TG Estudos Disciplinares XV

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LETRAS – PORTUGUÊS/INGLÊS
TRABALHO EM GRUPO – TG
ESTUDOS DISCIPLINARES XV
Formação Específica: Estudos em Língua Portuguesa
De acordo com Rajagopalan (1998, p. 41), “A identidade de um indivíduo se constrói na língua e através dela. Isso significa que o indivíduo não tem uma identidade fixa anterior e fora da língua. Além disso, a construção da identidade de um indivíduo na língua e através dela depende do fato de a própria língua em si ser uma atividade em evolução e vice-versa. Em outras palavras, as identidades da língua e do indivíduo têm implicações mútuas”. 
Com base nas ideias de Rajagopalan, apresente um exemplo de uso da língua (seja portuguesa, indígena, africana, do imigrante etc.) no Brasil, em que o uso reflete a identidade de quem fala. Comente a relação entre o uso da língua e a identidade do falante. 
RESPOSTA 
	No processo da colonização do Brasil, houve uma mistura de raças e línguas, e com isso o brasileiro foi construindo sua linguagem, analisando através dela a diferenciação de cada comunidade, de acordo com faixas etárias, meio social, grau de escolaridade, e várias coisas que influenciam e diferenças em relação à maneira de falar.
	Através da língua, o falante dispõe de possibilidades para se comunicar, e pode escolher dentre as variações existentes de um processo histórico da linguagem de uma sociedade, que representa uma sociedade através de aspectos sociais, valores regionais e econômicos, etc.
	A variação linguística dos falantes de uma determinada oferece várias formas ou expressões para dizer a mesma coisa que tem o mesmo sentido ou significado. Ela pode ser estilística, sociocultural, geográfica.
	Em relação à estilística, pode-se dizer que não há falantes ou escritores que falem ou escrevam da mesma maneira. Cada ser possui um jeito próprio para expressar o seu ponto de vista sobre o que vê e ouve sobre o mundo, e através deste processo acumula experiências pessoais e únicas, que influenciam a sua maneira de se vestir, andar, se comportar, e de falar.
	Em relação a sociocultural, destacam-se principalmente as crianças, os jovens, e idosos. Os jovens criam suas próprias expressões, e utilizam gírias, dentre eles temos as tribos dos surfistas, rappers, punks, entre outros.
	Geograficamente, a língua muda de uma região para outra, e existem variações dentro de um mesmo país. No nordeste podemos observar que a fala é diferente do sul e do sudeste. No sertão nordestino, as consoantes /t/ e /d/, quando vem antes do /i/ vogal ou semivogal, palatalizam-se, em transcrição fonética [ts] e [dz]: [noitsi] “noite”, [odzu] “ódio”.
	O Brasil possui muitos sotaques, produzidos pela diversificação de povos e línguas, e tais sotaques são quase dialetos. O meio pelo qual uma pessoa pronuncia determinada palavra pode mudar até entre cidades vizinhas, e através do sotaque podemos identificar de qual região a pessoa pertence. O nordestino como dito anteriormente, possui um sotaque onde a voz sai um pouco arrastada, o paulista enfatiza mais o som da letra /e/ que é mais fechada. 
	Através deste trabalho foi possível verificar que existe muita diversidade linguística em nosso país, e é preciso respeitar cada falante, independente da região que habita ou do meio social em que vive.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, Geane Lopes Francisco; QUEIRÓZ, Silmara Silveira Lemes Sampaio de; BUENO, Elza Sabino da Silva. A LINGUA: UM INSTRUMENTO DE FALA, DE IDENTIDADE PESSOAL E SOCIAL. Sodialeto, Campo Grande, v. 2, n. 2, p.1-11, nov. 2012.
BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1999.