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DIREITO PROCESSUAL PENAL I

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DIREITO PROCESSUAL PENAL I
	Professorx: Núbia Leoni.
	Semestre: 2018.1.
	Aluno: Samuel Júnior da Silva.
	Faltas: 0.
	E-mail: Preencher ainda.
	Telefone: Preencher ainda.
	Atividades avaliativas:
Sugestões bibliográficas:
Gustavo Badaró – Não há na biblioteca e nem em PDF. > Núbia copia esse livro inteiro...
Eugênio Pacheli (MPF) – Didático.
Auri Lopes – Visão constitucionalista do Processo, visão crítica, logo não deve ser usado como metodologia isolada.
Primeira aula: 12/03/18.
Introdução ao Direito Processual Penal I. Quadro de Núbia.
Histórico.
Constituição Imperial de 1824;
Código de Processo Criminal de 1 instância – 1832;
Código de Processo Penal de 1941;
Versão primitivo.
Alterações de 1973 e 1977.
CF/88.
Alterações de 2008.
Fundamento.
Natureza Jurídica.
3.1) Processo como relação jurídica – Bullow;
3.2) Processo como situação jurídica – Goldsmith;
3.3) Processo como procedimento em contraditório – Fazzalari;
3.4) Processo constitucional.
Aula de Núbia.
1) Histórico:
Como surgiu o Direito Processual Penal? A primeira vez que se falou foi na constituição imperial de 1824, que trouxe de forma tímida pequenas preposições (primeira vez em termos de legislação).
A primeira codificação (de forma) efetiva veio em 1832, Código de Processo Penal de primeira instância.
O último foi o de 1841, vigente até os dias atuais – certamente com alterações sofridas no decorrer do tempo.
Versão primitiva: Possuía bases profundamente autoritárias devido à sua inspiração na legislação processual italiana, inspiração que veio no período facista da Itália. Havia uma presunção de culpabilidade. Uma vez oferecida a denúncia (Ministério Público – MP) peça acusatória, petição inicial, se o juiz recebesse aquela denúncia, o acusado seria preso até que o processo seja transitado em julgado (ou seja, se não preso em flagrante, poderia sê-lo até o final também). Além disso, havia uma presunção de periculosidade, ou seja, quando era colocada na balança a segurança pública e a liberdade individual do autor de um crime, a segurança pública era protegida em detrimento da liberdade do eventual/possível autor do crime. Necessidade de segregação do autor para a promoção da segurança da sociedade. Atualmente essa compreensão é completamente oposta.
Alterações de 1973 a 1977: Flexibilização de alguns aspectos relativos à liberdade individual. Ex.: Preso em flagrante – talvez não seja preciso prendê-lo. A GRANDE modificação – não do código em si – mas de regras e garantias que nos obrigaram a fazer uma releitura do Código Penal de 1841 foi a CF/88 que provocou essa releitura.
Constituição Federal de 1988: Ganhos como a PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA, art. 5. Inciso. 57. Constituição Federal de 1988. Sendo a presunção de inocência uma garantia fundamental, não é possível mais presumir que a pessoa seja culpada, logo, provoca uma alteração na leitura do Código Penal de 1841 – Discussão do que foi ou não recepcionado pela constituição de 1988. (Leitura do Artigo 5, caput e inciso 57 – Isabella Rosa (que não me agrada) leu). Ninguém será tido como culpado até sentença penal condenatória transitada em julgado (duplo grau de jurisdição), ou seja, isso é o inverso do que o código penal primitivo definia. Se a pessoa for presa é por motivos cautelar – exceção e não a regra – em hipóteses e com requisitos bem determinados. SISTEMA DE AMPLAS GARANTIAS INDIVIDUAIS – Tais garantias protegem o indivíduo frente ao Estado, limites à eventuais arbitrariedades. Limites ao poder de punir do Estado. Baliza o direito de punir do Estado. O processo tornou-se após a Constituição Federal de 1988 um processo de garantias fundamentais, quais sejam; O Devido Processo Legal (Contraditório – quando disponibilizo as partes iguais oportunidades – Ampla Defesa – entenda como sendo o direito à produção de provas dentro dos limites legais, prazos, direito a ser ouvido para apresentar os fatos, é tudo aquilo que é de devido processualmente – Isonomia das partes – autor e réu devem ser tratados de forma equânime e devem receber iguais condições de tratamento. O acusado deve ser tratado como o Ministério Público (MP), sem predileções.
Alterações de 2008: Até 2008 não houve mudanças desde a Constituição Federal de 1988, houve um limbo nesse percurso temporal. Com isso, o Código Penal passou a ser aplicado em conformidade com a Constituição Federal de 1988. Então houve diversas alterações no Código de Processo Penal em 2008, diferentes aplicações/entendimentos por parte dos juízes no Brasil, cerca de duas ou três leis que alteraram substancialmente esse código, nem todos os artigos foram alterados (recepcionados ou não pela Constituição Federal da República de 1988).
FINALIZAÇÃO DA PARTE HISTÓRICA DO
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.
2) Fundamento.
O processo penal é o caminho para alcançar a pena e também condiciona o exercício punitivo do Estado. Além disso, o Processo Penal condiciona o exercício punitivo do Estado, não é do modo que o Estado desejar ser que as coisas funcionam. O surgimento do processo penal coincide com a evolução da pena. Inicialmente, a pena não tinha um caráter público e sim uma finalidade de vingança privada – olho por olho e dente por dente –, a própria pessoa penalizava você por aquilo que se tenha feito. O Estado assume o direito de punir e diz que a pena que deverá ser pronunciada por um juiz (juiz natural – um dos princípios do Processo Penal). As condutas do juiz também passam a ser delimitadas, define-se como ele deve agir/ser, parcial/imparcial. O direito penal deixa de ter bases concretas fora do Processo Penal, só sendo possível se falar em aplicação de pena se houver definição processual, regras processuais. Nada adianta haver crime sem pena a ele cominada, bem como em nada adianta a pena sem o processo penal, responsável por dar efetividade a essa pena. Reforça-se que o fundamento do processo penal é ser o caminho necessário para se chegar a aplicação legal da pena.
Natureza Jurídica do Processo Penal.
Temos aqui quatro teorias, a saber:
Bullow: Entende o processo como uma relação jurídica triangular, o autor da ação [Ministério Público (MP) ou ofendido], o acusado de outro e o juiz como em uma posição de superioridade em relação as partes. As partes se relacionam entre si e possuem em seu papel, obrigações e direitos, ou seja, elas relacionam-se entre si (autor, acusado e juiz). Essa é uma relação jurídica pública AUTÔNOMA – há um rompimento com o Direito Material, ou seja, torna-se um Ramo autônomo ao Direito Material – É também uma relação complexa, afinal, há obrigações entre todas as partes. Não sendo o acusado apenas um objeto no processo, mas sim sujeitos de direitos. Igualdade de atos e igualdades de direitos – da mesma forma que a acusação. O Ministério Público (MP) não é mais privilegiado, sendo deste o titular da ação penal pública – ele não é o titular do direito de punir. Essa teoria compreende que existem pressupostos processuais – tanto como de existência quanto de validade – ou seja, o processo possui pressupostos para nascer validamente e para desenvolver-se validamente. É ESSA A TEORIA MAIS ADOTADA PELA DOUTRINA PROCESSUALISTA DO MEU PAÍS<O>BRASIL.
Goldsmith: Entende o processo como situação jurídica e não como relação jurídica. Ou seja, entende o processo não como uma relação estática – o Processo, para ele, é dinâmico, são situações e assim mudam. O processo é um conjunto de situações pelas quais as partes vão passando e objetivam chegar na sentença que seja favorável. Para essa teoria as partes não têm obrigações entre si e não considera os pressupostos processuais de Bullow, ele entende que esses pressupostos são da sentença e não do processo. Também critica ao dizer que não existe obrigações entre as partes. Essa teoria entende também que o processo é marcado por riscos e incertezas – devido a dinamicidade do processo –, ou seja, tudo pode acontecer devido a sucessão de atos. A parte que melhor aproveitar essas chances/oportunidades mais sorte terá na sentençae isso independe do juiz.
Fazzalari: Processo como procedimento em contraditório, esses conjuntos de atos do processo não tem um caráter meramente burocrático, é importante que se respeite o contraditório EFETIVO, o juiz se pronuncia com base nesse contraditório do processo. A sentença não pode ser surpresa, não pode ser baseada em discussão não previamente tratada no processo, é obrigação do juiz decidir com base naquilo que foi produzido em contraditório, o contraditório vincula as partes e também o juiz. O livre convencimento motivado do juiz não é tão livre assim, é livre de acordo com o que foi tratado no contraditório. O futuro das partes não pode estar de forma tão autoritária e livre nas mãos do juiz. Esse contraditório é também a parte ter direito à informação – ser citada, intimada e também o direito de reação. Informação e reação (oportunidade de falar/se defender).
Processo Constitucional. TOP!, TOP!, TOP!. Pensamento atual, moderno e correto. Em conformidade com o Estado Democrático de Direito, esse Estado traz alguns direitos e garantias fundamentais frente ao próprio Estado. Proteção ao abuso de Direito por conta do Estado. O que adianta esses direitos sem as garantias de exercício de tais? Ou seja, nada mais é o Direito Processual Penal como garantias aos direitos fundamentais. As bases do Direito Processual Penal é a própria constituição. Qualquer processo que não respeite essas garantias não é um processo constitucional legal e legítimo. Com o Processo Constitucional queremos dizer as garantias constitucionais, direitos que surgem na Constituição e não mais em um código.
