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Modulação da imunidade do hospedeiro por parasitos André M. Vale valeam@biof.ufrj.br valeimuno@gmail.com Professor Adjunto do Programa de Imunobiologia Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho Programa de Biologia Celular e Parasitologia Março, 2017 Hipótese da Higiene o Originalmente proposta por David Strachan em 1989, se baseia em estudos epidemiológicos sugerindo que infecções na primeira infância diminuem a tendência para desenvolver doenças atópicas e auto-imunes. o Os principais estudos sugerem que decréscimo na pressão infecciosa e antigênica relacionado ao estilo de vida ocidentalizado leva a uma crescente incidência de doenças alérgicas e auto-imunes. Incidência de doenças autoimunes e alergias Incidência de infecções parasitárias Imunidade aos parasitos o Aspectos básicos da interação parasito-hospedeiro o Aspectos básicos do sistema imunitário: o Mecanismos da modulação da imunidade por diferentes grupos de parasitos e a influência no desenvolvimento de doenças • Imunidade a protozoários • Imunidade a helmintos Relações ecológicas Intra-específicas o entre indivíduos de uma mesma espécie o mais simples o Exs: colônias, cardumes, formigueiros, cupinzeiros, colméias Interespecíficas o Entre indivíduos de espécies diferentes o mais complexas o Exs: comensalismo, mutualismo, parasitismo. Aspectos básicos da interação parasito-hospedeiro Parasitismo Relação ecológica desenvolvida entre indivíduos de diferentes espécies em que se observa, além de associação íntima e duradoura, uma dependência metabólica de grau variável o Geralmente o hospedeiro proporciona ao parasito todos ou quase todos os nutrientes e as condições fisiológicas requeridas por este o Um processo de adaptação recíproca, de compatibilidade ou de baixa virulência do parasitismo, asseguram a sobrevivência de ambas as espécies o O parasito só poderá seguir existindo se não destruir toda a população de seus hospedeiros ou não impedir a reprodução destes; caso contrário a espécie parasitária desapareceria Aspectos básicos da interação parasito-hospedeiro o A presença do parasito não é necessariamente uma doença. o A patogenicidade do parasito pode levar a algum tipo de dano ao hospedeiro o A patogenicidade não é caráter obrigatório dos parasitos, que podem ser inofensivos, como muitas amebas e flagelados do intestino humano, que aí habitam sem causar danos o Várias doenças são causadas por parasitos normalmente patogênicos ou por outros, ditos parasitos oportunistas, que só causam danos ao organismo em condições especiais, como, p. ex., nos indivíduos com imunodeficiência de qualquer natureza. Parasitismo e patogenicidade Importante!!! o O parasitismo configura um quadro de equilíbrio ecológico sem o qual ou a espécie hospedeira ou seus parasitos seriam eliminados o O “bom parasito” não mata seu hospedeiro Susceptibilidade o Hospedeiro susceptível: quando um parasito pode desenvolver-se em um determinado organismo Resistência o A resistência é a resposta fisiológica desenvolvida pelo hospedeiro, em função de um contato anterior ou atual com espécies parasitárias, de tal maneira que impede ou limita o estabelecimento do parasito, sua sobrevivência ou sua multiplicação exagerada Fatores moduladores da patogenia o Inerentes ao parasito: o Inerentes ao hospedeiro: Susceptibilidade o Hospedeiro susceptível: quando um parasito pode desenvolver-se em um determinado organismo Resistência o A resistência é a resposta fisiológica desenvolvida pelo hospedeiro, em função de um contato anterior ou atual com espécies parasitárias, de tal maneira que impede ou limita o estabelecimento do parasito, sua sobrevivência ou sua multiplicação exagerada Fatores moduladores da patogenia o Inerentes ao parasito: espécie, números de exemplares, tamanho, virulência, metabolismo, sua localização no organismo hospedeiro o Inerentes ao hospedeiro: idade, estado nutricional, intercorrência de outras doenças, hábitos, uso de medicamentos e de como este responde a presença do parasito (resposta imunitária) o Helmintos e Protozoários – são agentes extremamente diferentes entre si em termos de estrutura, composição