Buscar

A PETROBRAS VALE A LUTA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

A PETROBRAS VALE A LUTA.
O petroleiro LUIZ CARLOS, explica as razões pelas quais devemos investir esforços na defesa da Petrobras no Rio Grande do Norte.
O futuro da Petrobras enquanto propulsora do desenvolvimento nacional está em de risco, a grande discussão é quem fará a gestão da Empresa e lucrará com os imensos ganhos do setor petróleo, se o setor público, ou a iniciativa privada. Principalmente agora com o advento do presal, temos a maior fronteira petrolífera descoberta nos últimos trinta anos em todo mundo. Petróleo produzido a um custo em torno de US$ 8 quando o preço no mercado está US$ 62, com viés de alta. A Petrobras, uma empresa de economia mista, deixou, no governo FHC, de ter maior parte do total das ações sob o controle do Governo, apenas as ações ordinárias que dão direito a voto permaneceram sob controle governamental. Juntando as ações preferenciais e ordinárias o governo ficou até 2010, quando ocorreu a mega capitalização com apenas 40% do total. A partir daí esse percentual elevou-se para 48% do total e 64% das ações ordinárias que dão direito a voto e definem o controle da empresa. Antes mesmo do advento do golpe, uma campanha intensa nos meios de comunicação, aliados da operação lavajato, tentava de todas as formas desacreditar a Petrobras como capaz de conduzir os investimentos necessários para operar os mega campos do presal. Utilizando-se de uma fase de queda brutal dos preços dos petróleos causados pelas disputas entre os EUA e os países da OPEP(Organização dos Países Exportadores de Petróleo), em razão da produção do óleo de xisto em larga escala nos Estado Unidos. Com o golpe, uma das primeiras iniciativas foi exatamente, a pretexto de desafogar a Petrobras, votar no senado um projeto do senador José Serra, desobrigando a Petrobras de participar como operadora em todos os campos do presal, condição sine qua non para o regime de partilha, no qual o Governo fica com parte da produção dos campos. Mais recentemente, o governo revogou a lei de conteúdo nacional, que obrigava a Petrobras a adquirir bens e serviços com pelo menos 65% de conteúdo local. Aliado a tudo isso veio a isenção de tributos que pode acarretar nos próximos 20 anos uma renúncia fiscal de 1 trilhão de reais, que beneficia a Petrobras mas, tem endereço certo: as petroleiras estrangeiras que adquiriram campos no presal e nas suas áreas periféricas, no último leilão realizado pela ANP(Agencia Nacional de Petróleo). Não é só isso o governo também determinou uma predatória sequência de venda do patrimônio nacional, através do que eles chamam de desinvestimentos para diminuir a “dívida” da Petrobras, que incluem desde a principal subsidiária a BR Distribuidora, que é a maior rede de postos do Brasil, principalmente nas regiões mais carentes, até os campos terrestres e marítimos do RN. Apenas nos campos terrestres, a perda de faturamento anual chega a mais de 1 bilhão de reais para a Petrobras. Tudo isso tem uma reação em cadeia negativa para a frágil economia do nosso Estado. Dá para reverter? Com certeza, contudo, passa por luta organizada que levará a população, atingida brutalmente pela diminuição das atividades da Petrobras e pela elevação sem precedentes dos preços dos combustíveis, incluindo o preço do bujão de cozinha, entender que foi vítima de um golpe que longe resolver os nossos problemas, os intensificaram e tendem a apertar mais o cinto, principalmente das faixas mais vulneráveis da população brasileira. O ataque a Petrobras é nacional e desta forma a reação também é nacional. As federações e seu seus sindicatos, combinam a luta institucional realizando ações nos parlamentos, com a luta das ruas. No RN, mais especificamente, no dia 15 de setembro, ocorreu na Câmara Municipal de Natal, por inciativa do mandato da vereadora Natália Bonavides do PT, uma audiência pública em defesa da Petrobras, que resultou na criação da frente nordestina em defesa da Petrobras. Uma série de audiências deverão ocorrer nos municípios produtores de petróleo do RN. A próxima será em Mossoró no mês de fevereiro. O SINDIPETRO, a AEPET(Associação do Engenheiros da Petrobras), a AGERN(Associação dos Geólogos do RN) e a APASPETRO(Associação dos petroleiros aposentados) nesse meio tempo têm realizado atos de rua e seminários para conscientizar a população e também os próprios petroleiro (a), uma vez que visando a privatização da Petrobras, sem mais nem menos surgiu a necessidade de se fazer uma recomposição das contribuições do plano de previdência complementar da Petrobras, que causará, se implementado, uma elevação em 30% das contribuições para os participantes.

Outros materiais

Outros materiais