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Resumo completo Primeira Prova

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Microbiolo...
Morfologia e Estrutura da Célula Bacteriana
Durante a evolução, os procariontes divergiram em dois grandes grupos: o das Arqueobactérias ou 
Archaea, com cerca de vinte espécies que vivem atualmente, e o das Eubactérias, que reúne os 
demais procariontes atuais.
○
As arqueobactérias agrupam os procariontes que vivem em condições ambientais adversas. É o 
caso das bactérias que vivem em pântanos; das bactérias halófitas extremas, e daquelas que 
vivem em ambientes ricos em gás H2S e com altas temperaturas.
○
As eubactérias, que reúnem as demais bactérias e as cianobactérias serão o nosso objeto de 
estudo.
○
Definição-
Tamanho�
Forma�
Arranjo�
Estruturas�
Caracterizam-se por:○
Morfologia-
As espécies de interesse médico medem entre 0.5 a 1.0 μm e 2 a 5 μm.○
Tamanho-
Cocos○
Bacilos○
Espirilos○
Vibriões○
Forma-
Aos Pares�
Em cadeia�
Arranjos irregulares�
As colônias de cocos formam arranjos típicos para espécies particulares de bactérias, e eles 
podem ser:
○
Bacilos, espirilos e vibriões geralmente aparecem isolados.
Arranjos-
Aula 11/08/2011
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
06:44
 Página 1 de Microbiologia 
Bacilos, espirilos e vibriões geralmente aparecem isolados.○
Estes arranjos são importantes pois são determinados pela orientação e pelo grau de ligação da 
bactéria no momento da divisão celular.
Estruturas-
A célula procariótica, em contraste com a eucariótica, não é compartimentalizada.
CROMOSSOMOS○
Único e circular ligado ao mesossomo.
RIBOSSOMOS○
Os ribossomos procarióticos são 70S. As subunidades ribossômicas procarióticas são 30S e 50S. A 
subunidade ribossômica 30S contém o RNA 16S enquanto que a subunidade 50S contém RNA 23S 
e 5S. 
As diferenças, tanto nos RNAs quanto nas proteínas ribossomais, constituem a base da ação 
seletiva de vários antibióticos, que inibem a síntese protéica em bactérias, mas não em seres 
humanos. Os antibióticos tem que ser feitos dentro destas subunidades, pois se existir uma troca 
destas subunidades os antibióticos não farão efeito, podendo deixar os microorganismos cada vez 
mais resistentes.
GRÂNULOS DE RESERVA:○
São polímeros insolúveis de glicose, fosfato inorgânico e lipídeos. Todas as células têm e a bactéria 
não é diferente, tendo que ter sua reserva, onde a primeira reserva é a glicose. Através da 
fermentação desta glicose é que se pode separa as bactérias, nas análises, em grupos fermentador 
e não-ferrmentador.
MESOSSOMOS:○
É uma invaginação da membrana celular, ligada à respiração celular de seres procariontes. 
Participando também da facilitação da divisão celular. Em uma célula inicial, ocorre a duplicação 
do material hereditário, que está ligado ao mesossomo. A célula começa a crescer e os 
mesossomos afastam-se, levando consigo um cromossomo.
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA○
A membrana citoplasmática localiza-se subjacente à parede celular, é formada por dupla camada 
fosfolipoproteica e é fundamental na estrutura bacteriana. Atua como barreira osmótica, é 
livremente permeável aos íons sódio e aos aminoácidos (permeabilidade seletiva).
Além disso,a membrana é sede de importantes sistemas enzimáticos envolvidos nos últimos 
estágios da formação da parede celular, participantes da biossíntese de lipídeos, e responsáveis 
pelo transporte de elétrons, assim como enzimas envolvidas no processo de fosforilação oxidativa.
Dentro do grupo cocos, algumas bactérias são produtoras de β-lactamase, como o estafilococos 
aureos e as enterobactérias. 
A membrana apresenta 4 funções importantes: (1) transprote ativo de moléculas para o interior 
da célula; (2) geração de nergia por fosforilação oxidativa; (3) síntese de precursores para a 
síntese da parede celular e (4) secreção de enzimas e toxinas.
Estruturas e organelas tais como membranas nucleares, mitocôndrias, retículo endoplasmático, 
complexo de Golgi, fagossomos e lisossomos não existem na célula procariótica.
É um envoltório rígido que determina a forma da célula e a protege contra agressões físicas do 
ambiente.
Constituída por ácido diaminopimérico (DPA), ácido murâmico e ácido teicóico além de 
aminoácidos, carboidratos e lipídeos. Todos esses compostos estão reunidos para formar 
substâncias poliméricas complexas que por sua vez estruturam a parede celular.
O peptideoglicano (também chamado de mucopeptídeo ou mureína) forma a estrutura rígida da 
parede.
A divisão das bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, de acordo com sua resposta à coloração 
PAREDE CELULAR-
 Página 2 de Microbiologia 
A divisão das bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, de acordo com sua resposta à coloração 
de Gram é decorrente das diferenças na composição e estrutura da parede celular.
Para quebrar estas paredes, muitas vezes, é prescrito antibiótico por um período de tempo, se 
este tempo não for respeitado a parede celular pode se recuperar, podendo gerar mais um 
problema, pois foi administrado o antibiótico, que se constitui um alimento para bactéria. O 
antibiótico só não é alimento para bactéria se for consumido excessivamente em relação a 
bactéria, tornando-se tóxico. Como o período não foi respeitado o problema provocado pela 
bactéria certamente voltará, necessitando iniciar um novo tratamento, observando se não houve 
resistência da bactéria ao medicamento.
Se as paredes celulares das bactérias não forem quebradas não adiantará nenhum tratamento. 
A imunidade do paciente, também, pode ser um fator impeditivo de uma melhora após a 
prescrição de antibióticos e uma correta administração.
O antibiótico quebra a estrutura da parede celular, quando isto acontece a divisão destas bactéria 
fica enfraquecida, se estiver bem imunologicamente, os fagócitos conseguirão eliminar os 
microrganismos. 
Bactérias Gram Positivas: possuem uma quantidade maior de peptideoglicano em sua parede 
celular, o que torna a parede dessas bactérias mais espessa e rígida do que a das bactérias Gram 
negativas. São sensíveis à lisozima e sua parede constitui o local de ação de alguns antibióticos 
além de apresentar elementos básicos para identificação sorológica.
○
Bactérias Gram Negativas: a parede celular dessas bactérias é menos espessa e elas são mais 
complexas do que as Gram positivas por apresentarem uma membrana externa cobrindo a fina 
camada de peptídeoglicano, que serve como uma barreira seletiva e ainda pode causar efeitos 
tóxicos sérios em animais infectados.
○
(1) lipídeo A, firmemente embebido na membrana;
(2) cerne do polisssacarídeo, localizado na superfície da membrana
(3) Antígenos O, que são polissacarídeos que se estendem como pêlos a partir da superfície 
da membrana em direção ao meio circundante. A porção lipídica do LPS é também 
conhecida como endotoxina e pode atuar como um veneno, causando febre, diarréia, 
destruição das células vermelhas do sangue e um choque potencialmente fatal.
A estrutura da membrana externa é composta por fosfolipídios, lipoproteínas e 
lipopolissacarídeos (LPSs). Os LPSs são compostos por três segmentos ligados covalentemente: 
○
Organelas○
CÁPSULAS:�
É uma camada viscosa que constitui uma forma de proteção da bactéria contra as condições 
externas desfavoráveis. A cápsula é um envoltório que defende a bactéria de nossas defesas 
naturais, dos antibióticos. A capsula dificulta a fagocitose, a maioria dos fagócitos ao 
chegarem perto das bactérias envoltas por cápsulas são atingidos por uma substância tóxica 
produzida pela própria cápsula. 
Geralmente tem natureza polissacarídica, podendo ser formadas por polipeptídios.
Está relacionada com a virulência da bactéria, conferindo resistência á fagocitose.
Para combater está bactéria, tem que administrar um antibiótico que além de destruir a 
cápsula, deverá penetrar nas porinas do DNA para matar a bactéria, se não fizer não vai 
adiantar.
As organelas são as estruturasmais internas dos microrganismos.
FLAGELOS:�
São organelas especiais de locomoção, constituídas unicamente pela flagelina, esta proteína 
é extremamente virulenta. Quando vai se produzir uma vacina, basta pegar um pedaço 
desta proteína, pois a virulência maior está no flagelo.
Propulsionam a bactéria através do líquido podendo chegar a 100 µm por segundo.
Denominações da bactérias de acordo com o flagelo: atríquias, monotríquias, anfitríquias, 
lofotríquias (1, 2 ou flagelos de um só lado) e peritríquias (flagelos por todo o corpo). Destes 
tipos de bactérias a mais patogênica é a que tem maior números de flagelos, as peritríquias.
 Página 3 de Microbiologia 
tipos de bactérias a mais patogênica é a que tem maior números de flagelos, as peritríquias.
A - Monotríquias: Um flagelo polar;
B - Lofotríquias: Um tufo de flagelos;
C - Anfitríquias: Um flagelo e um tufo em cada pólo;
D - Peritríquias: Flagelos em toda a superfície.
A maioria dos Gram-positivos não tem flagelos, mas as Gram-negativas é o contrário, a 
maioria tem flagelos. 
A bactéria tem tropismo por partes de nosso organismo. A bactéria que tem flagelo é mais 
virulenta do que a que não tem, pois a que tem flagelo vai chegar muito mais rápido ao seu 
local preferido (tropismo) para causar sua patologia. 
FÍMBRIAS:�
As fímbrias são importantes para aquelas bactérias que não tem flagelos, sendo estas 
bactérias letais, pois possuem fímbrias. Estas fímbrias ficam ao redor dos corpos, até mesmo 
nos bastonetes pode ser localizados, além dos flagelos.
Também chamadas de “Pili”, são organelas mais curtas e delicadas que os flagelos, 
constituídas pela pilina e presente em algumas bactérias, especialmente as Gram-negativas.
Função relacionada com a conjugação bacteriana e aderência às superfícies mucosas, após 
ser estabelecido a aderência através das fímbrias o material genético da bactéria é passado 
para célula, que é justamente a toxina que é levada para nossa célula.
ESPOROS:�
São formas de resistência bacteriana e dos fungos. A maioria dos fungos são esporulados, 
este fator é determinante para difícil cura. 