antigênica, localização no hospedeiro e mecanismos patogênicos. o Os parasitos apresentam um ciclo biológico com formas evolutivas completamente distintas entre si no mesmo ciclo. o A composição antigênica varia sensivelmente de forma a forma Resposta imunitária aos parasitos: Características Gerais Trypanosoma cruzi o Resposta Imune Variável – dependendo do tipo do parasita, e de sua localização. a) localização extracelular (de superfícies epiteliais e espaços intersticiais) acessíveis às moléculas solúveis do sistema imune (ex: complemento e anticorpos); b) localização intracelular (citoplasmáticos ou vesiculares) São atacados por células T citotóxicas ou ativação dos mecanismos antimicrobianos da célula fagocítica. o Em algumas infecções a resposta imune é uma das principais causas da lesão tecidual e da doença. Resposta imunitária aos parasitos: Características Gerais Localização x Imunidade Compartimentos onde os antígenos podem ser encontrados Aspectos básicos do sistema imunitário Le Carnaval d'Arlequin, 1924-25, Joan Miró Mobilidade Diversidade dos receptores clonais Capacidade de ativação e diferenciação Definição do sistema imune a partir de suas propriedades e não da sua função Propriedades fundamentais do sistema imunitário dos vertebrados #" Ativação/ diferenciação Mobilidade Células hematopoéticas Ativação/ diferenciação Mobilidade Linfócitos: Diversidade clonal Células hematopoéticas TCR Diversidade clonal BCR: Ig Como funciona mesmo a ativação linfocitária??? Figura 8.29 A variação no sinal 3 faz com que as células T CD4 virgens adquiram vários Bpos disBntos de funções efetoras. Janeway 7a Edição Resistência É a habilidade do hospedeiro se defender contra o patógeno. A resistência aos protozoários envolve três mecanismos relacionados: fatores não específicos, imunidade celular e imunidade humoral Algumas infecções por protozoários relevantes o Intracelulares, podendo estar hospedados no citoplasma da célula ou em vesículas especializadas. o Os hospedeiros vertebrados são geralmente infectados durante o repasto sanguíneo de hospedeiros intermediários infectados. p. ex. malária, leishmaniose (influência dos elementos do vetor). o Defesa baseada na ação de macrófagos ativados, células NK e Linfócitos T Citotóxicos. o Resposta Humoral participando apenas em uma curta fase extracelular Imunidade aos protozoários Resposta imunitária de vertebrados a protozoários Resposta imune contra as infecções 2 Mecanismos imunes inatos atuam imediatamente; 2 Algumas horas mais tarde, são acompanhados por respostas induzidas precocemente; 2 Após vários dias ocorre expansão clonal e a diferenciação dos linfócitos naive em células efetoras T e B; 2 Durante este período,a memória imunológica é estabelecida. Imunidade Inata o Protozoários extracelulares - fagocitose e ativação do complemento. o Reconhecimento dos PAMPs (padrões moleculares associado ao patógeno) pelos TLRs (receptores do tipo toll). o Os TLRs induzem a transcrição dos genes para citocinas e quimiocinas (atuam conjuntamente para recrutar mais fagócitos aos locais de infecção)e moléculas co-estimuladoras necessárias para a ativação da resposta imune adaptativa. Resposta imunitária de vertebrados a protozoários Forte interação com células APC – glicococonjugados de membrana ligantes de TLR (4 e 2), ácidos nucleicos ligantes a TLR 9 (CpG não metilados), algumas proteínas ligantes a TLR 11 (flagelina) Imunidade Inata o Macrófagos ativados produzem espécies reativas de oxigênio (ROS) após fagocitose. o O NO contribui para resistência do hospedeiro na maioria das infecções por protozoários. o Ativação do complemento – promove a destruição dos microrganismos, a fagocitose (ligação covalente de C3b) e estimulam a inflamação (C3a e C5a). Resposta imunitária de vertebrados a protozoários Imunidade adaptativa Resposta imunitária de vertebrados a protozoários Imunidade adaptativa a infecções 2 A imunidade adaptativa ocorre após 7superação9 dos mecanismos inatos de defesa; 2 Torna-se efetiva somente após vários dias, tempo requerido para que linf. B e T proliferem e se diferenciem em cels. efetoras. Imunidade adaptativa a infecções ativação das células T. 8 Ocorre nos órgãos linfóides; 