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1065418 TRABALHO RELATÓRIO DE ESTÁGIO MÉDIO ISA 0 46953

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINTER
ILSAMARA DA SILVA MONTEIRO
RELATÓRIO DEPESQUISA E PRÁTICA PROFISSIONAL/
ESTÁGIO SUPERVISIONADO –
NÍVEL MÉDIO
Santo Ângelo
2015
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINTER
ILSAMARA DA SILVA MONTEIRO
RELATÓRIO DEPESQUISA E PRÁTICA PROFISSIONAL/	Comment by Marlos: Verificar digitação
ESTÁGIO SUPERVISIONADO –
Relatório de Pesquisa e Prática Profissional – Estágio
 Supervisionado
 
Nível
 Médio apresentado à UTA – 
Formação Docente
, no Curso de Pedagogia. 
Tutor 
:
 Jussara bracht
v
ogelNÍVEL MÉDIO
 Santo Ângelo
 2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................03
Apresentação e Caracterização
 da Escola Estagiada....................................................................04
. Observações feitas em sala de aula........................................06
CONCLUSÃO.....................................................................................10
BIBLIOGRAFIA..................................................................................12
ANEXOS.............................................................................................13
INTRODUÇÃO 
Durante as aulas no pólo recebemos orientação para o trabalho de campo, numa perspectiva de estágio como pesquisa, buscando a superação da fragmentação entre teoria e prática, fundamentado no texto de Pimenta e Lima (2004; p.34). Nesta perspectiva, as autoras afirmam que “[...] no estágio dos cursos de formação de professores, compete possibilitar que os futuros professores compreendam a complexidade das práticas institucionais e das ações aí praticadas por seus profissionais como alternativa no preparo para sua inserção profissional” (p. 43).
	Desta forma, essa etapa do estágio supervisionado em filosofia, objetivou a inserção do estagiário na escola, buscando entender o seu funcionamento e coletando dados e, principalmente, a observação de aulas na disciplina filosofia em turmas do ensino médio. 
	Dentre outros aspectos, analisamos a constituição estrutural da escola em questão, seus recursos e meios disponibilizados para a realização do ensino e a situação (formação e situação funcional) do profissional da educação responsável pela disciplina Filosofia. 
É importante ressaltar que os dados coletados no trabalho de campo foram coletados durante um período aproximado de três semanas. Para isso, utilizamos a observação do espaço físico da escola e do seu funcionamento. Conversamos com o professor responsável pela disciplina de filosofia com o objetivo de obter informações sobre sua formação acadêmica, experiência profissional e dificuldades que o mesmo enfrenta no processo de ensino-aprendizagem da filosofia. Também tivemos acesso direto aos documentos oficiais da escola, disponibilizados por coordenadores e outros funcionários responsáveis, onde coletamos dados sobre o número de turmas e de alunos, relação de funcionários e professores e suas respectivas situações funcionais. Quanto à observação em sala de aula, buscamos verificar os seguintes aspectos: conteúdos, metodologia utilizada, recursos didáticos, forma de avaliação, relação entre professor e alunos, entre outros aspectos.
APRESENTAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA:
A Escola onde realizamos o estágio tem por nome Escola Estadual de Médio Dr. Augusto Nascimento e Silva teve sua origem como Grupo Escolar Zona Industrial no dia30 de agosto de 1945 na cidade de Santo Ângelo-rs.	Comment by Marlos: Verificar digitação 
A Escola conta com Ensino Fundamental Regular- Séries Iniciais e Finais, Ensino Médio Politécnico. Na modalidade EJA, Ensino Fundamental e Médio.
 Integra a Escola 63 professores, 15 funcionáriose aproximadamente 890 alunos, funcionando em três turnos: manhã, tarde, noite. A escola conta com um espaço amplo, salas e departamentos bem situados e facilmente localizados por inscrições nas portas. As instalações físicas aparentam bom estado de conservação, apesar também de podermos notar, em alguns espaços, pinturas gastas dos prédios, salas com problemas leves de infiltração e bastante abafadas em alguns horários do dia.
A escola ainda possui laboratório de informática com 30 (trinta) netbooks, laboratório de ciências, 10(dez) ar-condicionado, auditório, refeitório, sala de vídeo, e 3 (três) televisores avulsos, 2(dois) datashow, biblioteca, 2(duas) quadras, parquinho.E área coberta.Tem sala de direção, supervisão, coodernação, secretaria, 2 (dois) banheiros feminino e masculino.
