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1 RESUME AÍ Letícia Franco Nano Veiga Gabriel Ferro Roque Sistema Reprodutor Feminino Leticia Franco Nano da Veiga e Gabriel Ferro Roque – Medicina - Universidade Metropolitana de Santos - XX Fisiologia FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Ciclo Menstrual Consiste em alterações cíclicas regulares de secreção hormonal e alterações físicas correspondentes no útero, ovários e outras estruturas reprodutivas. Essas alterações são preparatórias para a fertilização, e possibilitam a ocorrência da gravidez. Oogênese: As células germinativas primordiais são células somáticas (2n ), que se encontram no parênquima ovariano, e que sofrem uma diferenciação celular ( molecular ) em ovogônia, que as torna mais distante/diferente das células tronco. As oogônias (2n) por sua vez, se dividem por mitose e formam os ovócitos primários. Os ovócitos primários iniciam a meiose 1 porém param na prófase 1, que permanece durante toda a infância. Na puberdade ocorre um estímulo hormonal que causa a continuação da meiose 1, e o ovócito 1ario dá origem ao ovócito 2ário e um corpo polar. O ovócito 2ário começa sua meiose 2 , porém no momento de metáfase 2 há uma pausa, em que o ovócito se estagna nela, até ser fecundado. Ocorrendo a fecundação, a meiose tem seu término, e dando origem ao pró núcleo feminino( n ), e um corpo polar( segundo ). CICLO OVARIANO As mulheres já nascem com todos os folículos (quantidade) que terão durante toda a vida . Desde o nascimento os ovários já se encontram repletos de folículos primordiais, ovócitos cercados por uma única camada de células da granulosa. As células da granulosa durante a infância fornecem nutrição ao ovócito e liberam fatores de inibição meiótica , que os mantém em dictióteno. Na puberdade após a liberação de FSH pela hipófise anterior, pela primeira vez, o ovócito começa a se desenvolver, aumentando de tamanho. As células da granulosa começam a se multiplicar e tornam-se cúbicas, formando também outras camadas de células. Essas alterações caracterizam os folículos primários. Aproximadamente de 8 a 12 folículos começam a se desenvolver, por ciclo menstrual, e somente um deles é capaz de se tornar maduro. 1 - Fase Folicular A fase folicular se caracteriza pelo crescimento folicular, realizado pelo aumento das células da granulosas e de novas estruturas .Células fusiformes derivadas do interstício ovariano também circundam o folículo primário dando origem a uma estrutura chamada Teca. Essas células se dividem em duas camadas, a interna adquire características de células da granulosa, e possuem a capacidade de secretar hormônios esteroides( estrogênio principalmente ). Já a camada externa forma uma cápsula de tecido conjuntivo altamente vascularizada. A Teca interna começa a secretar líquido folicular com altas concentrações de estrogênio. O acúmulo desse líquido forma o antro, uma cavidade repleta de hormônio. As células do folículo pré antral começam a secretar glicoproteínas que darão origem a zona pelúcida. Obs.: apenas um folículo, o dominante evolui até tornar-se um folículo antral, enquanto os demais entram em atresia. *A hipótese mais aceita é que as grandes quantidades de estrogênio secretadas pelo folículo mais evoluído inibe a secreção de FSH pela hipófise impedindo a evolução dos outros.* Após a formação do folículo antral as altas concentrações de estrógenos formam quantidades cada vez maiores de receptores de FSH nas células foliculares do folículo dominante,causando o aumento da velocidade de maturação do folículo. Algumas das células da granulosa vão formar a Corona radiata uma camada rugosa que circunda o ovócito primário. Ocorre o surgimento do cúmulos ofurus, células que mantém a Corona radiata junto às outras células foliculares. Forma-se então o folículo maduro e a primeira fase da meiose é completada formando um ovócito secundário e o primeiro corpúsculo polar. 2 – Ovulação Se dá 14 dias após a menstruação, ou seja 14° dia do ciclo menstrual. Forma-se uma pequena protuberância na cápsula externa do folículo denominada estigma por onde o líquido começa a vazar, rompendo a estrutura do folheto. A Corona radiata acompanha o oocito e o líquido. Para que isso ocorra há um pico de liberação de LH , induzido pela estimulação positiva pelo estrogênio, 16 horas antes da ovulação. O aumento do LH, transforma as células foliculares, anteriormente secretoras de estrógeno, agora de progesterona. A progesterona estimula a produção de enzimas proteolíticas pela teca externa(colagenases) , para que ocorra o rompimento da parede folicular ( ovulação ) . A progesterona causa também a produção de prostaglandinas , vasodilatadores que provocam o inchaço do folículo devido a maior entrada de plasma. 