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Processo Legislativo Federal - MÓDULO I

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MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO PROCESSO LEGISLATIVO 
Este primeiro módulo tem por objetivo oferecer os elementos introdutórios ao 
curso. Veremos aqui os principais conceitos e etapas que compõem o processo 
legislativo, bem como informações sobre posse e eleição da Mesa, fases das 
sessões e tudo o que se refere a votação. 
Identificar os fundamentos básicos do Processo Legislativo; 
 Conceituar seus principais elementos; 
 Reconhecer os aspectos e rotinas elementares dos procedimentos 
legislativo e 
 Identificar situações ou formas de execução de tramitações, bem como 
os mecanismos regimentais na sequência do processo legislativo. 
 
Unidade 1 - Legislatura - Sessão Legislativa 
 
"SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, INICIAMOS NOSSOS TRABALHOS." 
 
(Palavras proferidas pelo Presidente ao declarar aberta a Sessão) 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta Unidade 1, vamos estudar o significado de legislatura e de sessão 
legislativa. 
 
 
O que é uma Legislatura? 
 
 
LEGISLATURA é um período de 4 anos (art. 44 - CF), correspondente ao tempo 
de duração do mandato de um deputado. Um deputado é eleito para uma 
legislatura, ou seja, o mandato do deputado dura 4 anos. Um senador é eleito 
para duas legislaturas, isto é, o mandato do senador dura 8 anos. A Câmara dos 
Deputados se renova a cada 4 anos, integralmente. O Senado se renova a cada 
4 anos, só que não integralmente, mas alternadamente em 2/3 e 1/3 de sua 
composição. 
 
Observação: Além de designar o tempo de duração dos trabalhos legislativos 
coincidentes com um mandato, o termo legislatura é usado para designar o 
"corpo de parlamentares" em atividade numa Casa Legislativa. Exemplo: A atual 
Legislatura tem se preocupado muito com o tema segurança pública. 
 
 
Ano da eleição Data da posse Renovação Eleitos 
2002 fevereiro de 2003 2/3 54 senadores 
2006 fevereiro de 2007 1/3 27 senadores 
2010 fevereiro de 2011 2/3 foram eleitos 54 
novos senadores 
 
 
Estamos na 56ª Legislatura que vai de 1º de fevereiro de 2015 até 31 de janeiro 
de 2019. A 57ª Legislatura irá de 1º de fevereiro de 2019 até 31 de janeiro de 
2023. 
 
 
O Decreto Legislativo nº 79, de 1979, dispõe sobre a designação do número 
de ordem das legislaturas, tomando por base a que teve início em 1826, visando 
manter a continuidade histórica do Parlamento brasileiro. 
 
 Falando em tempo, que tal um tempinho para refletir? Um terço, dois 
terços: por que a renovação do Senado não acontece de uma só vez? 
 
 
Pág. 2 
 
E o que é uma SESSÃO LEGISLATIVA? 
A sessão legislativa pode ser ordinária ou extraordinária. A sessão legislativa 
ordinária corresponde a um ano de trabalhos legislativos. 
Assim, a sessão legislativa ordinária começa no dia 02 de fevereiro de cada 
ano e vai até o dia 22 de dezembro, com intervalo entre os dias 18 de julho e 31 
de julho. Esses são os dois períodos da sessão legislativa: de 02/02 a 17/07 e 
de 01/08 a 22/12. Nos intervalos entre esses períodos acontecem os recessos 
parlamentares. Entretanto, a sessão legislativa não será interrompida no mês de 
julho até que o Congresso aprove o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias - 
LDO (art. 57, § 2º, da CF, e art. 35, § 2º, II, do ADCT). 
As sessões marcadas para as datas acima citadas serão automaticamente 
transferidas para o primeiro dia útil subsequente, caso esses dias recaiam em 
sábados, domingos ou feriados (art. 57, § 1º, da CF). 
O Congresso Nacional pode ser convocado a trabalhar extraordinariamente nos 
períodos destinados ao recesso parlamentar. Esse período é chamado de 
sessão legislativa extraordinária. 
 
 
Quadro-resumo 
Sessões Primeiro Intervalo entre as 
Sessões 
Segundo 
período 
Intervalo entre as 
sessões 
Ordinária 02/02 a 
17/07 
18/07 a 31/07- 
Recesso 
parlamentar, após 
aprovação do PL de 
diretrizes 
orçamentárias 
01/08 a 
22/12 
23/12 a 01/02 -
Recesso parlamentar 
Extraordinária 18/07 a 
31/07 
Convocação nos 
períodos destinados 
ao recesso 
parlamentar 
23/12/ a 
01/02 
Convocação nos 
períodos destinados 
ao recesso 
parlamentar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pág. 3 
Quem pode convocar o Congresso? (art. 57, § 6º, da CF) 
Pode 
convocar o 
Congresso: 
Quando? 
Presidente do 
Senado 
Em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de 
pedido de autorização para decretação de estado de sítio e para tomar o 
compromisso e dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da 
República 
Presidente da 
República 
Em caso de urgência ou interesse público relevante 
Extraordinária Convocação nos períodos destinados ao recesso parlamentar 
 
Os 
Presidentes 
da Câmara 
dos 
Deputados e 
do Senado 
Federal 
Em caso de urgência ou interesse público relevante 
A maioria dos 
membros da 
Câmara e do 
Senado 
Também em caso de urgência ou interesse público relevante 
 
 
 
Na convocação extraordinária, o Congresso passa por uma sessão legislativa 
extraordinária, sem prazo definido constitucionalmente para funcionar, ou seja, 
sua duração é definida no ato convocatório ou na Mensagem do Presidente da 
República. Durante a sessão legislativa extraordinária, o Congresso somente 
delibera sobre as matérias para as quais foi convocado e sobre as medidas 
provisórias em tramitação (art. 57, §§ 7º e 8º, da CF). 
 
