluralismo atrelados à democracia, considerados pelo Conselho Federal de Serviço Social, como princípios imprescindíveis à construção de uma nova ordem societária (CFESS,1993).
Oito décadas em que o país mudou sua fisionomia econômica, social, política e cultural, de forma profunda e irreversível. De país rural se tornou país urbano, de país agrícola, país industrializado, de um Estado restrito às elites a um Estado nacional. De país voltado para fora, para um país voltado sobre si mesmo. De Getúlio a Lula transcorreram décadas fundamentais, com elementos progressivos e regressivos, contraditórios, que chegam até o começo do século XXI vivendo uma circunstância nova, que pode se fechar, como marcante parênteses ou como uma ponte para a ruptura definitiva do modelo herdado e a continuidade em um novo patamar da construção de um país justo, democrático, soberano. 
O serviço social é definido como uma profissão que promove a mudança social, solução de problemas em relacionamentos humanos através da liberação das pessoas com o aumento do bem-estar. Utiliza-se de teorias de comportamento humano e sistemas sociais. O serviço social intervém no ponto onde as pessoas interagem com seus ambientes. Os princípios dos direitos humanos e justiça social são fundamentais à prática do serviço social. Os valores do serviço social continuam a crescer além dos ideais humanitários e democráticos. Os valores são baseados no respeito para com os direitos básicos do ser humano, no sentido de responsabilidade social, compromisso com a liberdade dos indivíduos e apoio para autodeterminação.
Os assistentes sociais focalizam nas necessidades das pessoas, comunidade e a sociedade através de várias ferramentas e habilidades treinadas trazendo mudanças positivas nos indivíduos, famílias, grupos e comunidades através da utilização de teorias de comportamento humano, comunicação eficiente, coordenação e capacidades de gerência. Dentre as diversificadas habilidades, o assistente social pode atuar em políticas de saúde, assistência e previdência social, política educacional, propondo, gerindo e realizando programas sócio-educacionais e políticas de educação, entre outros. É imprescindível ainda o conhecimento da legislação social em vigor, de acordo com o campo de atuação do profissional (Saúde, Assistência Social, Previdência, Habitação, Educação, etc.). Contudo, o estudo dos direitos sociais afirmados pela Constituição Federal de 1988 é um requisito básico, bem como as leis orgânicas que regulamentam a Carta Constitucional. 
2.1- A FUNÇÃO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
 A Assistência Social é uma ciência que desde que foi implantada tem como objetivo rever os problemas que imperam no meio das diferenças sociais das comunidades que integram a coletividade de pessoas.
 Atualmente, com o sistema apressado de alterações que o mundo passou a sofrer, muitos valores também sofreram mutações no meio social com interferências nas responsabilidades e conceitos de vida. 
 Algumas dessas efervescências contribuíram para o aumento da desigualdade social, com divisões de classes e camadas de pessoas que estariam desamparadas de tudo, se a Assistência Social não buscasse sanar algumas das questões mais urgentes.
 No passado, a interferência da Assistência Social vivia do Serviço Social estava agregada ao comando do que a Sociedade ditava. No entanto, nas classes menos favorecidas, as necessidades não tinham sequer menção por parte dos órgãos e autarquias.
 Quando algum grupo social resolvia promover alguma campanha aí então mencionava para grupo social, sexo, idade e necessidade. Entretanto, essa atitude tinha a ideia de promover algum interesse político ou partidário, porque de social mesmo não havia nada, o que era feito não passava de fachada e renda para futilidades.
 A Assistência Social das décadas passadas era mais repressora, não havia diálogo com os grupos que necessitavam de ajuda, apenas críticas e repreensões. Nisso ocorreu uma mudança significativa, pois hoje profissionais são treinados. 
 As faculdades formam anualmente Assistentes Sociais, pessoas que aprendem como lidar com os grupos que sobrevivem em condições sub-humanas de maneira lógica e profissional. 