Em parceria com o governo federal desenvolve-se na Escola o Programa Mais Educação, que atende 100 alunos do Ensino Fundamental, através de oficinas de canto, coral, robótica, letramento, futsal, teatro, e matemática, em turno inverso. Desenvolve este programa visando atender crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. No Ensino Médio é desenvolvido o PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência).Possui ainda, Banda Marcial que mantém participações em eventos cívicos e culturais em nosso município. Grêmio Estudantil atuante.
Sua filosofia é a formação de um homem crítico, responsável, solidário, participante e engajado na construção de uma sociedade moderna, justa, fraterna e cidadã.
A Escola se mostra engajada com o desenvolvimento integral dos seus alunos, fazendo constar no seu currículo de trabalho permanente os princípios e valores universais, vivenciando as práticas sólidas de solidariedade, honestidade, respeito ao bem comum, responsabilidade e compromisso com o crescimento individual e coletivo, contemplando a diversidade educacional. A escolarização constitui um dos principais mecanismos através dos quais o indivíduo se torna cidadão informado e participante do mundo em que vive, adquirindo consciência crítica que favorece a capacidade de questionar e problematizar o mundo, condição necessária para uma prática social transformadora e cidadã.
Como espaço vivo e democrático, seu objetivo é priorizar ao aluno e a comunidade escolar, maneiras para adaptar-se a realidade para realizar uma efetiva inclusão educacional, promovendo situações de ensino-aprendizagem que conduzem à formação crítica, responsável e autônoma para atuarem como cidadãos conscientes, priorizando a formação permanente do professor e a qualificação da ação pedagógica para atender a diversidade de nossa comunidade escolar.
Pensar na Educação e na escola hoje, como parte de um projeto de sociedade, exige uma análise da realidade. Uma realidade que revela avanços da tecnologia, em todas as áreas, acesso fácil as tecnologias da informação, no cotidiano da comunidade escola. Uma realidade também que, contraditoriamente, revela a existência de famílias que sobrevivem através da “Bolsa Família” e biscates, enfrentando grandes dificuldades financeiras para manter sua prole;o agravamento da destruição do meio ambiente, comprometendo a qualidade de vida, face ao processode desenvolvimento econômico sem limites, num contexto global e capitalista.
As consequências da crise global interferem diretamente na comunidade escolar. Um mundo conturbado onde a família, eixo central da sociedade, perde sua identidade, gerando filhos sem valores, sem princípios. Menores abandonados, pais desempregados ( alguns sendo presidiários),tendo na maioria das famílias a mãe como arrimo com baixo poder aquisitivo, trabalhando na informalidade e algumas como garis. Com relação a educação a Escola tem como missão compartilhar o conhecimento e estimular a criança e jovem a permanecer na escola, desenvolvendo consciência crítica, de modo que seja capaz de analisar e auxiliar sua comunidade na busca de soluções sustentáveis, participando de decisões, mantendo bom convívio e tendo presentes em sua vida a religiosidade e os valores morais e éticos.
A Escola procura adequar-se as necessidades individuais, num trabalho para a diversidaderespeitando o meio social. Os conteúdos são estabelecidos a partir das experiências vividas pelos alunos frenteàs situações problemas, através da investigaçãode experiências, das pesquisas e utilizando o método científico na busca de soluções para as mesmas, sendo o professor um auxiliador no desenvolvimento livre,baseando-se na motivação e na estimulação de problemas.Podendo então afirmar que segue as manifestaçõesde Montessori, Decroly, Dewey, Piaget e Lauro de Oliveira Lima. Em busca de uma educação libertadora, seguindo a linha Freiriana.
Abranger situações de aprendizagem que atendam aos compromissos científicos e filosóficos da escola: saber, saber e fazer, ser e conviver, valorizando os conhecimentos prévios, a cultura da comunidade e a cultura da comunidade e proporcionando acesso ao saber local, regional e universal da humanidade, voltada para uma educação interdisciplinar e tendo como meta almejado “Aprender a Aprender”. 