Para refletir 
 Então, se uma legislatura é um período de quatro anos, podemos, 
com certeza, dizer que cada legislatura tem quatro sessões 
legislativas ordinárias, mas nunca podemos afirmar quantas sessões 
legislativas extraordinárias haverá numa legislatura. Certo? É isso 
mesmo. 
 
 
A partir da Emenda Constitucional (EC) nº 50, de 2006, para que o Congresso 
Nacional seja convocado em caso de vigência de interesse público relevante, 
por iniciativa tanto do Presidente da República como dos Presidentes da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros 
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, é necessário que haja 
aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional 
(art. 57, § 6º, II). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 2 - Sessão Plenária 
Na Unidade 1, vimos os conceitos de legislatura e sessão legislativa ordinária e 
extraordinária. Na presente Unidade 2, vamos estudar a sessão plenária. 
 
Sessão legislativa ordinária corresponde a um ano dos trabalhos legislativos 
do Congresso Nacional. 
 
Sessão legislativa extraordinária é aquela que se realiza, por convocação, nos 
períodos de recesso do Poder Legislativo. 
 
Sessão plenária é cada unidade de trabalho, a cada dia. Às vezes, no mesmo 
dia, podemos ter mais de uma sessão do Senado. Ou, então, uma sessão 
plenária do Senado e outra, conjunta do Congresso Nacional. Então, sessão 
plenária é cada unidade de trabalho. 
 
As sessões plenárias do Senado 
podem ser: 
As sessões plenárias conjuntas do 
Congresso podem ser: 
1. deliberativas (ordinárias ou 
extraordinárias) 
1. conjuntas; 
2. não deliberativas; 2. conjuntas solenes. 
3. especiais 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pág. 2 
Em uma sessão legislativa, seja ordinária (um ano de trabalhos), seja 
extraordinária, podem acontecer várias sessões plenárias deliberativas 
(ordinárias ou extraordinárias), não deliberativas e especiais. Podem acontecer 
também sessões conjuntas do Congresso. 
 Quadro Resumo 
 Sessão Legislativa 
OrdináriaExtraordinária 
de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 
22/12 
 
quando o CN for convocado 
 
 Sessão Plenária 
Deliberativa (ordinária ou 
extraordinária) 
Conjunta 
Não deliberativa Solene (ou conjunta solene) 
Especial 
 
 
Para refletir 
Qual é a diferença entre sessão legislativa ordinária e sessão deliberativa 
ordinária? 
 
 
 
 
 
Unidade 3 - Posse de Senador, Reunião, Eleição da Mesa 
Veremos nesta Unidade 3 como um Senador toma posse e se investe no 
mandato. Em seguida, veremos os três usos do conceito de reunião e como 
acontece a eleição da Mesa do Senado. 
 
 Você sabia que a posse é um ato público? 
A posse é um ato público, durante o qual o Senador se investe no mandato. Ela 
acontece perante o Senado, em reunião preparatória, durante uma sessão 
deliberativa ordinária ou extraordinária ou durante uma sessão não deliberativa. 
Se o Congresso estiver em recesso, a posse acontecerá no gabinete do 
Presidente do Senado, em solenidade pública. Em todos os casos, o fato será 
publicado no Diário do Senado Federal (DSF) (art. 4º-RISF). 
 
O que é necessário para um Senador tomar posse? 
Para tomar posse, em qualquer caso, o Senador precisa apresentar à Mesa o 
original do diploma expedido pela Justiça Eleitoral, que será publicado no Diário 
do Senado Federal. A apresentação do diploma poderá ser feita pelo próprio 
diplomado, por ofício ao 1º-Secretário, por intermédio do seu Partido ou de 
qualquer Senador. Devem ser apresentadas cópias da última declaração do 
Imposto de Renda, sua e do cônjuge, e preenchido formulário contendo 
informações requeridas pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar (Resolução 
nº 20, de 1993). O Senador deve comunicar à Mesa seu nome parlamentar e a 
filiação partidária (art. 7º-RISF). 
 
Se a posse ocorrer numa sessão do Senado, o Presidente designará comissão 
de três Senadores para introduzir o diplomado no plenário e conduzi-lo à Mesa, 
onde, perante todos de pé, prestará o compromisso. 
 
O compromisso é o seguinte: 
"Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar fiel 
e lealmente o mandato de Senador que o povo me conferiu e sustentar a união, 
a integridade e a independência do Brasil." 
 
Se houver mais de um Senador a tomar posse na mesma ocasião, um fará o 
pronunciamento e os outros, conforme forem sendo chamados, dirão: 
"Assim o prometo". 
 
 
Pág. 2 
. 
O Senador deve tomar posse dentro de 90 dias, contados da instalação da 
sessão legislativa, ou, se ele for eleito durante a sessão legislativa, contados da 
sua diplomação, podendo ter o prazo prorrogado por motivo justificado, a seu 
requerimento, por mais 30 dias. 
Se o Senador não tomar posse no prazo de 90 dias, nem pedir a prorrogação, 
considera-se que ele renunciou ao mandato, sendo chamado, então, seu 
primeiro suplente, que também é convocado sempre que o titular se licenciar por 
um prazo superior a 120 dias para tratar de interesse particular, ou por motivo 
de doença. Nesses casos, o suplente terá 30 dias improrrogáveis para prestar o 
compromisso. 
 
Para tratar de interesse particular, o titular só pode tirar licença por mais de 120 
dias, desde que não seja na mesma sessão legislativa. 
 
O suplente também assume nos casos de vaga por falecimento, renúncia ou 
perda de mandato do titular. Ou, ainda, nos casos de afastamento do titular para 
ocupar cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de 
Estado, do DF, de Território, de Prefeitura de Capital ou, então, de Chefe de 
Missão Diplomática Temporária. 
 
Nos casos de vaga ou de afastamento para assumir esses outros cargos, o 
suplente tem o prazo de 60 dias para assumir o exercício do mandato, prazo 
esse que poderá ser prorrogado por motivo justificado, a requerimento dele 
próprio, por mais 30 dias. 
 