 A Assistência Social surgiu como política de proteção social e configura-se como mecanismo de garantia de um padrão básico de inclusão social, uma vez que o idoso tende a isolar-se, recusando-se a participar ou pertencer a qualquer grupo de cunho social que busca melhor a qualidade de vida para todos os idosos. 
 Como política de proteção social, a Assistência social se caracteriza como ferramenta que assegura a base de inclusão do idoso e demais comunidades excluídas, inserindo-as numa sociedade participativa, onde todos são vistos de forma igualitária, sem exclusão. 
 A Assistência Social também é comparada a uma ponte de apoio que liga os excluídos, no caso abordado, os idosos a muitos espaços antes frequentados apenas pelos mais jovens. 
 Muitas pessoas da 3ª. Idade ainda se sentem constrangidas, porém, grande parte já se libertou do estigma de que estão velhas e que não podem frequentar todos os lugares, e já são vistas por toda a parte.
 “A formação profissional em Serviço Social pode ser entendida como um conjunto de experiências que incluem a transmissão de conhecimentos, a possibilidade de oferecer ao aluno um campo de ação-vivência de situação concreta, relacionada á revisão e ao questionamento de seus conhecimentos, habilidades, valores, etc.” BURIOLLA (2003, p.16).
 Dados do Censo Demográfico 2012, realizado pelo IBGE, revelaram um aumento da população com 65 anos ou mais, que era de 4,8% em 1991, passando a 5,9% em 2000 e chegando a 7,4% em 2010. 
 Ainda segundo dado do Censo realizado pelo IBGE, nas duas últimasdécadas, foi grande o número de idosos constatados em diversas regiões do País, principalmente entre as pessoas com ou mais de 65 anos.
 MASCARO (2004, p. 70) ressalta que “os modelos de uma velhice valorizada são representados por idosos que enfrentam desafios, fazem projetos para o futuro, mantêm uma agenda repleta de atividades, mostram-se criativos, e relutam em aposentar-se”.
 As regiões onde mais se concentram populações idosas são na região Sul e Sudeste. Na região Norte e na região central do País, embora com alguns percalços, mesmo assim é grande a população idosa, porém o número de jovens supera.
 De acordo VILAS LOBOS (2009), O idoso ganhou um dia em sua homenagem mediante a Lei 11.443, de 28 dezembro de 2006 quando instituiu o dia 1º de outubro. 
 A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu que o Dia Internacional do Idoso fosse respeitado, mundialmente, desde 1982. (IBGE/2006) 
Optar por se tornar um Assistente Social vai muito além de uma mera profissão, na verdade é um sacerdócio, muitas vezes interpretado como “o salvador das pessoas”.
Na realidade o Assistente Social tem como meta proteger os direitos da comunidade, uma vez que são muitos os desafios a serem resolvidos diariamente. O mercado para esse profissional é amplo, mas as desigualdades superam o número de assistentes sociais existentes.
 Quem pensa que o Assistente Social atua apenas com crianças e adolescentes não imagina que também defende o meio ambiente, protege os direitos dos idosos e ainda tem autonomia para trabalhar no setor de Recursos Humanos de órgãos públicos, na defesa dos interesses dos servidores e funcionários nos locais de trabalho onde estão lotados.
2.2 -LEI Nº 8.742/1993: dispõe sobre Lei Orgânica da Assistência Social
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A Lei Orgânica da Assistência Social, popularmente distinguida como LOAS, que tem como a finalidade a assistência social, fornecendo os mínimos sociais, concretizada por meio de um conjunto agregado de obras de iniciativa pública e da sociedade, para segurança do atendimento às precisões fundamentais, determina, no seu artigo 20 a idade de sessenta e cinco anos ou mais para pessoa idosa:
 Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 70 (setenta) anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família.