8 Antígenos nos tecidos são levados para os linfondos drenantes; , 8 Antígenos que estão na corrente circulatória são captados pelas APC no baço e a sensibilização ocorre na polpa branca do baço. Imunidade adaptativa Resposta imunitária de vertebrados a protozoários Imunidade adaptativa Resposta imunitária de vertebrados a protozoários Linfócitos T efetores são direcionados para os sítios de infecção por moléculas de endereçamento. A diferenciação dos linf. TCD4+ em cels efetoras é influenciada pelas citocinas induzidas pelos patógenos. Imunidade adaptativa RESPOSTA CELULAR o Protozoários intracelulares – Citocinas Th1 ativam macrófagos. o Llinfócitos T citotóxicos em células infectadas. o Macrófagos ativados produzem espécies reativas de oxigênio (ROS) após fagocitose Resposta imunitária de vertebrados a protozoários Macrófagos infectados com L. donovani e tratados com IFN-γ Macrófagos crescem L. donovani em meio sem IFN-γ Resposta imunitária de vertebrados a protozoários Importância do Interferon Gamma Imunidade adaptativa RESPOSTA HUMORAL o Protozoários extracelulares - opsonização, ativação do complemento e Antibody Dependent Cellular Cytotoxicity (ADCC), com cel NK. o Neutralização – ex. Impedimento da entrada de esporozoítos de malária em hepatócitos. Resposta imunitária de vertebrados a protozoários Resposta imunitária de vertebrados a protozoários Importância dos anticorpos Dinâmica geral da resposta imune humoral 3Chapter | 7 Development and Function of B Cell Subsets !"#$%"&'(&#&)'#%*+)&,#"-#&)'#./&)"%0,1#.23#$/45*,)'%#6'#*2-"%7#8"/#&).&#&)*,#9:;#*,#.2#/2("%%'(&'3#$%""-#-"%#*2&'%2.5#4/,*2',,#/,'#"258#48#&)'#./&)"%0,1<#'3*&"%0,1<#%'=*'6'%0,1<#>5,'=*'%#.23# � ��������� � ������������������������������������������������������������������������������������������ ���������� �� �������� �� ������������� ������������������������� ��!��������������������� $/45*(.&*"2? @AAABCDEFGECHBIA@JKHBHKKH own particular geographical preferences [26]. It has been proposed that B-1 B cells derive from a specific fetal B-cell progenitor, distinct from those found in adult bone marrow. There is a strong debate about this proposal, known as the dual-lineage model of B-cell development, as discussed in more detail in Section 3. In humans, the existence of B-1 cells has been inten- sively debated. CD5-expressing B cells are found in a num- ber of human lymphoid tissues, including coelomic cavities. However, unlike mice, CD5 is not restricted to human B-1 homologues [27]. Griffin et al. [28,29] recently phenotypi- cally identified a B-cell population as CD20+ CD27+ CD43+ CD70− cells, with some of them expressing CD11b. Fur- ther analyses indicated that these cells display many of the features that characterize murine B-1 cells. This includes spontaneous IgM secretion, limited somatic mutations, and a skewed Ig repertoire targeted to typical B-1 cell specifici- ties, including phosphorylcholine (PC) [28,29]. However, definitive evidence that these are the true human homo- logues of murine B-1 cells has yet to be obtained. MZ B cells contribute approximately 5–10% of the B cells in the spleen. The “marginal zone” designation refers to their primary localization within the MZ of the spleen at the interface between the red and the white pulp adjacent to the marginal sinus, where—in both mice and humans— these cells can be constantly bathed in blood and its asso- ciated contents [30–32] (Figure 3). This anatomic location facilitates their role as a rapid first line of defense against blood-borne particulate antigens [33,34]. In this location, MZ B cells are intimately associated with metalophillic and marginal sinus-associated macrophages that are richly endowed with innate receptors involved in scavenging for- eign and self-antigens. New evidence shows that recruitment and localization in this site is also dependent on character- istic extracellular matrix proteins that are prevalent in this part of the spleen [35]. Mouse MZ B cells are commonly confined to the spleen [33,36]. Within the spleen, however, these cells can shuttle between the MZ and the follicles. Moreover, dur- ing immune responses, MZ B cells can carry antigen to the junction