Possuem parede celular espessa, são altamente refráteis, resistentes a agentes físicos e 
químicos adversos, devido à sua parede ou capa impermeável composta de ácido 
dipicolínico.
Altamente resistentes ao aquecimento; os esporos não são mortos por ebulição 
(100ºC), mas são mortos a 121ºC.
�
Altamente resistentes a muitos agentes químicos, incluindo a maioria dos 
desinfetantes.
�
Podem sobreviver por muitos anos, especialmente no solo.�
Não exibem atividade metabólica mensurável.�
Formam-se quando os nutrientes são insuficientes, mas podem germinar para 
Características Importes dos Esporos□
Todos os clostridium (tetani, Botulinico e Perfinges) são esporulados, causam patologias e 
podem até matar. O antibiótico para este tipo de microrganismo não é eficaz, pode ser 
prescrito concomitante para combater as bactérias oportunistas. O melhor fármaco é o anti-
soro que bloqueará as toxinas destes esporulados.
 Página 4 de Microbiologia 
Formam-se quando os nutrientes são insuficientes, mas podem germinar para 
formar bactérias quando os nutrientes tornam-se disponíveis.
�
Produzidos apenas por dois gêneros: Bacillus e Clostridium, ambos Gram-
positivos.
�
Equipamentos médicos precisam ser aquecidos a 121ºC por pelo menos 15 minutos para serem 
esterilizados.
○
Somente as soluções designadas como esporicidas irão matar os esporos.○
Feridas contaminadas com solo podem estar infectadas com esporos e causar doenças como o 
tétano (C. tetani) e gangrena gasosa (C. perfringens).
Antibióticos são ineficientes contra esporos, pois agem inibindo certas vias metabólicas da 
bactéria. Além disso, o revestimento dos esporos é impermeável aos antibióticos.
○
Normalmente não se encontram esporos no sítio de infecções, pois não há limitação de nutrientes 
no local.
○
Bactérias, ao contrário de esporos, são vistas normalmente nos esfregaços corados.○
Infecções transmitidas por esporos são causadas por espécies de Bacillus ou Clostridium.
Implicações Clínicas-
 Página 5 de Microbiologia 
Microbiolo...
NUTRIÇÃO E CRESCIMENTO BACTERIANO
Os microrganismos para crescer e exercer suas atividades precisam estar bem nutridos.
Crescimento 1)
O crescimento bacteriano é influenciado por vários fatores ambientais, destacando-se o alimento, a 
temperatura, a umidade, o pH e o oxigênio.
Nas condições artificiais do laboratório tem que ser feito tudo certo, senão os microrganismos não vão 
crescer.
Alguns fatores são importantes para o crescimento bacteriano, como a Temperatura; a Umidade, pois 
onde não tem água, não tem reação bioquímica, portanto sem vida, tem que ser tudo em equilíbrio, não 
se pode colocar água demais, pois o organismo pode morrer, grande osmolaridade não faz bem para o 
crescimento; halofilia é importante, pois a medida de sal influencia na seletividade do crescimento 
bacteriano; o pH também é importante, pois influencia na seletividade das bactérias, existindo algumas 
que crescem em pH neutro, outras em pH ácido e outras em pH alcalino.
Cultivo2)
Mycobacterium leprae: causa a hanseníase (lepra)
Treponema Pallidum: causador da sífilis, onde o diagnóstico é realizado através da sorologia.
Somente dois tipos de bactérias não crescem em meios de cultivo artificiais de laboratório:
Água como fator indispensável. Não existe reação bioquímica sem água, mas a água não pode ser 
em excesso. Se colocarmos água demais em um meio de cultura acontece a osmolaridade, 
turgescência e a bactéria morre. Se colocarmos água de menos acontecerá a desnaturação e 
morte como em qualquer outra célula.
○
Doadores de hidrogênio – capazes de perder elétrons. Claro que toda reação ou se doa ou se 
perde, sendo importantes porque as bactérias começam pela fermentação, a maioria das 
bactérias fermenta o açúcar. Pode-se usar a lactose, sacarose, frutose que são outros açucares, 
onde terá bactéria que não fermenta estes açúcares, podendo-se separá-las. A salmonela não 
gosta de fermentar a lactose. Escherichia coli fermenta todos os açúcares. 
○
Reação de oxidação – essenciais para o metabolismo. As reações de oxiredução são importantes 
no diagnósticos das bactérias.
○
Compostos orgânicos – açúcares, alcoóis, aminoácidos.○
Compostos inorgânicos – nitritos, sulfitos, enxofre, hidrogênio.○
Receptores de hidrogênio○
Reações de redução – doar elétrons, oxigênio, nitratos, sulfatos e outros compostos orgânicos.○
Nutrientes3)
A maioria das bactérias de interesse médico obtém energia a partir de compostos orgânicos.○
Autotróficas – CO2 como única fonte de carbono ou íon bicarbonato, nutrindo-se 
exclusivamente de substâncias inorgânicas, partir dos quais conseguem sintetizar todos os 
compostos orgânicos de que necessitam.
�
Heterotróficas – Além do CO2 mais uma fonte orgânica de carbono, os microrganismos 
exigem fontes orgânicas de carbono.
�
4.1 – Fonte de Carbono: Elemento indispensável, pois existem microrganismo que só utiliza o 
carbono.
Fonte orgânica – amônia, nitrogênio atmosférico.�
4.2 – Fonte de Nitrogênio: importante para alguns grupos bacterianos, na humana existem 
algumas, mas não é o grande problema.
Enxofre, fósforo, sulfato e fosfato, sódio, potássio, magnésio, ferro, zinco, manganês.�
4.3 – Outros compostos: além de carbono e nitrogênio, as bactérias exigem uma série de outros 
elementos sob a forma de compostos inorgânicos.
Fontes de Energia4)
Aula 18/08/2011
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
22:28
 Página 6 de Microbiologia 
Todas estas fontes de energia tem que estar em equilíbrio, para não se ter problema.
Meios de Cultivo: ○
Líquido: sem agentes solidificantes, apresentam-se como um caldo, utilizados para ativação 
das culturas, repiques de microrganismos, provasbioquímicas, e dentre outros.
�
Sólido: são as placas, á idéias de colônias, contém agentes solidificantes como o ágar (cerca 
de 1 a 2%).
�
Semi-sólido: colocado em tubo, é quando a quantidade de ágar e ou gelatina é de 0,075 a 
0,5%, dando uma consistência intermediária, de modo a permitir o crescimento de 
microrganismos em tensões variadas de oxigênio ou a verificação da motilidade e também 
para conservação de cultura. Verifica-se se a bactéria é móvel ou não, se for móvel o meio 
ficará todo turvado, mostrando ainda que é mais virulenta.
�
são preparações químicas que possuem em sua formulação, nutrientes necessários para que os 
microrganismos possam se multiplicar permitindo seu estudo.
Meios Complexos: são meios que tem parte definida e parte não muito bem definidas. Como 
exemplo temos o Ágar Sangue. Todos os tipos de microrganismos crescem nestes meios, só não 
cresce o Treponema, nem Hanseníase e Tuberculose. 
○
Meios Sintéticos: Meios com composição conhecida (preparados em laboratório).○
Meios Diferenciais: MacConkey ou EMB. Permite a diferenciação entre bactérias fermentadoras 
de lactose ou não. Existem bactérias que fermentam todos os tipos de açúcares, não sendo este 
meio o apropriado para diferenciá-la.(EMB = Eosina Azul de Metileno). As bactérias que não 
fermentam são as mais patogênicas.
○
Ágar sangue: é diferencial – define quem causa hemólise ou não, através da enzima hemolisina 
que tem a capacidade de provocar lise nas hemácias, só pode ser feito onde tem sangue, por isto 
é um meio diferencial. Tanto o Estafilococos como o Estreptococos causa hemólise. A literatura diz 
que não é necessário separar o Estafilococos por hemólise, se separa pelas enzimas, já o 
Estreptococos a primeira classificação será pela hemólise.
○
Meios seletivos: MacConkey ou EMB – além de nutriente seletivo – Sais minerais e cristal violeta –
Inibe o crescimento de bactérias Gram-positivas. Se verificar crescimento de uma bactéria neste 
meio já se tem uma idéia que não é Gram-positiva, podendo prescrever algum medicamento das 
Gram-negativas. 
○
Meios indicadores: Contém um indicador – Ágar Manitol Salgado, é um meio indicador e seletivo 
por causa do sal, pois o sal inibe a maioria dos microrganismos, algumas bactérias patogênicas 
crescem neste meio, devendo-se prosseguir à análise de patogenicidade. 
○
Meios Redutor: reduz o crescimento de organismos, contém CO2 - Thioglicolato, para bactérias 
anaeróbicas. Este meio reduz o oxigênio deixando sobre sair o CO2.
○
Fatores de Crescimento5)
Temperatura○
Atmosfera○
pH○
Pressão Osmótica○
6.1 – Temperatura: a temperatura influi no crescimento e na absorção de nutrientes pelas 
bactérias, algumas bactérias crescem e absorvem melhor em determinadas temperaturas, sendo 
classificadas da seguinte forma: 
Psicrófilas – crescem em baixa temperatura – de 0oC a 10o C. Não é em temperatura 
negativa.
�
Termófilas – altas temperaturas – 50o a 80oC, um exemplo é os Clostridium todos eles. Note 
que fervura não é esterilizar, sendo aconselhado o autoclave. 
�
Mesófilas – Crescem entre 20o a 40oC. Aproximadamente na temperatura corporal 36oC. A 
maioria as bactérias crescem em mesofila (37oC).
�
Condições Físicas do Cultivo: são condições envolvidas na nutrição das bactérias.6)
 Página 7 de Microbiologia 
Aeróbicas: só crescem estritamente na presença de oxigênio, a bactéria da tuberculose é um 
exemplo, existem até tuberculose extra pulmonar, mas o domínio maior é nos pulmões 
porque são extremamente oxigenados. 
�
Anaeróbicas: existem aquelas bactérias que são estritamente anaeróbicas, onde o oxigênio 
é letal, temos como exemplos os Clostridium. Como tratamento pode-se utilizar a câmara 
hiperbárica, que muda para mais a concentração de oxigênio nos tecidos.
�
Facultativas: é o maior grupo de bactérias, tanto cresce na presença ou na ausência de 
oxigênio, Eschechiria Coli, o Estafilococos, os Estreptococos e as Enterobactérias são 
exemplos destas bactérias facultativas.