Se dentro desse prazo o suplente não tomar posse nem requerer sua 
prorrogação, também é considerado que tenha renunciado ao mandato e se 
convocará o segundo suplente, que, em qualquer hipótese, terá 30 dias para 
prestar o compromisso. 
 
O suplente convocado pela primeira vez presta o compromisso na forma já acima 
mencionada. Se ele voltar a exercer o mandato na mesma legislatura, o 
Presidente da Casa apenas comunica ao Plenário o fato, não necessitando 
prestar novo compromisso. Entretanto, se for reeleito suplente para um novo 
mandato, terá que prestar o compromisso novamente. 
 
Pág. 3 
 
Quando acontece uma vaga de Senador? 
 Por falecimento; 
 por renúncia; 
 por perda de mandato. 
Considera-se haver renunciado o Senador, titular ou suplente, que, convocado, 
não prestar compromisso na data estabelecida pelo Regimento. 
 
Deve renunciar a um dos cargos o Senador que for eleito para mais de um cargo 
ou mandato público eletivo, conforme preceitua a Constituição. Ele vai ter que 
renunciar a um deles. Exemplo: é frequente a eleição de Senadores para 
Governos estaduais. Para ser empossado Governador, o Senador deverá 
renunciar a seu mandato no Senado Federal. 
 
Observações importantes: 
1. um senador pode tomar posse durante o recesso parlamentar; 
2. posse sempre é um ato público; 
3. o diploma do senador expedido pelo Tribunal Eleitoral é documento 
imprescindível para que ele tome posse. 
Para refletir 
E um Senador pode perder o seu mandato? 
 
Pág. 4 
 
Perde o mandato o Senador que infringir qualquer das proibições constantes no 
art. 54 da Constituição, quais sejam: 
 
1. Desde a diplomação: 
 firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, 
autarquia, empresa pública, sociedade e economia mista ou empresa 
concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a 
cláusulas uniformes; 
 aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de 
que seja demissível ad nutum, nas entidades acima descritas; 
 
 
 
2. Desde a posse: 
 ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor 
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou exercer 
função remunerada nessas empresas; 
 ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum em empresas 
públicas, autarquias, sociedades de economia mista, empresa 
concessionária de serviço público; 
 patrocinar causa em que seja interessada qualquer uma dessas 
empresas acima mencionadas. 
 
Perde também o mandato o senador que: 
- tiver procedimento incompatível com o decoro parlamentar ou deixar de 
comparecer à terça parte das sessões ordinárias do Senado em cada sessão 
legislativa, salvo se estiver em licença ou em missão autorizada; 
 
- perder ou tiver suspensos os direitos políticos ou, quando o decretar a Justiça 
Eleitoral; 
 
- sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível. 
 
 
Em casos de falecimento, renúncia e perda de mandato, fala-se em vacância. 
 
 
 
 
 
. 
Pág. 5 
 
Outro conceito bastante importante a ser tratado é o de REUNIÃO. Veja 
abaixo: 
 
a) Todas as vezes em que uma sessão plenária não puder ser realizada, por 
falta de quorum para seu início (1/20 da composição do Senado) ou por motivo 
de força maior assim definido pela Presidência, o que acontece é uma reunião. 
 
Nesse caso, o Presidente declara que não pode ser realizada a sessão, 
determina a publicação do expediente que há sobre a mesa, independentemente 
de sua leitura, e a Secretaria de Ata prepara uma ata dessa reunião. 
 
b) As comissões não realizam sessões; seus encontros chamam-se reuniões. 
Isso tanto para as comissões no Senado ou no Congresso,permanentes ou 
temporárias. 
 
c) Antes do início da primeira e da terceira sessão legislativa ordinária da 
legislatura, o Senado reúne-se em reuniões preparatórias. 
 
Esses são os três usos do conceito de REUNIÃO. 
 
Pág. 6 
 
Vamos estudar, agora, para que servem as REUNIÕES PREPARATÓRIAS. 
 
Na primeira sessão legislativa ordinária da legislatura, são realizadas três 
reuniões preparatórias: 
 
- a primeira, a partir do dia 1º de fevereiro, para dar posse aos novos 
Senadores; 
- a segunda, para eleger o Presidente da Mesa; 
- a terceira, para eleger os demais Membros da Mesa, ou seja, dois Vice-
Presidentes, quatro Secretários e quatro Suplentes de Secretário. 
 
 
Na terceira sessão legislativa ordinária da legislatura são realizadas duas 
reuniões preparatórias: a primeira, no 1º dia de fevereiro, para eleger o 
Presidente; e a segunda, os demais Membros da Mesa. 
 
As reuniões preparatórias são iniciadas com o quorum de 1/6 de Senadores e 
dirigidas pelos Membros da Mesa anterior (excluídos, na reunião do início da 
legislatura, aqueles que tiverem concluído seu mandato no dia 31/01, ainda que 
reeleitos). Na Câmara dos Deputados, como ela se renova em sua totalidade, 
assume a direção dos trabalhos o último Presidente, se tiver sido reeleito 
Deputado, e, na sua falta, o mais idoso dentre os de maior número de 
legislaturas. 
 
Pág. 7 
 
Como acontece a ELEIÇÃO DA MESA DO SENADO? 
 
Os Membros da Mesa são eleitos para um mandato de dois anos, em escrutínio 
secreto e por maioria simples de votos (a maioria de votos, estando presente a 
maioria absoluta dos Senadores), assegurada, tanto quanto possível, a 
participação proporcional das representações partidárias e dos blocos 
parlamentares com atuação no Senado. 
 
A eleição para preenchimento do cargo de Presidente do Senado é feita em uma 
reunião preparatória. As demais, na outra reunião, na seguinte ordem: uma 
votação para os dois Vice-Presidentes, uma outra votação para os quatro 
Secretários, e ainda uma terceira votação para os quatro Suplentes de 
Secretário. Entretanto, as eleições dos Vice-Presidentes e dos Secretários 
podem ser realizadas em um único escrutínio, desde que seja aprovado 
requerimento nesse sentido, subscrito por 1/3 de Senadores ou líder que 
represente esse número. 
 