between the T-cell zone and the B-cell follicle [37–39]. This enables them to transport antigen in a native state to the white pulp [40]. By contrast, in humans, B cells that share surface mark- ers with mouse MZ B cells are not confined to the spleen: they recirculate. In addition to coexpression of IgM and IgD, which is a mark of a naive mature B cells in mice, the MZ-like cells that are found in human blood also express CD27, a marker of B-cell memory and thus a marker of antigen experience. The presence of CD27 in this human MZ-like population suggests that these cells have already encountered and responded to antigen, even though both IgM and IgD are expressed [41]. These CD27+IgM+IgDlo B cells are a major source of antipolysaccharide IgM antibod- ies in human serum and are thought to be responsible for controlling infection from encapsulated bacteria [42–44]. FO B cells are the most prevalent of the three subsets in the adult mouse (Figure 3). They form the major subset p0035 p0040 p0045 p0050 p0055 D M CD5B220 B-1a Natural IgM D M B220 B-1b TI response Low afinitty IgM and IgG3 TD response High afinitty, SHM IgG, IgA and IgE Hours Days Weeks Time from pathogen exposure M ag ni tu de Pathogen D CD21 M MZ CD21 D M FO B220 FIGURE 2 The first line of defense against pathogens entering the body is provided by circulating natural antibodies that are continually being produced by B-1 cells. The second line of defense initiates within hours of exposure to an antigen and reflects T-independent (TI) activation of B-1 and MZ B cells by the microbes or their products. The third line of defense takes days to weeks to materialize because it takes time for microbial antigens to activate both antigen-specific T cells and B cells, which both are required to create a high-affinity follicular (FO) immune response. Ig, immunoglobulin; MZ, marginal zone; SHM, somatic hypermutation; TD, T-dependent. f0015 Memória Imunitária Resposta imunitária de vertebrados a protozoários Memória Imunológica 0 Capacidade do SI em responder mais rapidamente e efetivamente aos patógenos que foram encontrados previamente; 0 Reflete a existência de populações antígeno específicasque foram expandidas clonalmente. Memória imunitária Resposta primária e secundária Patologia A infecção por protozoários leva ao dano tecidual que resulta em doença. Em infecções crônicas o tecido danificado é frequentemente devido a resposta imune a antígenos parasitários e/ou do hospedeiro, bem como mudanças no perfil de citocinas. Além disso, produtos tóxicos e danos mecânicos podem contribuir para o desenvolvimento de patologias. Mecanismos de Escape São mecanismos pelos quais os parasitos anulam as ações efetoras do sistema imune em hospedeiros imunocompetentes. Os mecanismos de escape utilizados por protozoários incluem: mimetismo molecular; bloqueio de fatores séricos; localização intracelular; variação antigênica ; imunossupressão Evasão do sistema imune por protozoários Resistência a digestão intracelular o Ex Plasmodium dentro de eritrócitos – quando infectados, não são reconhecidos por células NK e TC. Também a forma intracelular hepática pode apresentar essa característica. o Leishmania spp e Trypanosoma cruzi dentro de macrófagos – escape para citoplasma evita digestão Evasão do sistema imune por protozoários Reclusão anatômica no hospedeiro o Ex. Em Plasmodium, diferentes estágios do ciclo de vida do parasito expressam diferentes antígenos. o Variação antigênica também no protozoário extracelular • Giardia lamblia. Evasão do sistema imune por protozoários Variação antigênica Evasão do sistema imune por protozoários Variação antigênica o Os tripanossomas africanos - recoberto com uma glicoproteína variante específica (VSG) o Cada tripanossoma possui cerca de 1000 genes que codificam diferentes VSGs, embora somente 1 esteja ativo o Quando um indivíduo é infectado ocorre produção de anticorpos contra o VSG expresso inicialmente pela população de tripanossomas. o Um pequeno número de tripanossomas muda espontaneamente seu gene VSG para um novo tipo. o Parasitos expressando novos VSG escapam da detecção por anticorpos, replicam e continuam a infecção – por meses a