�
Microaerófilas: são organismos que crescem em meios com quantidade de oxigênio muito 
pequenas . Em meios com quantidades de oxigênio normal não conseguem crescer .
�
6.2 – Atmosfera: 
Neutralidade: pH = 7.0, são as neutrófilas, são as maiorias das bactérias.�
Acidez: pH = 2,3 a 3,0, são as bactérias acidófilas.�
Alcalinidade: pH = 8 a 9, são as bactérias alcalófilas.�
6.3 – Quanto ao pH: os valores de Ph em torno de 7,0 são os mais adequados para absorção dos 
nutrientes, embora existam algumas bactérias adaptadas a viver em ambientes ácidos e alcalinos.
A H.Pylori é uma bactéria que produz uma enzima que neutraliza o pH ácido conseguindo 
sobreviver em ambientes com este tipo de pH.
Pressão osmótica inferior a do interior da bactéria impedem a entrada de água.�
Pressão osmótica maior que a do interior da bactéria causa perda de água, podendo ser 
bactericida ou bacteriostática.
�
6.4 – Pressão Osmótica: Fator extremamente importante, visto que vários membros deste 
domínio requerem altas concentrações de sais para seu desenvolvimento. 
 Página 8 de Microbiologia 
Microbiologi
a - 25-08-2...
Continuação... 
Fase lag – Adaptativa, vai começar a se alimentar para depois se dividir. Praticamente não ocorre 
divisão celular, porém há aumento de massa.
○
Fase logarítmica ou exponencial: ocorre a divisão regular numa velocidade máxima e constante.○
Fase estacionária: a velocidade de multiplicação diminui gradualmente, até que se anule. Durante 
essa fase, o número de bactérias novas que se formam contrabalança com o número daquelas 
que estão morrendo.
○
Fase de declínio ou morte: os microrganismos gradualmente diminuem em número até que a 
cultura se torne estéril, ou seja, todos os microrganismos morrem.
○
legendas Significados
1: fase lag ou de espera metabolismo altíssimo, mas sem divisão celular. Duração depende do 
meio de cultura.
2: fase exponencial rápida divisão celular, bactéria vai crescer em PG. É uma reta cuja 
inclinação vai depender da velocidade de divisão das bactérias. 
(penicilina atua nessa fase, pois há produção de peptideoglicano).
3: fase estacionária ocorre quando há carência de nutrientes. Número de mortes se iguala 
ao número de células novas produzidas, resultando em uma situação de 
equilíbrio na população.
4: fase de degradação declínio no n° de células viáveis. Número de catabólitos aumenta até 
provocar morte de todas células.
Fase de Crescimento: 7)
Contagem de células totais: não é muito utilizado na clínica.○
Métodos de Medida do Crescimento Bacteriano: o desenvolvimento de uma cultura bacteriana pode ser 
medido tanto por um aumento de quantidade de protoplasma, quanto pelo número de organismos.
8)
Contagem de células viáveis (UFC = Unidades Formadoras de Colônias): método de contagem que 
Aula 25/08/2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
16:03
 Página 9 de Microbiologia 
Contagem de células viáveis (UFC = Unidades Formadoras de Colônias): método de contagem que 
mais interessa para medicina. Procedimento também conhecido como contagem em placa, que 
estima o número de células viáveis (isto é, capazes de se reproduzir) em uma amostra. Esta 
técnica deve sempre realizada empregando-se várias diluições (100 a 104 células) das amostras.
○
Diluições: 9 ml de salina; 1 ml de urina�
Exemplo:
No diagnóstico do exemplo pode ter dado 300.000/ml, se tiver este resultado, pode-se 
prescrever urgente um medicamento, senão a bactéria pode invadir e chegar na bexiga, o 
que irá dificultar ainda mais o tratamento. 
Na literatura afirma que o número de bactérias acima de 100.000 já é uma infecção, até 
99.000 já é suspeita de infecção.
Existem patologias que não precisam da contagem, só precisam da identificação da bactéria 
para combater.
Determinação de massa celular:pode ser determinada a partir da estimativa do peso seco ou do 
peso úmido de uma cultura. Este tipo de procedimento é realizado quando não é necessário 
determinar o número preciso de microrganismos presentes.
○
 Página 10 de Microbiologia 
Microbiolo...
ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO
Esterilização: é o processo de destruição total dos microorganismos, por meios de agentes 
químicos ou físicos, de todas as formas de vida presentes no material. Quando se diz que o 
material está estéril, quer dizer que está sem forma de vida, se pegar o material e passar em um 
meio de cultura, não vai crescer nenhum tipo de microorganismo. De nada adianta uma boa 
esterilização se após a sua saída, todo empacotado, se não for dado tratamento diferenciado para 
que seja preservada a esterilização. Se for utilizar os agentes químicos para esterilização, não 
adianta apenas passar a química no material a ser esterilizado, se faz necessário uma imersão do 
material no produto químico. 
○
Uma sala de centro de cirúrgico não fica esterilizado, pois não se consegue colocar toda a sala 
(paredes, equipamentos, etc.) dentro de um autoclave. Para tecidos vivos se diz que faz uma 
assepsia.
Desinfecção: Consiste na redução ou remoção dos microorganismos presentes em um material 
inanimado. Ou seja, se mata alguns microorganismos, não se extermina todos. Ex: Objetos, 
superfícies, pisos, paredes, etc.
○
Assepsia: utilizado para tecidos vivos (pele, mucosa), reduz o número de microorganismos na 
superfície da pele e mucosa. Não se utiliza o termo desinfecção para se referir aos tecidos vivos.
○
Definições:-
Úmido – a esterilização é feita através de autoclaves. Temperatura (121-123ºC por 30 min.), 
sendo o principal meio de esterilização. Se colocar qualquer material nos autoclaves, em no 
mínimo 30 minutos estará estéril.
�
Seco – A esterilização é feita pelo calor seco, através das estufas. São empregados no forno 
de Pasteur. (Estufas – 150ºC +/- 2 horas). Todo material que vai para estufa tem que ser 
lavado anteriormente da esterilização. 
�
Chama direta – Alças de inoculação, muito utilizadas nos laboratórios e nos lares 
domésticos. 
�
Incineração – método muito efetivo de esterilização, não é muito utilizado na rotina da 
saúde. Indicados para os lixões para os lixos hospitalares.
�
Calor: ○
Fervura: É um processo de desinfecção e não de esterilização. Ex: objeto a ser desinfectado por 
este processo deve ser mantido na água em ebulição por 15 minutos.
○
Não Ionizante: A radiação ultravioleta tem sido utilizada na esterilização do ar de ambientes. 
Nos instrumentos não é muito utilizado por ser limitado o poder de penetração. Tem que 
ter cuidado no manuseio deste tipo de desinfecção, pois corre o risco de câncer. 
�
Ionizantes: Como raios gama, raios X tem alto poder de penetração. São empregados na 
esterilização de Vacinas, Sanitização de alimentos. Se for colocado em outros de 
equipamentos como na autoclave, quando se retirar não vai ter mais nada. 
�
Radiações: ○
Filtração: É um processo de esterilização de gazes e líquidos tais como soro, soluções de enzimas e 
vitaminas que não podem ser submetidos ao calor, através de filtros especiais.
○
Refrigeração (frio): efeito bacteriostático, conservação de alimentos drogas e culturas. Não se 
mata nenhum microorganismo com refrigeração, apenas se paralisa ou dificulta a proliferação dos 
microorganismos. Não é muito utilizado para os fungos.
○
Agentes Físicos:-
Aula 01/09/2011
sábado, 3 de setembro de 2011
19:27
 Página 11 de Microbiologia 
Congelamento Profundo (frio): Método efetivo para conservar culturas microbianas, em que as 
culturas são congeladas rapidamente a -50oC e -95oC. Não se mata os microorganismos.
○
Liofilização (frio): Método mais efetivo para conservação prolongada de culturas microbianas.○
Pausterização: Eliminação de microorganismos patogênico de produtos como: leite, vinho e 
cerveja, submetidos a uma temperatura de 70ºC por 30 min e em seguida colocar para resfriar 
rapidamente. Não é um processo de esterilização pois não mata endosporos.
○
Sanitização: Termo usado em indústrias de alimentos. Refere-se a eliminação da maioria dos 
microorganismos a fim de impedir a deterioração de alimentos.
○
Gases Tóxicos: São empregados na esterilização de materiais que são afetados pelo calor. Ex: 
Plásticos, oxido de acetileno.
○
Alcoóis: Etílico (70%) desinfetantes. Existe diferença entre os alcoóis utilizados domesticamente 
(90%), pois estes são fixadores e não desinfetantes. 
○
Fenóis: desinfetantes○
Cloro: desinfetantes○
Iodo: desinfetantes○
Glutaraldeídos: �
Clorexidina: �
Quaternários de Amônia: ○
Os agentes químicos desinfetantes podem se tornar esterilizante se deixar o material submerso 
por no mínimo 10 horas, após a lavagem. 
Agentes Químicos: -
Obs: Os processos de esterilização, desinfecção e assepsia não são espontâneos, sendo necessário a 
ação do agente escolhido pelo tempo adequado. Se tem um agente fraco tem que se aumentar o tempo 
para uma adequado esterilização, desinfecção e assepsia. Esta regra também vale para as estufas, pois o 
calor seco é menos penetrante, diferente do que acontece nos equipamentos de calor úmido, tendo que 
aumentar o tempo de exposição ao agente físico (calor seco). Lembrando que o material que vai para 
estufa tem que ser lavado anteriormente.
-
 Página 12 de Microbiologia 
Microbiolo...
Estafilococos
Estafilococos são cocos gram-positivos, imóveis, agrupados em massas irregulares ou em cachos de uva. 
São bactérias esféricas piogênicas por excelência. Não possui flagelos, sua virulência está em toxinas e 
enzimas produzidas pela bactéria. Sua parede não é muito resistente como os gram-negativos, onde a 
parede é em sua maioria de gordura. Possuem fimbrias, que promovem a adesão e posterior a 
passagem do material genético.
É encontrado na microbiota normal do corpo humano, localizadas geralmente na pele e na nasofaringe. 
Cresce bem em ambientes salinos.
Ter bactérias na pele não significa que a pessoa esteja doente ou seja suja. Nós temos uma flora natural 
de germes e é impossível não ter bactérias na pele. Porém, pessoas com maus hábitos higiênicos 
apresentam uma quantidade e uma variedade maior de bactérias colonizando sua pele, ou boca, como 
nos casos de pessoas com dentes em mau estado de conservação.