As eleições dos Vice-Presidentes, Secretários e Suplentes de Secretário são 
feitas com cédulas uninominais, ou seja, que contenham, cada uma, o nome do 
candidato e o cargo ao qual ele concorre, cédula que o Senador coloca em uma 
sobrecarta. A eleição do Presidente não é necessariamente realizada por esse 
sistema. 
 
Para a apuração dos votos, o Presidente fará a separação das cédulas 
referentes ao mesmo cargo, lendo-as em seguida, uma a uma, e passando-as 
ao Segundo-Secretário, que anotará o resultado. 
 
O painel eletrônico de votação no plenário, por preservar o sigilo da eleição, vem 
sendo utilizado nos casos em que haja candidato único disputando a vaga. 
 
Ainda se faz necessário explicar a diferença entre Mesa e Comissão Diretora 
do Senado. 
 
A eleição é para a Mesa. É ela que dirige os trabalhos do Senado por dois anos. 
A Comissão Diretora é composta pelos mesmos Membros da Mesa. Ela dirige 
as atividades administrativas da Casa. 
 
A Constituição de 1988, em seu art. 57, § 5º, instituiu a Mesa do Congresso 
Nacional, que é presidida pelo Presidente do Senado e tem seus demais cargos 
preenchidos, por alternância, entre Membros da Mesa da Câmara e do Senado. 
Assim, o Primeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso é o Primeiro Vice-
Presidente da Mesa da Câmara: o Segundo Vice-Presidente da Mesa do 
Congresso é o Segundo Vice-Presidente da Mesa do Senado. E assim por 
diante. Não há suplente na Mesa do Congresso Nacional. 
 
Posse Reunião Eleição da Mesa 
do Senador titular do 
mandato 
não realização da sessão Presidente (1) 
de 1º Suplente 
 
trabalho das comissões Vice-Presidente 
(2) 
de 2 º Suplente preparatória Secretários (4) 
 Suplentes de 
Secretário (4) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 4 - Fases das Sessões 
 
Já descrevemos, sucintamente, os tipos de sessão no Senado e no Congresso. 
Vamos, agora, detalhá-los. 
No Senado, elas podem ser: 
1. deliberativas (ordinárias ou extraordinárias); 
2. não deliberativas; 
3. especiais. 
 
No Congresso: 
1. conjuntas; 
2. solenes (ou conjuntas solenes). 
 
Que tal revermos um quadro-resumo sobre os tipos de Sessões? 
 Sessão Legislativa 
Ordinária Extraordinária 
de 02/02 a 17/07 e de 
01/08 a 22/12 
quando o CN for convocado 
 
 
 
 
 
 Sessão Plenária 
Senado Federal Congresso Nacional 
. Deliberativa (ordinária ou 
extraordinária) 
. Conjunta 
 
. Não deliberativa . Solene (ou conjunta solene) 
. Especial 
 
 
Pág. 2 
 
Qual é a diferença entre sessão deliberativa e não deliberativa? 
A diferença é que a primeira (sessão deliberativa) possui Ordem do Dia, 
momento da sessão em que há deliberação sobre matérias legislativas, e a 
segunda (não deliberativa) não possui este momento, sendo destinada a 
pronunciamentos de Senadores, comunicações, leitura de expediente e outros 
assuntos de interesse político e parlamentar. 
 
As sessões deliberativas ordinárias e as não deliberativas são realizadas de 
2ª a 5ª feira, às 14h. Na 6ª feira, a sessão inicia-se às 9h. Se houver Ordem do 
Dia, será uma sessão deliberativa ordinária. Caso contrário, uma sessão não 
deliberativa. As sessões deliberativas extraordinárias não têm horário 
preestabelecido no Regimento. Esse horário é definido pelo Presidente, no 
momento de sua convocação, que o fará ouvidas as lideranças partidárias, 
quando as circunstâncias o recomendarem, ou sempre que haja necessidade de 
deliberação urgente. 
 
Além do horário, as sessões deliberativas ordinárias e extraordinárias se 
diferenciam pela determinação de sua Ordem do Dia. Para as primeiras, as 
matérias que farão parte das deliberações são definidas com 3 sessões 
deliberativas ordinárias (art. 170, § 2º, III-RISF) de antecedência. Já para as 
extraordinárias, como o próprio nome diz, não há previsão. Sua Ordem do Dia e 
seu horário de realização são definidos pelo Presidente no momento da 
convocação. 
 
Tanto as sessões deliberativas quanto as não deliberativas precisam da 
presença em plenário de, no mínimo, 1/20 dos Senadores para serem 
iniciadas ou para terem continuação. 
 
 
Pág. 3 
 
 
As sessões especiais são destinadas a homenagens ou comemorações. O 
Senado pode interromper uma sessão ou realizar uma sessão especial, a juízo 
do Presidente ou por deliberação do Plenário, mediante requerimento assinado 
por pelo menos seis Senadores e aprovado por maioria simples de votos. Nela 
podem ser admitidos convidados à mesa e no plenário, sem necessidade de 
quorum para ser realizada. A convocação pode ser feita em sessão ou mediante 
publicação no Diário do Senado Federal. O uso da palavra é restrito aos oradores 
designados pelo Presidente. O Senado ainda pode prestar homenagem sem que 
esta dure uma sessão inteira. Ela pode ser realizada na primeira parte da sessão, 
Período do Expediente. Para isso, também é necessário requerimento assinado 
por no mínimo seis Senadores e aprovado pelo Plenário. Os Senadores que 
quiserem fazer uso da palavra, neste caso, podem se inscrever. 
 
As sessões deliberativas, ordinárias ou extraordinárias, do Senado, 
possuem três FASES: 
 
 Período do Expediente; 
 Ordem do Dia; e 
 após a Ordem do DiaAs não deliberativas, como não têm Ordem do Dia, só possuem Período do 
Expediente. 
 
