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COLÉGIO TÉCNICO DA FUNDAÇÃO JOSÉ CARVALHO
Resenha: Nome do livro ou texto
Atividade avaliativa, realizada pelos alunos XXX do Xº ano – Turma X do Ensino Médio, do Colégio Técnico da Fundação José Carvalho, referente à X Unidade, no ano de 2015, para a disciplina de Sociologia, sob a orientação do professor Matheus Guerreiro.
SALVADOR
2015
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EXEMPLO 1 – Resenha Resumo
Referência: ASSIS, Machado de. A causa secreta. In: Machado de Assis - obra completa v.II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986.
Título: Crueldade?
Este é um conto que aborda um tema oculto da alma de todo ser humano: a crueldade. Machado de Assis cria um cenário onde o recém formado médico Garcia conhece o espirituoso Fortunato, dono de uma misteriosa compaixão pelos doentes e feridos, apesar de ser muito frio, até mesmo com sua própria esposa.
Através de uma linguagem bastante acessível, que não encontramos em muitas obras de Assis, o texto mescla momentos de narração - que é feita em terceira pessoa - com momentos de diálogos diretos, que dão maior realidade à história.
Uma característica marcante é a tensão permanente que ambienta cada episódio. Desde as primeiras vezes em que Garcia vê Fortunato - na Santa Casa, no teatro e quando o segue na volta para casa, no mesmo dia - percebemos o ar de mistério que o envolve.
Da mesma forma, quando ambos se conhecem devido ao caso do ferido que Fortunato ajuda, a simpatia que Garcia adquire é exatamente por causa de seu estranho comportamento, velando por dias um pobre coitado que sequer conhece.
A história transcorre com Garcia e Fortunato tornando-se amigos, a apresentação de Maria Luiza, esposa de Fortunato e ainda com a abertura de uma casa de saúde em sociedade.
O clímax então acontece quando Maria Luiza e Garcia flagram Fortunato torturando um pequeno rato, cortando-lhe pata por pata com uma tesoura e levando-lhe ao fogo, sem deixar que morresse. É assim que percebe-se a causa secreta dos atos daquele homem: o sofrimento alheio lhe é prazeroso. Isso ocorre ainda quando sua esposa morre por uma doença aguda e quando vê Garcia beijando o cadáver daquela que amava secretamente. Fortunato aprecia até mesmo seu próprio sofrimento.
 	É possível afirmar que este conto é um expoente máximo da técnica de Machado de Assis, deixando o leitor impressionado com um desfecho inesperado, mas que demonstra - de forma exponencial, é verdade - a natureza cruel do ser humano. É uma obra excelente para os que gostam dos textos de Assis, mas acham cansativa a linguagem rebuscada usada em alguns deles.
Joaquim Maria Machado de Assis é considerado um dos maiores escritores brasileiros e entre seus livros encontram-se as coletâneas de contos Histórias da meia-noite e Contos fluminenses.
EXEMPLO 2 – Resenha Crítica
Referência: LUFT, Celso Pedro. Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino. Rio de Janeiro: L&PM, 1995.
Título: Um gramático contra a gramática
	Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino (L&PM, 1995, 112 páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de ideias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da gramática em sala de aula.
 	Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática linguística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português".
	O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e linguística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos linguistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante.
 	Essa fundamentação linguística de que lança mão - traduzida de forma simples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser humano; um processos espontâneo, automático, natural, inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata pela linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório, nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu espírito crítico e para falar por si.
Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores - vítimas do ensino tradicional - e os professores de português - teóricos, gramatiqueiros, puristas - têm ao se depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve contra a gramática na sala de aula.
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