RESUMOS DOUTRINÁRIOS:
Em termos mais rebuscados, o processo penal é um instrumento que regula o exercício do direito de punir do Estado (o jus puniendi).
SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS:
SISTEMA PROCESSUAL PENAL INQUISITIVO: esse sistema foi utilizado no período da Inquisição. Sua característica principal é a seguinte: acusação e julgamento se concentram em um mesmo órgão. Isso mesmo, o mesmo órgão acusa, produz prova e no final julga. O processo é sigiloso, não havendo presunção de inocência.
SISTEMA PROCESSUAL PENAL ACUSATÓRIO: esse sistema é utilizado hoje no Brasil. Aqui tudo fica “mais justo”. Um órgão acusa, o acusado tem direito de se defender, e outro órgão julga. O juiz, portanto, é imparcial. Há publicidade, contraditório e presunção de inocência.
CUIDADO MENINX: a doutrina ensina que não adotamos um sistema acusatório puro. Há algumas exceções no regramento processual brasileiro, como a possibilidade excepcional do juiz determinar por iniciativa própria (de ofício) a produção de algumas provas. Entre outros casos.
SISTEMA PROCESSUAL PENAL MISTO: como próprio nome já diz, é misto. Uma parte do processo é inquisitória, outra parte é acusatória. É muito usado na Europa.
IMPORTANTE: no Brasil o inquérito policial tem característica inquisitória, todavia, o inquérito policial não faz parte do processo penal. É uma fase pré-processual (de natureza administrativo, e não processual). Logo, nosso processo penal não adota o sistema misto (e sim apenas o acusatório).
PRINCÍPIOS:
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º (...)
LIV – Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA, ou NÃO-CULPABILIDADE, ou do ESTADO DE INOCÊNCIA:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º (…)
LVII – Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
PRINCÍPIO DA NÃO AUTOINCRIMINAÇÃO:
É a famosa ideia de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. Engloba também o direito ao silêncio.
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS PROVAS ILÍCITAS:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º (...)
LVI – São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º (…)
LX – A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
Art. 93 (…)
IX – Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
PRINCÍPIO DA ISONOMIA PROCESSUAL:
Também conhecido como da igualdade processual ou da PARIDADE DE ARMAS.
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º (…)
LIII – Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
XXXVII – Não haverá juízo ou tribunal de exceção;
PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º (…)
LIII – Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
A doutrina entende que esse princípio está IMPLÍCITO na Constituição Federal.
PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE DO JUIZ:
Impõe ao magistrado que seja isento de preferências pessoais em relação as pessoas das partes.
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º (…)
LV – Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Segundo a doutrina as palavras-chaves do contraditório é CIÊNCIA e PARTICIPAÇÃO. Ciência de todos os atos processuais. E direito de participação no processo.
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º (…)
LV – Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Expressa-se no direito de ter um advogado (DEFESA TÉCNICA) e ainda no da AUTODEFESA.
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO:
Ele está IMPLÍCITO na Constituição Federal.
Segunda aula: 13/03/18.
Colocar o sumário aqui!
Aula da Núbia.
Introdução ao Processo Penal I
4. Objeto.
5. Sistemas Processuais.
5.1. Sistema Inquisitivo.
* Iniciativa probatória do Juiz.
* Ausência de separação das funções.
* Juiz atua de ofício.
* Juiz parcial.
* Ausência de contraditório pleno.
* Desigualdade de partes e de oportunidades.
5.2 Sistema Acusatório.
* Separação entre as funções.
* Iniciativa probatória das partes.
* Juiz imparcial.
* Igualdade de partes e de oportunidade.
* Contraditório e possibilidade de resistência.
5.3. Sistema adotado no Brasil.
* Badaró.
* Auty.
* Pacelli.
6. Princípios.
6.1. Noções preliminares.
6.2. Princípios em espécies.
A – Jurisdicionalidade “nulla pena, nulla culpa line judicio.”
B – Independência do magistrado.
C – Imparcialidade do Magistrado.
D – Juiz natural.
Aula de Núbia: 13/03/2018
4. Objeto.
O objeto do Processo Penal é uma pretensão acusatória. A parte interessada irá utilizá-lo como pretensão acusatória, ou seja, irei solicitar essa prestação informando ter havido um delito (levar a acusação em juízo) para ver aplicado o Direito Estatal de punir. Quem pode ser o autor dessa ação penal? Se for uma app o titular será o MP, se for privada será o querelante. O querelante ou MP irá solicitar ao juiz que exerça o seu direito de punir. A pretensão é do querelante/MP, mas o poder de punir será do juiz (aplicação da pena).
5. Sistemas processuais.
Falaremos das características.
O sistema Inquisitorial: Nós teremos acumuladas na mão de uma mesma pessoa as funções de acusar, defender e julgar, essa pessoa é o juiz. Nesse sistema o juiz acusa, (age de ofício- não se aplica a vedação do juiz agir de ofício), o próprio juiz irá dizer as teses defensivas que o réu tem direito e ele mesmo irá decidir. O juiz já possui um pré-julgamento, o juiz é necessariamente parcial. Não há imparcialidade ou todas as funções são exercidas pela mesma pessoa. Logo, o juiz é tendencioso, escolhe um dos polos da relação jurídica. Nesse sistema não temos um contraditório pleno uma vez que é o mesmo juiz que acusa e julga que também acumula a função de defesa. As armasnão são iguais. Na mão do juiz estão todos os poderes, ausência de contraditório pleno – ciência e oportunidade de defesa/possibilidade de reação. Nesse sistema ele até tem ciência mas sem oportunidades. Nesse sistema o réu é meramente um objeto do processo por simplesmente sofrer todas as consequências do resultado desse processo, ele participa da construção do provimento constitucional. Uma outra característica, inconcebível relação jurídica (três partes, juiz, autor, acusado – obrigações recíprocas entre eles). Não há essa relação por incompatibilidade com esse sistema. Normalmente nesse sistema o processo é escrito e também secreto. O juiz tem iniciativa probatória, logo ele mesmo poderá ir atrás das provas – fontes de provas (aquilo de onde pode se extrair uma informação). Geralmente nesse sistema o acusado permanece durante todo o processo. A característica que define esse sistema é que ele é um sistema autoritário. 
SISTEMA ACUSATÓRIO: Esse é um sistema essencialmente de partes. Teremos acusação e defesa se contrapondo, temos bem definida uma pessoa exercendo o papel de acusação e outra exercendo o papel de defesa e sobreposto a elas um juiz que não terá um interesse particular em que nenhuma das partes saia vitoriosa. Há uma nítida separação das funções em igualdade de posições. Ninguém está superior a ninguém, somente o juiz que está em posição acima de imparcialidade. Outra grande característica é a existência de contraditório e possibilidade de resistência. Ou seja, nós estamos caminhando para um sistema democrático, ele é um sistema democrático e trás em si a figura de um juiz imparcial porque não é o juiz quem inicia a ação – para o juiz agir ele precisa ser provocado pelo querelante ou MP. O Juiz formalmente só tomará conhecimento desse crime a partir dessa manifestação. Nesse contexto teremos um acusado sujeito de direitos uma vez que ele participa da construção do provimento jurisdicional final – influencia na convicção do juiz. Por ser sujeito de direitos ele tem direito a ampla defesa que está subdivida em defesa técnica (aquela exercida por quem tem conhecimento técnico) e autodefesa (ele mesmo ouvido em interrogatório ao ser ouvido em interrogatório – silêncio). Outra característica será a oralidade, publicidade (nada secreto), e presunção de inocência – não é a terminologia mais adequada – não culpabilidade (mais adequado), a presunção de inocência traz a necessidade de aguardar em liberdade. Nesse sistema a iniciativa probatória é das partes. ATENÇÃO, essa iniciativa das partes não proíbe o juiz de colher provas, devemos trazer um equilíbrio para que não chegarmos ao sistema acusatório, esse equilíbrio é a ação definida nos meios de provas trazidas pelas partes. A acusação arrola a testemunha A, a testemunha A diz que no dia dos fatos também estava presente João, o juiz poderá determinar de ofício a oitiva de João. Não é ele que irá procurar as provas tendendo a acusar, mas sim a investigar no foco para se buscar a verdade material para melhor decidir, assim ele poderá agir de ofício – imitação, desde que a partir dos meios de provas trazidos pelas partes.
5.3. SISTEMA ADOTADO NO BRASIL.
Três doutrinadores pensam de forma distinta sobre isso.
Badaró. Ele entende que não existe mais um sistema que seja inquisitório ou acusatório pura. Entende que ora será preponderantemente inquisitório e ora será acusatório. Nunca puro, mas sim momentaneamente apresentará mais características de um.