A resistências dos cocos gram-positivos aos antimicrobianos e as desinfecções não é dada pela parede 
em si, porque a parede é mais fácil de quebrar (glicose e aminoácidos), se dá pela mutação deste 
microrganismos, está extremamente ligada ao que ele produz (toxinas, enzimas e algumas proteínas) 
que são letais.
Além da pele, o Staphylococus aureus pode invadir nosso organismo através da ingestão de alimentos 
contaminados. Além de atacar diretamente nosso corpo, o S.aureus também produz uma série de 
toxinas, que quando ingerida, provocam uma intensa infecção intestinal com vômitos e diarréia.
O Staphylococus aureus é responsável por vários tipos de infecção em nosso organismo. As infecções de 
pele são as mais comuns, e qualquer porta de entrada, mesmo uma picada de inseto, pode ser 
suficiente para o desenvolvimento destas. As infecções de pele mais comumente causadas 
pelo S.aureus são o impetigo, foliculite, terçol, furúnculo, síndrome de pele escaldada, mastite puerperal 
e a celulite.
Staphylococcus aureus: é extremamente patogênico, além de produzir catalase, produz a 
enzima coagulase. Cresce muito bem no meio Ágar Manitol Salgado que é um meio 
diferencial e seletivo.
Staphylococcus epidermidis: também faz parte da flora normal, mas já está resistentes a 
alguns antibióticos. 
Staphylococcus saprophyticus:
Staphylococcus Haemoliticcus: nem todos os livros constam este tipo, sendo raras as 
infecções causadaspor este tipo de bactéria. Precisa de uma outra patologia muito séria 
como SIDA, Hepatite, tuberculose que fragiliza a parte imunológica do paciente, para que o 
Haemoliticcus cause uma patologia.
Microrganismos Típicos: composto atualmente por 30 espécies; as espécies principais são:
Morfologia e Identificação-
Crescem bem em meios de cultura mais comuns, como o caldo simples ou ágar simples, pH 7, à 
temperatura ótima de 37o C. Cresce também em Ágar Sangue e Ágar Manitol. 
Cultura-
Produzem catalase (≠ do Streptococcus): quem produz a catalase é, em geral, todos os 
Staphylococcus, o Streptococcus apesar de ser gram-positivo não produz a catalase. A catalase só 
separa os dois grandes grupos de bactérias entre Staphylococcus e o Streptococcus. 
○
Características do Crescimento-
Aula 22/09/2011
sábado, 24 de setembro de 2011
15:19
 Página 13 de Microbiologia 
A catalase é produzida pelo Staphylococcus, qualquer um dos tipos, tanto o da microbiota normal 
quanto o patogênico. Esta enzima (catalase) em presença de água oxigenada (H2O2), vai degradar 
o peróxido de hidrogênio, transformando em O2 livre mais água.
Catalase + H2O2 -----> O2 + H2O
O oxigênio livre na cavidade oral é benéfico, pois a maioria das patologias da cavidade oral é 
produzida por bactérias anaeróbicas, realizando uma defesa do organismo, além das células 
sanguíneas. Por isso que não se pode erradicar estas bactérias do corpo, pois fazem parte da 
microbiota normal e ajudam na defesa do organismo.
Se um dia a imunidade estiver fraca a enzima catalase pode ser muito prejudicial, pois será muito 
produzida, não terá o que degradar e começa a acumular na cavidade oral, o que vai causar 
diversos problemas sérios. 
Na cavidade vaginal ou uretral, com o sistema imune funcionando normalmente, trará o mesmo 
benefício.
Sensíveis à ação da lisostafina (≠ do Micrococcus): a sensibilidade a lisostafina é um diferencial ao 
micrococcus que pode causar algumas patologias como o furúnculo, mas não é tanto quanto o 
Staphylococcus. 
○
Fermenta carboidratos - ácido lático: o Staphylococcus fermenta os carboidratos e transforma-os 
em ácido lático. Por isto que não é bom tomar antibióticos com leite. A degradação do leite vai 
produzir ácido lático, se juntar com mais o ácido lático da fermentação dos carboidratos 
produzidas pelo Staphylococcus pode causar maiores danos ao estômago. 
○
Não produzem gás: os cocos, particularmente, não produzem gás. Diferente das enterobactérias, 
onde a maioria são produtora de gases.
○
Resistentes:○
Calor (até 50oC / 30'): 
Cloreto de Sódio (9%)
Inibidos pelo Hexaclorofeno a 3% crescimento
Em ágar simples, após 24 horas na estufa a 37oC, produzem colônias de cerca de 1-3 mm de 
diâmetro, convexas, da superfície livre e bordos circulares, opacas e brilhantes. 
Ressecamento: Staphylococcus aureus fora do hospedeiro não é muito resistente, um calor maior 
e um desinfetante irá eliminá-lo.
○
Deixando as placas um ou dois dias à temperatura ambiente, as culturas de estafilococos 
patogênicos, recém isolados, geralmente desenvolvem um pigmento amarelo, ao passo que os 
estafilococos saprófitas, formam colônias brancas.
O pigmento amarelo é mais uma característica do Staphylococcus aureus, mas não se pode 
afirmar só por uma pigmentação de colônia que já é Staphylococcus aureus, precisa fazer o teste 
da catalase, da coagulase, crescendo no manitol já é uma grande prova. 
As colônias brancas são dos Staphylococcus da flora normal. Existindo uma diferença entre a 
microbiota normal e a patogênica. Os outros Staphylococcus podem causar patologias, mas só 
causam como uma co-infecção de outra doença. O S.epidermidis já está mais patogênico, ficando 
mais resistentes. 
Polissacarídica: ○
Proteínas antigênicas: ○
Peptidoglicano: ○
Ácidos Teicóicos: 
Estrutura Antigênica: quer dizer a estrutura estranha ao organismo e causa problemas para o 
organismo.
-
 Página 14 de Microbiologia 
Ácidos Teicóicos: ○
Proteína A: tirando a coagulase, em termos de virulência, a Proteína A vem em segundo lugar. 
Estas proteínas se ligam ao Fc das IgG impedindo que estes anticorpos interajam com as células 
fagocitárias. A proteína A protege o S. aureus contra a fagocitose. 
○
Catalase (+): presente no Staphylococcus, no Streptococcus não está presente. ○
Coagulase (+) / (-): em alguns casos a maioria dos Staphylococcus (aureus) é positiva, 
principalmente no S. aureus. Sendo o principal fator de virulência do s. aureus, depois é que vem a 
Proteína A. Nos outros tipos de Staphylococcus a coagulase estará negativa. 
○
Outras enzimas (proteinases, lipases, β-lactamases): todo S. aureus que é produtor de Proteína A é 
produtor de β-lactamase. O S. aureus é produtor de coagulase, Proteína A e β-lactamase. O 
S.epidermidis, pela resistência adquirida, já estão produzindo β-lactamase. A maioria das bactérias 
gram-negativas (enterobactérias) produzem a β-lactamase. 
○
Exotoxinas: as bactérias gram-positivas, não produzem muito a endotoxina, só as gram-negativas. 
As bactérias gram-positivas só produzem exotoxinas. Exotoxinas são toxinas produzidas fora das 
células, por isso é que os macrófagos não realizam normalmente seus trabalhos. 
○
Toxinas e Enzimas: -
Toxina da Síndrome do Choque Térmico-
Acomete com frequência relativa em mulheres no período menstrual que usavam determinadas marcas 
de absorventes íntimo. Esta síndrome se deve a colonização por amostras de S. aureus existentes na 
vagina, as quais produziam toxina. 
Geralmente existem bactérias na porta vaginal, com a utilização do OB (absorvente) a bactéria será 
empurrada para o colón do útero, isto é o que acontece nesta síndrome. A mulher é portadora na 
vagina e no período menstrual empurra a bactéria para o útero, podendo acontecer a síndrome, com 
picos febris, sangramento na urina, se não for corretamente tratada pode invadir outros tecidos do 
organismo. Os sintomas clínicos se confundem com os das bactérias gram-negativas, pelos sintomas 
serem semelhantes a uma infecção urinária, tendo que ter um correto diagnóstico.
Se a paciente estiver debilitada imunologicamente pode levar a morte.
Enterotoxina – alimentar-
A intoxicação alimentar estafilocócica é uma das intoxicações alimentares mais freqüentes. É decorrente 
da ingestão de enterotoxinas pré-formadas no alimento contaminado pela bactéria. Os sintomas da 
intoxicação alimentar consistem de náuseas, vômitos, diarréias e dores abdominais.
Leucocidina-
Tem a capacidade de matar leucócitos, principalmente os neutrófilos e macrófagos. 
Toxina esfoliativa (esfoliativa ou epidermolisina)-
Algumas mulheres no parto normal, passam para o recém nascido, podendo acontecer a síndrome da 
pele escaldada.
Diagnóstico-
A diferenciação do S aureus das outras espécies mais freqüentes do gênero pode ser feita, de forma 
simplificada, empregando-se os teste de detecção do fator clumping e os testes de coagulase livre. 
Nos testes laboratoriais, a literatura diz que se o exame para coagulase der negativo em lâmina tem que 
repetir em tubo.
No teste de coagulase o plasma coagula após ser incubado na presença de uma suspenção de células de 
Staphylococcus aureus, devida à produção de coagulase.
No teste de detecção do fator clumping as células de Staphylococcus aureus aglutinam, formando 
agregados, ao serem misturadas ao plasma, devido à presença do fator clumping.
 Página 15 de Microbiologia 
A bactéria Staphylococcus aureus ao mesmo tempo em que produz uma enzima que forma um coágulo, 
produz outra que chega e desmancha (estafiloquinase), criando uma homeostasia.
O Staphylococcus epidermidis não tem coagulase, por isso que no teste não há grumos de coagulação.
Catalase Positiva
São ubíquos (que está ao mesmo tempo em toda a parte): ○
São membros da microbiota normal: os staphylococcusfazem parte da microbiota normal.○
Pele/pêlos: causa infecções cutâneas e do tecido celular subcutâneo, na pele e nos pêlos.○
Vias Respiratórias: ○
Trato Gastrintestinal: ○
Patogenia-
Síntese:-
Os Staphylococcus aureus são super bactérias gram positivas de forma esférica e cor amarelada que se 
desenvolve em locais salinos. Em contato com as células humanas tem função destrutiva e é adquirida 
através de cortes na pele, contato com doentes e por ingestão de alimentos pré-salgados.