Para refletir 
 Quanto às sessões especiais, podem ser divididas? 
 Não, elas destinam-se apenas à homenagem estabelecida. 
 
Pág. 4 
 
E no Congresso, como ocorrem as sessões? 
 
No Congresso, as sessões são conjuntas, quer de trabalho, quer de 
homenagem. As que não tiverem data previamente estabelecida serão 
convocadas pelo Presidente do Senado ou seu substituto, com prévia audiência 
da Mesa da Câmara. As sessões pré-datadas são as de posse do Presidente e 
do Vice-Presidente da República (1º de janeiro) (arts. 60 a 67 - RCCN) e a 
destinada a abrir os trabalhos da sessão legislativa ordinária (02 de fevereiro ou 
primeiro dia útil subsequente) (arts. 57 a 59 - RCCN). 
 
As sessões conjuntas são realizadas no plenário da Câmara dos Deputados, 
salvo escolha de outro lugar previamente anunciado. Em geral, nesta hipótese, 
a opção recai sobre o plenário do Senado Federal. 
 
Nas sessões de trabalho legislativo, havendo Ordem do Dia, os avulsos 
(publicação) das matérias devem estar disponíveis aos parlamentares com 24 
horas de antecedência. As sessões de trabalho também são divididas em 
FASES. Por analogia ao Regimento do Senado, compreendem: 
 As fases das sessões são: 
Período do Expediente Ordem do Dia Após a Ordem do Dia 
 
O Congresso Nacional realiza sessão solene para: 
 Inaugurar sessão legislativa (ordinária ou extraordinária); 
 Dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República; 
 Promulgar emendas constitucionais; 
 Homenagear Chefes de Estado estrangeiro; 
 Comemorar datas nacionais. 
 
Todas as sessões, do Senado ou do Congresso, têm duração de quatro horas e 
meia, podendo ser prorrogadas por proposta do Presidente ou a requerimento 
de qualquer Senador, no Senado, ou de qualquer Congressista, no Congresso, 
tantas vezes quantas necessárias. A prorrogação será sempre por prazo fixo, 
que não poderá ser restringido, salvo por falta de matéria ou de número para o 
prosseguimento da sessão. 
 
Pág. 5 
 
As fases das sessões são: 
 Período do Expediente; 
 Ordem do Dia; e 
 após a Ordem do Dia. 
Agora você irá compreender melhor o que acontece em cada uma das FASES 
DAS SESSÕES. 
 
PERÍODO DO EXPEDIENTE 
 
Nas sessões deliberativas ordinárias, esse período dura 120 minutos, 
contados a partir do real início da sessão. É destinado à leitura do expediente 
pelo Primeiro-Secretário, na íntegra ou em resumo, e aos oradores inscritos, que 
têm até 10 minutos para fazer seu pronunciamento, sendo permitidos apartes. 
 
O Período do Expediente poderá ser prorrogado pelo Presidente, uma única vez, 
para que o orador conclua seu pronunciamento, caso não tenha esgotado o 
tempo de que disponha, após o que a Ordem do Dia terá início 
impreterivelmente. Caso haja matéria a ser deliberada que esteja tramitando no 
rito de urgência urgentíssima (art. 336, I - RISF), não serão permitidos oradores 
no Período do Expediente. Esse tempo também pode ser destinado a 
homenagens. 
 
Nas sessões deliberativas extraordinárias, esse período dura 30 minutos, e 
só haverá oradores caso não haja número para as deliberações da Ordem do 
Dia. No Congresso, o Expediente dura trinta minutos e é destinado à leitura do 
expediente pelo Primeiro-Secretário e aos oradores inscritos, que poderão usar 
da palavra pelo prazo máximo de cinco minutos. 
 
Ainda no Período do Expediente podem acontecer votações de requerimentos 
que não sejam objeto de deliberação na Ordem do Dia. 
 
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No Senado 
 
Encerrado a Período do Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja designação 
é de competência do Presidente da Casa. As matérias são incluídas na Ordem 
do Dia segundo sua antiguidade e importância, observada a seguinte sequência: 
 medida provisória (art.62-CF) a partir do 46º dia de vigência; matéria com 
urgência constitucional (art. 64 CF) com prazo já esgotado; matéria em 
regime de urgência urgentíssima (calamidade pública e perigo de 
segurança nacional); matéria com prazo determinado, segundo o art. 172, 
II, do RISF; matéria em regime de urgência, nos termos do art. 336, II, do 
RISF; matéria em regime de urgência, nos termos do art. 336, III, do RISF; 
 matéria em tramitação normal. 
Além desse critério, há precedência de: 
 matérias em votação sobre as em discussão; matérias da Câmara dos 
Deputados sobre as do Senado; redações finais sobre matérias em 
deliberação do mérito; matérias em turno suplementar, em turno único, 
em segundo turno e em primeiro turno, nessa ordem; projetos de lei sobre 
projetos de decreto legislativo, sobre projetos de resolução, sobre 
pareceres, sobre requerimentos, nessa ordem; 
 matérias da pauta anterior que não foram deliberadas sobre outras dos 
grupos a que pertencem. 
Os projetos de código serão incluídos com exclusividade na Ordem do Dia. Os 
pareceres sobre escolha de autoridade serão colocados ao final da Ordem do 
Dia. 
Apesar de o Regimento dispor sobre a sequência das matérias, essa ordem pode 
ser alterada por requerimento assinado por qualquer Senador, solicitando 
inversão da pauta, apresentado e votado antes de se iniciar a Ordem do Dia. 
Depois desta iniciada, a sequência ainda pode ser alterada por requerimento de 
preferência de um item sobre outro, assinado por qualquer Senador e aprovado 
pelo Plenário. 
São lidos no Período do Expediente e votados após a Ordem do Dia da mesma 
sessão: 
 
 Os requerimentos de urgência, nos termos do art. 336, II; 
 os requerimentos que solicitam sessão especial; 
 os requerimentos que solicitam que o tempo destinado aos oradores do 
Período do Expediente de uma determinada sessão seja para prestar 
alguma homenagem. 
 