Auri Lopes. Constitucionalista que traz uma visão critica do sistema penal. Ele entende que o nosso sistema é essencialmente inquisitorial. Fundamenta que embora o no código de processo penal traga separação entre as funções de acusar, defender e julgar ele entende que essa separação não pode ser inicialmente no processo, não adianta isso se o próprio código de processo penal permite ao juiz ter um papel ativo na busca de provas. Ele quer dizer que o CPP começa com uma cara de acusatório, contudo o mesmo cpp traz artigos que conferem poder instrutórios ao juiz e outros que dão ao juiz poderes para praticar atos que são essencialmente da acusação. Ex.: de artigos de características inquisitorial. Ex. O CPP permite que o juiz converta a ação prisão em flagrante em preventiva – de ofício-. Auri diz que esse poder de decretar de ofício a prisão preventiva é característica do sistema inquisitória. Outra crítica é a possibilidade de o juiz ouvir testemunhas novas. O juiz poderá proceder ao interrogatório do réu a qualquer momento. O juiz pode determinar diligências de ofício. Outra coisa, no nosso processo penal o juiz poderá obsorver mesmo se o MP pedir a absolvição/condenação. Para Auri esses artigos dão ao juiz poderes típicos de um órgão inquisitor e não acusador.
Pacelli: Diz que a nossa CF/88 por todas as garantias ali expressas do devido processo legal, que assegura contraditório, isonomia a ampla defesa, diz ele que nossa cp traz necessariamente um sistema acusatório. Se podemos afirmar que nosso sistema é acusatório amparado nas garantias expressas da CF o que temos que fazer é uma releitura dos art. Do CPP que ferem o sistema acusatório, alguns não iremos aplica-los e outros daremos aplicabilidade constitucional. Ex.: Ao invés do juiz fazer isso de ofício (decretar a preventiva) o juiz poderá dizer “vista ao MP”. Não é preciso eliminar tudo e sim readequar com uma visão constitucional – passar um filtro no CPP.
6. PRINCÍPIOS:
Regras fundantes que sustentam o processo penal. As vezes os princípios estão na CF88 de forma explicita outras não.
61. Princípios em espécie.
A – jurisdicionalidade. Só um órgão poderá impor a pena, exclusividade dos órgãos jurisdicionais para impor uma pena e assim somente poderão agir se passarem pelo processo. Observância ao devido processo legal.
B – independência do magistrado. O juiz só está sujeito as leis e a cf88, ele é independente para decidir. Esse princípio não está previsto de maneira expressa na CF88, no entanto a CF88 traz algumas prerrogativas que asseguram essa independência do magistrado: Ex.: Art. 95, caput da CF/88. Vitaliciedade, Imobilidade, Irredutibilidade dos vencimentos.
C – o Juiz é imparcial: ELA NÃO TERMINOU.
AULA 19/03/18
Introdução ao Direito Penal I.
6. Princípios.
6.2. Princípios em espécies.
c. Imparcialidade do magistrado.
d. Juiz natural.
e. contraditório.
f. ampla defesa.
g. igualdade das partes.
h. estado de inocência ou presunção de não culpabilidade.
i. motivação.
j. publicidade.
Aula de Núbia...
6. Princípios.
6.2. Princípios em espécies.
c. imparcialidade do magistrado.
O juiz necessariamente deverá ser parcial, esse princípio não é assegurado explicitamente na constituição, é uma garantia constitucional implícita. Essa imparcialidade é um tributo subjetivo do juiz, diz respeito a pessoa do julgador em relação ao objeto do processo e em relação as partes. Não deve haver pré-juízo, pré-julgamento sobre o objeto do processo. O juiz deve ocupar uma posição superior ao interesse das partes. É importante destacar a necessidade de não haver esse pré-juízo em relação ao objeto, ex. caso do assassinato do filho, outra espécie é sem conhecer as provas e a instrução probatória o juiz tem uma concepção formada daquela situação. Obs.: Não basta que o juiz seja imparcial ele também precisa transparecer ser imparcial em seu comportamento. Seja o juiz parcial ou aparentemente imparcial ele deverá ser afastado do julgamento.
Como manter essa imparcialidade? A constituição nos traz algumas vedações. Art. 95, parágrafo único. Não só a constituição, o legislador infraconstitucional também traz algumas vedações de comportamento onde entende-se que o juiz age com parcialidade. Quais são essas vedações? Arts. Do CPC. Próximo período. Por agora só precisamos saber que o legislador quer assegurar a imparcialidade do juiz e havendo essas hipóteses há parcialidade e o juiz não deverá julgar o processo.
D. Juiz Natural. Princípio constitucional expresso. Duas vertentes, enfoque negativo: é vedada a criação de tribunaisde exceção. E o que são? São aqueles órgãos criados após o cometimento do fato ou só para o julgamento daquele fato. Ou seja, ao cometer um crime devemos saber quem irá nos julgar.
Aspecto positivo: Estamos falando do direito ao juiz competente. Estamos falando de competência. Nós sabemos que a jurisdição é uma, contudo, é impossível ao mesmo juiz atender todas as demandas, logo, criamos competências que são fatias da jurisdição que aquele juiz poderá exercer. Essa porção também está previamente prevista antes do cometimento dos fatos – constituição federal –. Não há surpresas.
A finalidade desse juiz natural é assegurar a imparcialidade. Em suma, se eu somar o aspecto negativo com o objetivo chegaremos a três conclusões: os órgãos jurisdicionais são aqueles da constituição, art. 92 CP. Segunda conclusão, ninguém poderá ser julgado por órgão instituído após o acometimento dos fatos e terceiro, entre os juízes investidos de jurisdição a competência de quem vai processar e julgar deverá estar previamente estabelecida.
E. Contraditório. A melhor definição de contraditório é ciência bilateral dos atos e termos processuais e possibilidade de contrariá-los. A informação é necessária e a reação é uma possibilidade (cabe a parte decidir se irá reagir ou não). Há quem defenda que o contraditório deva ser efetivo, não existindo a possiblidade de reação, para estes estaremos, diante de informação e reação necessárias, a reação não será apenas uma possibilidade. A situação é delicada porque não falar poderá ser uma estratégia da parte.
Quando falamos em contraditório focamos muito em termos fáticos e probatórias, no enteando o contraditório também deve se dar em questões de direito (posições jurídicas da parte contrária), necessariamente deve haver possibilidade. Certamente isso afeta a decisão do juiz. 
Há desrespeito ao contraditório tanto quando não dada as partes a possiblidade de reação como em relação ao fato, as provas. Nós saberemos que o contraditório quando o contraditório trouxer pela parte a tese, a ré a antítese e a sentença o ser a discussão dialética do que foi tratado no processo.
F. Ampla Defesa: É uma garantia individual definida em razão dos interesses do acusado (diferente do contraditório que é para os dois), ela é bipartida. Autodefesa e a defesa técnica. Autodefesa é a defesa exercida diretamente pelo acusado, em contrapartida, a defesa técnica é a atuação de um profissional habilitado – aquele que possui capacidade postulatória. A razão de ser da defesa técnica é assegurar a paridade de armas. Necessariamente é preciso a participação de um defensor em todos os atos do processo penal. Art. 261 do CPP. A autodefesa subdivide-se em outras três, *direito de presença, * direito de audiência e o * direito de postular diretamente. Presença: direito de comparecer a todas as audiências e tenha direito de estar presente porque poderá auxiliar seu advogado nas perguntas e questionamentos objetivando sua defesa. Audiência: É o direito de ser ouvido, de falar e influenciar a decisão do juiz. Ele poderá exercer o direito ao silencio e não exercê-lo. Postular diretamente: Ele poderá diretamente postular sem o auxílio de um advogado. Ele poderá recorrer sem estar representado por advogado. O acusado também pode interpor habeas corpus pessoalmente sem estar representado por advogado. Outro momento é a revisão criminal.
Uma última consideração é que há vedação a provas obtidas ilicitamente. Há quem entendendo que em ampla defesa o acusado pode usar em seu favor provas obtidas ilicitamente.
Igualdade das partes: As partes envolvidas no processo necessariamente precisam ser tratadas de forma igualitária. Há sinais de imparcialidade através do tratamento igualitário. A igualdade de partes também garante a paridade de armas. O juiz tem a obrigação de assegurar a igualdade de partes, não só ele, também o legislador deve atentar-se para a criação de institutos processuais que garantam essa igualdade. Ex.: Justiça gratuita. Não basta apenas ser formal deverá ser substancial. O juiz deve equilibrar essa relação. Esse princípio não é absoluto, nenhum é, ele comporta exceções, no entretanto essa exceção sempre será em favor do réu. Ex.: Um recurso que são s embargos infringentes, a revisão criminal também só existe pró-reu. 
Estado de inocência: Expressão nova e mais adequada. Podemos extrair três significados. Um desses significados como garantia política, o segundo como regra de tratamento e o terceiro significado como regra de julgamento. Garantia política: o estado de inocência tem um valor ideológico. Regra de tratamento: o acusado não poderá ser tratado como se culpado fosse durante o processo penal – somente após o transito em julgado – ou seja, não pode haver execução provisória de penal, prisão cautelar (possui requisitos rigorosos) injustificada. A prisão cautelar é exceção. Regra de julgamento: Ao decidir ao julgar se o juiz tiver dúvida ele absolve. A dúvida milita em favor do acusado.
Até qual momento vigora o estado de inocência? R.: O limite fixado pela CF/88. Art. 5, inciso 57, ou seja, até o transito em julgado da sentença, significa que não cabe mais recurso. Segundo a CF esse estado perdura até o esgotamento de todas as vias recursas, contudo, temos o STF que tem entendimento diverso que entende. Recursos ao STF e STJ não discute provas e sim a constitucionalidade daquela decisão. O STF diz que após o recurso para o tribunal superior o acusado poderá iniciar o cumprimento de pena porque recursos ao STF e STJ não analisa fatos e nem provas. Por isso dizem na mídia que após o julgamento dos embargos de declaração os desembargadores poderão expedir prisão à Lula. Lembrando que esse posicionamento do STF transgride a constituição.