Essa bactéria pode provocar impetigo, foliculite, pneumonia, endocardite, osteomielite, furúnculo, 
meningite, infecções urinárias, intoxicação alimentar, septicemia e síndrome do choque tóxico (doença 
feminina causada pela permanência de tampões durante a menstruação por longos períodos) matando 
cerca de 5% dos pacientes que adquirem a doença.
Possui proteína A que neutraliza os anticorpos, toxina alfa que destrói a membrana das células, toxina 
beta que hidrolisa os lipídios, toxina esfoliativa que provoca a esfoliação da pele, enterotoxina que ativa 
o sistema imunológico de forma inadequada e toxina da síndrome do choque que ativa os linfócitos de 
forma desvairada.
Normalmente as infecções provocadas pelo Staphylococcus aureus não apresentam sintomas podendo 
permanecer durante anos incubado, ou seja, sem se manifestar.
 Página 16 de Microbiologia 
Microbiolo...
Continuação de Estafilococos...
Piodermites�
Impetigo�
Impetigo bolhoso do recém-nascido (“pênfigo epidêmico do recém-nascido);�
Foliculite, furúnculo e antraz;�
Antraz Furúnculo
INFECÇÕES CUTÂNEAS ESTAFILOCÓCICAS: ○
Manifestações Clínicas-
Bacteremias;○
Pericardite e endocardite: os estafilococos tem afinidade por músculos cardíacos, normalmente 
pessoas que tem endocardite na velhice, quando vai para o histórico de doenças do paciente 
apresenta furunculose, problemas de garganta.
○
Pneumonia e empiema;○
Osteomielite;○
Artrites;○
Sepse;○
Abcessos renais e cerebrais e meningites.○
Infecções Profundas-
Intoxicação alimentar estafilocócica;○
Síndrome do choque tóxico;○
Síndrome da pele escaldada – Doença de Ritter.○
Toxi-Infecções-
AMOSTRAS○
Swab superficial.○
Pus.○
Sangue.○
Aspirado traqueal.○
LCR○
Diagnóstico Laboratorial-
Método utilizado para exames bacteriológicos das amostras coletadas.○
Coloração simples: é utilizado um único corante (azul de metileno alcalino de Löffler)�
Coloração dupla: são utilizados dois corantes. Os mais conhecidos são: método de Gram e 
método de Ziehl-Nielsen.
�
Técnicas de coloração mais utilizadas em laboratório clínico são:○
Após a coloração, é feita a observação ao microscópio. ○
Esfregaços-
O importante é saber que o estafilococos é produtor de β-lactamase, produtor de proteína A, produtor 
de coagulase, fermenta manitol, produz catalase.
Aula 29/09/2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
18:22
 Página 17 de Microbiologia 
STREPTOCOCCUS-
Características: são cocos esféricos, aglomerados em forma de cadeia ou em pares. O arranjo é em 
cadeias ou em pares, são Gram(+), imóveis. Não produzem Catalase. Parede rica em NAG e NAM. São 
anaeróbios facultativos.
Não tem muita resistência aos antibióticos, o estafilococos já está com resistência não por parede, mas 
pela produção de β-Lactamase. O Streptococcus ainda não é produtor de β-Lactamase. A Penicilina 
continua servindo, serve como remédio, para combater os Streptococcus. 
Existem raríssimos casos de streptococcus β-Hemolítico. Os β-Hemolítico que causam problemas de 
garganta não são combatidos apenas com uma Benzetacil , pois é uma bactéria que infiltra, causando 
febre reumática, tem tropismo por tecido cardíaco, causa uma patologia chamada Fascite Necrosante 
(comedora de carne), tem que ser feito um tratamento correto, dependendo da idade e do peso do 
paciente.
Muitos são integrantes da flora normal do corpo humano, particularmente ao nível das vias aéreas 
superiores e do trato intestinal, muitos deles são responsáveis por uma variedade de manifestações 
clínicas. Seu metabolismo é fermentativo e o Ácido Láctico é o produto final predominante da 
fermentação da glicose.
Morfologia e Identificação-
Os Streptococcus não crescem em todos os meios, só cresce no meio Ágar Sangue e em caldo nutriente 
contendo glicose. O Ágar Sangue além de ser um meio rico e complexo é diferencial, pois esta bactéria 
será dividida por hemólises.
β-Hemolítico: causam a lise total das hemácias, no meio de cultura fica bem transparente ao redor 
da colônia. Sendo sensível a Bacitracina.
○
α-Hemolítico: causam lise parcial das hemácias, com pigmento esverdeado (Biliverdina).○
λ-Hemolítico: não causam lise das hemácias, são não-hemolíticos, por isso é menos virulenta e se 
encontra na flora normal.
○
São identificados por características hemolíticas:
S.Pyogenes ou β-Hemolítico do Grupo A de Lancefield: é o mais patogênico dos Streptococcus, 
pelo próprio nome podemos dizer que é produtor de pus. É mais patogênico porque causa 
problemas de garganta desde a infância, passando pela adolescência e na maturidade, voltando os 
mesmos problemas.
○
S.Agalactae: é β-Hemolítico, causando hemólise total, tendo uma diferença entre este e o 
S.Pyogenes. O Agalactae quase não é encontrado em orofaringe, sendo mais encontrado em 
secreções vaginais. Seu tropismo não é pela orofaringe, mas pela mucosa vaginal, podendo causar 
problemas nos recém nascidos ao passar pela vagina. A mãe é apenas portadora, mas no recém 
nascido é extremamente drástico. Algumas mulheres são portadoras na vagina, no recém nascido 
pode causar problemas de meningite na hora do parto.
○
O S.Pyogenes é sensível a Bacitracina, já o S.Agalactae é resistente a Bacitracina. 
S.Pneumoniae: é α-Hemolítico. A hemólise é parcial e o pigmento é esverdeado (Biliverdina). Pode 
causar a pneumonia aguda. Já se encontra resistente, sendo um dos grupos que está mais 
resistente e o que causa mais problemas em todas as idades.
○
S.Mutans: causa as cáries dentária.�
S.Bovis: vem do gado, as vezes comendo a carne mal cozida pode dar um pequeno 
problema intestinal (diarréia), como não é muito de infiltrar, as vezes com um remédio 
caseiro se resolve o problema.
�
S.Viridans: não tem hemólise, são λ-Hemolíticos, sendo considerado da microbiota normal, mas 
quando a Imunologia está debilitada pode causar patologias.
○
Microrganismos Típicos-
 Página 18 de Microbiologia 
caseiro se resolve o problema.
S.Faecalis: extremamente virulento, já está totalmente resistente (até mais que o 
S.Pyogenes), pois é produtor de β-Lactamase, que anula o efeito da penicilina. É encontrado 
nas águas engarrafadas. 
�
Enterococos:○
Cresce no Ágar Sangue, em caldo nutriente contendo glicose e BHI. O BHI só identifica que existe 
crescimento de microrganismos, não consegue identificar o tipo. Não cresce no Manitol, só quem 
cresce no manitol é o Estafilococos Aureus. 
○
No Ágar Sangue quando se tem hemólise, ficando o alo bem transparente, é o β-Hemolítico. Não 
existindo hemácia, pois o β-Hemolítico é produtor de uma enzima, a Hemolisina, que lisa as 
hemácias.
○
Na cultura as colônias não possuem brilhos.○
Cultura-
A classificação dos estreptococos em grupos sorológicos baseia-se nas características antigênicas de um 
polissacarídeo, de composição variável, chamado carboidrato C, localizado na parede da célula, que 
pode ser detectado por diferentes técnicas imunológicas, destacando-se, entre elas, a precipitação em 
tubo capilar. Tomando por base este polissacarídeo, os estreptococos foram divididos em 20 grupos 
sorológicos, grupo de Lancefield, designados por letras maiúsculas do alfabeto (A até V).
Não é um método amplamente utilizado, por ser muito caro. Na literatura se diz que se fizer o teste da 
Bacitracina, já se elimina 90% dos tipos de estreptococos. Se forsensível a Bacitracina já está classificado 
no grupo A de Lancefield, sendo β-Hemolítico, não necessitando de utilizar os diversos soros do grupo 
de Lancefield.
São estruturas extremamente lesivas para nossas células. 
A parede celular destas bactérias, tanto do estafilococos, quanto do streptococos, são rígidas, mas 
não são ricas em lipídeos, que dificulta a esterilização e a desinfecção, é uma parede rica em NAG 
e NAM. Todos os dois tipos de bactérias são ricos em glicose e aminoácidos. A glicose é primeira a 
ser fermentada.
Substância T: é lesiva para nossas células
Núcleo Proteínas: são proteínas grandes, com núcleos. 
O grupo β-Hemolítico possui dois antígenos muito importantes: Carboidratos C (determina o 
grupo pela sorologia) e Proteína M que é um fator de virulência, interferindo na fagocitose.
Algumas auto-medicações são eficientes porque alguns streptococos não são produtores de 
proteína M e, também, a sua maioria não está resistente aos antibióticos. 
Estruturas Antigênicas-
 Página 19 de Microbiologia 
Microbiool...
Continuação Streptococos...
A colônia Gram (+) é menor e menos brilhosa porque a parede é rica em NAG e NAM (glicose e 
aminoácido), a parede não tem muita gordura, por isso não tem muito brilho.
O corante do meio EMB inibe o crescimento de organismo Gram (+), sendo específico para Gram (-).
Os estreptococos são classificados de acordo com a sua capacidade de provocar lise (morte celular) em 
eritrócitos, em alfa (hemólise incompleta), beta (hemólise total) ou gama (nenhuma hemolise)-
hemolítico.
Em 1933, Rebecca Lancefield, trabalhando com o teste deprecipitação utilizou diferenças antigênicas 
para estabelecer 6 grupos (A até E e N). Os antígenos (polissacarídeo e carboidrato) utilizados no 
sistema de agrupamento de Lancefield estão localizados na parede celular (grupos: A, B, C, E, F, G, H e 
K). Nos grupos D e N estes antígenos são ácidos teicóicos, localizando-se entre a parede e a membrana 
celular.
Grupo A: Streptococcus pyogenes é o mais importante: beta-hemolítico causa a 
faringite estreptocócia, a mais comum forma de faringite.
a.
