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CAPÍTULO XVI - SEPARAÇÃO DE PODERES

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CAPÍTULO XVI
SEPARAÇÃO DE PODERES
Introdução
O poder é um fenômeno sócio-cultural. Pertencer a um grupo social é reconhecer que ele “pode” exigir certos atos, uma conduta conforme os fins perseguidos; é admitir que “pode” nos impor certos esforços custosos, certos sacrifícios; que “pode” fixar, aos nossos desejos, certos limites e prescrever, às nossas atividades, certas formas. Tal poder inerente ao grupo, que se pode definir como uma energia capaz de coordenar e impor decisões visando à realização de determinados fins. (1)
Inexiste Estado sem Poder. No início uno, radicado no centro, o Poder foi aos poucos partilhado, sendo seu exercício distribuído entre vários tipos de órgãos, cada um com sua competência graduada. (2)
O poder político é uno, indivisível e indelegável, e se desdobra e se compõe de várias funções, fato que permite falar em distinção das funções, que fundamentalmente são três: a legislativa, a executiva e a jurisdicional. (1)
O que corretamente se designa como “separação dos poderes estatais” é, na realidade, distribuição de determinadas funções a diferentes órgãos do Estado. A utilização de “poderes”, embora profundamente enraizada, deve ser entendida de maneira meramente figurativa. (4)
Breve Histórico
A unidade de exercício do poder, ou sua concentração, foi a primeira forma histórica do poder. A monarquia absoluta é disso o exemplo clássico. (3)
A doutrina da Separação de Poderes teve grande repercussão através da obra O Espírito das Leis, de Montesquieu, mas, antes, o inglês John Locke, no livro O Segundo Tratado do Governo Civil, já expusera a mesma idéia, com base no que observara em seu país. (2)
O compromisso da separação de poderes foi teorizado por Locke, no Segundo Trabalho do Governo Civil, que o justificou a partir da hipótese do estado de natureza. Ganhou ele, porém, repercussão estrondosa com a obra de Montesquieu, O Espírito das Leis, que o transformou numa das mais célebres doutrinas políticas de todos os tempos. (3)
Partindo da idéia de que “todo homem investido de poder é tentado a abusar desse poder”, Montesquieu estendeu-a ao Estado, concluindo que é preciso dividir o poder para impedir a arbitrariedade. (2)
O art. 16 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 declarou que não teria constituição a sociedade que não assegurasse a separação de poderes, tal a compreensão de que ela constitui técnica de extrema relevância para a garantia dos direitos fundamentais. (1)
Órgãos Supremos e Órgãos Dependentes
Os órgãos do Estado são supremos (constitucionais) ou dependentes (admnistrativos). Aqueles são os a quem incumbe o exercício do poder político, cujo conjunto se denomina governo, ou órgãos governamentais. Os outros estão em plano hierárquico inferior, cujo conjunto forma a Amininstração Pública, considerados de natureza administrativa. Enquanto os primeiros constituem objetos do Direito Constitucional, os segundos são regidos pelas normas do Direito Administrativo. (1)
	CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Divisão de Poderes
Consiste a partilha ou divisão do poder em transferir do centro para vários órgãos independentes o exercício do poder de tal modo que nenhum desse órgãos possa praticar os atos de sua competência sem ser controlado pelos demais. (2)
A divisão de poderes fundamenta-se em dois elementos:
especialização funcional, significando que cada órgão é especializado no exercício de uma função;
independência orgânica, significando que cada órgão efetivamente independente dos outros, o que postula ausência de meios de subordinação. (1)
Independência dos Poderes
A independência dos poderes significa:
que a investidura e a permanência das pessoas num dos órgãos do governo não depende da confiança nem da vontade dos outros;
que, no exercício das atribuições que lhes sejam próprias, não precisam os titulares consultar os outros nem necessitam de sua autorização;
que, na organização dos respectivos serviços, cada um é livre, observadas apenas as disposições constitucionais e legais.
Harmonia entre os Poderes
A harmonia entre os poderes verifica-se primeiramente pelas normas de cortesia no trato recíproco e no respeito às prerrogativas e faculdades a que mutuamente todos têm direito. 
Sistema de Freios e Contrapesos
Nem a divisão de funções entre os órgãos do poder nem sua independência são absolutas. Há interferências, que visam ao estabelecimento de um sistema de freios e contrapesos, à busca do equilíbrio necessário à realização do bem da coletividade e indispensável para evitar o arbítrio e o desmando de um em detrimento do outro e especialmente dos governantes. (1)
	Executivo – Legislativo (veto e sanção de leis)
- Judiciário (indicação dos Ministros dos Tribunais Superiores)
Legislativo – Executivo (controle de contas)
- Judiciário (controle de contas)
Judiciário – Executivo (controle dos atos administrativos)
- Legislativo (controle de constitucionalidade)
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	José Afonso da Silva
José Cretella Júnior
Manoel Gonçalves Ferreira Filho
André Ramos Tavares

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