Aula 20/03/2017.
Quadro de Núbia.
6.0 Princípios.
6.2. Princípios em espécie.
I. Motivação.
J. Publicidade.
L. Duplo Grau de Jurisdição.
M. Duração Razoável do Processo.
N. Devido Processo Legal.
6.3. Convenção Americana de Direitos Humanos.
7. Lei Processual no Tempo.
7.1. Normas Processuais Puras.
Aula de Núbia.
6. Princípios em espécie.
I. Motivação:
Revisão da aula anterior...
Art. 93, inciso 9. Toda decisão judicial deverá ser fundamentada. A motivação da sentença é a causa de decidir do juiz. Ele precisa apontar tanto os fatos quantos os argumentos jurídicos que o levou a decidir. O que o levou ao conhecimento. A decisão necessariamente deverá ser EXPRESSA, CLARA, COERENTE e LÓGICA. Se não o for temos um recurso denominado de embargos de declaração que tem como objetivo voltar contra a própria pessoa que proferiu aquela questão, pedido ao Juiz que esclareça aquela decisão. É importante que o juiz dê ciência a parte contraria sobre esses embargos de declaração (por analogia, no atual CPP não há essa previsão, no novo sim). Esses embargos servem apenas para preservar a necessidade de lógica, clareza e coesão e não por insatisfação da decisão, essencialmente não é um recurso. “Não gostei, quero outro resultado”, aí é apelação.
A doutrina elenca alguns vícios de motivação, um deles é AUSÊNCIA OU CARÊNCIA DE MOTIVAÇÃO, Ausência é quando não há motivação alguma, CARÊNCIA é quando ele deixa de manifestar sobre um ponto específico. As vezes o pedido tem vários pontos, vários aspectos, as vezes a acusação pede para condenar ou reconhecer situações agravantes ou atenuantes, valor mínimos e etc, o juiz ao proferir a sentença fala sobre alguns pontos e ignora outros. Embora não haja ausência total também há a fundamentação. O juiz deve enfrentar todos os pontos discutidos no processo. Ela será viciada. Muito cuidado, as vezes o juiz é resumido ao fundamentar, FUNDAMENTAÇÃO RESUMIDA não é ausência de motivação. Outro vício de motivação é a motivação PER RELACIONE. É a motivação em que o juiz ao proferir aquela decisão ele não aponta as próprias razões de decidir, ele invoca os fundamentos de outro ato já praticado. Por exemplo ao adotar as razões do Ministério Público, adoto as razões externadas em outra decisão minha, isso é um vício de decisãoe não é válido. Até poderá utilizar as razões do MP, contudo, deverá utilizar o crtl c mais ctrl v, afinal, a fundação deverá ser trazida em sua própria decisão.
Outro vício de motivação é MOTIVAÇÃO IMPLÍCITA, é quando você consegue saber que a questão foi rejeitada pelo juiz, contudo, você consegue fazê-la por dedução, implícita. É um vício de motivação, afinal, motivar é tornar explícito aquilo que se pensa. Se ele não torna explícito não devemos presumir o que se pensou.
A motivação possui duas finalidades, a primeira PROCESSUALISTA, ou seja, o acusado precisa saber o que o juiz decidiu para que eu possa ter argumentos para ter argumentos para poder recorrer via recurso. O segundo fundamento é EXTRAPROCESSUAL, tenho que tornar pública essa causa de decidir pois permite o controle jurisdicional sobre as decisões. É uma forma de toda a sociedade exercer um controle sobre o Estado acerca de sua atividade jurisdicional. 
J. PUBLICIDADE.
Ele possui relação direta com o exercício do poder punitivo do Estado. Permitir que todo o Estado na figura do juiz tem feito para que ela se dê dentro dos parâmetros legais. A regra geral é que todos os atos serão públicos, mas essa comporta algumas exceções, em alguns casos a publicidade será restrita. Quando dizemos restrita estamos dizendo que irá limitar o acesso ao processo somente as partes e seu advogado ou somente ao seu advogado. Nessa publicidade restrita sempre o advogado terá acesso, nunca o advogado ficará sem acesso e as vezes é possível que as partes não o tenha. O que justifica essa publicidade restrita é (segredo de justiça) é a lei, e além da lei dizer o juiz precisa declarar a publicidade restrita naquele caso concreto. A razão se dá ou para preservar a intimidade das partes (ex.: estupro) ou em razão do interesse social. Mesmo no caso de publicidade restrita se o interesse público a informação justificar poderá quebrar essa publicidade restrita. São conceitos abertos que devem ser analisados no caso concreto. Mesmo nos casos públicos é muito importante tomar cuidado com casos, casos midiáticos. 
K. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO.
Diz respeito ao direito da parte de ter sua decisão reexaminada por outro órgão diferente daquele que a proferiu. O processo será analisado uma vez em primeiro grau e uma segunda vez pelo tribunal em via recursal. Em alguns casos a competência é originária do tribunal, mas isso não impede o duplo grau de jurisdição. Não é previsto explicitamente, mas implicitamente ele está na Constituição Federal – afinal, ela cria órgão recursais. Teremos outra discussão porque a Corte Interamericana diz que toda pessoa condenada que for condenada tem direito de recorrer da sentença, da decisão, que seja. O que acontece: absolvido primeiro grau na sentença, MP recorre, e o é condenado apenas em segunda instância. Não há sistemática para regulamentar isso. Por fim, o fundamento político do duplo grau de jurisdição é a falibilidade humana, todo nós estamos sujeitos a erros. Justificativa para o reexame da jurisdição. Nenhuma decisão pode ser absoluta.
M. DURAÇÃO RAZÓAVEL DO PROCESSO.
É o direito a justiça tempestiva, art. 5. inciso 78 da CF. É o direito ao processo em prazo razoável. Queremos dizer que iremos afastar aqueles atos procrastinatórios indevidos, destinados a atrasar a sequência processual (dilações indevidas). Também iremos assegurar o descarcelamento do acusado indevidamente se o processo ir para além de um prazo tido como razoável, ainda que haja elementos que fundamentem uma prisão cautelar, iremos soltá-lo. Esse é um conceito aberto que diz que é razoável duração, mas o que é? A constituição não diz por ter adotado a doutrina do não prazo, ela deixou esse conceito aberto para nós possamos definir o que seja prazo razoável, o que a doutrina entende como razoável é aquele que funciona sem atrasos. Em nome desse processo não podemos cometer atropelos judiciais que firam garantias processuais. Ex.: Deixar de conceder o contraditório ou a ampla defesa. Existem alguns referenciais na doutrina que justificam esse processo durar um pouco mais. Ex.: Caso complexo (muitos acusados, muitas provas e envolvidos). Não se pode falar em ofensa quando é o próprio acusado que está criando intercorrências no processo que o impeça de andar, se for ele que o deu causa não se pode dele beneficiar. Também deve ser analisada a conduta das autoridades policiais como um todo.
N. DEVIDO PROCESSO LEGAL.
Ele é um princípio, pois vou dizer que houve essa absorvência quando todas as garantias processuais também estiverem observadas, também deve ser chamado de devido processo constitucional. Em suma ele existirá se tiver sido observado os outros. Ex.: se as decisões foram motivadas, se asseguração a não culpabilidade, o direito de recorrer da decisão. Faltou qualquer um não haverá Devido Processo Legal, ou seja, ele será nulo, não é legítimo. Está explicitamente previsto na constituição federal e ele também possui dois enfoco e duas vertentes, ao devido processo legal SUBSTANTIVO. Esse assegura que as leis devam ser razoáveis, o juiz ao se deparar com uma lei não razoável ele há de reconhecer a inconstitucionalidade dessa lei por ofensa ao devido processo legal. Por outro lado, temos o devido o processo legal em seu aspecto PROCESSUAL. 
6.3. CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS.
6.3. Se aprovado com quórum de emenda constitucional ele equivale a uma ementa constitucional e tem forma de norma constitucional. Se não aprovado nesse quórum ele é norma supralegal, abaixo da constituição e acima das leis.
Materialmente (versa sobre Direitos Humanos/ não foi introduzido como uma norma) como esse tratado tem uma norma constitucional, devemos observar todas as garantias previstas na convenção, bem como as da própria constituição federal.
Aula 26/03/18
Quadro de Núbia.
7. Lei Processual Penal no Tempo.
7.1 Normas processuais penais.
(1) Unidade Processual.
(2) Fases processuais.
(3) Isolamento dos atos processuais.
7.2 Normas processuais mistas.
8. Lei processual no Espaço.
9. Interpelação da Lei Processual Penal.
INQUÉRITO
Investigação preliminar.
Considerações iniciais.
Competência da Polícia Judiciária.
Competência de outras autoridades.
Inquérito Policial.
2.1 conceito.
2.2. natureza jurídica.
2.3 características.
a) dispensabilidade.
b) inquisitoriariedade.
A regra geral adotada pelo CPP é o isolamento do ato processual, há situações em que seja impossível utilizar esse entendimento, é o caso de atos que são causa do subsequente, por exemplo, em uma audiência. Iniciou-se a oitiva sobre a lei A, por ser muitas testemunhas o juiz não consegui concuí-la em apenas uma, logo, designa-se nova audiência para o dia 10, só que antes dessa data uma nova lei entra vigor, como a primeira é causa da segunda, o juiz deverá levar em conta a fase processual (ou seja, a lei anterior). 