Grupo B: Streptococcus agalactiae: pode ser beta ou gama-hemolítico. Causa meningite em 
neonatos.
b.
Strptococcus pneumoniae ou pneumococo: são alfa-hemolítico, causam pneumonia.c.
Streptococcus viridans: não são uma espécie, mas antes um grupo delas de características muito 
similares. São freqüentes nos dentes e podem causar abcessos dentários ou endocardite. Uma 
espécie é o Streptococcus mutans que pode causar cáries devido à produção de ácidos que 
danificam o esmalte.
d.
Nos grupos B e C estão contidos a maioria dos estreptococos de importância animal
Tanto a estafilococos, quanto a streptococos produzem hemólise, sendo que a literatura diz que não se 
vai dividir estafilococos por hemólise, não se classifica estafilococos por hemólise, este será classificado 
pelas enzimas, como a catalase que está presente em todos os estafilococos, mas só com a catalase não 
se pode ter certeza do resultado ser Estafilococos Aureus. 
O grupo dos streptococos não produz catalase, dando resultado negativo. 
No meio de cultura Ágar Sangue, quando há hemólise estamos diante de um β-hemolítico. Algumas 
literaturas afirmam que quando há este tipo de hemólise tem de 70 a 80% de chance de ser do Grupo A 
de Lancefield, que é o Streptococos Pyogenes, que causa crise agudas e crônicas de garganta, febre 
reumática, glomérulo nefrite, podendo causar a Facite Necrosante (que como tecidos). 
O Streptococos Pyogenes não é produtor de β-Lactamase, mas esta bactéria já teve uma mutação que 
pode causar a Facite Necrosante.
O remédio para o β-hemolítico ainda é a Penicilina (oral ou injetável) e a Bacitracina. Quando o β-
hemolítico é sensível a Bacitracina se tem a certeza de 90% ser do Grupo A de Lancefield. Por isso a 
sorologia não é muito utilizada para identificação do β-hemolítico, onde diante do antibiograma já pode 
descartar todos os outros grupos, restando o Grupo A de Lancefield.
Quando há hemólise parcial (α-hemolítica) e de aparência esverdeada, podemos concluir que a 
produção da enzima hemolisina (lisa hemácias) por este tipo foi parcial, lisando apenas uma parte das 
hemácias.
No grupo λ-hemolítico não se tem hemólise, isto quer dizer que o streptococos é da microbiota normal, 
mas dentro desta microbiota normal existem muitas que causam patologias como cáries (mutans).
Microbiolo...
Aula 06/10/2011
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
07:55
 Página 20 de Microbiologia 
mas dentro desta microbiota normal existem muitas que causam patologias como cáries (mutans).
Os Enterococos já estão produtores de β-Lactamase, é um grupo dentro do streptococcus.
Estreptoquinase: digere proteínas.○
Estreptodornase: diminui a viscosidade.○
Hialuronidase: Fator de propagação.○
Exotoxinas pirogênicas A - C (Toxina eritrogênica): são toxinas produzidas fora das células de 
defesa, sendo extremamentes potentes, indo de A até C no grupo de Lancefield.
○
Hemolisinas: Estreptolisinas O e S (ASO), se a bactéria está produzindo muita hemolisina o 
paciente deverá apresentar anemia, pois está morrendo hemácias no paciente. Da mesma 
maneira que mata hemácias, trombos nos vasos, que podem ser desfeitos pela estreptoquinase, já 
que digere proteínas. 
○
Toxinas e Enzimas: os streptococos são produtores de várias enzimas e toxinas que são letais ao 
organismo.
-
Classificação de Lancefield: Método sorológico para classificação de estreptococos beta-
hemolíticos.
○
Hemólises: deve ser a primeira classificação a ser feita. Realizada em Ágar Sangue.○
Polissacarídeos capsulares: ○
Reações bioquímicas: ○
Classificação dos Streptococcus: não se classifica estafilococos por hemólise, mas no grupo dos 
streptococos é a primeira classificação. 
-
Streptococcus pyogenes: ○
Streptococcus agalactiae: causa problemas em mulheres que são portadoras na cavidade vaginal, 
quando o recém nascido passa pela vagina fica contaminado, podendo causar meningite na 
criança, levando ao óbito.
○
Enterococcus faecalis: ○
Streptococcus bovis: ○
Streptococcus viridans: pode causar problemas crônicos muito graves.○
Peptostreptococcus: ○
Classificação dos Streptococcus de interesse Clínico: os mais comuns são listados abaixo-
Faringite estreptocócica, piodermite (erisipela, impetigo e a ectima), pneumonia, otites e 
sinusites. 
○
Patogenia e Manifestações Clínicas: existem várias patogenias, mas apenas algumas estão listadas 
abaixo, as mais comuns.
-
Febre reumática, glomerulonefrite.○
Doenças Pós-Estreptocócicas: se o paciente não for tratado da bactéria, pode causar as doenças abaixo. 
Em alguns pacientes, mesmo com o tratamento correto, pode no futuro causar a glomerulonefrite.
-
Amostras○
Esfregaços○
Cultura○
Provas Sorológicas○
Exames laboratoriais: secreção de orofaringe é a mais comum.-
A penicilina é o antibiótico de escolha, mas deve-se fazer o antibiograma. O grupo enterococos 
(S.faecalis) já tem resistência a penicilina, pois é produtor de β-Lactamase. O S.pneumoniae 
também está resistente.
○
Tratamento:-
Fazem parte da flora normal da boca, pele, intestino e trato respiratório superior. ○
Podem ser transmitidos por contato com pessoas ou objetos.○
São destruídos por detergentes e sabão, mas são resistentes à desidratação, podendo suportar 
períodos muito longos.
○
Epidemiologia e Controle:-
 Página 21 de Microbiologia 
STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE (PNEUMOCOCOS)-
É uma espécie de bactéria Gram-positiva, pertencente ao gênero Streptococcus, com forma de 
cocos, sendo uma das principais causas de pneumonia e meningite em adultos, e causam outras 
doenças no ser humano. 
○
Definição-
São cocos com cerca de 1 micrômetro, anaeróbios facultativos. Agrupam-se sempre aos 
pares (diplococos) ou em curtascadeias, e as estirpes patogênicas possuem cápsula.
�
São diplococos encapsulados Gram (+), existe também o diplococos encapsulados Gram (-). 
Diferencia-se dos outros streptococos que é em cadeia e do estafilococos que é em arranjo. 
Microrganismos Típicos○
Eles são α-hemolíticos (hemólise parcial), ou seja em cultura de sangue produzem um halo 
mucóide esverdeado de destruição parcial de eritrócitos. Os pneumococos são exigentes no 
meio de cultura, necessitando de vários nutrientes normalmente fornecidos em cultura de 
sangue (de vaca ou outro animal). 
�
Cultura○
Depende do organismo de cada um. Nas crianças tem uma apresentação mais rápida, pois 
não tem muita reserva. Em muito adultos não chega a deixar em cama, mas em outros é 
muito forte.
�
Características de Crescimento○
Pode se apresentar na forma de cocos ou como chama de vela.�
Variação○
Morfologia e Identificação-
Estrutura dos Componentes○
Identificação rápida e tipagem dos microorganismos.�
Permite que a cápsula de S. pneumoniae seja vista no microscópio.�
Reação de Quellung○
Estrutura Antigênica-
Existem mais de 23 tipos de pneumoniae.�
Tipos de Pneumococos○
Produção de doenças○
Anormalidades do Trato Respiratório�
Intoxicação por Álcool ou Fármacos: as vezes o paciente fica debilitado para penumonias 
recorrentes. 
�
Dinâmica circulatória anormal�
Destruição, debilidade geral, anemia falciforme, hipoesplenismo, nefrose, deficiência de 
complemento.
�
Perda da resistência natural○
Patogenia-
Patologia-
Começa com uma simples gripe ○
Manifestações Clínicas-
Esfregaços corados○
Testes de Intumescimento capsular○
Cultura○
Inoculação intraperitoneal de escarro em camundongos○
Meningite pneumocócica
Exames Laboratoriais-
 Página 22 de Microbiologia 
Meningite pneumocócica○
Realizado com penicilina○
Tratamento-
Epidemiologia, Prevenção e Controle-
 Página 23 de Microbiologia 
DROGAS ANTIMICROBIANAS
É uma classe de medicamentos utilizadas na Quimioterapia.
Os agentes Quimioterápicos → interferem no crescimento de microorganismos.○
São chamados – agentes Antimicrobiano ou Drogas Antimicrobianas.○
A droga antimicrobiana ideal é aquela que mata o microorganismo nocivo sem prejudicar o 
hospedeiro (toxicidade seletiva). 
○
Uma droga antimicrobiana é uma substância química que destrói microorganismos patogênicos 
causando dano mínimo aos tecidos do hospedeiro.
○
Os agentes Quimioterápicos envolvem substâncias químicas que combatem doenças do corpo. ○
O antibiótico é uma substância produzida por microrganismos. Portanto, as drogas produzidas 
sinteticamente (sulfa) não são antibióticos, conceito que é muitas vezes ignorada na prática. 
Assim, a maioria dos antibióticos são extraídos de microrganismos como os fungos e bactérias.
○
Os antibióticos não são quimioterápicos, pois estes são sintetizados em laboratórios. Os 
quimioterápicos são outra parte de medicamentos que não sejam os antibióticos, sendo 
fabricados artificialmente em laboratórios. 
○
1a Geração a Penicilina
2a Geração as Cefalosporinas
3a Geração Meticilina
4a Geração Vancomicina
Dentre os antibióticos temos aqueles que são alterados artificialmente, alterando-se apenas 
alguns radicais. Com estas alterações foram surgindo as gerações dos antibióticos tendo como 
exemplo de:
A resistência das bactérias se dá muitas vezes por começar a produzirem a β-Lactamase (ou 
Penicilinase). Assim, as bactérias produtoras de β-Lactamase são resistentes a maioria dos 
antibióticos.
Quando uma pessoa tem histórico de furunculose recorrente, com tratamento através de 
Penicilina G, quer dizer que o microrganismo desta patologia já está resistente, não adiantando 
prescrever a Penicilina G. Se continuar na prescrição pode deixar a bactéria ainda mais resistente.
O maior problema da bactéria Gram (+) é a produção da β-Lactamase, mas as bactérias Gram (-), 
além da produção de β-Lactamase, em sua parede são ricas em lipídeos, deixando a bactéria ainda 
mais resistente. 
