Aula 7

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MACROECONOMIA
Professor Leonardo Cassa
Modelos Macroeconômicos
Escola Clássica
MACROECONOMIA
Professor Msc. Leonardo Cassa
Pressupostos do Modelo Clássico:
A riqueza das nações está nos fatores reais da economia: fatores de produção e avanços nas técnicas produtivas (“dicotomia clássica”).
Predomínio da Lei de Say: a oferta cria sua própria demanda. Assim, para os clássicos havia um predomínio da oferta sobre a demanda; e a produção gera demanda suficiente para esse mercado.
Concorrência perfeita. Mecanismo de livre mercado. 
Equilíbrio em todos os mercados (bens de capital, bens de consumo, moeda, títulos e mercado de trabalho).
Situação permanente de pleno emprego.
A moeda tem neutralidade em relação à economia real.
Ausência da intervenção estatal. A economia era auto-regulada. O Estado deveria, quando muito, garantir a condição de competitividade.
A preocupação básica é o crescimento econômico no longo prazo e a distribuição do excedente.
MACROECONOMIA
Professor Msc. Leonardo Cassa
Produtividade Marginal do Trabalho (Vasconcellos, 2010). 
Capital
Mão-de-obra
Produção Total
Produtividade Marginal
K
N
PT
PMgN (∆PT/∆N)
10
0
0
-
10
1
3
3
10
2
8
5
10
3
12
4
10
4
15
3
10
5
17
2
10
6
17
0
10
7
16
-1
10
8
13
-3
Os fatores de Produção Terra e Capital, são considerados fixos.
MACROECONOMIA
Crescimento Econômico e Emprego – Produtividade Marginal
MACROECONOMIA
Exemplo – Produtividade Marginal do Trabalho (Mochón, 2007)
Número de trabalhadorescontratados
Produção Total em quilos de sorvete (PT)
Produto Marginal em quilos (PMgN)
Preço do Kg
ProdutoMarginal
(RTmgem $)
Salário(W) em $
Variação dos Lucros($)
10
100
 
10
 
 
 
11
120
20
10
200
50
150
12
130
10
10
100
50
50
13
135
5
10
50
50
0
14
138
3
10
30
50
-20
15
139
1
10
10
50
-40
Para a empresa maximizar os lucros ela deve empregar cada fator de produção até o ponto em que o valor do produto marginal seja, no mínimo, igual ao custo de empregá-lo. Se PMgN>Salário, empresas contratam.
PMgN x P = W; então, W/P = PMgN. Sendo que W/P é o Salário Real.
MACROECONOMIA
Oferta de Trabalho: dilema trabalho x lazer
Oferta Agregada de trabalho
Salário Real (W/P)
Horas de trabalho
0
Demanda Agregada de trabalho
W/Pe
Qe
Num mercado perfeitamente competitivo com salários flexíveis, o livre jogo de oferta e demanda determinaria o nível de empregos e o valor dos salários. Na visão clássica inicial o desemprego era friccional (voluntário) devido à “desutilidade” marginal do trabalho.
Pleno Emprego significa que todos os trabalhadores que aceitam o salário real de equilíbrio (W/PE) de mercado estão (plenamente) empregados. A flexibilidade dos preços, garante o Pleno Emprego.
MACROECONOMIA
Salário Real (W/P)
Nível de Produto
(Y)
Y = F (N, K)
Y *
Nível de Emprego (N)
N*
Oferta
Demanda
W/P*
Função de Produção
Mercado de Trabalho
O Equilíbrio no mercado de trabalho (pleno emprego) é o que determina o nível de produção – a renda de pleno emprego.
MACROECONOMIA
Oferta e Demanda Agregada (longo prazo)
Se os preços são flexíveis e há o Pleno Emprego, então a Oferta Agregada é uma curva vertical.
O que se pode observar, pelo modelo clássico, é que não há insuficiência de demanda, pois com o aumento da oferta da Economia, esta demanda será atendida plenamente.
Na verdade, uma elevação da oferta através do aumento da produtividade, da elevação do estoque de fatores de produção, da educação e da melhoria das técnicas e métodos de produção, por exemplo, possibilita melhores condições ao país. Isso elevaria o nível de emprego e não haveria aumento dos preços.
Oferta Agregada
Produção (Y)
Preços
Demanda Agregada
E
Ye
Pe
MACROECONOMIA
Políticas Macroeconômicas no Modelo Clássico:
A Moeda na Visão dos Clássicos e o efeito de uma expansão monetária:
O volume de moeda afeta apenas a demanda agregada. Portanto, um aumento na quantidade de moeda não terá efeito sobre as variáveis reais, não ocasionando crescimento.
Então, se há um aumento no volume de moeda em circulação a consequência é: Inflação! Pois a produção não conseguirá adequar a oferta no curto prazo.
Efeitos de uma expansão fiscal:
 Seria um aumento do gasto público ou uma redução dos impostos.
O gasto público aumenta a demanda agregada, fazendo os preços subirem, o que elevaria as taxas de juros e reduziria a oferta monetária real. A renda real continuaria a mesmo.
O aumento da taxa de juros provocará queda do investimento e do consumo.
Crowding out: O governo ocupará o espaço antes ocupado pelo setor privado e o consumo.
MACROECONOMIA
Políticas Macroeconômicas no Modelo Clássico:
Efeitos de uma expansão da oferta de trabalho:
Por exemplo, se há uma redução nas contribuições pagas pelos trabalhadores:
Aumentará a oferta de trabalho e o nível de emprego.
Aumento do emprego elevará a Produção. Então, a oferta maior reduzirá o nível de preços.
Queda dos preços significaria aumento do salário real.
Queda dos preços permitira redução da taxa de juros.
Queda dos juros permitira um aumento do Investimento.
Consequência: aumento da renda nacional.
Efeitos de uma inovação tecnológica ou expansão do estoque de capital
Aumento da produção (oferta).
Preços cairão.
Queda da taxa de juros.
Aumento do investimento.
Queda dos salários nominais (ajuste rumo ao equilíbrio).
MACROECONOMIA
Taxa de Juros na Visão Clássica: não afeta a economia real, mas controla preços.
 Y = C + S
 S = I
 Então, Y = C + I
Para o modelo clássico, a taxa de juros fará com que o volume de poupança sempre resulte em igual volume de investimento na Economia de um País.
Tanto o consumo quanto a poupança e o investimento dependem da taxa de juros.
Concluindo, qual é a evidência principal desta teoria? É a referência ao livre mercado. 
As flutuações do salário real, dos preços do produto e da taxa de juros acabam garantindo a manutenção da atividade econômica em regime de pleno emprego. Havendo oscilações na Economia, como no caso do desemprego, estas seriam automaticamente corrigidas, pois na Economia de mercado, as forças são autoajustáveis, capazes de governarem a si próprias.
Em suma, na Economia de mercado, conduzida pelo livre jogo das forças de mercado, haverá um equilíbrio no mercado de bens e serviços, por meio de ajustes automáticos dos preços destes produtos; do mercado de trabalho, por meio do ajuste dos salários reais; e da poupança e do investimento, através de ajustes na taxa de juros.