anos. Mecanismos de escape dos patógenos Variação antigênica Rearranjo do DNA do patógeno (tripanosomas africanos) mudanças nos antígenos principais de superfície (VSG). Evasão do sistema imune por protozoários Variação antigênica e Flutuação da parasitemia o Após cada pico, a população de tripanossomas apresenta-se geneBcamente diferente da anterior, e é diferente da encontrada nos próximos picos Rearranjo do DNA do patógeno (tripanosomas africanos) mudanças nos antígenos principais de superfície (glicoproteína variante específica - VSG). Evasão do sistema imune por protozoários Variação antigênica e Flutuação da parasitemia o Após cada pico, a população de tripanossomas apresenta-se geneBcamente diferente da anterior, e é diferente da encontrada nos próximos picos Evasão do sistema imune por protozoários Imunomodulação o Imunosupressão – manipulação da resposta imune do hospedeiro ex. Leishmania inibe a produção de IL-12 (indutora de celulas Th1) e expressão de moléculas MHC II. o Mecanismos anti-imunes – Inibição do processo fagocítico e da liberação de reativos intermediários do oxigênio. ex. Leishmania Algumas infecções por helmintos relevantes Vasta diversidade de órgãos e tecidos alvos de parasitismo por helmintos o Baseada principalmente em mecanismos desencadeados por Linfócitos T do Tipo Th2 (protetora). o Importantíssima a ação de eosinófilos e de IgE – Os anticorpos IgE se ligam á superfície dos helmintos; os eosinófilos aderem por meio dos receptores FceRII e secretam grânulos com enzimas que destroem os parasitas. o A subpopulação Th2 de células T auxiliadoras CD4+ secretam IL-4 e IL-5 o A IL-4 estimula a troca de isotipo para IgE em células B e a IL-5 estimula o desenvolvimento e ativação dos eosinófilos. o O hospedeiro desenvolve inflamação e hipersensibilidade na infecção por alguns nematódeos gastrointestinais o Dependente de histamina – similar a reações alérgicas (Hipersensibilidade Tipo I) Imunidade aos helmintos Respostas protetoras e patológicas a helmintos intestinais Schistossoma mansoni - granuloma schistossomótico em fígado, causado pela presença de ovos do parasito (setas). Resposta imunitária de vertebrados a helmintos Fase Aguda: o IgE e eosinófilos mediam inflamação sistêmica – expulsão do parasito Exposição crônica: o DTH, Th1 / ativação de macrófagos - granulomas. o Th2 / Aumento da produção de IgE por células B, do número de mastócitos e eosinófilos ativados – inflamação Destruição de esquistossômulos de S. mansoni Quimiocinas Receptores Fc Resposta imunitária de vertebrados a helmintos A IgE e eosinófilos são importantes mecanismos de defesa contra Schistosoma Citocinas Liberação de mediadores Apresentação do Ag Produção IgE Ativação de Liberação dos grânulos Efeitos mastócitos Efeitos farmacológicos Vasodilatação, perda de líquidos e células, aumento da produção de muco em vias aéreas e fluido intestinal Efeitos Clínicos Asma Rinite Anafilaxia Expulsão de vermes da luz intestinal Antígenos Superfície mucosa GM-CSF, TNF-α, IL-8 Resposta imunitária de vertebrados a helmintos Resposta Th2 é protetora nas infecções por helmintos que vivem na luz intestinal schistosoma Ascaris lumbricoides fêmea dentro do canal ginecóforo do macho Evasão do sistema imune por helmintos Tamanho o Inibição da resposta primária e inflamação - dificuldade de eliminar Cobertura com moléculas do hospedeiro o Cestodas e trematodas adsorvem moléculas do hospedeiro, ex. Moléculas eritrocitárias. ex. Schistosomas – proteínas séricas, (antígenos de grupo sanguíneo e MHC class I e II). Evasão do sistema imune por helmintos Reclusão anatômica o Trichinella spiralis dentro de miócitos. Immunosupressão o Parasitos podem secretar agentes anti- inflamatórios que suprimem o recrutamento e ativação de leucócitos efetores. Em altas infestações por nematódeos. Wuchereria bancrofti Filariose Evasão do sistema imune por helmintos Mecanismos anti-imunes o larvas hepáticas de Schistossoma produzem enzimas que clivam anticorpos Produção de enzimas pelos parasitas o Filarias secretam enzimas anti-oxidantes ex. glutationa peroxidase e superoxido dismutase – resistência a ADCC e stress oxidativo. Espectro da patologia em infecções crônicas por