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Processo Civil 1 Atividade

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Processo Civil 1
Estudo Dirigido Professor: Vaqueiro
1 O que é a vedação ao “NON LIQUET”?
R: A expressão “non liquet” é usual na ciência do processo, para significar o que hoje não mais existe: o poder de o juiz não julgar, por não saber como decidir. 
Sustenta-se, com fundamento no art. 5º, XXXV, da Constituição (inafastabilidade do controle jurisdicional), que o juiz não pode deixar de julgar uma causa que lhe foi submetida (proibição de juízos de non liquet). O propósito deste artigo é discutir essa proposição a partir da teoria dos direitos fundamentais. Pretende-se demonstrar: (i) que a inafastabilidade do controle jurisdicional tem característica de princípio, o que impõe sua aplicação de acordo com as possibilidades fáticas e jurídicas subjacentes; (ii) que a Constituição não veda de forma absoluta o non liquet e que ele pode ser válido, em circunstâncias excepcionais, para ampliar o diálogo institucional; e (iii) que o enquadramento do art. 5º, XXXV, como princípio traz importantes consequências práticas.
Em geral, no direito moderno, o juiz tem que emitir a sentença a favor de uma parte ou de outra com base no ônus da prova. No Brasil, o artigo 140 do Código de Processo Civil adverte que o juiz não se eximirá de sentenciar ao despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei,[4] não sendo possível recorrer ao non liquet. [5]. "Art. 140, caput - O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico"
2 O Paragrafo único do Art.140 CPC dispõe que o Juiz só decidira por equidade nos casos previstos em lei. Pergunta se em que consiste o julgamento em equidade?
R: 1ª) Decisão com equidade: é toda decisão que pretende estar de acordo com o direito, direito enquanto ideal supremo de justiça;
2ª) Decisão por equidade: tem por base a consciência e percepção de justiça do julgador, que não precisa estar preso a regras de direito positivo e métodos preestabelecidos de interpretação;
3ª) Decisão utilizando a equidade como meio supletivo de integração e interpretação de normas: neste caso a decisão é proferida no sentido de encontrar o equilíbrio entre norma, fato e valor (aplicação do direito ao caso concreto), nas situações em que há contradição entre a norma legal e a realidade, gerando uma lacuna.
3 O que é o Principio da demanda?
R: O Princípio da Demanda é também conhecido como Princípio da ação ou da iniciativa das partes, e indica a atribuição à parte da iniciativa de provocar o exercício da função jurisdicional. Entende-se por função jurisdicional - o poder que o Estado tem de aplicar a lei para resolver conflitos de interesses.
A jurisdição é inerte, sendo necessário, portanto, que as partes solicitem a prestação jurisdicional ao Estado. O Judiciário não age de ofício (ne procedat iudex ex officio), ou seja, não poderá decidir sem ser provocado.
A inércia inicial é para garantir que o magistrado irá apreciar o litígio com total imparcialidade; pois, caso o juiz pudesse tomar a iniciativa da ação a sua neutralidade, com certeza, estaria comprometida.
Norteando o princípio em tela, diz o art. 2.º do CPC: “nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou interessado a requerer, nos casos e formas legais”.
Desse modo, deverá o interessado ir à busca do judiciário sempre que algum interesse seu seja afrontado por outrem, cabendo ao juiz conhecer o caso e aplicar-lhe o direito para a solução da lide.
4 Joao move ação indenizatória, por danos matérias em face de Maria. O Magistrado ao julgar ação condena Maria ao pagamento de danos matérias e indenização por danos morais. Agiu corretamente o juiz explique?
R: SIM,  apesar de o sistema processual civil estabelecer como regra geral o pedido certo e determinado, existem determinadas situações que são sujeitas à possibilidade de formulação de pedido genérico, como aquelas previstas no artigo 324, parágrafo 1º, do Código de Processo Civil de 2015.
“Privilegiam-se, nesse caso, os princípios da economicidade e celeridade, uma vez que não é razoável impor ao autor que, antes do ajuizamento da ação, custeie a produção de uma perícia técnica com vistas à apuração do dano material e indicação exata do valor de sua pretensão
5 O Juiz poderá ser responsabilizado pessoalmente pelos danos decorrentes da atividade judiciaria. Explique?
R: SIM, A responsabilidade civil do magistrado, acentue-se, tem sede constitucional, a partir da leitura do artigo 37, § 6º, da Constituição de 1988.