 
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No Congresso 
 
Terminada a leitura do expediente e o horário destinado aos oradores do 
Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja designação também é da 
competência do Presidente do Senado (na condição de Presidente da Mesa do 
Congresso). Na sua organização, as proposições em votação têm precedência 
sobre aquelas em discussão. Projetos de lei têm preferência sobre os projetos 
de decreto legislativo, os projetos de resolução e os requerimentos. Também nas 
sessões conjuntas, a ordem da Ordem do Dia pode ser alterada por 
requerimento de inversão da pauta ou de preferência. A diferença é que os 
requerimentos devem ser apresentados por líder partidário. 
 
Tanto no Senado quanto nas sessões conjuntas, estando uma matéria em fase 
de votação e não havendo quorum para as deliberações, passar-se-á à matéria 
que estiver em discussão. Esgotada a matéria em discussão e persistindo a falta 
de quorum, a Presidência pode suspender a sessão por prazo não superior a 30 
minutos (no Congresso) ou a uma hora (no Senado) ou conceder a palavra a 
algum parlamentar. Sobrevindo número para as deliberações, voltar-se-á às 
matérias, interrompendo-se o orador que se encontra na tribuna. 
 
Nenhum Senador no Senado ou parlamentar no Congresso presente à sessão 
poderá deixar de votar, salvo quando se tratar de assunto em que tenha 
interesse pessoal (nesse caso, o Senador ou parlamentar deve declarar tal fato, 
sendo, contudo, sua presença computada para efeito de quorum) ou quando seu 
partido estiver em obstrução declarada pelo líder. 
 
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APÓS A ORDEM DO DIA 
 
No Senado e no Congresso 
Esgotada a Ordem do Dia, o tempo que restar para o término da sessão será 
destinado, preferencialmente, ao uso da palavra pelas lideranças e, havendo 
tempo, pelos oradores inscritos, que no Senado, nestemomento, dispõem de 
até vinte minutos para seu pronunciamento. 
Algumas votações são realizadas nesta fase da sessão no Senado. Alguns 
exemplos: 
 
 requerimentos de urgência nos termos do art. 336, II, do RISF; 
 redações finais de matérias em rito normal de tramitação que foram 
deliberadas na Ordem do Dia, caso haja requerimento de dispensa de sua 
publicação. 
 
 
Uma sessão só não se realiza, no Senado, por falta de quorum, por deliberação 
do Plenário, quando seu período de duração coincidir, mesmo que parcialmente, 
com o de sessão conjunta do Congresso, ou por motivo de força maior, assim 
definido pela Presidência da Casa. 
 
 
No Congresso, ela não se realiza por falta de quorum ou por cancelamento por 
parte da Presidência do Senado. 
O Senado, nos sessenta dias que antecedem as eleições gerais, funciona de 
acordo com o Regimento Comum, ou seja, suas sessões se realizam por 
convocação, como as conjuntas do Congresso. Nesses dias, também o Período 
do Expediente ou a Ordem do Dia podem ser dispensados, desde que ouvidas 
as lideranças. 
 
Unidade 5 - Tipos de Sessão e Modalidades de Votação 
 
TIPOS DE SESSÃO E MODALIDADES DE VOTAÇÃO 
 
Veremos aqui que as sessões, tanto do Senado como as conjuntas do 
Congresso, podem ser públicas ou secretas. As votações também podem ser 
públicas - o Regimento usa a palavra "ostensivas" - ou secretas. 
 
Quem pode assistir a uma sessão no Senado ou no Congresso? 
 
A maior parte das sessões é pública, ou seja, qualquer pessoa desarmada, 
ocupando em silêncio o lugar que lhe é reservado, pode assistir tanto a uma 
sessão do Senado como do Congresso, na Tribuna de Honra ou nas galerias. À 
imprensa é reservada uma bancada própria. 
 
Quem pode entrar no Plenário do Senado? 
 
No plenário do Senado são admitidos, além dos Senadores, os suplentes de 
Senador, os ex-Senadores e suplentes que tenham exercido o mandato, 
Ministros de Estado, nos casos previstos no Regimento - ou seja, quando 
convocados ou quando solicitarem sua vinda para expor algum assunto de 
interesse de sua Pasta. Também são admitidos no plenário funcionários da 
Casa, quando em pleno exercício de suas funções. Nas sessões especiais são 
admitidos convidados, podendo estes, inclusive, a convite do presidente, compor 
a Mesa. 
 
Para refletir 
 Se a maior parte das sessões é pública, quer dizer que podemos 
divulgá-las? 
 As divulgações das sessões por reportagem fotográfica no recinto, por 
irradiação sonora ou por filmagem e transmissão em televisão, 
dependem de autorização do Presidente do Senado. 
 
 
Das sessões será elaborada ata circunstanciada, que constará do Diário do 
Senado Federal, tanto durante as sessões legislativas ordinárias como nas 
extraordinárias. Nos períodos de recesso, haverá publicação sempre que houver 
matéria que assim justifique. 
 
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Quando o Senado funcionará secretamente? 
 
Obrigatoriamente, sempre que tiver que deliberar sobre: 
 acordos de paz; 
 declaração de guerra; 
 suspensão de imunidade de Senador durante estado de sítio; 
 escolha de Chefe de Missão Diplomática - os Embaixadores; e 
 também para deliberar sobre requerimento que solicite sessão secreta do 
Senado. 
Neste último caso, chegando à Mesa um requerimento solicitando sessão 
secreta, o Presidente informa ao Plenário sobre a sua existência, sem, no 
entanto, comunicar quem é seu autor nem o motivo pelo qual está sendo 
solicitada a sessão secreta. Para deliberar sobre esse requerimento, o Senado 
já funcionará em sessão secreta. O Presidente solicita a retirada dos funcionários 
e de todos que estejam assistindo àquela sessão, podendo determinar a 
presença dos funcionários que julgar necessários. 
 