Recurso: A lei que irá reger o recurso é aquela vigente no momento da decisão. A sentença é publicada após sair do juiz e chegar ao escrivão para ser publicada em documento próprio – livro de registro de sentença (esfera privada pública). 
Normas processuais mistas são normas que embora vinculadas a uma lei dita processual, ela tem conteúdo de Direito Penal Material, é como se fosse uma norma que está lá no CPP, em tese deveria ser do direito pp, contudo, em sua essência ela é de direito material. Assim aplicaremos o princípio da anterioridade da lei previsto no direito penal, ou seja, regra geral de não retroatividade, a lei só se aplica após o fato cometido em sua entrada em vigor. Exceto em benefício do réu.
8. Lei processual no espaço.
Estamos falando qual é a investidura das autoridades policiais brasileiras, ou seja, qual a lei processual penal que a autoridade brasileira irá aplicar. Só pode ser aplicada a lei processual penal do brasil. O juiz não é investido em jurisdição de outros países. Existem crimes em que a norma de direito penal alcança fatos acontecidos fora do brasil em situações ocorridas no art. 7 do CP. Princípio da territorialidade.Lex fori, lei do tribunal. Há exceções, o próprio código penal traz exceções, como os tratados internacionais, onde somente iremos aplicar a lei processual de outro país quando houver exceção nos tratados internacionais dos quais o brasil é signatário.
INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL.
Em processo penal cabe tanto a interpretação extensiva, princípios, regras gerais do direito e a analogia (como por exemplo a aplicação do CPC). Não posso se isso comprometer a liberdade do acusado quanto qualquer outro meio de defesa, somente se houver resultado favorável. Somente normas que dizem questões meramente procedimentais é que podemos aplicar a interpretação extensiva e a analogia.
Encerramento da introdução.
INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR:
O Estado tem o dever de apurar as circunstâncias e os fatos que envolveram determinada infração penal. A investigação preliminar será estartada com o cometido de uma infração penal, essa investigação preliminar antecede a ação (percepção) penal, ela fornece a justa causa para a ação penal, uma vez que fornece indícios de autoria e provas da materialidade. É impossível iniciar uma ação penal sem a justa causa. Sobre a autoria indícios são suficientes, mas a materialidade necessita de provas. 
Polícia judiciaria. Normalmente essa investigação preliminar se dá via inquérito policial que será conduzida pela polícia judiciária, no âmbito municipal é a civil, no âmbito federal é a polícia federal. Na justiça estadual também será aberto na polícia civil.
OUTRAS AUTORIDADES:
Art. 4 do CPP, regra geral da polícia judiciária e também sobre exceções. Delegacia de polícia não tem competência, mas sim circunscrição. Outras autoridades que têm essa competência: Inquérito parlamentar – comissões parlamentares de inquérito – CPI’s.
Súmula 397 – STF.
Também há inquéritos policiais militares. 
Crimes cometidos por juízes e promotores – quem conduzirá será a alta cúpula de cada órgão.
Quando se tratar do MP ou da magistratura a investigação será feita dentro da própria instituição, não onde será julgado.
As investigações administrativas – fiscal tributário. Se verificada a ocorrência de criem em sua área de competência, não é qualquer área.
Por fim e com mais polémica, a investigação promovida pelo Ministério Público, se o MP pode fazer investigação preliminares. – Adotamos o sistema penal acusatório e por isso o MP não poderia aprofundar na colheita dessas prova. Há duas correntes (i) o MP pode promover investigações preliminares porque seria poderes implícitos do MP. Art. 129 da CF;88. São poderes implícitos porque são oriundos d própria CF. Ou seja, se o MP pode determinar se a polícia faça uma diligência X, não como negar sua própria capacidade em fazê-la.
(ii – sentença do STF – já há maioria). Reconhece a possiblidade desde que essa investigação seja complementar, e será quando o delegado de polícia não tiver condições de ir além do que já foi feito. Além disso também poderá fazê-lo em caráter suplementar – nos casos de exceções cometidos pela polícia judiciária). Última hipótese: crimes cometidos contra a administração pública.
INQUERÍTO POLICIAL.
Conceito: Procedimento administrativo, investigatório, presídio pela autoridade policial, de cunho inquisitório e que tem por escopo a formação do convencimento para deflagrar a ação penal. A finalidade do inquérito policial é a investigação do delito e sua autoria.
Natureza jurídica: Procedimento administrativo, fase pré-processual.
Características:
Dispensabilidade: ele é dispensável, pois é uma peça meramente informativa. Art. 12, 27, 39 parágrafo 5, 46 parágrafo 1, do CPP.
Inquisitoriedade: Ele é inquisitivo, não tem preocupação com o contraditório e a ampla defesa, quando há esses elementos eles são acidentais e não fazem parte de sua natureza. LEMBRANDO QUE: O ART. 7 DO ESTATUTO DA OAB FOI ALTERADO EM 2016. AGORA É PERMITIDO QUE O ADVOGADO POSSA ASSISTIR OS SEUS CLIENTES A APRESENTAREM RAZÕES E QUESITOS NO INQUÉRITO POLÍCIAL, no entanto isso pouco mudou ou nada. A lei veio formalizar algo que na lei já existia.
Aula do dia 27/03/18
Quadro de Núbia.
Inquérito Policial.
características.
Oficialidade. – App Incondicionada -: de ofício = APF e Por???
APP condicionada -> Representação do ofendido.
APP privada -> Requerimento do ofendido.
Obs: Notícia do crime:
Direta
Indireta -> “delito criminis”
Coerciva
Indisponibilidade do IP
Procedimento Escrito.
Sigilo do IP
2.4 (In) Comunicabiidade.
2.5 Diligências
2.6 Relatório e Indiciamento
Obs: Desindiciamento.
Prazo para encerramento do IP.
	
	Imputado solto
	Imputado preso
	Regra Geral CPP
	30 dias, prorrogáveis
	10 dias
	Justiça Federal – art. 66 solto/66
	30 dias, prorrogáveis
	15 dias
	L. drogas – 51, 11.343/06
	90 dias, podendo ser deplicado
	30 dias, podendo ser duplicado
	IPM
	40 dias, prorrogáveis por mais 20
	20 dias
	Crimes contra a economia popular
	10 dias
	10 dias
A autoridade policial poderá instaurar o inquérito de ofício – não precisa ser provocada. O delegado pode agir de ofício, mas somente se a ação penal for publica incondicionada, ou seja, quando estiver na mão do MP decidir. É necessária apenas o seu convencimento de autoria e materialidade. O delegado agirá de ofício através do auto de prisão em flagrante. Se o acusado for pego em fragrante, agora, se o acusado não for preso em flagrante o delegado irá instalar via portaria. Também é possível que a autoridade policial instaure o inquérito civil via requisição (em caso a aci). Art. 5, inciso, II, a requisição poderá ser do MP ou do Juiz (no caso do juiz a doutrina entende que essa parte não foi recepcionada pela CF/88, afinal, se o juiz solicitar ele estará investigando as fontes de prova, logo, interferindo em nosso sistema acusatório). Com isso, iremos falar de ação penal público incondicionada somente por requisição do MP. O MP pode receber um comunicado e não ter as informações necessárias e ser necessária maiores diligencias para investir, logo, mediante requisição solicita ao delegado para a investigação via inquérito policial. Pode acontecer de o crime não ser o crime de app incondicionada, mas CONDICIONADA a representação do ofendido, essa representação é condição de procedimentabilidade e também de PERCEQUIBIIDADE. Não havendo essa representação não haverá abertura do inquérito policial. 
No juizado especial criminal (pena mínima igual ou menos a dois anos + contravenções) não temos a figura do inquérito policial, mas sim do termo circunstanciado de ocorrência (TCO) mesmo sem a representação do ofendido. Lá estamos diante da celeridade e em tese o TCO é um boletim de ocorrência melhorado. Após isso vão ao juizado e lá haverá a possiblidade de representar ou não. Essa é uma previsão especifica na lei 9.999, mas inquérito não pode! A PRF já está lavrando TCO.
Se a ação penal for privada (só se procede mediante queixa e não denuncia) o iq para ser instaurado depende do requerimento do ofendido. 
Não podemos confundir queixa com notícia crime. Queixa é a petição inicial da ação penal privada. Quando vamos a delegacia noticiar o acontecimento de um crime, nós vamos prestar Notícia Crime. Ofendido: Requerimento. MP: Requisita.
 Membros do MP e da magistratura não podem ser preso em flagrante delito se não por crime inafiançável, até podem ser presos em flagrante delito (auto de prisão em flagrante), contudo, irá para órgão de cúpula.
A notícia crime: Direta: quando o próprio ofendido dá notícia do acontecimento do crime. Se for situação de flagrante (apf, se não for, portaria). Indireta: Terceiros dão notícia do cometimento do crime. Cuidado! A notícia crime anônima não é suficiente para o delegado instaurar inquérito policial, mas ele poderá passara a investigar a partir disso instaurar uma portaria (se trouxer algo de concreto após investigação).
Coercitiva: APF – nem por conta disso, aliás, isso é um meio, é por conta do flagrante. Toma conhecimento por causa do flagrante.
Portaria é uma forma de abertura do inquérito.