 § 1o Para os efeitos do disposto no caput, entende-se como família o conjunto de pessoas elencadas no art. 16 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, desde que vivam sob o mesmo teto. (Redação dada pela Lei nº 9.720, de 30.11.1998).
 § 2º Para efeito de concessão deste benefício, a pessoa portadora de deficiência é aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho.
 § 3º Considera-se incapaz de prover à manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo.
Verifica-se, portanto que, no Brasil, não há uma unificação quanto à significação de pessoa idosa. Além da fase cronológica, precisam ser levados em conceito diferentes fatores, como o meio, a condição física e psicológica, a medida de dependência, a convivência familiar, entre diversos.
Por um lado, essa metodologia é suficiente, mas, por outro, deixa a almejar. Pois o idoso, em geral, fica sem conhecimento ao correto ao que tem, ou não, direito, pois, muita temporada trata-se de pessoas fragilizadas. 
CONCLUSAO
Para a efetivação da política de assistência social na perspectiva dos direitos sociais no Brasil há grandes limites. O legado assistencialista das políticas sociais, em especial, da política de assistência social, os limites institucionais, a própria experiência do exercício de democracia no país são obstáculos a serem superados. Na história política e cultural brasileira a inexistência de um regime democrático, dificultou a efetivação de políticas sociais na lógica do direito.
Verifica-se que houve um grande salto na história da Política de Assistência Social e que apesar da grandeza das mudanças, ainda é preciso buscar mais para benefício universal. Há que de se reconhecer o mérito dos avanços no âmbito da assistência social pelas estratégias assumidas com o intuito de organizar uma rede de proteção social integrada e resolutiva, conformando um sistema único de assistência social, a partir de um modelo de gestão compartilhada entre as três esferas de governo, visando o fortalecimento da descentralização das ações.
A experiência de elaboração e o início do processo de implementação do SUAS fez com que a política da assistência social brasileira se destacasse no cenário nacional pelo legado inquestionável ao reconhecimento dos direitos sociais dos grupos sociais mais vulneráveis do nosso país.
Podemos atribuir a regulamentação do SUAS como resultante de um posicionamento ético e da luta dos diversos setores da sociedade brasileira e da radicalização do processo de descentralização, com a conseqüente entrada em cena de inúmeros atores envolvidos na formulação e execução das ações. Entretanto, sabemos que o reconhecimento da Assistência Social como direito não provocou de imediato uma inversão das práticas até então desenvolvidas. Ainda persistem desafios a serem enfrentados para que se efetive a política organizada por meio de um sistema, que exige necessariamente a participação de instancias e atores diversos, nem sempre sintonizados, em tempo e interesse, com as disposições do processo.
O alcance de um sistema único de assistência social reconhecido socialmente, sugere a concretização dos mecanismos de gestão que vêm sendo implementados nos municípios (em que pesem às dificuldades) e a consolidação dos relevantes avanços já conquistados. Isso quer dizer que a descentralização precisa avançar sem perder a visão nacional e integradora, acompanhadas de estratégias solidárias de coordenação e cooperação.
O grande desafio agora é o da implementação dessas estruturas e processos previstos em lei num país com dimensões continentais, desigualdades regionais profundas e um sistema federativo sem tradição de relações intergovernamentais solidárias. O que está colocado pela Política Nacional da Assistência Social do Brasil é a disposição de ampliar o acesso da população às ações e serviços. Para isso, além do sistema integrado, será preciso considerar as condições políticas, institucionais, jurídicas e financeiras que foram conquistadas. participação de um Estado protetor que tem a função de garantir direitos que contemplem necessidades humanas ou que subsidie a convivência social. Acontece que não se trata de uma relação tão simples e tão lógica assim.
 Quando se analisa o papel de uma política social em uma sociedade, principalmente no que se refere à sua amplitude de proteção, é fundamental considerar as forças sociais, políticas, econômicas e ideológicas que a circundam. (FREITA, 2010, P.17)
A Seguridade Social deve pautar-se pelos princípios da universalização, da qualificação legal e legítima das políticas sociais como direito, do comprometimento e dever do Estado, do orçamento redistributivo e da estruturação radicalmente democrática, descentralizada e participativa.