Já em sessão secreta, o Presidente informa ao Plenário o nome do requerente 
e o assunto a ser apreciado em sessão secreta. Os Senadores votam por maioria 
simples, em votação simbólica, se desejam que aquele assunto seja apreciado 
em sessão secreta. Aprovado o requerimento, será marcada essa sessão para 
o mesmo dia ou o dia seguinte, caso a data da sessão já não venha 
preestabelecida no requerimento. 
 
Antes de a sessão voltar a ser pública, o Plenário decide, por meio de debate e 
votação, por maioria simples, se deseja que seja divulgado o nome do 
requerente e o assunto tratado. 
 
Caso o requerimento seja rejeitado, a matéria a que ele se refere será objeto de 
debates em sessão pública. 
 
As atas das sessões secretas são redigidas pelo Segundo-Secretário, assinadas 
pelo Presidente e pelos Primeiro e Segundo-Secretários, colocadas em 
sobrecarta (envelope) lacrada, que é rubricada pelos Secretários. Antes de a 
sessão voltar a ser pública, a ata é votada com qualquer número. 
 
Em sessão secreta, além dos Senadores e dos funcionários determinados, o 
Presidente ou um líder podem propor ao Plenário - e este vota a proposta - que 
outras pessoas assistam àquela sessão. 
 
Pág. 3 
 
E as sessões no CONGRESSO? São públicas ou secretas? 
 
As sessões são públicas, como regra, podendo também ser secretas, se assim 
deliberar o Plenário, mediante proposta da Presidência ou de líder, prefixando-
lhe a data. 
 
O procedimento é o mesmo que para o Senado. O Presidente anuncia a 
existência do requerimento, mas sem dizer seu autor nem sua finalidade, a qual 
só será divulgada quando o Congresso já estiver trabalhando em sessão secreta. 
 
Como se dá o registro das sessões? 
 
Também as sessões do Congresso são registradas em ata. As atas das sessões 
públicas são circunstanciadas; as das sessões secretas são redigidas pelo 
Segundo-Secretário. A ata será submetida ao Plenário - que deliberará com 
qualquer número, antes de a sessão voltar a ser pública, -, assinada pelos 
Membros da Mesa, e encerrada em "sim", "não" e "abstenção". 
 
 
 
E no caso de o painel eletrônico não estar funcionando? 
 
Faz-se chamada pela lista de comparecimento dos Senadores. 
 
Como se dá a transformação de uma votação simbólica em votação 
nominal? 
 
Nas votações simbólicas, se algum Senador não concordar ou se tiver dúvida a 
respeito do resultado, pode pedir, com o apoiamento de outros três Senadores, 
verificação da votação. E a votação, que havia sido feita simbolicamente, passa 
agora a ser realizada pelo painel eletrônico, nominalmente, para justamente 
verificar se o resultado anteriormente anunciado corresponde à realidade. 
 
Uma outra forma de uma matéria que deveria ser votada simbolicamente ser 
votada nominalmente é através de requerimento pedindo sua votação nominal. 
Este deve ser apresentado e votado antes de se passar à votação da matéria 
em si. Se aprovado, ela não será submetida à votação simbólica, mas será 
realizada diretamente por processo nominal. 
Assim, os processos simbólico e nominal (no painel ou por chamada) de votação 
são utilizados para votações ostensivas, ou seja, para as votações públicas. 
 
Já nas votações secretas só se pode utilizar o sistema nominal, quer no painel, 
quer por esferas, ou em cédulas, nas eleições. A diferença é que, nas votações 
públicas, aparecem, no painel eletrônico, o nome do votante, seu voto e o 
resultado total da votação. Nas votações secretas, aparecem tão somente o 
nome do votante e o resultado total. Não aparece a qualidade do voto. 
 
A norma geral é que as sessões sejam públicas e as votações também. Mas 
numa sessão pública pode haver votação pública ou votação secreta. E numa 
sessão secreta pode haver votação secreta ou votação ostensiva (pública). 
Depende da matéria que está sendo deliberada. 
 
Pág. 4Resumindo: 
 SESSÕES 
 
 
São públicas, como regra, podendo 
também ser secretas, se assim deliberar 
o Plenário (mediante proposta da 
Presidência ou de líder, prefixando-lhe a 
data). 
 
São secretas, obrigatoriamente, 
sempre que tiver que deliberar 
sobre: 
 
. acordos de paz; 
 
. declaração de guerra; 
 
. suspensão de imunidade de 
Senador durante o estado de 
sítio; 
 
. escolha de Chefe de Missão 
Diplomática - os Embaixadores; 
 
. e também para deliberar sobre 
requerimento que solicite sessão 
secreta do Senado. 
 
 
 VOTAÇÕES 
 
 
I - Ostensivas (públicas) 
 
a) Simbólica 
 
b) Nominal 
 
II - Secretas 
 
a) Eletrônica 
 
b) Por meio de cédula 
 
c) Por meio de esfera 
 
 
 
 
Referência: 
RISF - arts. 182 a 186; 190 a 198; 201 a 208; 289 a 298; 383 a 385. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 6 - Quorum de Iniciativa e Quorum de Votação 
 
QUORUM DE INICIATIVA E QUORUM DE VOTAÇÃO 
 
Iniciativa é o poder de propor a edição de uma regra jurídica nova. Tal poder 
pode ser exercido individual ou coletivamente. 
 
 
Quem pode iniciar uma proposta de regra jurídica nova? 
Qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal 
ou do Congresso Nacional, o Presidente da República, o Supremo Tribunal 
Federal, os Tribunais Superiores, o Procurador-Geral da República e os 
cidadãos. 
 
Vamos verificar alguns exemplos de iniciativa? 
 