A Escola entende a avaliação como um processo contínuo, diagnóstico e participativo, num constante repensar da ação pedagógica, reorganizando as próximas ações do educando, da turma, do educador, no sentido de avançar no entendimento e desenvolvimento do processo de aprendizagem.O princípio básico da ação de avaliar está diretamente relacionado às teorias do conhecimento que embasam o fazer pedagógico do professor e se constrói através da observação, da análise, da reflexão constante e das propostas dadas pelos sujeitos aos desafios que se propõe.
A avaliação é suporte para entender as diferentes caminhadas nos diferentes momentos deste processo e, principalmente propões a qualificar o processo de construção do conhecimento.
AS OBSERVAÇÕES EM SALA DE AULA:
Além da coleta de dados para a caracterização geral da escola, no trabalho de campo foram observadas trinta (30) aulas em turmas que variavam desde o primeiro ao terceiro ano do ensino médio. O professor responsável pelo turno da manhã, o qual nos deu permissão para acompanhar suas aulas, é professor efetivo e leciona a disciplina filosofia nesta escola desde 2006. Ele tem doze anos de experiência em docência. Tem formação em pedagogia e filosofia e é pós-graduado em “Docência para o ensino superior”.
	As turmas têm entre 18 a 25 alunos, em sua grande maioria de classe baixa. O Professor se mostra muito dedicado a ensinar seus alunos os motivando sempre. Em relação à formação acadêmica dos professores de filosofia, detectamos que apenas um desses profissionais tem formação específica na área, ou seja, enquanto um é especialista em educação e graduado em filosofia, o outro tem formação em psicologia, contrariando desta forma as Orientações Curriculares Para O Ensino Médio (2006) que sugere que os professores de filosofia tenham graduação na área específica (p. 17).
	As aulas dadas foram a respeito: COMO SE ESTUDA A FILOSOFIA? (Desidério Mucho, Univers. Fed. de Ouro Preto, Depart. Filosofia), onde foi lido um texto com os alunos durantes as aulas e discutido o tema com eles. Foi levantadas questões sobre qual é a função do professor; do aluno e qual é o erro que frequentemente ocorre entre a relação deles (ensinar x aprender). Depois foram dadas algumas questões para os alunos responderem.
	O texto tem como finalidade de ajudar os estudantes a estudarem melhor, visando um maior desempenho nas aulas.
	Percebemos nas aulas que o professor tenta estabelecer uma relação da teoria com a realidade vivida pelos alunos. Oportunizando ainda que eles exponham suas idéias e defenda aquilo que faz parte do seu cotidiano, as questões que lhe afligem. A partir disso é possível desencadear a reflexão filosófica de modo mais atrativo, uma vez que diz respeito à vida deles.
O comportamento em sala de aula é trivial, agem comumente como é esperado em qualquer escola pública com turmas de adolescentes. Não foram notados problemas realmente sérios de disciplina. Os alunos esperam o professor na sala, não fazem tanto tumulto na entrada ou na saída. E isso se repete em todas as turmas observadas no turno da manhã.
	As turmas tinham uma relação amistosa com o professor que conseguia amenizar com desenvoltura e simpatia as dificuldades para ministrar as aulas. Surpreendentemente, é interessante notar que as consequências desta boa relação entre aluno e professor são mais frutíferas do que se imagina, pois é através dela que muitos alunos nem se quer notam as dificuldades ou, se notam, não parecem tão incomodados, e conseguiam até despertar a curiosidade para outros temas.
	Em conversas extras o professor nos colocou o benefício que uma boa aula de filosofia pode ter, é imenso, além do conhecimento adquirido é através da filosofia e do estudo da mesma que aprendemos a questionar a nossa realidade, argumentar e tentar mudar para melhor aquilo que nos desagrada. Outro é o fato de pensarmos de forma tão diferente, pois filosofar é estar abertos a novas perspectivas, permitindo que o pensamento busque novos horizontes. Também contribui no sentido de adquirir autonomia e, com isso, aprender a tomar nossas próprias decisões. Dentre outros benefícios citariamos ainda, o fato de que se analisarmos certas questões filosóficas, o nosso cérebro cada vez mais desenvolve capacidade crítica.	Comment by Marlos: Verificar acentuação
Historicamente, a filosofia não tem sido muito valorizada nas Escolas.Há ainda certo menosprezo em relação às outras disciplinas da grade curricular. Somado a isso, se junta o fato de que há uma carência de professores com graduação específica na área. Por isso, frequentemente, convoca-se qualquer professore de outra área para suprir essa carência. Nesse caso o ensino de filosofia é concebido como um simples ato de refletir sobre um assunto qualquer.