3 – Fase Lútea Após a liberação do ovócito secundário, esse é captado pelas fimbrias das tubas uterinas, onde segue caminho até ampola da tuba uterina, local predominante da fecundação. Local predominantemente da fecundação. As células remanescentes da granulosa e da Teca interna agora aumentam de tamanho e sofrem a inclusão de partículas de lipídios processo esse chamado de luteinização. Lúteo= amarelo Esse conjunto de células desenvolve grandes retículos endoplasmáticos lisos( REL) passando a produzir grande quantidade de progesterona e pouca de estrógeno Caso o ovócito não seja fecundado o corpo lúteo involui, aproximadamente no 26o dia do ciclo, formando o corpo albicans( não produtor de hormônios ) . CICLO ENDOMETRIAL 1 – Fase Proliferativa Sob a influência dos estrógenos as células estromais e epiteliais do endométrio proliferam-se rapidamente de 4 a 7 dias após a menstruação Ocorre nas glândulas e vasos no endométrio. 2 – Fase Secretora Após a ovulação , devido à formação do corpo lúteo: O estrogênio( pouca quantidade ) produzido pelo corpo lúteo causa proliferação celular, enquanto a progesterona causa inchaço e desenvolvimento secretor das glândulas, o que aumenta a produção de glicogênio (para nutrição do oócito fecundado). A progesterona é também o principal hormônio responsável pela manutenção da estrutura do útero nessa fase. Após a nidação as células do blastocisto (sinciciotrofoblasto) digerem as células endometriais, que liberam seus nutrientes. Obs.: o endométrio torna-se altamente vascularizado nessa fase. 3 – Fase d Descamação / Menstrual 2 dias antes da menstruação, o corpo lúteo degenera e os níveis hormonais, de progesterona principalmente, caem abruptamente. O endométrio começa a descamar , causando a ruptura dos vasos sanguíneos. As células e sangue do endométrio caem na cavidade do uterina, e por consequência na vagina. 3 RESUME AÍ Letícia Franco Nano Veiga Gabriel Ferro Roque Sistema Reprodutor Feminino Leticia Franco Nano da Veiga e Gabriel Ferro Roque – Medicina - Universidade Metropolitana de Santos - XX Fisiologia CONTROLE HORMONAL O controle hormonal do ciclo menstrual é realizado pelo Eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano. Consiste na produção hierárquica de hormônios que controlam e regulam a atividade do ovário,eque também atuam em demais estruturas. O hipotálamo é uma estrutura que fica no encéfalo, superior à hipófise, que produz hormônios importantes na regulação da homeostase corporal, sendo o GNRH o hormônio liberado nesse eixo. O Hormônio Liberador de Gonadotrofina ( GNRH ) é responsável por estimular a produção de hormônios gonadotróficos pela adenohipófise . Hormônios gonadotróficos são aqueles capazes de regular a atividade das gônadas, que no trato genital feminino,são os ovários. São eles : hormônio luteinizante ( LH ), e hormônio folículo estimulante ( FSH ) . O FSH tem como função o recrutamento e estimulação do desenvolvimento de folículos no início do ciclo menstrual. Já O LH tem como função a estimulação da ovulação na metade do ciclo. O pico de LH é estimulado positivamente ( feedback positivo ) pelo estrogênio. O aumento do estrógeno e progesterona, é capaz de inibir a produção tanto dos hormônios gonadotróficos,FSH e LH, quanto de GNRH, através do feedback negativo. Hormônios Gonadais As células da Teca interna sob estímulo de LH transformam colesteróis em androgênios (progesterona); As células da granulosa também transformam LDL em progesterona; As células da granulosa transformam progesterona em estrogênios. ESTROGENIOS São hormônios secretados pelos ovários, pelo córtex das glândulas adrenais e pela placenta. O estradiol é o principal hormônio estrogênio. Efeitos: ▪ Aumento do tamanho dos órgãos reprodutores internos e externos femininos; ▪ Alteração do epitélio vaginal de cuboide para estratificado fornecendo assim maior resistência; ▪ Aumento do estroma endometrial; ▪ Aumento do número de células epiteliais ciliadas nas tubas uterinas; ▪ Estimulam o crescimento ósseo; ▪ Provoca um aumento do metabolismo cerca de um terço do aumento causado pela testosterona em homens; ▪ Aumentam o depósito de gordura nos tecidos subcutâneos, principalmente nos glúteos e nas coxas; ▪ Definem a distribuição dos pelos pubianos; ▪ Provocam retenção de sal e água causando inchaço; Nas mamas: • Desenvolvimento do estroma; • Crescimento dos ductos lactíferos; • Depósito de gordura; PROGESTERONA Provocam alterações secretoras no útero; Diminuem a frequência e intensidade das contrações uterinas; Promovem o desenvolvimento dos lobos das mamas pela proliferação das células alveolares; Aumentam a secreção do muco pelo endométrio. ATO SEXUAL FEMININO Depende tanto da estimulação física como da psíquica. O desejo sexual aumenta a proporção dos níveis hormonais, ou seja, seu pico é antes da ovulação. No ato sexual, os sinais parassimpáticos dilatam as artérias do tecido erétil, o clitóris ,devido a liberação de acetilcolina e óxido nítrico (NO ), acumulando