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Educação Especial Autor: Reimy Solange Chagas Tema 01 Educação Inclusiva: um Desafio para a Efetivação da Igualdade seç ões Tema 01 Educação Inclusiva: um Desafio para a Efetivação da Igualdade Como citar este material: CHAGAS, Reimy Solange. Educação Especial: Educação Inclusiva: um Desafio para a Efetivação da Igualdade. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 01 Educação Inclusiva: um Desafio para a Efetiva- ção da Igualdade 5 Conteúdo Nessa aula você estudará: • O conceito de Educação Inclusiva atravessado pelas questões sociopolíticas do ambiente escolar. • Os tipos de desigualdades que se reproduzem no meio escolar em relação a alunos com deficiência. • A relação entre a noção de igualdade e de diferença. • A garantia do direito à educação de pessoas com deficiência. CONTEÚDOSEHABILIDADES Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Inclusão Escolar: pontos e contrapontos, dos autores Maria T. E. Mantoan, Rosangela G. Pietro e organização de Valéria Amorin, Editora Summus, 2006. Roteiro de Estudo: Reimy Solange Chagas Educação Especial 6 Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Do que se trata a tão comentada Educação Inclusiva? • Existe realmente igualdade no sistema educacional? • Quais são as diferenças que precisam ser (re)conhecidas pela escola? • De que maneira as diferenças se transformam em desigualdades? • De que maneira as instituições educacionais podem, desavisadamente, transformar- se em um espaço de exclusão? CONTEÚDOSEHABILIDADES LEITURAOBRIGATÓRIA Educação Inclusiva: um Desafio para a Efetivação da Igualdade O atual contexto sócio-histórico e cultural do Brasil e do mundo está focado na garantia dos direitos das pessoas, seja qual for o espaço em que elas estejam inseridas e seu saber correspondente. Destacando a educação para esta discussão, é fato reconhecido por pesquisadores e estudiosos que esta área é um espaço multidisciplinar, em que diversos saberes (como a psicologia, ciências sociais, história, entre outros) se relacionam e se entrecruzam. Essa característica multidisciplinar da educação transforma seus temas polêmicos (como são chamados no senso comum) em complexos do ponto de vista acadêmico, pois é impossível estabelecer uma única visão como verdadeira e completa. O diálogo é fundamental, pois ele é uma alternativa e uma proposta adequada quando você estiver diante de situações desafiadoras no transcorrer da vida acadêmica e profissional na educação, como aquelas relacionadas à inclusão escolar. 7 LEITURAOBRIGATÓRIA A inclusão escolar é um dos maiores desafios que os profissionais se deparam pelo fato de não haver soluções prontas para reconhecer e valorizar diferenças sem discriminar e segregar alunos, especialmente aqueles com deficiência. A relação entre inclusão e escolaridade é permeada de pontos polêmicos, fontes de muitas controvérsias que incentivaram inovações nas políticas educacionais. Estes pontos polêmicos se referem especialmente a duas questões: às discussões sobre igualdade e diferença e às discussões sobre o direito à educação das pessoas com deficiência. Nas discussões acadêmicas sobre igualdade e diferença, é possível compreender que, para conceituar igualdade, é preciso identificar entre quem e entre quê ela deve ser analisada, pois é impossível as pessoas serem iguais entre si e em todos os sentidos. Elas são desiguais. Porém, há desigualdades que são produzidas pela natureza (desigualdades naturais) e aquelas produzidas pelas relações de dominação política, econômica ou espiritual (desigualdades sociais). A percepção das desigualdades naturais e sociais, por parte de grupos historicamente excluídos e sem cidadania plena, deu origem a movimentos sociais. Tais movimentos reivindicavam igualdade no acesso das pessoas a bens e serviços da sociedade, especialmente, à educação, que passou assim a se articular politicamente e a trazer suas propostas, entre as quais as de inclusão. A luta pela inclusão no ensino regular passou a explicitar os processos discriminatórios e segregadores presentes na escola, demonstrando que, apesar de o direito à educação ser uma Lei, ela não era de fato cumprida, pois era preciso ir além, ou seja, oferecer um tratamento educacional diferenciado a alunos com