	 O Professor ainda defende a ideia que, um educador da disciplina de filosofia deve ter de uma boa base introdutória a respeito da filosofia, no qual se cria uma clareza do que é realmente o espirito da mesma, tendo em mente esse caráter aberto que um filósofo deve ter. 
Pensamos que o nosso País está buscando o tempo perdido onde foi nos tirado muitas vezes o direito de refletir sobre a nossa realidade, pois agora a LDB (Lei de Diretrizes e Base) nos traz a seguinte lei: “Serão incluídas a filosofia e a sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio (Art.36,IV,LBD9394/96)”. Isso faz com que tenhamos esperanças de uma educação reflexiva, para que possamos quebrar velhos paradigmas às vezes impostos pela ditadura e que até os dias de hoje nos assombra.	Comment by Marlos: Parágrafos precisam de formatação 
Segundo Vasconcelos no livro fundamentos filosóficos da educação faz e seguinte questionamento: “Será possível ensinar alguém a filosofar?”; “Em outras palavras, se a filosofia se caracteriza como uma atividade de ordem reflexiva será possível ensinar alguém a refletir, a pensar?” ( Vasconcelos, 2012, p. 10).
Segundo o mesmo autor diz “A reflexão filosófica não é privilégio exclusivo de quem possui formação acadêmica em Filosofia. Toda vez que questiona o “como” e o “porquê” de seus pensamentos e de suas ações, já está, de certo modo, filosofando ”(Vasconcelos,2012,p.23).
Defendemos a ideia que todo professor deve estar sempre bem informado e saber se posicionar a respeito de algum assunto pertinente. Porém um professor que fez sua graduação acadêmica em filosofia tem uma vantagem muito grande, um conhecimento e capacidade intelectual de discernimento que outro profissional da área não iria ter. Pois filosofia é algo que se faz com calma, é uma atividade que exige paciência, esforço cuidado com o texto.
Durante o período de Estágio Supervisionado não foi realizada nenhuma atividade de avaliação. Foi trabalhado o texto, já citado acima, foi entregue uma cópia Deste para todos os alunos lerem, após foi feito uma mesa redonda (classes posicionadas em círculos) onde foi debatido o assunto, e depois dadas algumas questões de interpretação de texto.Segue as questões trabalhadas em aula:
Interpretação de texto:
1) Qual é o objetivodo texto?
2) Quando lemos um livro, ou uma parte deste, temos que ter consciência daquilo que não se entendeu. Para isso o autor sugere uma questão. Qual é essa questão e porque ela é tão importante?
3) O autor afirma que alguns alunos confundem uma resposta adequada com duas respostas inadequadas. Quais são as duas respostas que muitas vezes se dá?
4) No último parágrafo do item 2, o autor cita duas atitudes comuns que se deve evitar quando se busca a compreensão correta e rigorosa de um texto.Quais são essas atitudes?
5) O que são livros adequados na compreensão do autor?
6) Faça uma lista com dez(10) idéias significativas que você encontrar no texto sobre “Como se estuda Filosofia”.
CONCLUSÃO
	As experiências vivenciadas nesta etapa de observações do Estágio Supervisionado não poderiam passar despercebidas, sem deixar lições profundas. O contato imediato com o objeto de estudo é algo que surpreende, apesar de todos nós já termos passado por salas semelhantes, porém na condição de aluno. Voltar às salas com o olhar de quem procura compreender o processo de ensino, olhar de futuro professor, faz com que a experiência se torne ainda mais instigante e rica em atrativos reflexivos.
	Para muitos estagiários, este pode ser o momento decisivo, onde realmente decidirão se é este tipo de profissão que pretendem seguir. Algo que é inimaginável no começo do curso.
	O contato com as salas de aulas e as deficiências do ensino público podem também assustar e passar uma má impressão à primeira vista, como de fato na maioria das vezes passa. Por outro lado, pode também estimular um espírito de engajamento político, social, pedagógico e filosófico. De qualquer forma, o estágio supervisionado é sempre algo essencial em diversos sentidos.