sangue no órgão. Sinais parassimpáticos causam também a secreção de muco lubrificante pelas glândulas de Bartholin (vestibulares). O orgasmo se dá quando a estimulação sexual local atingir sua intensidade máxima. Devido à contração dos músculos perineais os orgasmos femininos causam dilatação do canal cervical e aumentam os fluxos uterinos e tubários , auxiliando na fertilização. Contraceptivos orais As pílulas anticoncepcionais consistem em doses diárias de baixas concentrações de estrogênios e progesterona , e que, por feedback negativo, inibem a liberação de GnRH pelo hipotálamo, e de LH e FSH pela adeno-hipófise, inibindo então a ovulação. Puberdade É o início da fase adulta causado pelo aumento gradual da secreção dos hormônios gonadotróficos pela hipófise. Devido ao amadurecimento de algumas partes do cérebro o hipotálamo desencadeia a liberação de GnRH causando a produção e a secreção de hormônios gonadotróficos. Menarca É o primeiro ciclo menstrual feminino. Menopausa Entre 40 a 50 anos o número de óvulos (ovócitos primários), e portanto de folículos , é muito pequeno, tornando a produção de estrógeno quase desprezível, que causa irregularidades nos ciclos menstruais. O diagnóstico clinico da menopausa se dá pelo exame de sangue: elevação na quantidade FSH e LH, e diminuição na produção de estrógeno e progesterona. Essa diminuição de produção de estrógenos, não causam a inibição adequada dos hormônios gonadotróficos, que se elevam na corrente sanguínea, relacionados a sinais e sintomas como: fogachos, rubor extremo da pele, sensações psíquicas de dispneia (falta de ar),irritabilidade, osteoporose, ansiedade, fadiga. 5 RESUME AÍ Letícia Franco Nano Veiga Gabriel Ferro Roque Sistema Reprodutor Feminino Leticia Franco Nano da Veiga e Gabriel Ferro Roque – Medicina - Universidade Metropolitana de Santos - XX Fisiologia GRAVIDEZ Após a penetração do espermatozóide no ovócito, o ovócito finaliza sua meiose 2, formando o pró núcleo feminino, e o segundo corpo polar. O pró núcleo feminino e masculino se juntam, formando o óvulo, que rapidamente se torna o zigoto, uma estrutura diplóide. A fecundação ocorre na ampola da tuba uterina, e o zigoto sofre inúmeras divisões mitóticas até chegar à cavidade uterina , cerca de 5 dias após a ovulação. Reação Acressômica A estrutura formada até esse momento é o blastócito, uma conformação de células que possui uma cavidade interna, e o começo da formação de cavidade amniótica. A nidação, aderência do blastocisto no endométrio, é feita através da invasão do sinciciotrofoblasto, utilizando de todos os nutrientes do endométrio, principalmente o glicogênio. Hormônios envolvidos na gravidez O blastocisto é capaz de produzir um hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana (HCG), que é responsável por manter o corpo lúteo estável, e inibir sua involução. Sua estabilização é necessária para a continuidade da produção de progesterona principalmente, pois sua queda provoca a menstruação. A produção de HCG tem uma queda a partir da 14a semana, quando a formação da placenta está completada. A placenta então produz estrógeno e progesterona, não sendo mais necessário a permanência e existência do corpo lúteo gravídico. Os níveis de estrógeno e progesterona aumentam durante a gravidez, mas no último mês, o estrógeno tem maior concentração sanguínea comparado à progesterona, uma vez que a progesterona inibe a contração uterina, não sendo útil em contexto próximo ao parto. Os hormônios estrógeno, progesterona e somatomamotrofina coriônica são produzidos pela placenta, a fim de preparar o corpo feminino para a gravidez, como em alterações em glândulas mamárias, aumento da genitália feminina, afrouxamento de articulações pélvicas e etc. Parto O parto consiste em um mecanismo de feedback positivo, em que os estímulos são gradativamente maiores em relação ao tempo. Ocorre inicialmente pelo impulso de força realizado pelo bebê (porção da cabeça) contra o cérvix uterino, ocasionando relaxamento do mesmo, que por sua vez, estimula a contração do colo do útero. A contração do colo uterino impulsiona o bebê novamente contra a estrutura do cérvix. A dilatação do cérvix é cada vez maior, tornando possível a passagem do bebê através da vagina, até o meio externo. A contração uterina além de estimulaçãofísica, recebe estimulação hormonal via ocitocina. Esse hormônio possui receptores no útero, que são induzidos pela alta produção de estrogênio no último mês da gestação, como já citado. Amamentação A amamentação é caracterizada pela produção e ejeção de leite pelas glândulas mamárias feminina. A produção do leite é estimulada pela prolactina, um hormônio produzido pela adeno-hipófise. Já a ejeção é estimulada pela ocitocina, um hormônio produzido no hipotálamo, sob estimulo sensorial de sucção, realizado pelo bebê.
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