necessidades diferenciadas do padrão dominante. É importante lembrar ainda que, nas discussões sobre igualdade e diferença, é preciso conhecer os parâmetros nos quais as pessoas são definidas socialmente. As características culturais, ideológicas, de orientação sexual, de gênero e etnicorraciais são elementos que constituem suas peculiaridades. É através do (re)conhecimento destas peculiaridades que se torna viável estabelecer critérios justos de definição de pessoas, e não a Universalização, ou seja, uma tentativa de estabelecer um sujeito universal em que suas diferenças não são (re)conhecidas, e sim abstraídas. Quando o (re)conhecimento das peculiaridades das pessoas é negligenciado na escola, a exclusão se concretiza, dominando um espaço social que deveria ser de inclusão. As con- sequências disto vão desde a homogeneização de alunos, que consiste em tratá-los igua- litariamente, negando suas diferenças, até o uso dos elementos da desigualdade social, como justificativas para a exclusão. 8 Apesar da complexidade das noções de igualdade, diferença e da existência de políticas educacionais, atualmente ainda há uma crença de que todos são iguais e livres. No entanto, muitas vezes não se percebe que estes “todos” são padronizados de acordo com um discurso que busca evitar contradições e impor uma ordem racional à vida, às pessoas e ao mundo, de modo a domesticá-los. Isto se chama discurso da Modernidade. No contexto escolar, o discurso da Modernidade não considera as diferenças; ele se torna ao mesmo tempo uma defesa e um complicador da organização pedagógica escolar. A presença de um aluno diferente expõe conflitos e imprevisibilidades, mas principalmente a existência de desigualdades naturais e sociais. Através da exposição destas desigualdades, percebe-se que os envolvidos na situação passam também a questionar a justiça, numa tentativa de estabelecer a igualdade e de avaliar se ela está presente ou não nas relações escolares. Há dois autores que são referência para discutir tecnicamente a noção de igualdade: J. Rawls e J. Jacotot. Rawls afirma que as desigualdades sociais e as desigualdades naturais são arbitrárias moralmente, ou seja, seria simplificar demais a discussão utilizando argumentos do tipo “isto é justo ou isto é injusto” referente às peculiaridades e status social de uma pessoa. O que se deve prestar atenção é sobre o que se faz (os usos e desusos) a respeito disto, principalmente se há algum ganho ou prejuízo quando alguém é avaliado socialmente. Outro fator fundamental nas afirmações de Rawls está relacionado à noção de mérito, ou seja, a um merecimento/recompensa aos esforços puramente individuais das pessoas rumo à ascensão e ao acesso a bens e serviços sociais. Nesta perspectiva, o mérito é ilusório, pois há pessoas que naturalmente portam e socialmente gozam de privilégios desde o nascimento, independentemente de seus esforços pessoais. É por esta razão que, na perspectiva da educação inclusiva, é imprescindível (re)conhecer as desigualdades sociais e naturais, pois o “ponto de partida” descrito é variável, devendo ser reparado e compensado para que haja maior igualdade no processo educacional, do ensino fundamental até o ensino superior. Complementando a visão de Rawls sobre o mérito, você perceberá o quanto é importante, na relação com alunos, tomarcomo ponto de partida sua igualdade na capacidade de aprender e, como ponto de chegada, as diferenças que eles apresentam nesse processo. Você também perceberá o quanto o modelo educacional é elitista e precisa ser reconstruído. É nesse sentido que Jacotot formula parte de seus estudos na área educacional. Ele afirma que os seres humanos são seres inteligentes, com ampla capacidade de aprender e de conhecer, ou seja, são seres “cognoscentes”, e isto deve ser considerado como ponto de partida para a aprendizagem. LEITURAOBRIGATÓRIA 9 LEITURAOBRIGATÓRIA Em outras palavras, Jacotot afirma que a igualdade não é um ponto de chegada, e sim de partida, ela é um pressuposto que não pode ser ignorado, especialmente na relação professor–aluno. Faz parte do processo de aprendizagem diversas manifestações de inteligência por parte dos alunos, e estas muitas vezes são desconsideradas, pois eles são categorizados conforme suas diferenças, além da capacidade intelectual ser