As infecções causadas por fungos, protozoários e helmintos são mais difíceis de serem tratadas 
porque esses organismos possuem células eucarióticas, assemelhando-se as células humanas, 
podendo causar agressões a estas. Já as bactérias são células procarióticas, onde as drogas 
antimicrobianas afetam muitos alvos nestas células, mas infelizmente as bactérias estão cada vez 
mais resistentes por erros relacionados aos medicamentos (auto-medicação, prescrição errada, 
administração errada).
Para conseguir atingir estas bactérias as drogas antimicrobianas estão cada vez mais menos 
seletivas, o que significa que estão atingindo, cada vez mais, as células da microbiota normal do 
organismo. Na hora que atinge a microbiota normal, ficamos cada vez mais suscetíveis as 
infecções, pois esta microbiota normal, inicialmente, é defesa para o organismo, evitando a 
infecção de outros microrganismos mais patogênicos. 
Assim, a droga ideal é aquela que é tóxica para o parasita e inócua ao hospedeiro. 
Definição-
Microbiolo...
Aula 20/10/2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
07:45
 Página 24 de Microbiologia 
Organismos vivos → Antibióticos (produzidos por bactérias, fungos, plantas); EX: Penicilinas, 
Tetraciclinas, Cloranfenicol.
○
Já se está obtendo alguns antibióticos através das plantas, não se pode abusar da fitoterapia, 
como toda forma de medicação, tem que ser prescrita e tomada corretamente na fitoterapia não 
é diferente. 
Como o streptococos não é produtor de β-Lactamase a Penicilina ainda é o medicamento indicado 
para combater sua infecção, já com o pneumococos (streptococos pneumoniae) não faz efeito, 
pois é produtor de β-Lactamase (Penicilinase).
O Cloranfenicol é um antibiótico que foi muito utilizado, pois é uma droga que atua na subunidade 
50S do ribossomo 70S das bactérias, interferindo na síntese protéica desta bactéria. Hoje já não 
tão utilizada pois se está tendo problemas com as células do sistema nervoso central. O mesmo 
ocorre com a tetraciclina e a eritromicina.
A Estreptomicina atua na subunidade 30S do ribossomo procarioto, alterando sua forma, 
causando erro na leitura do códon no mRNA, inibindo a síntese protéica. 
Algumas sintetizadas em laboratório por via sintética – Quimioterápicos (Sulfas, Nitrofuranos, 
etc.).
○
As sulfas foram muito utilizadas a muito tempo, mas hoje já não é tão utilizada, fazendo seu efeito 
nas enterobactérias. 
Origem-
Tóxico ao microorganismos○
Inócuo ao Hospedeiro○
O antibiótico quando foi descoberto seguia estas características, era tóxico ao microrganismo e 
inócuo ao hospedeiro. Foram criados para serem bactericidas (matam o micróbio), mas hoje estes 
mesmos antibióticos estão sendo utilizado como bacteriostático (impedem o crescimento do 
micróbio), pela resistências adquiridas pelos microrganismos.
Características de um Agente Antimicrobiano-
Os antimicrobianos agem no microrganismo inibindo a síntese protéica, inibindo a síntese da 
parede celular, inibindo a síntese de ácido nucléicos e de metabolitos essenciais e causando danos 
a membrana plasmática. 
Antibacteriana�
Antiviral: faz inativação de alguns vírus, pois as infecções virais são difíceis de serem 
tratadas porque o patógeno está dentro das células hospedeiras humanas, e a informação 
genética do vírus direciona a célula humana para que produza o vírus em vez de sintetizar o 
material celular normal.
�
Antifúngica: alguns são bactericidas, como os interferons fabricados laboratorialmente. �
Temos a ação:
Assim, de forma geral, a ação das drogas ocorre tanto matando diretamente os microrganismos 
(bactericida) quanto inibindo seu crescimento (bacteriostático).
Ação dos Agentes Antimicrobiano-
β-Lactâmicos: Penicilinas, Cefalosporina, Aztreonam. ○
Aminoglicosídeos: Estreptomicina, Gentamicina,Kanamicina.○
Rifampicina: Rifampicinas.○
Macrolídeos: Eritromicina.○
Sulfonamidas: Derivados da sulfanilamida (semelhante ao PABA).○
Quinolônicos: Ac. Nalidixico, Oxalinico, Norfloxacina.○
Cloranfenicol: Tiafenicol.
Principais Grupos-
 Página 25 de Microbiologia 
Cloranfenicol: Tiafenicol.○
Metronidazol: Quimioterápico (Infecções → Germes Anaeróbicos).○
Vancomicina: fazendo parte da 4a geração dos antibióticos, são resistentes as Penicilinase, 
utilizado contra bactérias Gram (+).
○
Bactericida: causam a morte do microrganismo.�
Bacteriostático: inibem o crescimento do microrganismo.�
Efeito pode ser:○
Alguns agentes (Penicilina), inibem a síntese da parede celular. A penicilina possui baixa 
citotoxicidade para célula do hospedeiro, pois esta não possui peptideoglicano, onde a penicilina 
atua na síntese completa do peptideoglicano, tornando a parede celular fragilizada, levando a lise 
da bactéria.
○
Outros agentes (Cloranfenicol, Eritromicina, Tetraciclinas, Estreptomicina) inibem a síntese 
protéica atuando nos Ribossomos 70s.
○
Os agentes (Polimixina B) lesam as membranas plasmáticas. Como estes antibiótico atuam nas 
membranas celulares, só adianta prescrevê-los para as bactérias Gram (-), pois as bactérias Gram 
(+) não têm membrana.
○
A Rifampicina e as Quinolonas inibem a síntese de Ac. Nucléicos. As Quinolonas são muito 
utilizados nos protozoários, já a Rifampicina é utilizada para a Tuberculose, mas não é o substrato 
de primeira escolha. Para Tuberculose o antibiótico de primeira escolha deve ser a Isoniazida. 
○
Os agentes (Sulfonamidas) agem como inibidores competitivos de enzimas para bloquear 
metabólitos essenciais.
○
Mecanismos de Ação-
Bactérias Gram (+) → Penicilina, Eritromicina, Clindamicina, Lincomicina, Cefalosporina (1ª a 
6ª geração).
�
Bacterias Gram (-) → Penicilina, Estreptomicina, Gentamicina, Cefalosporina (3ª geração), 
Cefotoxina, Ceftazidina.
�
Antibióticos de Largo Espectro servem tanto para as Bacterias Gram (+) como para as Gram 
(-) ) → Tetralicina, Estreptomicina, Ampicilina, Azitromicina. Se for tomado em todos os 
casos, vai afetar a microbiota normal, podendo levar o paciente a outras patologias, pois 
afetam nos dois grupos. A microbiota normal compete e reprime o crescimento de 
patógenos ou de outros microrganismos.
�
As drogas de Pequeno Espectro afetam mais um grupo de bactérias do que outro. Já aquelas 
drogas que afetam um número grande de bactérias Gram (+) e Gram (-) são denominadas 
de Amplo Espectro.
Antibióticos específicos para:○
Indicação dos Antibacterianos-
Microorganismos podem sofrer mutações e se tornarem resistente ao agente antimicrobiano.○
Paciente pode tornar-se alérgico ao agente (Choque anafilático, Urticária).○
Muitos (Agentes antimicrobianos) são tóxicos para o homem (Cloranfenicol e Estreptomicina).○
Uso indiscriminado de antibiótico (largo espectro) – Pode causar super infecção, pois acaba com a 
microbiota normal que compete e reprime o crescimento de patógenos ou de outros 
microrganismos.
○
Perigos do uso dos Agentes Antimicrobianos-
Usados para determinar qual agente quimioterápico é mais apropriado para combater um 
patógeno específico.
○
Empregados quando a suscetibilidade não pode ser prevista ou quando surge resistência a droga.○
O método por disco-difusão é o mais utilizado, conhecido como teste de Kirby-Bauer, uma 
cultura de bactéria é inoculada em um meio sólido e discos de filtro impregnados com 
agentes quimioterapêuticos são sobrepostos na cultura. Cada disco contém uma 
impregnação de agente quimioterápico diferente que difunde no meio de agar.
�
Depois da Incubação (18-24h), a ausência de crescimento microbiano ao redor do disco = 
Zona de Inibição ou HALO. São zonas claras que indicam a inibição do crescimento do 
�
Método de Difusão○
Testes para Orientar a Quimioterapia-
 Página 26 de Microbiologia 
Zona de Inibição ou HALO. São zonas claras que indicam a inibição do crescimento do 
microorganismo inoculado no meio de cultura.
O diâmetro da zona de inibição quando comparado com uma tabela referência padrão, é 
usada para determinar se o organismo é sensível, intermediário ou resistente a droga.
�
A CIM (Concentração Inibitória Mínima) representa a menor concentração da droga capaz 
de evitar o crescimento microbiano e pode ser feito o Teste E (método de difusão que 
determina a sensibilidade a antibiótico e estima a concentração inibidora mínima). Este 
teste rastreia a mínima quantidade do antibiótico que possa matar as bactérias, sendo mais 
sensível do o disco-difusão.
�
O teste de Bacitracina e Optoquina não é teste de sensibilidade, sendo um teste de 
identificação, vai identificar os halos para definir quem é α e quem é β-hemolítico, 
Diluição em caldo, o microorganismo é crescido em meio de cultura líquido contendo 
diferentes concentrações de agentes quimioterápicos.
�
A menor concentração do agente quimioterápico que mata a bactéria = Concentração 
Bactericida Mínima (CBM).
�
Teste de Diluição em Caldo de Cultura○
A resistência pode ser consequência da destruição enzimática de uma droga, o 
impedimento da penetração da droga no seu sítio-alvo ou mudanças metabólicas ou 
celulares nos sítios-alvo. Os microrganismos que antes não eram produtores, passam a 
produzir a enzima β-Lactamase, causando uma resistência ainda maior do microrganismo. 
�
A herdalidade de Fatores de Resistência a droga (R) é transmitida por plasmídeos e 
Transposons. A Tuberculose quando é contraída através do gado é mais branda, mas se 
pegar de humano para humano é extremamente virulenta, pois o fator de resistência a 
droga é passada pela herança genética.
�
A resistência pode ser minimizada pelo uso discriminado de drogas em concentrações e 
dosagem específica.
