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Aula 03 Trabalho em equipe/ Relação de Poder e Cogestão

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trabalho em equipe e relação de poder e cogestão
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CURSO DE MEDICINA
SAÚDE DA FAMÍLIA – VIVÊNCIA EM ATENÇÃO BÁSICA I 
Professora: Jaqueline Mendes Costa Ribeiro
2013.2
Trabalho em equipe
Ocorre desde a pré-história,
Dimensões complementares de trabalho,
Aproveitamento das habilidades humanas.
Trabalho em equipe
O trabalho em equipe pode ser definido como um conjunto de pessoas com conhecimentos diversos, mas que se unem em objetivos comuns, negociam entre si e elaboram um plano de ação bem definido, trabalhando com comprometimento mútuo, complementando o trabalho com suas habilidades variadas, aumentando a chance de êxito no resultado do trabalho empreendido.
Trabalho em equipe
É uma atividade complexa,
Pode ocorrer conflitos,
Todos trabalham com um mesmo propósito,
Participação de reuniões,
Os tímidos devem ser encorajados a falar,
Cada um tem a sua vez para falar e cada opinião é valorizada,
As propostas devem ser organizadas em um plano de ação.
Trabalho em equipe
Decisões centralizadas,
Comanda todos e toda tarefa a ser realizada,
Pode se valer da sua função para ameaçar o subordinado.
Participativo e entusiasta
Rodízio na liderança,
Com empenho qualquer membro da equipe pode ser um líder.
CHEFE 
LÍDER
CHEFE X LÍDER
Trabalho em equipe
Saber ouvir,
Ser flexível,
Honesto,
Transmitir confiança,
Compromisso com a equipe,
Ser respeitoso,
Colaborar com a equipe,
Ser bom exemplo,
Ser positivo e entusiasta,
Não impor suas vontades,
Delegar funções,
Administrar bem os conflitos.
CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DE UM LÍDER
TIPOS DE EQUIPES
PARÂMETROS
TIPOS DE EQUIPES
EQUIPE INTEGRAÇÃO
EQUIPE AGRUPAMENTO
Comunicação externa ao trabalho
X
Comunicação estritamente pessoal
X
Comunicação intrínseca ao trabalho
X
Projeto essencial comum
X
Flexibilidade da divisãodo trabalho
X
Autonomia técnica de caráter interdependente
X
Autonomia técnica plena
X
Ausência de autonomia técnica
X
DIFERENÇA ENTRE EQUIPE AGRUPAMENTO E EQUIPE INTEGRAÇÃO
GRUPO
Hierarquia verticalizada
Inflexibilidade
Autonomia Plena
EQUIPE
Horizontalidade
Autonomia relativa
Interação comunicativa
Tipos de trabalho em equipe
Conseqüências na produção de saúde
Trabalho realizado por uma equipe agrupamento
Conseqüências na produção de saúde
Trabalho realizado por uma equipe integração
Dificuldades para o trabalho em equipe
Falta de capacitação e inexperiência dos profissionais de saúde,
Falta de habilidade do líder para delegar tarefas,
Conflitos entre os membros da equipe,
Considerar as opiniões dos outros superiores as suas próprias sugestões,
Equipes muito grandes.
Relação de poder e cogestão
O que é gestão?
É um campo de ação humana que visa à coordenação, articulação e interação de recursos e trabalho humano para a obtenção de fins/metas/objetivos. 
A gestão em saúde é a capacidade de lidar com conflitos, de ofertar métodos, diretrizes, quadros de referência para análise e ação das equipes nas organizações de saúde. 
Relação de poder e cogestão
Por que é necessária a gestão?
A gestão se faz necessária, entre outros, por não haver previamente coincidência entre as finalidades da organização e interesses e desejos dos trabalhadores. 
Relação de poder e cogestão
A gestão em saúde tem suas práticas herdadas da tradição da administração moderna, a partir do final do século XIX,
O surgimento da gerência sinaliza, a redução da autonomia dos trabalhadores sobre a tarefa,
O SUS seguiu essa racionalidade gerencial marcada pelo exercício do controle e da disciplina.
Relação de poder e cogestão
HERANÇAS DESSA GESTÃO
Trabalhadores de saúde que participam pouco das decisões,
Acreditar que a gestão é uma atuação difícil, complexa,
Excesso de burocracia,
Gestão centralizadora e pouco participativa.
Relação de poder e cogestão
HERANÇAS DESSA GESTÃO
Acreditar na falta de condição do trabalhador de conduzir seu próprio trabalho, pela falta de capacidade de gestão.
Isolar os trabalhadores em postos de execução, 
Trabalho realizado mediante a ação não-espontânea dos trabalhadores, que necessitavam de supervisão, controle, estímulos (financeiros, morais, etc.)
Relação de poder e cogestão
HERANÇAS DESSA GESTÃO
Controle do trabalho e do trabalhador, 
Renúncia do trabalhador em participar de processos de criação, transformando o trabalho em lugar de repetição, de produção em série, de realização daquilo que foi pensado em outro lugar,
 Alienação no trabalho.
Relação de poder e cogestão
Esse tipo de gestão não tem garantido que as práticas dos trabalhadores se complementem, ou que haja solidariedade no cuidado, nem que as ações sejam eficazes no sentido de oferecer um tratamento digno, respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo. 
Isso tem acarretado falta de motivação dos trabalhadores e pouco incentivo ao envolvimento dos usuários nos processos de produção de saúde.
Relação de poder e cogestão
Tradicionalmente, os serviços de saúde organizaram seu processo de trabalho baseando-se no saber das profissões e das categorias e não em objetivos comuns. 
Em geral, as organizações de saúde têm uma disposição centralizadora do poder, fomentando processos de comunicação pouco transversais e colocando em relação apenas os iguais. 
Relação de poder e cogestão
 A que se presta a gestão não-democrática? 
A gestão, cumpre a função de manter a organização produzindo e em funcionamento. Espaço de acionamento dos meios, do trabalho humano para os fins da organização. Espaço de controle, de submissão e de renúncia do trabalhador.
Relação de poder e cogestão
Qual sentido de gestão tem sido adotado pela Política Nacional de Humanização?
O modelo de gestão centrado no trabalho em equipe, na construção coletiva, e em espaços coletivos que garantem que o poder seja de fato compartilhado, por meio de análises, decisões e avaliações construídas coletivamente.
O que possibilita garantir motivação, empenho no trabalho, criatividade, estimular a reflexão e aumentar a auto-estima dos profissionais. 
Relação de poder e cogestão
AMPLIANDO O CONCEITO DE GESTÃO: COGESTÃO
Em primeiro lugar, cogestão significa a inclusão de novos sujeitos nos processos de gestão. 
Assim, ela seria exercida não por poucos ou alguns (oligo-gestão), mas por um conjunto mais ampliado de sujeitos que compõem a organização, assumindo-se o predicado de que “todos são gestores de seus processos de trabalho”.
 