hierarquizada, ou seja, algumas capacidades intelectuais são mais valorizadas que outras. Assim, alguns alunos são considerados equivocadamente mais ou menos inteligentes que outros. E estas diferenças se transformam em desigualdades, tendo muitas vezes a figura do professor como agente discriminador, quando, ao ocupar um “lugar do saber”, nega ou desqualifica as peculiaridades dos alunos. As ideias de Jacotot são do final do século XVIII e início do XIX, e eram consideradas extravagantes para época. Atualmente, devido à luta pela educação inclusiva, elas são pertinentes, pois transmitem valores de equidade considerando as diferenças na capacidade intelectual dos alunos. Isto ajuda a desconstruir o argumento muito utilizado, inclusive por profissionais da educação, de que a escola é um espaço puramente democrático e igualitário. A escola é também um espaço de exclusão quando toma como referência um modelo de aluno ideal. Segundo Mantoan e Prieto (2006), isto é um dever de todos rumo à transformação e ao fim de práticas excludentes na educação. Que esta esteja cada vez mais próxima do que se entende por inclusiva. 10 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Acesse o site do Ministério da Educação (MEC). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 02 jan. 2014. Clique no link “Ações e programas” e acompanhe as propostas de transformação inclusiva nos sistemas educacionais estaduais e municipais propostas por este Ministério. Leia o artigo Educação inclusiva: redefinindo a educação especial, de Monica Pereira dos Santos. Revista Ponto de Vista, Florianópolis, n. 3/4, p. 103-118, 2002. Disponível em: <http://www.perspectiva.ufsc.br/pontodevista_0304/08_artigo_santos.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. Este artigo reflete sobre a questão da inclusão e integração de alunos visando redimensionamentos nas práticas pedagógicas; e ampliará seus conhecimentos sobre o desenvolvimento sócio-histórico da proposta educacional inclusiva. Acesse o site da Prefeitura de São Paulo. Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/ cidade/secretarias/pessoa_com_deficiencia/>. Acesso em: 02 jan. 2014. Como forma de você conhecer a variedade de vivências e experiências de pessoas com necessidades especiais, este site da prefeitura da maior metrópole do Brasil disponibiliza informações sobre eventos e benefícios que visam a inclusão num sentido mais amplo. Vídeos Assista à reportagem sobre inclusão escolar. Disponível em: <http://www.youtube.com/ watch?v=g829D8Ux9Eg>. Acesso em: 02 jan. 2014. A reportagem mostra a experiência desafiadora e bem sucedida de uma escola regular visando à inclusão e integração de crianças com necessidades especiais em suas turmas. 11 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. AGORAÉASUAVEZ Questão 1: Na atualidade a diversidade está presente na sociedade, e a escola – especialmen- te a pública – é um lugar privilegiado para percebê-la. No entanto, ao mesmo tempo em que isto enriquece a convivência e a troca nas relações interpessoais escolares, a diversidade também é uma fonte de con- flitos devido ao não (re)conhecimento das diferenças. Sendo assim, estas não são respeitadas, causando exclusão de alguns. Com base no parágrafo acima, explique algumas estratégias pedagógicas que a escola pode adotar para oferecer uma edu- cação de qualidade levando em conta as peculiaridades que os alunos apresentam, ou seja, refletindo sobre como ela deve li- dar com a diversidade. Questão 2: A inclusão escolar é um dos temas mais debatidos e complexos da área educacio- nal. Essa complexidade não permite que o assunto tenha respostas prontas de uma única área do saber. Sendo assim, marque a alternativa correta sobre a característica do saber na área educacional. a) Multiprofissional. b) Interdisciplinar. c) Multidisciplinar. d) Intraprofissional. e) Intradisciplinar. 