Indisponibilidadedo Inquérito Policial. A autoridade policial não poderá mandar arquivar os autos do inquérito, pois sua finalidade é fornecer elementos ao MP, a autoridade policial não pode mandar arquivar mesmo que perceba que a investigação seja inconclusiva, autoria materialidade desconhecida e etc. O delegado de polícia deverá concluir a investigação e remeter ao MP, e lá o MP irá oferecer denúncia, pedir novas diligências ou arquivar. O juiz irá apenas chancelar a decisão do MP. Art. 17 CPP.
Procedimento escrito. Art. 9, cpp
Sigilo do IP. O inquérito policial é uma exceção. Ele é naturalmente sigiloso e não precisa ter esse sigilo decretado pelo delegado de polícia e possui dupla finalidade (i) garantir a efetividade das investigações e (iii) também objetiva preservar a imagem e privacidade do acusado. O art. 7 é em consonância com a sumula vinculante 14 do STF, embora o sigilo não se aplica ao advogado o advogado tem direito a ter acesso aquilo que já foi documentado – aquilo que está sendo investigado o advogado NÃO TERÁ acesso. O advogado deverá estar munido de PROCURAÇÃO. ART. 7, PARÁGRAFO 10, INCISO XXI.
(In)comunicabilidade. Art. 21 do CPP não foi recepcionado pela CF/88 (o delegado poderá decretar a incomunicabilidade do preso – Tacitamente foi revogado. Então a regra é a comunicabilidade. Art. 136, caput, parágrafo 3, inciso IV da CF. O Estado de Defesa é uma exceção e mesmo no estado de defesa é VEDADO a incomunicabilidade. No Estado Democrático de Direito muito menos. O CPP é anterior a constituição e é por isso que após sua releitura após a CF foi observado não recepções.
Diligências: Art. 6, CPP – Não é taxativo. Não exauri as diligências. 
Relatório e indiciamento: O delegado de polícia é quem fará o relatório, essa relatoria é a peça final o inquérito, onde será relatado tudo aquilo que foi apurado. Não irá exercer juízo de valor, não deve valorar que foi ouvidor, descrever de forma objetiva o que apurou. É ato privativo de delegado. E irá classificar uma vinculação legal – não quer dizer que o MP irá acatar aquilo, poderá representar o pedido de prisão preventiva se houver necessidade (não que isso não possa ser feito em documento apartado). Junto ao relatório o delegado irá remeter ao juízo todos os objetos e instrumentos do crime. Atualmente há uma nova portaria que não vai mais. Arma não será mais enviada. Restituição de coisa apreendida. ATENÇÃO: Ao concluir o inquérito o delegado irá fazer o indiciamento – onde indicará a pessoa provável que é o autor do crime, a partir desse momento o acusado torna-se indiciado. O delegado deverá realizar isso de forma fundamentada. Indicando autoria, materialidade e o porquê de iniciar.
Desindiciamento: Começa apurando alguém, no decorrer da apuração o delegado entende que não é aquela pessoa, há um redirecionamento daquela investigação e isso é denominado desindiciamento. Há quem entenda que o delegado não pode fazer isso pois será um desarquivamento indireto do inquérito em relação aquele primeiro e outros entendem que não é isso, pois o inquérito não será arquivado, pois tudo está documentado e será remetido ao MP.
Prazo para encerramento do inquérito.
Há leis específicas. Estourando os prazos estando o acusado solto não há problema, estando este preso, também não há problema, somente ao estourar o prazo geral. Pois o atraso em um poderá ser compensado em outro momento.
AULA DO DIA 02/04/2018
Inquérito.
2.8 Curador.
2.9 Arquivamento do Inquérito Policial.
2.10 Desarquivamento de Inquérito Policial.
2.11 Auto de prisão em flagrante.
2.11.1 Finalidade da Prisão em Flagrante.
2.11.2 Prisão em Flagrante facultativa e prisão em flagrante obrigatória.
2.11.3 Espécies de flagrante:
a) Próprio.
B) Impróprio ou Quase flagrante.
c) Flagrate Presumido.
2.11.4. Situações especiais de flagrantes.
a) Flagrante Preparado ou Provocado.
b) Flagrante esperado.
c) Flagrante diferido ou retardado.
d) crimes permanentes.
e) Crimes habituais.
2.11.5 Formalidades da APF
A) competências
b) obrigatoriedade de oitiva do condutor
c) observação
Transcrição da aula.
Revisão...
Inquérito:
2.8. Curador: Figura prevista no art. 15 do CPP. Se o indiciador for menor a autoridade deverá nomear um curador = menor: idade igual ou maior a 18 ou igual ou superior a 21 anos. Afinal, o menor de idade comete ato infracional mas não comete crime. 21 não é o limite, previsão do código civil de 16, sendo essa a idade de maioridade civil. Ou seja, o código civil entende que essa pessoa é imatura, contudo, penalmente imputável, a solução trazida pelo CPP é a figura do curador. No entando, a partir de 2002 a maioridade penal foi reduzida a 18 anos, o mesmo é válido do Direito Civil – civilmente capaz. Logo, o art. 15 do CPP está tacitamente REVOGADO (com a redução da maioridade do Código Civil de 2002 – capacidade para fins civis).
2.9. Arquivamento do Inquérito Polícial: A finalidade desse inquérito é fornecer os elementos necessários para que o MP forma sua convicção a respeito da justa causa para o inquérito policial. O inquérito é remetido ao MP, ao receber esse inquérito o MP tem três opções I entender que ainda são necessárias novas diligências/informações, é como se aquele arcabouço probatório reportado ao MP não fosse suficiente para a formação dessa convicção. Quando isso ocorrer o MP retorna ao delegado de polícia que executa novas diligências. (ii) estando presentes os elementos de convicção o MP entenderá que já está apto a receber a denuncia, logo, a segunda possibilidade ao receber o inquérito policial e fazer a denuncia. No entanto (iii) pode ser que não seja necessário novas diligências e que o MP entende que não existe crime (o fato não é típico – o que aconteceu algo no mundo naturalístico não se submete a uma hipótese penal), ou que o material não tem mais diligências a serem cumpridas e o MP entende que aquilo que veio são insuficientes para a formação da justa causa – não há elementos suficientes para decidir a respeito de uma possível autoria e não há mais diligências, nessa hipótese o MP poderá requerer(promove) o arquivamento do Inquérito Policial e o Juiz irá chancelar. O titular é o MP e o juiz simplesmente chancela essa decisão, o juiz não poderá agir de forma contrária. Caso o juiz discorde (ele não poderá julgar, pois estamos no sistema acusatório quem julga é diferente acusa), deverá este executar o art. 28 (de forma analógica – mesmo não sendo uma discordância do inquérito policial), ele remete o inquérito policial ao procurador geral de justiça – dentro da carreira do mp estadual está superior ao membros do mp estadual -, ao receber o inquérito, o próprio procurador poderá entender que há justa causa e ele mesmo faça a denúncia, ou ele pode nomear outro órgão (membro) do MP a fazer a denúncia. Ex.: Fulano de tal, execute a denúncia. Se o procurador geral também entender que é necessário arquivamento, este o fará e é obrigação do juiz chancelar essa decisão. Logo, todas as decisões de arquivamento são oriundas do MP.
O pedido de arquivamento deverá ser SEMPRE EXPLÍCITO, o juiz não poderá entender que o silêncio do MP é um pedido de arquivamento. 
2.10. Desarquivamento do inquérito policial. Ou o fato não constitui crime ou os elementos são insuficientes para a justaposição das partes. Uma vez solicitado o arquivamento, somente poderá reabrir o inquérito se houver novas provas – logo, a decisão pelo arquivamento só tem efeitos formais e não materiais –. SÚMULA 524 DO STF. Desarquivamento só é possível se houver novas provas a respeito da autoria ou da materialidade.
2.11. Auto de prisão em flagrante: Essa é uma das formas de abertura do inquérito policial, o delegado irá promover de ofício a abertura do inquérito policial após o auto de prisão em flagrante. Possui requisitos legais que devem ser observados: sofreu alteração em 2011 e antes de 2011 a prisão em flagrante era uma medida cautelar, no entanto, após 20011 a prisão em flagrante tem nova função, sua finalidade passa a ser precautelar (antes da medida cautelar). Antesde 2011 = finalidade inicial, só para deter o autor do fato e impedir alteração das provas, após, lavra-se o auto em flagrante. Evitar a prática criminosa ou deter o seu autor, ou ainda, tutelar a prova pós a ocorrência de um crime – momento imediato após o cometimento do crime. Depois de 2011 = Prazo certo pra acabar. ????. A prisão em flagrante tem um prazo de duração, entre a lavratura do auto de prisão em flagrante, lavrado esse auto, a prisão deverá ser comunicada ao juiz que irá analisar as condições dessa prisão em flagrante e deverá tomar uma decisão, qual seja, declarar a prisão preventiva nas hipóteses previstas em lei (ou seja, converter a prisão em flagrante em preventiva) ou decidir por sua liberdade provisória com ou sem fiança. art. 310 do CPP.	Comment by Júnior Samuel: Não entendi nada.Estamos privilegiando a inocência.
2.11.2 Prisão em flagrante facultativa e prisão em flagrante obrigatória. Art. 301. CPP. A prisão em flagrante será facultativa a qualquer um do povo. Para a autoridade policial a prisão em flagrante É obrigatória.
Espécies de flagrantes.
