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RESENHA TURISMO E SOCIEDADE 2018 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
ALUNO: FELIPE SOUSA DOS SANTOS 
MATRÍCULA: 18115100170 
CURSO: LICENCIATURA EM TURISMO 
POLO: SAQUAREMA - RJ 
PERÍODO: 2018 / 1° 
DISCIPLINA: TURISMO E SOCIEDADE - RESENHA 1 
COORDENADORAS: ANDREIA PEREIRA DE MACEDO e TERESA CRISTINA DE 
MIRANDA MENDONÇA 
TUTORA PRESENCIAL: ELIAM DE SOUSA SILVA 
 
A princípio, vamos nos debruçar na apresentação, Por uma Sociologia do Turismo: 
Estudo Introdutório. À luz do trabalho de autoria da Mestranda em Educação pela 
Universidade Federal de Sergipe - UFS, Monlevade, Ana Paula Bistaffa de, cumpre destacar o 
papel importante dos pensadores Émilie Durkheim e Max Weber, ambos atrelados ao estudo 
“Turismo e Sociedade” 
De acordo com Durkheim, ilustremos o seguinte acerca dos fatos sociais em alusão à 
resenha: 
 
[...] apresentam características muito especiais: consistem em maneiras de agir, 
pensar e sentir exteriores ao indivíduo, e dotadas de um poder coercitivo em virtude 
do qual se lhe impõem. (DURKHEIM, 1973, p. 391). 
 
Aliás, o documento traz à tona questões cruciais para o desenvolvimento do turismo 
atual tais como a globalização, o capitalismo das massas, era cibernética, aumento do PIB 
(Produto Interno Bruto) etc. Tudo será tratado com olhar atento e visão holística de modo a 
procurar entender a motivação por detrás de cada viagem. 
De um lado, Durkheim aponta que a ideia central das relações humanas está associada 
a fatos sociais e encara-os como “coisas”. E, não menos salutar, afirma que os fenômenos 
sociais são exteriores ao indivíduo. 
Noutro prisma, está Max Weber com a tese das ações sociais, cuja objetivação se 
encontra na percepção de mundo pessoal, ou seja, relaciona-se com as emoções e sentimentos 
individuais. Aqui, podemos notar o conflito de ideias, em que este retrata o lado interior e 
aquele transcende ao todo, a exteriorização. 
A bem da verdade, os chamados “três porquinhos” do estudo da sociologia - 
acrescenta-se Karl Marx, com sua dialética e teoria das classes sociais dentre outros - e, que 
trouxeram ganhos expressivos no trato à elaboração de caminhos acertados a fim de buscar 
entender a mente humana e os anseios da sociedade. 
Nessa toada, surge a era Pós-Industrial de mãos dadas com o capitalismo e que, sem 
dúvida, modifica sobremaneira as ciências sociais, fazendo emergir mais precisamente na 
década 90, a globalização e a economia de mercado, bem mais feroz do que os tempos de 
outrora. 
Diante disso, faz-se mister enaltecer a alavancagem no crescimento do PIB nas 
comunidades envolvidas, direta e indiretamente, com o turismo. Tal efeito cascata 
denomina-se ​efeito multiplicador do turismo​, capacidade da modalidade em agregar valor e 
beneficiar toda uma gama de atividades, como, por exemplo, cultural, econômica, social, 
ambiental e político-institucional. 
Isso é impulsionado através das mídias sociais, em se tratando de nova febre mundial - 
viajar rumo a destinos badalados e, assim, ostentar para os amigos - em que o primordial não 
é viajar em si, mas, sim, para qual destino. Em suma, enseja incutir na mentalidade do 
cidadão o desejo desenfreado de consumir, cujo combustível maior está em aflorar o ego e 
provar para os demais no Facebook, Instagram etc, o grau de inserção e adequação social 
dentro das camadas sociais. Cabe questionar: tal prática realmente edifica-nos por completo 
ou és apenas mais uma armadilha da contemporaneidade? O capitalismo dita as regras? A 
economia de mercado à reboque das grandes massas estão cada vez consumistas? Eis a 
questão central. 
Existe um estudo o qual relata bem uma síndrome da era digital chamada FOMO - 
Fear of missing out - quer dizer, é a tara em permanecer 24h conectado, deslizando pela 
timeline​... E, se algum amigo postar no Instagram algo, inevitavelmente você deprimirá. 
Imaginemos, um morador da rocinha descobre que seu vizinho está postando fotos com a 
namorado riquíssima na Riviera Francesa. E agora? Aquele amigo mergulhará numa crise 
existencial e sofrerá sintomas de depressão, pois se sentirá inferior e injustiçado. Saiba mais: 
https://www.techtudo.com.br/noticias/2017/05/o-que-e-fomo-fear-of-missing-out-revela-o-me
do-de-ficar-por-fora-nas-redes-sociais.ghtml 
Segundo Durkheim, o papel da sociedade na educação da criança e, não menos 
importante, na vida adulta é preponderante, exercendo uma profunda influência desde cedo: 
 
A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se 
encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e 
desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, 
reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que a 
criança, particularmente, se destine (DURKHEIM, 1968, p.13). 
 
Contudo, o panorama mundial enseja cuidados e reflexão acurada. 
Depreende-se que os grandes cérebros mundiais do pós-modernidade revejam alguns 
conceitos e façam ajustes pontuais: inclusão social ante a evolução do turismo; à galope, vem 
a temática da preservação do meio ambiente, um dos braços do desenvolvimento sustentável; 
o avanço tecnológico frente aos desafios propiciados pelo trade turístico. 
Enfim, são gigantes os desafios, inclusive para os conglomerados urbanos onde os 
índices de ansiedade e estresse derivados da correria do mundo moderno impulsionam o 
desejo intenso e anaboliza o ​boom turístico de modo a potencializar os benefícios e encantos 
dessa prática, tendo como premissa a paz de espírito, lazer, diversão e funcionam como elixir 
da vida ante o caos da cidade. 
Por conseguinte, insufla salientar que o poder público em conjunto com parcerias 
público-privadas devem adotar ações afirmativas e mais assertivas no sentido de estabelecer a 
construção de pontes para o futuro abertas ao diálogo proativo e quebra de paradigmas. De 
fato, tais desdobramentos pressupõem a articulação de diversos atores oriundos do modal 
“turístico” em prol de pavimentar o caminho rumo ao turismo sustentável, inclusivo e sem 
disparidades através da tríade eficiência, eficácia e pensamento sistêmico. 
 
REFERÊNCIAS 
 
DURKHEIM, Émile. ​As regras do Método Sociológico​. São Paulo: Abril, 1973. (Os 
Pensadores, 33). 
 
Portal techtudo, Google. ​O que é FOMO? ‘Fear of missing out’ revela o medo de ficar por 
fora nas redes sociais​. Disponível em: 
<​https://www.techtudo.com.br/noticias/2017/05/o-que-e-fomo-fear-of-missing-out-revela-o-m
edo-de-ficar-por-fora-nas-redes-sociais.ghtml​>. Acesso em 30 de março de 2018. 
 
DURKHEIM. Émile. ​As regras do método sociológico. Rio de Janeiro: Companhia 
Nacional, 1968.

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