 
 
Iniciativa Individual 
Presidente da 
Républica 
Proposta de emenda à Constituição, projeto de lei. 
Senador ou Deputado Projeto de lei, projeto de decreto legislativo, 
projeto de resolução, emendas diversas a outras 
matérias (salvo a proposta de emenda à 
Constituição), requerimento. 
Procurador-Geral da 
República, STF, 
Tribunais Superiores 
Projeto de lei de matéria atinente à sua 
competência privativa. 
 
 
 
 
 
Iniciativa Coletiva 
 
Senadores ou 
Deputados 
Proposta de emenda à Constituição, emendas à 
proposta de emenda à Constituição; na mesma 
sessão legislativa, projeto de lei ordinária 
rejeitado. 
Senadores Projeto de resolução referente à competência 
tributária dos Estados e do Distrito Federal. 
Comissão Projeto de resolução referente às matérias 
estabelecidas no art. 52 VI, VII, VIII, IX da 
Constituição; projeto de resolução relativo à 
competência tributária dos Estados e do Distrito 
Federal; projeto de lei, projeto de decreto 
legislativo, projeto de resolução suspendendo a 
execução no todo ou em parte de lei declarada 
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal 
 
Mesa Provocação à Casa, propondo a perda de 
mandato de parlamentar. 
Partido político 
(representado no 
Congresso) 
Provocação à Casa, propondo a perda do 
mandato de parlamentar. 
Assembleias 
Legislativas 
Proposta de emenda à Constituição (mais da 
metade delas, manifestando-se cada uma pela 
maioria relativa de seus membros). 
Cidadãos Projeto de lei subscrito por, no mínimo 1% do 
eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 
cinco Estados, com não menos de 0,3% dos 
eleitores de cada um deles. 
Pág. 2 
QUORUM DE VOTAÇÃO 
 
Veremos aqui, segundo a Constituição, que as deliberações de cada uma das 
Casas do Congresso e de suas comissões são tomadas por maioria de votos, 
presente a maioria absoluta dos membros, salvo se dispuser em contrário. E o 
Regimento do Senado ou o Regimento Comum também especificam: 
 
 
Deliberações 
 
 
Quórum de votação 
Sentença condenatória de Presidente e Vice-
Presidente da República, de Ministros de 
Estado e do Supremo Tribunal Federal, 
Procurador-Geral da República e Advogado-
Geral da República, todos em casos de crimes 
de responsabilidade 
2/3 de Senadores (54 votos) 
Fixação de alíquotas máximas nas operações 
internas, para resolver conflito específico que 
envolva interesse de Estados e do Distrito 
Federal 
2/3 de Senadores (54 votos) 
Suspensão de imunidade de Senadores, 
durante o estado de sítio 
2/3 de Senadores (54 votos) 
Proposta de emenda à Constituição 3/5 em cada uma das Casas para 
aprovação (49 votos no Senado; 308 
na Câmara dos Deputados 
Projeto de decreto legislativo referente a 
renovação ou não renovação de concessão ou 
permissão para serviço de radiofusão sonora e 
de sons e imagens 
2/5 de votos (33 senadores) para 
rejeitar o projeto 
Projeto de lei complementar maioria absoluta de votos (41) 
Exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da 
república. 
maioria absoluta de votos (41) 
Perda de mandato de Senador nos casos de 
infringência do art. 54 da Constituição ou cujo 
procedimento não seja compatível com o 
decoro parlamentar ou que sofrer condenação 
criminal em sentença transitada em julgado 
maioria absoluta de votos (41) 
 
Aprovação de ato do Presidente da República 
que decretar estado de defesa ou autorização 
para o Presidente decretar estado de sítio 
maioria absoluta de votos (41) 
Estabelecimento de alíquotas aplicáveis às 
operações e prestações interestaduais e de 
exportação 
maioria absoluta de votos (41) 
Estabelecimento de alíquotas mínimas nas 
operações internas. 
maioria absoluta de votos (41) 
 
Autorização de operações de créditos que 
excedam o montante das despesas de capital, 
mediante créditos suplementares ou especiais 
específicos 
maioria absoluta de votos (41) 
Aprovação do nome indicado para Ministro do 
Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal 
de Justiça, do Tribunal Superior do Trabalho, 
para Procurador-Geral da República e para 
membro do Conselho Nacional de Justiça e do 
Conselho Nacional do Ministério Público 
maioria absoluta de votos (41) 
Veto presidencial (em sessão conjunta do 
Congresso) exige maioria absoluta de votos 
"'não" em cada uma das Casas para ser 
derrubado, ou seja, para ser rejeitado 
 
para ser rejeitado (41 no Senado; 
257 na Câmara dos Deputados) 
Perda de mandato de Deputado ou Senador, 
por voto secreto da maioria absoluta da Casa a 
que pertencer o parlamentar 
maioria absoluta (41 no Senado; 257 
na Câmara dos Deputados). 
Observação: Os projetos de decreto legislativo sobre direitos humanos que 
forem aprovados em cada uma das Casas do Congresso Nacional com 3/5 de 
votos (49 no Senado, 308 na Câmara dos Deputados) em 2 turnos serão 
equivalentes a emenda constitucional. 
 
 
A publicidade da matéria, o parecer e o quorum, tanto de iniciativa como de 
votação da matéria a ser deliberada, tanto no Senado quanto no Congresso, são 
três formalidades essenciais que nem mesmo o regime de urgência urgentíssima 
pode dispensar. 
 
 
Referência: 
CF - arts. 47, 51, 52, 2º e 4º; 53, §§ 7º e 8º; 55, § 2º e 3º; 60, § 2º; 61; 66, § 
4º; 67; 69; 77; 101;103-B; 128, § 1º, 2º e 4º;130-A; 136, § 4º; 137; 155, § 2º, 
IV e V, "a" e "b"; 167, III; 223. 
 
RISF - arts. 212; 243; 288; 393; 394. 
 
Parabéns! Você chegou ao final do primeiro Módulo de estudo do curso de 
Processo Legislativo. 
 
Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma 
releitura do mesmo e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado não 
influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu 
domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a 
correção imediata das suas respostas!

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