	Ademais, o que resta é um saldo positivo desta experiência. E aos que pretendem continuar na profissão, não há hora melhor para se colocar no lugar do profissional observado e tentar desenvolver projetos que ajudem a sanar as deficiências observadas. Afinal, o ponto de vista de quem observa e critica é muito mais cômodo, sem a pressão da falta de recursos, tempo, gastos, compromissos e vida particular que o professor tem que administrar para conseguir dar as aulas. 
	Desde já queremos deixar aqui nosso agradecimento aos funcionários desta escola onde foi realizado o estágio por permitirem que tudo fosse realizado sem transtornos ou incômodos, também por viabilizar o acesso a documentos da escola e as suas dependências físicas. E, principalmente, um agradecimento especial ao professor que nos autorizou acompanhá-lo de imediato em suas aulas após o pedido, apesar de sabermos como é difícil estar nesta posição.
Finalizamos afirmando que, embora este trabalho de campo não tenha sido de efetiva prática docente (regência de aulas) por parte do estagiário, independente disso, ele cumpriu com o seu objetivo que foi estabelecer um contato direto com o ambiente de trabalho docente e proporcionar ao estagiário um confronto vivo entre a teoria que é aprendida na faculdade e a realidade prática educativa de uma sala real. Além disso, possibilitou a análise, comparação e reflexão, mesmo que de um ponto de vista superficial, da situação educacional de uma escola pública.
BIBLIOGRAFIA
LORIERI, Marcos Antonio. Filosofia: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. (Coleção Docência em Formação). 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Básica. “Conhecimentos de Filosofia”. IN: Orientações Curriculares Para o Ensino Médio – Ciências Humanas e suas Tecnologias. Brasília: MEC, 2006. p. 15-40.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. “Estágio: diferentes concepções”. IN: Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004. p. 33-57. (Coleção Docência em Formação; Série Saberes Pedagógicos).
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Lei de Diretrizes e Base. Art.36, inciso IV, LDB 9394/96.
VASCONCELOS, José Antônio. Fundamentos Filosóficos da Educação - Curitiba: InterSaberes, 2012, - (Série Fundamentos da Educação).
VIEIRA, Mônica Caetano. URBANETZ, Sandra Terezinha. O Estagio no Curso de Pedagogia. - Curitiba: InterSaberes, 2012. - (Série TCC e Estágio em Pedagogia, v.1)
	
ANEXOS
Plano de Aula
1)Identificação:
Estagiário(a): Ilsamara da Silva Monteiro
Escola Estagiada: E. E. E. M. Dr. Augusto do Nascimento e Silva
Disciplina: Filosofia
Turma: 1º,2º,3º anos do ens. médio
Professor Regente: Paulo César Borré Theis
2) Conteúdo:
Valorizando a Raça Negra
3) Objetivos:
Discutir a desigualdade racial no nosso País.
Compreender a origem do Dia da Consciência Negra e a sua importância nos dias atuais.
Analisar a situação do negro hoje em dia.
4) Síntese do Assunto:
Desigualdade Social e Racial
Escravidão e Quilombos
5) Desenvolvimento da Aula:
1) Iniciar o assunto lendo a Constituição Federal : Lei 12.519 de novembro de 2011 - Art.1º É instituído o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, a ser comemorado, anualmente, no dia 20 de novembro, dia do falecimento do líder Zumbi dos Palmares.
Questionamento Oral:
A) O que vocês entendem por “Consciência Negra”?
B) Já participaram de alguma festividade relacionada a data ?
C) Porque dia 20 de novembro foi escolhido para comemorar o Dia da Consciência Negra?
D) Quem foi Zumbi dos Palmares e porque ele é um símbolo tão importante para o povo Negro?
E) O que foram os quilombos?
	Ao final da discussão, para ampliar a compreensão da turma sobre as razões históricas do Dia da Consciência Negra, será passado o vídeo: “ZUMBI DOS PALMARES” produzido pela TV Câmara na série “Construtores do Brasil” que conta a biografia desse grande símbolo que foi Zumbi.
2) Exibição do vídeo-“Zumbi dos Palmares”.
3) Passar um texto para fixação afim de melhor explicar o que foi Quilombo dos Palmares.