Constituição Federal de 1988
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
6 O Juiz que receber no curso do processo, presente de parte interessada nele será suspeito ou impedido?
R: 
Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015
Código de Processo Civil.
 Art. 145. Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
7 O Juiz que julga ação em que a parte:
Seu motorista é impedido ou suspeito R: IMPEDIDO Art.144 VI CPC
Seu tio? R: IMPEDIDO Art.144 IV CPC
Seu Primo R: PRIMO Art.144 *********
8 Qual o procedimento a ser adotado pela parte para alegar a existência de impedimento ou suspeição:
R: Nessa temática, não se faz mais necessário que a parte interponha a exceção de impedimento e suspeição como outrora, bastando que ao tomar conhecimento do fato que no seu entender incompatibiliza a atuação do magistrado e comprometa a sua imparcialidade, traga a questão para dentro dos autos dentro de 15 dias, oportunidade em que se formaliza a questão e caso a caso vai se analisar a pertinência ou não da alegação, inclusive não mais suspendendo automaticamente o curso do processo, pois o efeito suspensivo será analisado particularmente.
9 É correto afirmar que a suspeição e o impedimento são situações restritas ao magistrado?
R: SIM, O juiz tem o dever de oferecer garantia de imparcialidade aos litigantes. Não basta ao juiz ser imparcial, é preciso que as partes não tenham dúvida dessa imparcialidade.
10 Segundo o CPC quem são os auxiliares do juiz?
R: Tratam-se de todos aqueles que participam do processo no sentido de implementar a prestação jurisdicional. Suas atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária. São eles: o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete. São permanentes ou eventuais. Os permanentes são os auxiliares que aparecem em todos ou quase todos os processos, por exemplo, o escrivão, o oficial de justiça e o distribuidor. Já os eventuais são os auxiliares que atuam em certos tipos de processos, aparecendo nas relações processuais de forma esporádica, como, por exemplo, os intérpretes ou os peritos.
Artigos 149 ao 175 do Código de Processo Civil
11 Quais as consequências da falta de intervenção do MP como fiscal da Ordem juridica?
 R: É nulo o
processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir (art. 279 do CPC 2015/ art. 246 do CPC 1973).
Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado. Entretanto, a nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo.
12 O que é Litisconsórcio?
R: O litisconsórcio caracteriza-se pela reunião de duas ou mais pessoas assumindo simultaneamente a posição de autor ou de réu.
Pela definição do art. 46, do CPC, o litisconsórcio ocorre quando “duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I – entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II – os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito;
III – entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;
13 Classifique os tipos de Litsconsórcios que ocorrem nas situações descritas abaixo:
Ação movida pelo MP, visando declarar nulidade do casamento de João e Maria
R: O litisconsórcio será unitário necessário (ou necessário unitário) quando a sua formação se der de forma obrigatória e a decisão tiver que ser a mesma para todos os litisconsortes. Na ação de anulação de casamento proposta pelo Ministério Público (CC, art. 1.549), marido e mulher devem ser citados (litisconsórcio necessário) e o casamento, caso o pedido seja julgado procedente, será nulo para ambos os cônjuges.
Ação movida por um grande n de autores que optarem por litigar juntas em face de um mesmo réu e que por causa disso dificulta a defesa deste.
R: O litisconsórcio será unitário facultativo quando a sua formação não for obrigatória, mas a decisão tiver que ser uniforme para todos os integrantes. Na ação proposta por mais de um condômino para reivindicar o bem comum (litisconsórcio facultativo), a decisão terá que ser uniforme para todos os condôminos (litisconsórcio unitário). O mesmo ocorre em ação proposta por acionistas que visam anular a assembleia geral de uma sociedade anônima, cuja solução necessariamente terá que ser uniforme para as partes e nas ações coletivas propostas em litisconsórcio por mais de um legitimado.
ALUNO: PAULO ROBERTO DA PAIXÃO

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