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06.O DIREITO MEDIEVAL

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O DIREITO MEDIEVAL
DA QUEDA DE ROMA À INQUISIÇÃO
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QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO
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Ascensão política e urbana;
Sistema escravagista entra em colapso;
Crise na produção agrícola;
Invasões bárbaras
O Fórum Romano, o coração de Roma - detalhe em maquete da antiga Roma.  
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A crise política e militar só será solucionada por Diocleciano (284 d.C. - baixo império);
Surgimento do colonus: camponês que pagava em dinheiro o aluguel das terras a grandes proprietários, pelo instituto do patrocinium.
Estatua do imperador Augustus. 
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O Império do Ocidente foi dilacerado por guerras civis;
O Império Romano Oriental, sob o governo de Justiniano, realiza uma grande compilação de todas as fontes do direito romano e sua harmonização com o direito então vigente.
 
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O ius civile continua sendo o direito das populações latinizadas: Gália, Espanha e Itália;
Ao norte do Império prepondera o direito germânico, exceto nas cidades mais romanizadas: Colônia, Trier e Reims.
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As populações passaram a viver de acordo com suas próprias leis: princípio da personalidade do direito.
Surgimento do direito romano vulgar.
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Fontes do Direito - Baixo Império 
429	Constituição teodosiana reconhecendo a validade do Codex Gregorianus e Hermogenianus
435	Constituição preparatória do Codex Theodosianus
438	Codex Theodosianus (entra em vigor em 439)
475	Codex Eurici (rei dos visigodos)
500	Edictum Theodorici regis; Lex Romana Burgundiorum
506	Lex Romana Visigothorum (Breviarium Alaricianum)
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O desenvolvimento do feudalismo
Decrécimo do poder real;
Desaparecimento da atividade legislativa imperial;
O poder judicial passa para as mãos do senhor feudal;
Inexistência de documentos jurídicos nos séculos X e XI.
A justiça é feita por ordálios e duelos judiciários.
O direito canônico é o único direito escrito e universal.
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Ressurgimento do direito romano
Entre os séculos XII e XIII.
 Características:
Unidade e ordenação das diversas fontes do direito (justinianeu, canônico, locais);
Unidade do objeto da ciência jurídica (jurisprudências romanas);
Unidade dos métodos científicos usados pelos juristas;
Unidade do ensino jurídico;
Literatura especializada na língua latina.
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 Fases
Séc. XII e XIII: predominância do direito romano sobre os direitos locais;
Séc. XIV e XV: desenvolvimento dos direitos locais;
Séc. XVI: supremacia dos preceitos régios e citadinos sobre o direito privado clássico.
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Causas da recepção do direito romano
Fatores culturais:
Integração territorial da Europa com o mundo clássico;
Sistema de produção latifúndio escravagista;
Invasões bárbaras e a assimilação das leis romanas por eles, principalmente na Espanha, Gália e Itália.
Província gaulesa do Império romano. 
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Fatores econômicos
Desenvolvimento da burguesia européia;
Necessidade de um direito estável para as operações comerciais;
Necessidade de um direito universal para o mercado internacional;
Sistema legal acima das limitações dos ordenamentos feudais e eclesiásticos.
O direito romano era inadequado em relação às sociedades e comércio marítimo, prevaleciam as normas locais;
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Fatores políticos
A estrutura política feudal se assemelha a do império no período do dominato.
Poder político centralizado sujeito à discricionariedade do monarca.
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Fatores sociológicos
O caráter de segurança e previsibilidade da ação burocrática;
Vinculação desses atos a normas jurídicas gerais e abstratas;
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Fatores epistemológicos
Fatores de ordem institucional: surgimento das universidades;
Fatores filosófico-ideológicos: a legitimidade da razão;
Escola de Bolonha: primeiros estudos ordenados do Corpus Iure Civilis, surgem os glosadores, escola de Irnerius (estudos analíticos da legislação de Justiniano para explicá-la.);
Os conciliadores (Cino de Pistóia) surgem na tentativa de aplicar o direito romano à realidade
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Novas categorias dogmáticas criadas pelos comentadores
Teoria do duplo domínio:distinção da posse direta e indireta;
Definição de diversos critérios, variáveis de acordo com a matéria, para a solução de conflitos de competência entre diversos direitos feudais; o lugar do cometimento do delito; nacionalidade;lugar da conclusão do contrato; 
Sistematização dos preceitos jurídicos clássicos, analogia e método comparativo.
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Sistema feudal
Sistema de organização baseado nos laços de dependência, estabelecendo uma hierarquia entre os homens.
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Para receberem ajuda para defesa das terras, os senhores ofereciam a posse das terras.
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Contrato feudo-vassálico
Contrato pessoal, celebrado por meio de rituais específicos: 
Investidura,
Fé, 
Homenagem.
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Efeitos do contrato
Para o senhor feudal:
Poder do senhor sobre o vassalo;
Obrigação de fidelidade, proteção e sustento;
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Efeitos para o vassalo:
Fidelidade;
Auxilium :ajuda militar e material,
Consilium: participação na Cúria para deliberações sobre julgamentos e decisões políticas.
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Fim do contrato
Renúncia do vassalo e devolução do símbolo entregue na investidura;
Rompimento unilateral sem a devolução da terra: descumprimento das obrigações ou excomunhão.
Ritual do desafio
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Os direitos de uso e propriedade no contrato
O feudo era um bem indisponível;
Propriedade do senhor e usufruto do vassalo;
Os vassalos eram “herdados;”
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Relações feudo-vassálicas e a justiça
Quem fazia as regras era o senhor feudal;
A concessão do benefício poderia ser acompanhada dos direitos de natureza pública: cunhar moedas e fazer justiça;
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Os direitos da Idade Média
Direito germânico:
Povo nômade ou semi-nômade;
Não possuíam escrita;
Estrutura social tribal;
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Família romana
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OS GRUPOS BÁRBAROS: 
* Tártaro-mongóis: hunos, turcos, búlgaros, húngaros(magiares). * Eslavos: russos, poloneses, tchecos, sérvios. * Germanos: visigodos, ostrogodos, hérulos, anglos, saxões, lombardos, vândalos, francos. 
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Direito Canônico
Direito da Igreja Católica;
Cânon : regra
Direito escrito e universal;
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Fonte para o direito moderno;
Baseado no ius divinum: regras extraídas da Bíblia, estudos dos doutos da Igreja e da doutrina patrística, as decisões dos Concílios, escritos dos papas, os costumes e os princípios do direito romano.
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O imperador Constantino elevou as decisões religiosas à condição de jurídicas;
Os clérigos tinham foro privilegiado;
No período carolíngio a igreja julgava: casamento, legitimidade dos filhos, divorcio, rapto, nulidade de casamentos, etc.;
Após o séc. X tinha jurisdição sobre os Cruzados, Universidades, viúvas e órfãos.
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Na esfera penal estava submetido à queixa.
As provas irracionais eram largamente praticadas
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Tribunal do Santo Ofício da Inquisição
Para julgamento dos hereges;
Utilização política pelos monarcas absolutistas: perseguição, financiamento próprio e eliminação dos opositores.
Tortura e penas cruéis amplamente aplicadas: pelourinho,mutilações, atenazamento, roda, forca, decaptação, esquartejamento,maceração, etc.

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