 Os assistentes sociais possuem e desenvolvem atribuições localizadas no âmbito da elaboração, execução e avaliação de políticas públicas, como também na assessoria a movimentos sociais e populares atuando no desenvolvimento de ações sócio-assistenciais, assim como nas políticas de saúde, educação, habitação, trabalho, entre outras. Porém no campo da assistência social essas atribuições dependem enormemente da conjuntura na qual está inserido o sistema de proteção social e a garantia dos direitos sociais.
Com tudo o que foi exposto neste texto desde a construção históricada assistência social como política pública com sua marcante característica na resistência frente às contradições sociais decorrentes de uma política voltada para o capital em sua fase de produção destrutiva, provocando graves consequências na força de trabalho, até as dificuldades dos profissionais do CREAS em superar a ausência de uma adequada condição de trabalho, é notadamente claro que estas más condições na força de trabalho do assistente social no campo da assistência social podem ocasionar uma atuação profissional precária, e, na alta rotatividade, na falta de possibilidades institucionais para atender às demandas tudo isso pode torna-se um obstáculo difícil de ultrapassar para a atuação profissional eficiente, para a universalização das políticas sociais, para as relações entre trabalhadores e usuários e para a qualidade e continuidade dos programas, projetos e serviços.
A política de assistência social na realidade brasileira nos últimos anos marcou pela inserção subordinada do país no mundo globalizado e por políticas neoliberais, pelo aprofundamento da miséria e da pauperização.
As mudanças a partir do ano de 2.000, teve um novo ciclo da assistência social, como:
- O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS 2004);
- O Sistema Único de Assistência Social (SUAS 2003);
- A Política Nacional de Assistência Social (PNAS 2004).
A Assistência Social pode ser uma política social que contribui para a inclusão social e para a ampliação da capacidade das classes e construir novas possibilidades para a conquista de políticas sociais.
4- REFERÊNCIAS
FREITAS, Nathália Eliza de. O SUAS e o princípio da universalidade In: Revista DiálogosAno 7 • Nº 7 • Julho 2010. p.17. Gráfica Barbara Bela
PEREIRA, Potyara. “Por uma Nova Concepção de Seguridade Social”. In Revista SER Social n 07. Programa de Pós-Graduação em Política Social. Departamento de Serviço Social. Universidade de Brasília, julho a dezembro 2000.
POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – PNAS. Disponível em
www.sedest.df.gov.br/sites/300/382/00000877.pdfAcesso em 10.dez.2011
Proteção Social Especial — assistência social. Disponível em
www.assistenciasocial.al.gov.br/programas.../protecao-social-especialacesso em 08.Dez.2011
Proteção Social Especial — Ministério do Desenvolvimento Social. Disponível em
www.mds.gov.br › Assistência SocialAcesso em 05 de dezembro de 2011
Revista CREAS: Centro de Referência Especializado de Assistência Social – Ano 2, n.1, 2008 –Brasília: MDS, 2008
BRASIL. Presidência da República. Lei Orgânica da Assistência Social nº 8.742 de 07 dezembro de 1993. Brasília, DF: Senado, 1993.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 2001.
PEREIRA, Maria Lucimar Políticas Sociais II / Maria Lucimar Pereira, Rodrigo Zambom. _ São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
DRAIBE, Sônia; CASTRO, M. H.; AZEREDO, As políticas sociais brasileiras: diagnósticos e perspectivas. Para a década de 90: prioridades e perspectivas de políticas públicas. Brasília, Ipea/ Iplan,1989.
COUTO B. R. O direito social e a Assistência Social na sociedade brasileira uma equação possível? São Paulo: Cortez. 2008.

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