Próprios: É quando a pessoa é pega cometendo o delito ou assim que acabou de cometer. Art. 302, caput, inciso i e ii.
b). Impróprio ou quase flagrante. Art. 302, inciso III. O agente é perseguido logo após o cometimento da infração penal. Não é pega cometendo ou após cometer, há uma perseguição, a pessoa já está fora do local do crime. A expressão logo após dá uma ideia de continuidade e imediaticidade, é assim que acabou, não pode haver intervalo de tempo entre o cometimento do delito e a perseguição. Ex.: Assalta a banco. ATENÇÃO. Se o logo após tem relação a imediaticidade, não há isso de esperar 24 horas. Poderá durar 10 dias essa perseguição. Ex.: Perseguição em mata. Ex.: Menino que desapareceu em Betim. A polícia encerrou a perseguição após encontra-lo, mas se não houvesse encerrado haveria flagrante.
c) Flagrante presumido: Não há uma investigação/perseguição logo após o cometimento, muitas vezes a polícia nem teve informação a respeito do crime, mas depois o indivíduo é encontrado com instrumentos de um crime. Ex.: Blitz e uma pessoa com faca e suja de sangue. Se pelas circunstâncias for possível presumir que aquela pessoa é autora de um delito, haverá flagrante presumido.
SITUAÇÕES ESPECIAIS DE FLAGRATE OU NÃO.
As vezes irá configurar flagrante e outras vezes não.
Flagrante preparado ou flagrante provocado: Nós precisaremos da figura do agente provocador. Teremos um agente que irá induzir ou instigar alguém a produzir uma situação criminal, o objetivo é prender aquela pessoa. Agente infiltrado. Segundo a súmula 145 do STF não é um caso de flagrante pois é um CRIME IMPOSSÍVEL (art. 17 – CP. O objeto do crime é impossível).
Flagrante esperado: Não precisa de um agente infiltrador para que aconteça, mas a polícia recebe a notícia que o crime irá acontecer, logo, a polícia irá ficar esperando que o crime aconteça. Esse é válido. Não há provocação do agente para que o delito aconteça, a polícia apenas aguarda.
Flagrante diferido ou retardado: Para a autoridade policial o flagrante é obrigatório, contudo, tivemos uma novidade trazida pela lei de organização criminosa que permite o flagrante diferido ou retardado, muito embora a autoridade policial tenha notícia sobre aquele crime, a autoridade não irá prendê-lo naquele momento, a autoridade irá observá-lo para futuramente prendê-lo, deixa-se o flagrante se protrair no tempo – para que exista mais elementos de convicção -. Então há uma autorização legal da lei de crime organizado que permite a autoridade policial deixar a fato acontecer para que tenha mais eficácia na investigação e prender a posteriori.
Crimes Permanentes: É aqueles que o momento consumativo se protrai no tempo, ex.: extorsão mediante sequestro. Enquanto durar a permanência o flagrante também permanece. Se a pessoa for presa no primeiro dia ou no ultimo da extorsão ainda sim será considerado flagrante.
Crimes habituais: São aqueles que para serem considerados crimes eu preciso de uma prática reiterado daquele crime. Ex.: Exercício ilegal da medicina. Aquele ato de maneira isolado não configura crime, somente a prática reiterada, atual, como se exercício da medicina. A doutrina entende que é IMPOSSÍVEL o flagrante no caso de crime habitual porque você pegaria apenas um ato isolado, afinal, você pegaria apenas um ato isolado. A não ser que seja um caso de organização criminosa que seja possível o flagrante ser diferido.
Competência. Será a autoridade do local em que ocorreu a prisão. Art. 308 do CPP. Não havendo autoridade naquele lugar, a autoridade presnete é quem irá lavrar aquele auto.
Há obrigatoriedade de ouvir o condutor e de duas testemunhas presenciais do crime. Sua função é promover subsídios à convicção daquele flagrante. Testemunhas a respeito das condições em que aquela pessoa foi presa.
O conduzido poderá falar e ser ouvido – se quiser. Art. 304. Caput. CPP. Embora fale que será ouvido o conduzido, devemos fazer uma leitura a luz da CF que é facultado o silêncio.
Obs: os depoimentos são em peças distintas. Se não houver testemunhas presenciais do flagrante, precisaremos de outras testemunhas, sendo chamadas de testemunhas de apresentação e elas são em subtuição as testemunhas presenciais. Essas testemunhas apenas irão dizer que não viu o fato criminoso mas viu o acusado ser conduzido em flagrante delito. Art. 304, parágrafo único do CPP.
Testemunhas de leitura: São duas testemunhas que atestam simplesmente que o auto de prisão em flagrante foi lido para o preso analfabeto, ou que foi lido para o preso que não quis assinar. Art. 304, parágrafo III do CPP.
++++ São três tipos de testemunhas +++ 
Art. 5 CPP, silêncio do conduzido.
Temos que lavrar que lavrado o auto de prisão em flagrante pela autoridade policial – polícia judiciária – é porque o delegado de polícia entendeu que ocorreu o crime e ocorreu a situação de flagrância, uma das hipóteses do art. 302. CPP. Após o ato, perseguido ou com o objeto. Lavra-se o APF e o acusado é recolhido.
Pode acontecer de ser um caso que cabe fiança – havendo crime -, o delegado (quando estiver dentro da competência da autoridade policial fixar a fiança) poderá fixa-la após lavrar o APF e o acusado ao pagar será solto.
Art. 304. Parágrafo 4. 
Muitas vezes a pessoa presa em flagrante tem crianças, a finalidade desse parágrafo é trazer proteção a eventuais filhos dos que estão sendo preso. Dá a chance do próprio acusado apontar os responsáveis por seu filho enquanto a situação não se normalizad. Isso evita a condução das crianças a algum abrigo.
Aula do dia 03/04/2018
Quadro de Núbia.
Inquérito.
2.11.6. Infração cometida contra uma autoridade ou na presença de uma autoridade.
2.11.7 Comunicação da Prisão em Flagrante.
2.11.8 Jurisdicionalização do APF.
2.11.9. Nota de culpa.
2.11.10 Audiência de custódia.
2.11.11 Garantias do Indiciado.
13. TCO.
Transcrição da aula.
Infração cometida contra uma autoridade ou na presença de uma autoridade. Ou a infração é cometida contra a autoridade no exercício de sua função ou em sua presença, fora do exercício entrará na regra geral do flagrante. Se assim acontecer nós não precisaremos da figura do conduzido, a própria autoridade é que será. Ele já é a autoridade e já tem competência. Se a autoridade for o delegado, ele mesmo lavra o auto e encaminha ao juiz, do contrário, se a autoridade que presenciou ou contra quem se praticou for um juiz de direito, embora ele possa lavrar um auto de flagrante ele está impedido de participar do processo. Autoridade do 307: juiz, delegado, polícia. Competente: MP.
COMUNICAÇÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE: Art. 5, inciso 62/CF/88. Garantia constitucional do acusado a comunicação da prisão em flagrante. Imediatamente será comunicada a respeito da prisão em flagrante – tanto a autoridade judiciaria, quanto ao MP quando a família do preso.
JURISDICIONALIZAÇÃO DO APF: Art. 306. Parágrafo primeiro. O prazo será de 24 horas (tempo para lavrar o APF). Há quementenda que essa comunicação – por ser imediata – não deverá ser em 24 horas e em 24 horas encaminha o APF, afinal, na comunicação não há o envio do AFP propriamente dito. Sua finalidade é para que o juiz possa verificar a legalidade desse auto de prisão em flagrante. E deve ser encaminhado uma cópia da APF para a defensoria pública – caso não seja acompanhado por um advogado. Art. 310 do CPP, quando o juiz receber o auto de prisão em flagrante ele poderá tomar algumas decisões (i) ele irá relaxar a prisão em flagrante se o flagrante houver sido irregular – ilegalidade – (ii) o juiz também poderá entender que não há requisitos legais que justifiquem a aplicação de medidas cautelares (como a prisão preventiva ou outra medida cautelar alternativa à prisão) – o juiz procederá com a liberdade provisória (com ou sem fiança) – responderá em liberdade por não oferecer um risco. (iii) o juiz também poderá decretar a prisão preventiva ou outra medida cautelar por entender que os requisitos legais estão presentes. Ele deverá se posicionar – não poderá apenas declarar-se “ciente”. Se houver a jurisdicionalização e prisão em flagrante – tem dia e hora para acabar - não poderá mais ser aplicada.
NOTA DE CULPA: Após a lavratura do APF também em 24 horas a autoridade policial precisa entregar ao investigado a nota de culpa, que nada mais que um documento assinado por essa autoridade onde consta o motivo, o nome do condutor (quem conduziu o investigado) e o nome das testemunhas. Assegura a garantia constitucional do preso que tem direito a identificação dos responsáveis por sua prisão – art. 5, inciso 64 da CF/88 e art. 306, parágrafo segundo do CPP.
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA: Para cumprir o 310, irá cumprir depois de ouvido o investigado – o juiz irá continuar manifestando nos termos do art. 301, antes ele irá ouvir o acusado – isso nos casos de prisão em flagrante – que deve ser nessas 24 horas. Nesse pedido de custódia (convenção de direitos humanos, toda pessoa presa tem direito a uma audiência com o juiz imediatamente), esse é um projeto onde criou-se a audiência de custódia, onde não se discute o mérito da ação penal, mas tão somente a legalidade de sua prisão, qual seja, o art. 310. O juiz, antes de fazer o art. 310 irá ouvir o acusado (é como se ele discutisse a APF em si). Com isso assegura-se o direito de comparecer imediatamente ao juiz e também poderá influenciar no convencimento do juiz. Funcionamento: a autoridade policial apresenta a pessoa detida em até 24 horas ao juiz. Na audiência de custódia o MP e o advogado poderão falar. E após isso o juiz irá tomar sua decisão sobre a prisão em flagrante.