�
Resistência a Drogas:○
Efetividade dos Agentes Quimioterápicos-
Sinergísticas → São mais efetivas em combinações do que quando indicadas sozinhas. A 
associação de drogas é mais benéfica no combate ao microrganismo patogênico. O efeito 
quimioterápico de duas drogas utilizadas simultaneamente em alguns casos é muito maior 
que o efeito de uma delas utilizada sozinha.
�
Antagônicas → Quando combinadas, ambas tornam-se menos efetivas do que quando 
administradas sozinhas.
�
Algumas combinações de drogas são:○
Efeitos da Combinação de Drogas-
Muitas doenças causadas por bactérias, previamente tratáveis com antibiótico, tem se tornado 
resistentes.
○
Compostos químicos produzidos por plantas e animais estão fornecendo novos agentes 
antimicrobianos; incluindo peptídeos.
○
Novas drogas antimicrobianas, incluem DNA complementar a gens específico do patógeno. O DNA 
irá ligar-se ao DNA ou RNA do patógeno e irá inibir a síntese protéica.
○
Futuro dos Agentes Quimioterápicos-
 Página 27 de Microbiologia 
Este assunto não foi falado em sala de aula, mas é muito interessante e relacionado com o último 
assunto da 2a prova.
Palestra: MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIBACTERIANOS
Prof.: Arnaldo Medeiros
Ex: Penicilinas
Os antibióticos e quimioterápicos interferem com diferentes atividades da célula bacteriana, 
causando sua morte -> Bactericidas
Ex: Cloranfenicol (trabalha com a capacidade imune do paciente)
Ou somente inibindo seu crescimento -> Bacteriostáticos, não induz a morte celular. Quando 
apenas inibe o crescimento, não destruindo a bactéria, a eliminação do processo infeccioso é 
realizado pelo sistema imune do organismo, com a inibição (sem crescimento bacteriano) o 
organismo tem tempo de reagir para eliminar o processo infeccioso, destruindo as bactérias 
existentes.
Saber como os antibióticos atuam na célula bacteriana, destruindo-a ou apenas inibir seu 
crescimento
Introdução
Fleming e a Penicilina
A história dos antibióticos vem de longa data,começando quando Fleming trabalhava com fungos 
e percebeu que ao redor do fungo havia um aro, onde existia a inibição do crescimento das 
bactérias, deduzindo que existia uma substância química produzidas pelos fungos que destruia e 
matava a população bacteriana.
A partir deste estudo se descobriu que existia substâncias capazes de levar a morte da bactéria, 
que era anti-vida, por isso recebeu o nome de antibiótico.
De Fleming para atualidade foram feitos muitos estudos e desenvolvidos vários tipos de 
antibióticos.
Seletividade Tóxica: o antibiótico deveria atingir apenas estruturas celulares do agente infeccioso, 
sem afetar as estruturas celulares do paciente. Devendo a toxidade da droga ser restrita ao agente 
infeccioso e não ao hospedeiro. Na medida que se tem uma seletividade tóxica se diminui os 
efeitos adversos (colaterais). Ou seja, se a droga atinge apenas a bactéria e não ao homem 
(hospedeiro) não existirá efeito colateral. 
-
Mais bactericida do que bacteriostática, tendo uma eficácia mais rápida, embora saibamos que 
mesmos os antibióticos bacteriostático acaba debelando a população bacteriana com auxílio do 
sistema imune.
-
Não induzir a resistência: este é o maior problema de saúde que temos com o uso indiscriminado 
de antibióticos, provocando a resistência das bactérias, onde o antibiótico não consegue destruir 
mais aquela população de bactérias de antes.
-
Baixo custo:-
Não causar doenças no paciente como alergias ou favorecer outras infecções-
Características de um Antimicrobiano ideal
Palestra de Arnaldo
domingo, 23 de outubro de 2011
10:54
 Página 28 de Microbiologia 
Não causar doenças no paciente como alergias ou favorecer outras infecções-
Permanecer ativo nos tecidos: o antibiótico deve permanecer em concentração alta nos tecidos 
onde está acontecendo o processo infeccioso. Que a farmacocinese seja relativamente lento, para 
que possa permanecer mais tempo no tecido afetado e, conseqüentemente, ter um maior efeito 
da droga.
-
Se todos esses parâmetros fossem encontrados em um único antibiótico teríamos um 
medicamento ideal.
Quimioterápico: Qualquer droga usada no tratamento, alívio ou profilaxia de uma doença.-
Quimioterápico antimicrobiano: Quimioterápico utilizado no controle das doenças infecciosas, é 
uma droga que tem uma ação química, terapêutica, no agente infeccioso.
-
Antibiótico: substância natural produzida por um microrganismo que destrói ou inibe o 
crescimento de outro microrganismo.
-
Semi-sintéticos: drogas modificadas a partir de uma droga de ocorrência natural, onde a indústria 
farmacêutica introduz determinados agrupamentos químicos, tornando a droga com menor 
probabilidade de desenvolver resistência. Em cima de um produto natural é acrescentado 
agrupamentos químicos, sendo drogas modificadas.
-
Sintético: droga sintetizada completamente no laboratório.-
Terminologia em Quimioterapia
Pode ser qualquer droga que possa ser utilizada para combater microorganismo. Na prática 
médica o termo antibiótico é muito mais relacionado a droga que combatem bactérias, embora 
possam combater fungos, parasitas ou vírus.
Normalmente são produtos metabólicos de bactérias e fungos.�
Reduzem a competição por nutrientes espaço, estas substâncias produzidas por 
determinados organismos, tem caráter de seleção natural positivo, garantido maior 
sobrevivência dos microorganismo produtores.
�
Antimicrobianos de ocorrência natural-
Streptomyces, Bacillus,�
Bactérias:-
Penicillium, Cephalosporium�
Fungos:-
Antibiótico
Características das drogas que apresentam como alvo processos celulares microbianos específicos 
mas não afetam o hospedeiros deste microrganismo. 
Toxidade Seletiva
Baseados nesta Toxidade Seletiva podemos falar em outras formas do mecanismo de ação.
Parede celular: características das células bacterianas.�
Síntese dos ácidos nucléicos:�
Síntese de proteínas:�
Membrana celular:�
Síntese de ácido fólico: este ácido é fundamental para síntese dos ácidos nucléicos e, 
conseqüentemente, fundamental para sobrevivência das bactérias.
�
Os mecanismos de ação podem atuar em diferentes compartimentos ou subcompartimentos 
celulares do microrganismo. Tem-se drogas que afetam especificamente:
Mecanismo de Ação
 Página 29 de Microbiologia 
Na figura acima se demonstra que existem grupos de antibióticos que afetam a parede celular, 
que afetam a replicação do DNA, ou afetam o processo de transcrição, inibindo a gyrase que faz o 
enovelamento do DNA, ou que inibem a RNA polimerase; as que afetam a síntese protéica, 
atuando nas subunidades ribossomais; que afetam a síntese do ácido fólico.
Penicilinas e cefalosporinas – ligam-se e bloqueiam as peptidases que fazem a síntese dos 
peptideoglicanos da parede celular bacteriana.
�
Vancomicina – bloqueia a alongamento dos peptideoglicanos.�
Cicloserine – inibe a formação das subunidades básicas dos peptideoglicanos.�
Bactericida
Estes bactericidas tem uma Seletividade Tóxica grande, pois atuam contra a parede celular dos 
procariontes, enfraquecendo sua parede celular, ficando mais suscetível ao efeito osmótico, 
conseqüentemente a bactéria e destruída dependendo da variação do meio. 
Antibióticos que enfraquecem a Parede Celular levam a lise celular.
Síntese da Parede Celular
Penicillin chrysogenum-
Natural (penicilina G e V)�
Semi-sintética (Ampicilina, Carbenicilina)�
Um grupo bastante diverso (1ª, 2a, 3ª gerações)-
Estrutura-
Penicilina: 
 Página 30 de Microbiologia 
Anel Tiazolidine�
Anel Beta-lactâmico�
Cadeia lateral variável (grupo R)�
Estrutura-
O que caracteriza classicamente a estrutura de uma Penicilina ou de um β-Lactano é a presença do 
anel β-Lactano , que é fundamental para integridade, para que a substância exerça sua ação 
bactericida. 
As bactérias desenvolveram uma enzima chamada de β-Lactamase, onde esta enzima cliva o anel 
β-Lactano, fazendo com que a propriedade antibiótica do produto seja perdida, ficando a bactéria 
que produz a β-Lactamase resistente. Para evitar esta resistência tem uma substância chamada de 
Ácido Manurônico que inibe a β-Lactamase, por isso é que encontramos a penicilina ou um 
derivado de penicilina (amoxilina) associado com o Ácido Manurônico, permitindo que a bactéria 
resistente seja sensível a penicilina, anulando a resistência da β-Lactamase e aumentando o efeito 
do antibiótico.
Aminoglicosídeos: Ligam-se a subunidade 30S dos ribossomos, causando um erro de leitura 
no mRNA
�
Tetraciclinas: Bloqueia a ligação do tRNA (responsável pela região do anti-códon).�
Cloranfenicol: Liga-se a subunidade 50S dos ribossomos, prevenindo a formação da ligação 
peptídica, impedindo a formação de proteínas, levando a bactéria a morte.
�
Existem várias classes que inibem a síntese protéica e em sua grande maioria são bacteriostático:
São antibióticos, em geral, de amplo espectro.-
Aminoglicosídeos: Estreptomicina, neomicina, gentamicina�
Tetraciclinas�
Macrolídeos: Eritromicinas�
Cloranfenicol�
Aminoglicoside
□
Exemplos-
Mecanismo de Ação do Inibidor da Síntese Protéica
Inibição da Síntese Protéica
 Página 31 de Microbiologia 
Mecanismo de Ação do Inibidor da Síntese Protéica
Os Aminoglicosídeos se ligam a unidade ribossomal 30S impedindo a leitura correta do 
RNAm.
O Clorafenicol inibe a ligação peptídica, ele é o inibidor da Peptidil Transferase.
A Tetraciclina bloqueia o sítio de ligação do RNAt e conseqüentemente não tem como 
sintetizar as proteínas.
A Eritromicina impede o deslocamento do RNAm.
A Polimixina B (Gram Negativos) desestrutura os lipídeos de membrana, levando ao rompimento 
dessa membrana, provocando a lise celular. É muito utilizada, mas com uso bastante específico. É 
extremamente tóxica para bactéria, mas também é extremamente tóxica

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