helmintos o Mecanismos de modulação da imunidade por helmintos teciduais ished levels of another immunosuppressive mediator, transform- ing growth factor ! (TGF-!), in nodules around parasites (149). As infection intensity correlates negatively, rather than positively, with immune responsiveness, it is likely that active immunosup- pression by parasites and/or their secreted products is taking place. In schistosomiasis, the distinction between asymptomatic and pathological infections is less clear, as chronic liver fibrosis is com- mon, with sustained granuloma formation around deposited eggs. A spectrum is evident, however, in the degree of the inflam- matory response to infection. When previously unexposed trav- elers are infected with schistosomes, they mount an acute in- flammatory immune response against the parasite, with large granulomatous reactions around deposited eggs (39). However, during chronic infection, inflammatory cytokine responses to Schistosoma soluble egg antigens (SEAs) are much reduced (202), while Th2 cytokines (including IL-10) are upregulated (39, 63), and only a small proportionof patients progress to severe hepa- tosplenic disease. Both acute schistosomiasis patients and severe pathology cases mount much stronger T cell proliferative re- sponses to SEA than low-pathology but chronically infected indi- viduals (98); the low-pathology group, however, has higher fre- quencies of CD4" CD25high Tregs (282). The production of Th2 cytokines (especially IL-13), although required for resistance, can also have detrimental effects, as they are important for the gener- ation of fibrosis and pathology in the liver and spleen during chronic schistosomiasis (62, 64). In gastrointestinal nematode infections, particularly infections by the highly prevalent Ascaris, hookworm, and Trichuris species (Table 1), the pathology is less intense, and long-term infestation is common. Infection is associated with a regulatory set of cells and cytokines, as IL-10 and TGF-! are significantly linked with hyporesponsiveness and susceptibility (86, 285), and patients show a higher frequency of circulating CD4" CTLA-4" T cells (95). Thus, an immunoregulated state is a common outcome across a diverse range of helminth infections. The profile of antibody isotypes can be a telling indicator of the regulated status of the host; in helminth infections, the relative levels of IgG4 and IgE appear to be themost important corollary of susceptibility to and protection from infection, respectively (106, 132, 179, 235). The IgG4 isotype, unlike IgE, cannot cross-link receptors on basophils,mast cells, or eosinophils and, unlike other IgGmolecules, does not activate complement or act as an opsonin. It thus appears to be a canonical marker of the modified (nonin- flammatory) Th2 state, potentially blocking cytophilic isotypes such as IgE and preempting potentially damaging inflammation (181). In filariasis, the production of IgG4 rather than IgE against fi- larial antigens ismaximal in the asymptomaticMf" state, reaching extraordinarily high levels (132, 152). IgG4 titers fall rapidly fol- lowing curative drug treatment (11). Interestingly, IgE produc- tion by B cells is promoted by IL-4 and IL-13, but in the presence of the regulatory cytokines IL-10 and TGF-!, a switch to IgG4 is favored (246). Hence, it was suggested that the extremely high FIG 1 Spectrumof pathology in chronic tissue helminth infections. In areas where schistosome and filarial diseases are endemic, a spectrumof pathology is seen, with some individuals developing chronic debilitating pathologies and others showing a tolerant phenotype. The tolerant phenotype is characterized by the production of transforming growth factor ! and IL-10 and the expansion of Forkhead box P3" Tregs. These cytokines lead to IgG4 production by B cells, suppressed parasite-specific T cell proliferation in PBMCs (peripheral blood mononuclear cells), reduced levels of Th2 cytokines, and ablated Th1 cytokines. Thus, the parasite survives productively in the host (schistosome eggs are deposited in the feces, or microfilariae circulate in the blood), with minimal collateral damage. In individuals with