12 Questão 3: Marque a alternativa correta: No transcorrer da vida acadêmica e nas práticas profissionais em educação as si- tuações são desafiadoras, pois falar de educação inclusiva é polêmico e complexo. A proposta de ação adequada nessa situa- ção se refere a quê? a) Inclusão. b) Valorização das diferenças. c) Diálogo. d) Percepção. e) Segregação. Questão 4: O pressuposto de igualdade na inclusão educacional está ligado ao conhecimento que se deve ter entre quem e entre quê tal igualdade se refere. Sendo assim, para análise da igualdade é correto afirmar que: a) As pessoas são desiguais. b) As desigualdades são sociais. c) As desigualdades são produzidas d) As pessoas são iguais. e) As desigualdades são naturais.? Questão 5: Com a luta por inclusão no ensino regular, as discriminações e segregações ficaram visíveis, apesar do direito à educação ser uma Lei. Era preciso, além disto, oferecer um tratamento educacional diferenciado a alunos com necessidades diferenciadas do padrão dominante. Sobre a afirmação des- crita, é correto afirmar que: I. As discussões sobre igualdade e dife- rença e garantia de direitos de pessoas com deficiência norteiam, na educação inclusiva, o entendimento da relação entre inclusão e escolaridade. II. Todos são iguais perante a lei, e a esco- la é um lugar onde isto é presente. III. Não há desigualdades naturais, ou seja, as pessoas nascem iguais. IV. Há desigualdades sociais, ou seja, as pessoas estão sujeitas à dominação política e econômica. V. Grupos historicamente excluídos e sem cidadania plena percebem a existên- cia de desigualdades no seu acesso a bens e serviços. Assinale a alternativa correta: a) I, II e IV estão corretas. b) I, IV e V estão corretas. c) II, III e IV estão corretas. AGORAÉASUAVEZ 13 AGORAÉASUAVEZ d) II, IV e V estão corretas. e) I, III e IV estão corretas. Questão 6: É fato que existe uma reciprocidade entre os conceitos de inclusão e escolaridade nas políticas educacionais. Esta relação estimula as discussões sobre igualdade e diferença. Explique entre quem ou entre quê você é capaz de observar igualdades e diferenças no ambiente escolar. Questão 7: Desigualdade é um conceito muito difundi- do e está sempre presente nas discussões acadêmicas sobre educação. O tema de- sigualdade é enriquecido por conhecimen- tos construídos em outras áreas do saber, como a sociologia, psicologia, o qual a edu- cação toma emprestado para discutir inclu-são. Nesta perspectiva, descreva quais os tipos de desigualdades percebidas e viven- ciadas pelas pessoas. Questão 8: No ambiente escolar percebe-se que há processos discriminatórios e segregado- res; tal como ocorriam frequentemente nas décadas de 60, 70 e 80 eleições infanto- -juvenis de “miss” e “mister” “caipirinha” nas épocas de festas juninas. Nesta pers- pectiva, explique utilizando a definição de educação inclusiva de que maneira é pos- sível oferecer um tratamento educacional diferenciado a alunos com necessidades e peculiaridades diferenciadas do padrão do- minante. Questão 9: Para se refletir sobre educação inclusiva é preciso conhecer os parâmetros nos quais as pessoas são definidas socialmente, pois eles são elementos que constituem suas peculiaridades. Explique quais são esses parâmetros e quais são as consequências quando eles não são reconhecidos. Questão 10: No ambiente escolar há uma tentativa de estabelecer a igualdade e de avaliar se ela está presente ou não nas relações. A partir disso é comum as pessoas falarem sobre justiça; porém, há dois autores que são re- ferência para se discutir tecnicamente: J. Rawls e J. Jacotot (MANTOAN & PRIETO, 2006). Explique os conceitos que Rawls e Jacotot usam para explicar a igualdade. 14 Nesse tema você teve a oportunidade de aprender conceitos ligados à educação inclusiva e aprofundar reflexões sobre esta luta. Você também pode perceber que há um caminho longo a ser trilhado, que novos conhecimentos devem ser produzidos a fim de superar os desafios da inclusão. É necessária a articulação entre a escola, pais e profissionais para garantia de direitos de pessoas com deficiência, no entanto, sem que se esqueça de que estas últimas sejam as protagonistas. A oportunidade dessas pessoas falarem por si mesmas a partir de suas perspectivas e vivências as empodera, concretizando a proposta da educação inclusiva. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO MANTOAN, M. T. E.; PRIETO, R. G. Igualdade e diferenças na escola: como andar no fio da navalha. In: ARANTES, V. A. (Org.) Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. 4. ed. São Paulo: Editora Summus, 2006. PRIETO, R. G. Atendimento escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: um olhar sobre as políticas públicas de educação no Brasil. In: ARANTES, V. A. (Org.) Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. 4. ed. São Paulo: Editora Summus, 2006. REFERÊNCIAS 15 Educação Inclusiva: perspectiva educacional em que as peculiaridades dos alunos são (re)conhecidas, sem negação das desigualdades naturais e sociais que eles apresentam. Desigualdade Natural: desigualdades produzidas pela natureza. Desigualdade Social: desigualdades produzidas pelas relações de dominação política e/ ou econômica. Sujeito Cognoscente: pessoas dotadas de inteligência, com ampla capacidade de aprender e de conhecer. GLOSSÁRIO Questão 1 Resposta: A escola assim como o atual contexto sócio-histórico e cultural do Brasil deve estar focada na garantia dos direitos das pessoas. Como a educação é um saber multiprofissional fazer frente aos desafios da inclusão escolar torna-se mais fácil; pois não há soluções prontas para isto e deve-se tomar cuidado para reconhecer e valorizar diferenças sem discriminar e segregar alunos, especialmente aqueles com deficiência. GABARITO 16 Questão 2 Resposta: Letra C. Segundo a autora a área educacional é espaço multidisciplinar, pois diversos saberes se entrecruzam. Questão 3 Resposta: Letra C. Segundo a autora a característica multidisciplinar da educação torna seus temas complexos; onde não há consenso nem respostas prontas. O diálogo é fundamental, pois ele é uma alternativa e uma proposta adequada. Questão 4 Resposta: Letra A. Nas discussões acadêmicas sobre igualdade e diferença, para conceituar igualdade, é preciso identificar entre quem e entre quê ela deve ser analisada, pois é impossível as pessoas serem iguais entre si e em todos os sentidos. Elas são desiguais. Questão 5 Resposta: Letra B. As afirmações II e III estão incorretas, pois a escola é um lugar de desigualdades e estas desigualdades são naturais e sociais. Questão 6 Resposta: A autora afirma que, é impossível as pessoas serem iguais entre si e em todos os sentidos. Elas são desiguais. Mesmo existindo um padrão de beleza que se busca as diferenças existem. Diferenças de personalidade, compleição física, cultura, etnia e classe social são observáveis nas escolas, expressas no linguajar, modo de vestir, de se portar, etc. Questão 7 Resposta: As pessoas são desiguais entre si em todos os sentidos. Porém, existem desigualdades que são produzidas pela natureza (desigualdades naturais) e aquelas produzidas pelas relações de dominação política, econômica ou espiritual (desigualdades sociais); alega a autora. GABARITO 17 GABARITO Questão 8 Resposta: Na educação inclusiva as peculiaridades dos alunos devem ser (re)conhecidas; porém quando isto é negligenciado na escola, as consequências vão desde a homogeneização até a exclusão. No espaço escolar existem crianças de alturas, pesos, etnias e aparências físicas muito distintas, inclusive com alguma deficiência. Promover um concurso cujo critério é a aparência física no ambiente escolar pode ser é contraditório; alega a autora. Questão 9 Resposta: Segundo as autoras (MANTOAN & PRIETO, 2006), é importante lembrar ainda que, nas discussões sobre igualdade e diferença é preciso conhecer os parâmetros nos quais as pessoas são definidas socialmente. As características culturais, ideológicas, de orientação sexual, de gênero e etnicorraciais são elementos que constituem suas peculiaridades. É através do (re)conhecimento destas peculiaridades que se torna viável estabelecer critérios justos de definição de pessoas e não a Universalização, ou seja, uma tentativa de estabelecer um sujeito universal onde suas diferenças não são (re)conhecidas e sim abstraídas. Questão 10 Resposta: Rawls afirma que se deve prestar atenção sobre o que se faz a respeito das desigualdades. O autor fala também sobre a noção de mérito, como algo ilusório, pois há pessoas que naturalmente portam e socialmente gozam de privilégios desde o nascimento, independente de seus esforços pessoais. Jacotot afirma que os seres humanos são seres inteligentes, com ampla capacidade de aprender e de conhecer; ou seja, são seres “cognoscentes”, ponto de partida para a aprendizagem; afirma também que a igualdade não é um ponto de chegada e sim de partida, ela é um pressuposto, alegam as autoras (MANTOAN & PRIETO, 2006).
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