Relação de poder e cogestão
AMPLIANDO O CONCEITO DE GESTÃO: COGESTÃO
Benefícios de uma “nova gestão”
inclusão de novos sujeitos nos processos de gestão,
“produção de plano e ação comum”, 
ampliação das tarefas de gestão,
a gestão não é um campo de ação exclusiva de especialistas,
melhor produção de saúde,
gestão pode ser feita de forma democrática.
Relação de poder e cogestão
COGESTÃO NA ESF
Propõe que o trabalho seja interdisciplinar,
Busca-se superar o modelo biomédico e a fragmentação das ações de saúde.
Relação de poder e cogestão
COGESTÃO NA ESF
Percebe-se que a formação universitária dos profissionais da ESF ainda está pautada em uma visão fragmentada e reduzida a disciplinas; está voltada a aspectos técnicos específicos e não à articulação de saberes, prevalecendo a disseminada orientação biomédica, reducionista e fragmentária do trabalho processo de trabalho.
Conclusão
		Faz-se necessário alterar a dinâmica nos fazeres cotidianos de cada profissional, numa lógica de trabalho menos individualizado em prol do cuidado integral em saúde.
		É preciso criar espaços de conversa e troca, nos quais a problematização do trabalho em equipe fortaleça os aspectos de integração e democratização das relações.
Referências 
ARAÚJO, M. B. S. & Rocha, P. M. Trabalho em equipe: um desafio para a consolidação da estratégia de saúde da família. Ciência & Saúde Coletiva, v. 12, n.2, p. 455-464, 2007.
 
CASTRO,
F. M. & Dias, R. B. Trabalho em equipe no programa saúde da família. Agosto de 2007. Disponível em: http://www.smmfc.org.br.
FIGUEIREDO, E. N. A Estratégia Saúde da Família na Atenção Básica do SUS. (Apostila do curso de especialização em saúde da família UNA-SUS / UNIFESP). Disponível em http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade05/unidade05.pdf.
FRANCISCHINI, C. A., MOURA, P. R. D., CHINELLATO, A. A importância do trabalho em equipe no programa saúde da família. Investigação. v. 8, n.1 - 3, p. 25 - 32, Jan. / Dez. 2008.
GUSSO, G.; LOPES, J.M.C. Tratado de medicina de família e comunidade: princípios e formação prática. Porto Alegre: Artmed, 2012.
 
JUNQUEIRA, S. R. Competências profissionais na estratégia Saúde da Família e o trabalho em equipe (Apostila do módulo político gestor do curso de especialização em saúde da família UNA-SUS / UNIFESP). Disponível em http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_politico_gestor/Unidade_9.pdf.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Pg. 48. Seção 1. Diário Oficial da União DOU n° 204 de 24 de outubro de 2011.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília – DF 2012. http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf
PEDUZZI, M. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Revista Saúde Pública. v. 35, n.1 - 3, p. 103-109, 2001.
Referências

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