GARANTIAS DO INDICIADO. Súmula Vinculante Número 11 – STF. Quer limitar o uso de algemas – é constrangedor quando desnecessário – atentando para a razoabilidade e para a necessidade. A súmula vinculante número 11 diz que é possível usar algemas em caso de resistência que implica em fundado receio de fuga (adicional) ou quando houver perigo a integrada física – seja do acusado ou de uma terceira pessoa. Seja em uma hipótese ou em outra deverá ser justificado por escrito o uso. Além disso a súmula diz que é possível responsabilização disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade que fizerem uso de algemas de forma indevida. A gente responde penal e civilmente, o Estado responde civilmente. O último requisito é que fala que é possível a nulidade da prisão preventiva – no uso indevido da prisão. A súmula andou mal pois em nada influencia o uso de algemas com o fato motivador da decretação da prisão preventiva. A finalidade da súmula é não expor o preso.
13. TCO. Termo circunstanciado de ocorrência – substituto do inquérito policial. Quando se tratar de crime de menor potencial ofensivo, crime cuja pena seja menor ou igual a dois anos ou contravenção penal. Nesse caso não iremos lavrara um APF e sim um TCO, a autoridade policial ao tomar conhecimento de uma infração criminal e detectou que é menor potencial ofensivo, irá dizer quem são as testemunhas e quem é o investigado de maneira simples. É como se fosse um boletim de ocorrência reduzido e irá conduzi-lo ao juizado especial criminal – onde ocorrerá a audiência preliminar. Na pratica encaminha o TCO ao juizado e o acusado assina um termo de compromisso se comprometendo a comparecer ao juizado especial quando for intimidado para tanto. A pessoa vai embora pra casa, não fica presa!!!
FALTEI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Aula do dia 10/04/2018
Quadro de Núbia.
Pressupostos processuais.
3.1. Pressupostos de existência.
Em relação ao juiz
Em relação as partes
3.2
Pressupostos de validade
Em relação a demanda
Em relação ao juiz
Em relação as partes
c.1 capacidade processual
c.2 capacidade probatória
4. Classificação da ação penal
* ação penal publica
* ação penal condicionada 
-> representação do ofendido
-> requisição do ministro da justiça
* ação penal privada
-> exclusivamente privada
-> privada, subsidiária e a pública
-> personalíssima
4.1. Considerações iniciais.
Narração de aula.
3.Pressupostos processuais.
Os pressupostos processuais são antecedentes necessários para que o processo exista ou para que o processo se desenvolva validamente. Para o processo desenvolver validamente ele também precisa obedecer alguns pressupostos.
3.1. Pressuposto de existência:
a) em relação ao juiz: está ligado à jurisdição – só poderá dizer o direito o caso concreto (direito de punir do estado) quem representar o estado unido de jurisdição. É necessária jurisdição à autoridade perante a qual iremos instaurar o processo ou queixa crime. Se a manifestação for instaurada para autoridade sem poder para receber ela também (não investida de jurisdição) não terá poder para rejeitar. O máximo que eventualmente irá ocorrer é essa autoridade ou órgão é pegar essa peça acusatória e levar ao juiz. REJEITAR NÃO É POSSÍVEL, afinal, não há jurisdição.
b) em relação as partes: Estamos falando de capacidade de ser parte. Quem é que pode estar em juízo, quem poderá ser autor e quem poderá ser réu em uma ação. Exemplo: Não posso intentar uma ação penal contra um nascituro, não posso intentar uma ação penal contra um menor – ele comete ato infracional e não crime. Outro exemplo é uma ação penal pública incondicionada – o MP é titular dessa ação e não poderá o delegado de polícia ser o autor dessa ação penal. Se interposto uma ação em relação a uma pessoa que não tem capacidade de ser parte (nascituro), nesse caso o juiz irá rejeitar liminarmente a petição por ausência de pressupostos de existência.
3.2. pressupostos de validade.
a) em relação a demanda.
Havendo os pressupostos podemos dizer que o processo tem existência válida. Além do mais, esses pressupostos asseguram que o que nasceu validamente desenvolva-se validamente. Em relação a demanda é necessária a ausência de litispendência (ainda não houve julgamento com trânsito em julgado em relação as ações idênticas) e também ausência de coisa julgada (aqui, a primeira deles já possui trânsito em julgado). Não poderá haver em razão do princípio da vedação do non bis iden. Havendo isso, não poderei dar seguimento a essa ação que nasceu válida sob pena de ofensa a vedação do bis in iden, litispendência e Coisa julgada. E o juiz irá rejeitar essa ação.
b) em relação ao juiz: Causas de impedimento, suspenção, incompetência (nos manuais virá competência). Art. 252 CPP (IMEDIMENTO) ART. 254 (SUSPENSÃO) e competência estão espalhadas. Quem é suspeito, incompetente e impedido para receber também é para rejeitar. Ele irá declinar para quem seja competente.
c. em relação as partes. 
c.1 capacidade processual: capacidade para estar em juízo, capacidade para praticar por si só os atos processuais. Na ação penal privada, o ofendido poderá estar em juízo ou representado por alguém. Por exemplo, se o ofendido for menor de idade ele não terá capacidade processual para estar sozinho em juízo, ele deverá estar representado ou assistido – em acordo com sua idade. O menor não poderá conferir essa procuraçãoa um advogado sem estar assistido ou representado por seu representante legal, pois a procuração necessidade de capacidades especiais.
Isso cai um pouco por terra, afinal, o CPP confere tanto ao menor quanto ao seu representante legal (legitimidade própria). 
c.2 capacidade postulatória: quando a ação penal for pública não há sentido pois o mp é investido dessa capacidade postulatória – ele não precisa de advogado. Na ação penal privada a que ser observada nos termos do art. 44 do CPP, ele diz quais são os requisitos da procuração – para que um advogado represente o seu constituído em juízo em uma ação penal privada há requisitos para que se prove que ele possui capacidade postulatória. Nome do querelante e a descrição minuciosa do fato criminoso. A procuração é extremamente específica. A capacidade postulatória é especial no que tange a ação penal privada. Requisitos do art. 44 do CPP. 
4. Classificação da ação penal.
O critério utilizado pelo legislador foi SUBJETIVO, ele levou em conta o autor da ação penal. Para se dizer se é pública ou privada olharemos quem é o autor da ação penal, quem irá promove-la. Art. 100, caput, CPP e o parágrafo primeiro.
* publica incondicionada: é aquela que não se sujeita a nenhuma outra condição se não as condições da ação. O crime viola um bem jurídico de interesse público. É público porque há um interesse de toda a sociedade para que seja reprimida aquela conduta. Quando estivermos diante dessa ação, estaremos diante da obrigatoriedade de sua propositura pelo Ministério Público – que é obrigado a interpor a ação penal. Não há discricionariedade para o MP interpor ou não a ação penal (desde que presentes os pressupostos da ação penal).
* pública condicionada: O MP embora aja o interesse público na apuração daquele crime, há também de maneira particular o interesse do ofendido. O interesse preponderante será do ofendido, então além das condições da ação o MP precisará observar condições de procedimental idade. Representação do ofendido, etc (AULA DE ONTEM QUE EU FALTEI). Presente as condições de ação e dentro da possibilidade jurídica + representação do ofendido. O MP também será obrigado a propor a ação penal – não há, também, discricionariedade. 
Como saberemos se a ação penal é publica condicionada ou privada. Quando ela for privada ou pública condicionada a lei irá dizer que é. No silêncio da lei, a ação penal será pública do tipo incondicionada. O legislador terá que dizer se ela não é pública.
-> condicionada à representação do ofendido.
-> condicionada a requisição do ministro da justiça:
* ação penal privada: Vigora a disponibilidade do ofendido.
O que irá preponderar será o interesse privado. Neste caso o ofendido terá discricionariedade se irá interpor aquela queixa crime ou não. O legislador dá ao ofendido esse critério de discricionariedade é devido ao “escândalo processual” ser pior que o delito – crime – além do aspecto de que na ação penal privada a colaboração da vítima é crucial para o andamento da ação. O ofendido poderá renunciar ao direito de queixa – renunciar renunciado está, ou ele simplesmente terá o prazo de seis (6) meses contatos a partir da data que vier a ter ciência do autor do fato.
Quando ele expressamente diz que não irá impor queixa crime teremos a renúncia, se ele deixar o prazo passar estaremos diante da decadência.
O querelante também poderá interpor a queixa crime e no curso do processo ele ficar inerte acontecerá o que chamamos de perempção da ação penal – que é uma causa de extinção da punibilidade.
Também é possível que o querelante conceda o perdão. 
Na ação penal privada e na personalíssima desde sempre o titular da ação é o querelante ou se representante.
Na ação penal privada subsidiária da pública, o interesse é público, contudo a lei faculta ao querelante interpor a ação na inércia do MP – que deixa de interpor a denúncia no prazo determinado. (réu preso: 5 dias / réu solto: 15).
Na personalíssima só poderá ser interposta pelo próprio ofendido – não cabe ao representante legal.
-> exclusivamente privada
-> subsisdiária da pública
-> personalíssima

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