Como surgiu o Dia da Consciência Negra?
As origens do Dia da Consciência Negra estão relacionadas aos esforços dos movimentos sociais para evidenciar as desigualdades históricas que afligem a população negra e parda no Brasil. A data é comemorada em 20 de novembro para coincidir com o aniversário da morte de Zumbi dos Palmares (1655-1695), líder do Quilombo dos Palmares, no período colonial. 
 Os quilombos eram agrupamentos populacionais formados por escravos foragidos de fazendas coloniais. Nesses locais, muitas vezes escondidos em meio à mata, os ex-escravos se organizavam para garantir sua subsistência e a reprodução da cultura de seus ancestrais africanos. No entanto, esses lugares eram frequentemente alvo da violência dos senhores de escravos brancos, que procuravam retomar o controle dos seus escravos foragidos.
 O Quilombo dos Palmares, localizado no atual estado de Alagoas, é uma das mais famosas comunidades de escravos foragidos da nossa história.  Seu último líder foi Zumbi dos Palmares, nascido no quilombo, mas capturado por colonos portugueses quando ainda era criança.  Seu retorno aconteceu quando o governo da Capitania de Pernambuco negociava com as lideranças quilombolas sua submissão à Coroa Portuguesa. Por não concordar com essa proposta, Zumbi desafiou Ganga Zumba, então líder dos negros. Ganga Zumba acabaria envenenado por um aliado de Zumbi, que se tornou assim o governante da comunidade. No final do séculoXVII, o Quilombo foi alvo de diversos ataques de bandeirantes. Acabou sucumbindo aos poderes bélicos superiores das tropas. Nesse período, Zumbi foi caçado e morto.
 Sua cabeça foi exibida em praça pública para desencorajar os outros escravos. Desde a década de 70, a data do falecimento de Zumbi tem sido utilizada para relembrar as condições desumanas da escravidão no Brasil e as formas de resistência dos povos escravizados. Mais recentemente, leis estaduais e municipais criaram o feriado no dia 20 de novembro com o objetivo de valorizar a cultura negra e reconhecer a contribuição de ex-escravose seus descendentes para a história. 
4) organizar os alunos em grupos para que façam uma pesquisa sobre um dos tópicos abaixo afim de aprofundar o assunto e fazer uma conexão do passado com atualidade.A fonte de pesquisa deve ser em livros,revistas ou internet.O objetivo principal é entender tanto as dificuldades históricas impostas pelo período escravagista no Brasil,quanto as contribuições dos povos afro-descendente para a riqueza cultural do País.
1. Aspectos econômicos e sociais da escravidão no Brasil;
2. O  movimento abolicionista;
3. Importância da cultura negra no Brasil atual;
4. Personalidades negras ou mestiças na História do Brasil;
5)Populações descendentes dos quilombos (quilombolas)
6) Pedir para os alunos apresentarem para os colegas sua pesquisa,indagando-os o que mais chamaram-no a atenção.
7) Fazer uma análise com os alunos a respeito da conseqüência da escravidão e a resistência a ela nos dias de hoje. Debater sobre a dificuldade impostas ao Negro do Brasil.
Questionamento Oral:
Os Negros e Brancos tem a mesma oportunidade no Brasil?
Em geral, os Negros são mais atingidos pelas mazelas sociais como pobreza e violência?
Qual é a relação dos povos negros, mestiços e o restante da sociedade brasileira?
Existe racismo no Brasil?É possível apontar situações em que ela ocorre?
Há relação entre escravidão e a desigualdade social hoje?Quais?
Como podemos mudar essas questões em nosso cotidiano?
6) Recursos:
Computadores com acesso à internet para pesquisas.
Projetor multimídia par exibir filme sobre Zumbi dos Palmares.
Acesso à biblioteca ou revistas e livros para pesquisas relacionadas ao assunto.
Constituição Federal
7) Avaliação:
 	Pedir para os alunos elaborem coletivamente um texto dissertativo que 
aponte as raízes do Dia da Consciência Negra e o que a data representa nos dia de hoje.Devendo conter a fundamentação histórica para a data e indicar que ela está relacionada a valorização da cultura afro-brasileira e debater a desigualdade racial no Brasil.E propor medidas para diminuir essa desigualdade afim de reverter esse quadro.

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