chronic pathology, the parasitemay be killed or kept at low levels, at the cost of damaging immunopathology. High levels of Th1 and Th2 cytokines are seen, with the emergence of a Th17 response. B cells produce high levels of IgE against parasite antigens (Ag). Th1 and Th17 responses lead to inflammation and fibrosis around deposited schistosome eggs and lymph stasis, leading to secondary infections in lymphatic filariasis. Helminths and Regulation October 2012 Volume 25 Number 4 cmr.asm.org 587 on M ay 12, 2014 by guest http://cm r.asm .org/ Downloaded from Quase um terço da população mundial está infectada por helmintos, figurando entre os agentes infecciosos mais prevalentes no mundo hoje, sendo responsáveis por muitas doenças debilitantes A extraordinária prevalência de infecções por helmintos reflete sua capacidade de manipular o sistema imune do hospedeiro, suprimindo as respostas que podem resultar em sua expulsão Imunidade do hospedeiro também tem desenvolvido ao longo de eras de co- evolução com mecanismos do parasito para limitar a patologia e melhor balancear a susceptibilidade, resistência e patogênese imunológica. Assim, as respostas imunitárias frequentemente permitem a infecção em vez da completa eliminação do parasita e os danos colaterais que resultaria dessa eliminação Hipótese da higiene: mecanismos de modulação da imunidade por helmintos o Co-adaptação Quando surgiram os helmintos? Modulação da imunidade adaptativa Vasta diversidade de órgãos e tecidos alvos de parasitismo por helmintos A co-adaptação entre os helmintos e o sistema imunitário dos mamíferos Embora os helmintos causem doenças a centenas de milhões de pessoas, grande proporção dos indivíduos infectados são relativamente tolerantes a colonização por helmintos e apenas uma minoria sucumbe dessas infecções Em alguns casos, este equilíbrio é perturbado, podendo ocorrer alterações no sistema imunitário e patologia, como nos casos de fibrose hepática na esquistossomose ou elefantíase em infecções filariais linfáticas Imunidade protetora de helmintos desenvolve lentamente, e os mecanismos efetores para eliminar parasitas em humanos não são bem delineados; no entanto, modelos animais têm definido um conjunto de vias Th2-dependentes que medeiam proteção. A resposta Th2 é em si um alvo importante para imunorregulação por helmintos, uma vez que os parasitos de sucesso diminuem a ativação exacerbada do sistema imunitário hospedeiro. Estudo das vias e padrões de imuno-modulação por helmintos, com a perspectiva de que esse conhecimento não só irá proporcionar novos caminhos para erradicar infecções por esses parasitas, mas também oferecer novas alternativas de tratamento de disfunções imunitárias não-transmissíveis Mecanismos de modulação da imunidade por helmintos Efeitos da imunomodulação induzida por helmintos Mecanismos imunossupressores induzidos por helmintos Obrigado! Os parasitos evoluíram de maneira a explorar o sistema imune do hospedeiro, modulando-o e proporcionando um ambiente favorável para o estabelecimento da infecção Considerações finais Perguntas?!?! Mecanismos imunossupressores induzidos por helmintos Terapia com helmintos: “Pros and Cons” A imunoregulação por helmintos é um importante mecanismo de sobrevivência que se desenvolveu através da estreita relação parasito-hospedeiro ao longo de anos de co-evolução Vários insights sobre os mecanismos e imunoregulação e possibilidades terapêuticas vem sendo desenvolvidas a partir do estudo dos helmintos Devido a questões éticas, a maioria dos testes clínicos em humanos utilizam doses que levam a uma infecção subclínicas e assintomática, o que é menor do que a dose recebida em uma infecção natural, e talvez não seja eficiente na supressão da patologia do sistema imunitário Dificuldade de controlar os experimentos A exposição a helmintos em áreas endêmicas geralmente ocorre na primeira infância, antes do desenvolvimento de imunopatologias Estratégias futuras devem explorar tanto os princípios gerais elucidados quanto os mediadores específicos de modulação descobertos para o controle das doenças infecciosas e das imunopatologias Obrigado!
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